Senhoras e senhores, o Baú do Edu tem a honra de receber novamente nossa querida Lara Selem, que nos conta, num texto cativante e emocinado como foi assistir ao show das duas lendas vivas mais famosas do planeta: Sir Paul Mccartney e Mr. Ringo Starr, no Radio City Music Hall em Nova York em 4 de abril de 2009. Obrigadão Lara. Ficou ótimo! Valeu!
Era sábado de primavera em New York City e eu já imaginava que talvez aquele seria o dia mais incrível da minha vida. Mas, nada do que eu imaginei se compara ao que eu vi, ouvi e senti nas horas que se seguiram, no Radio City Music Hall.
Éramos seis mil pessoas querendo a mesma coisa: ver, ouvir e sentir a energia, o talento, a genialidade e o carisma das duas lendas vivas do melhor rock produzido no universo: sir Paul McCartney e Ringo Starr. O responsável por reunir os dois Beatles foi o cineasta David Lynch (de “Homem Elefante”, “Veludo Azul”, “Twin Peaks” e “Mulholland Drive”), idealizador do projeto “Change Begins Within” da fundação que leva seu nome, para ensinar 1 milhão de crianças em áreas de risco em todo mundo a fazer meditação transcedental.
Há 40 anos, como vocês bem devem saber, os Beatles, Donovan, Mike Love (dos Beach Boys) e Paul Horn viajaram pra Índia para estudar Meditação Transcedental com o Maharishi Mahesh Yogi. E isso motivou o encontro.
A ansiedade pela expectativa do que iria acontecer era um misto de “caramba, será que eu estou aqui mesmo?” com “daqui a pouco o Macca e o Ringo vão cantar e tocar pra nós!!”... Difícil de descrever.
Pontualmente as 19h30, com as luzes apagadas, surge um piano no canto direito do palco, e Angelo Badalamenti brilhantemente toca o tema de amor de “Twin Peaks”. Os anfitriões da noite, David Lynch e a atriz Laura Dern entram e iniciam oficialmente o show.
Nas primeiras duas horas, se apresentaram Moby e a lenda do soul Bettye LaVette, que arrasaram com “Natural Blues”. Depois entrou Sheryl Crow e Ben Harper na guitarra slide, e provocaram os primeiros gritos da platéia ao fazer o cover de “My Sweet Lord”, de George Harrison. Muita emoção!! Eddie Vedder, o conturbado vocalista do Pearl Jam, foi incrível, cantou “Rise” do filme “Into the Wild”, e terminou a primeira parte do show num dueto com Ben Harper, performando um remake de “Under Pressure” que nos levou ao delírio. Acho que a minha cara de alegria na hora do intervalo reflete um pouco a incredulidade do que eu tinha acabado de ver e ouvir. Mas muito mais ainda viria.
A segunda parte do show foi, de fato, surreal. A nostalgia da era pop, quando o rock ‘n roll e a espiritualidade pareciam caminhar juntos, tomou conta do teatro. A atmosfera ‘Peace and Love’ contaminou o ar e parecíamos entorpecidos com tamanha força musical. Donovan ressucitou “Season of the Witch,” “Wear Your Love Like Heaven” e “Hurdy Gundy Man.” O flautista Paul Horn tocou “Meditation”. Mike Love não cantou, mas trouxe sua mensagem positiva sobre a Meditação Transcedental. E, enfim, para delírio dos beatlemaníacos presentes, entra no palco Ringo Starr, com seu bom humor, charme e alto astral a toda prova, tocou sua Ludwig e cantou “It Don’t Come Easy”, “Boys” e “Yellow Submarine”, com vocais de Eddie Vedder e Sheryl Crow. E dá lugar a sir Paul McCartney, o grande astro da noite, o mestre dos instrumentos, o gênio das baladas, que levou a platéia a cantar junto "Let it Be," "Can't Buy Me Love," "Blackbird," "Baby You Can Drive My Car," "Jet," "Got To Get You Into My Life," "Lady Madonna," "Here Today" e "Band On The Run". E eu, lá do 1o mezanino, gritava “Paul, I love you!!”, como uma adolescente dos anos 60, na esperança vã que ele me ouvisse.
Pra terminar, o raríssimo e tão esperado encontro de Macca e Ringo no palco, depois de 7 longos anos (o último tinha sido no “Concert for George”, em 2002). Os dois arrasaram e dividiram o microfone em “With a Little Help From My Friends”. Depois, com Ringo na batera, Paul cantou “Cosmically Conscious” e “I Saw Her Standing There”, com backing vocals e percussão de Eddie Vedder, Donovan, Moby, Sheryl Crow e Bettye LaVette.
O show terminou, mas ninguém queria ir embora. Ficamos todos amontoados no hall do teatro, uns em estado de torpor, outros eufóricos. Ninguém queria deixar aquele lugar. O teatro parecia um grande imã e nós pequenos alfinetes. Tanto que o time da segurança teve que fazer um cordão para ir “empurrando” a galera gentilmente porta a fora. Foram quatro horas incríveis. Foi difícil dormir naquela noite. Ainda é difícil de acreditar. Só sei que foi o melhor presente de 40 anos que eu podia ter ganho nesta vida e aquele 4 de abril de 2009 ficará gravado na minha memória e no meu coração, para sempre.
Éramos seis mil pessoas querendo a mesma coisa: ver, ouvir e sentir a energia, o talento, a genialidade e o carisma das duas lendas vivas do melhor rock produzido no universo: sir Paul McCartney e Ringo Starr. O responsável por reunir os dois Beatles foi o cineasta David Lynch (de “Homem Elefante”, “Veludo Azul”, “Twin Peaks” e “Mulholland Drive”), idealizador do projeto “Change Begins Within” da fundação que leva seu nome, para ensinar 1 milhão de crianças em áreas de risco em todo mundo a fazer meditação transcedental.
Há 40 anos, como vocês bem devem saber, os Beatles, Donovan, Mike Love (dos Beach Boys) e Paul Horn viajaram pra Índia para estudar Meditação Transcedental com o Maharishi Mahesh Yogi. E isso motivou o encontro.
A ansiedade pela expectativa do que iria acontecer era um misto de “caramba, será que eu estou aqui mesmo?” com “daqui a pouco o Macca e o Ringo vão cantar e tocar pra nós!!”... Difícil de descrever.
Pontualmente as 19h30, com as luzes apagadas, surge um piano no canto direito do palco, e Angelo Badalamenti brilhantemente toca o tema de amor de “Twin Peaks”. Os anfitriões da noite, David Lynch e a atriz Laura Dern entram e iniciam oficialmente o show.
Nas primeiras duas horas, se apresentaram Moby e a lenda do soul Bettye LaVette, que arrasaram com “Natural Blues”. Depois entrou Sheryl Crow e Ben Harper na guitarra slide, e provocaram os primeiros gritos da platéia ao fazer o cover de “My Sweet Lord”, de George Harrison. Muita emoção!! Eddie Vedder, o conturbado vocalista do Pearl Jam, foi incrível, cantou “Rise” do filme “Into the Wild”, e terminou a primeira parte do show num dueto com Ben Harper, performando um remake de “Under Pressure” que nos levou ao delírio. Acho que a minha cara de alegria na hora do intervalo reflete um pouco a incredulidade do que eu tinha acabado de ver e ouvir. Mas muito mais ainda viria.
A segunda parte do show foi, de fato, surreal. A nostalgia da era pop, quando o rock ‘n roll e a espiritualidade pareciam caminhar juntos, tomou conta do teatro. A atmosfera ‘Peace and Love’ contaminou o ar e parecíamos entorpecidos com tamanha força musical. Donovan ressucitou “Season of the Witch,” “Wear Your Love Like Heaven” e “Hurdy Gundy Man.” O flautista Paul Horn tocou “Meditation”. Mike Love não cantou, mas trouxe sua mensagem positiva sobre a Meditação Transcedental. E, enfim, para delírio dos beatlemaníacos presentes, entra no palco Ringo Starr, com seu bom humor, charme e alto astral a toda prova, tocou sua Ludwig e cantou “It Don’t Come Easy”, “Boys” e “Yellow Submarine”, com vocais de Eddie Vedder e Sheryl Crow. E dá lugar a sir Paul McCartney, o grande astro da noite, o mestre dos instrumentos, o gênio das baladas, que levou a platéia a cantar junto "Let it Be," "Can't Buy Me Love," "Blackbird," "Baby You Can Drive My Car," "Jet," "Got To Get You Into My Life," "Lady Madonna," "Here Today" e "Band On The Run". E eu, lá do 1o mezanino, gritava “Paul, I love you!!”, como uma adolescente dos anos 60, na esperança vã que ele me ouvisse.
Pra terminar, o raríssimo e tão esperado encontro de Macca e Ringo no palco, depois de 7 longos anos (o último tinha sido no “Concert for George”, em 2002). Os dois arrasaram e dividiram o microfone em “With a Little Help From My Friends”. Depois, com Ringo na batera, Paul cantou “Cosmically Conscious” e “I Saw Her Standing There”, com backing vocals e percussão de Eddie Vedder, Donovan, Moby, Sheryl Crow e Bettye LaVette.
O show terminou, mas ninguém queria ir embora. Ficamos todos amontoados no hall do teatro, uns em estado de torpor, outros eufóricos. Ninguém queria deixar aquele lugar. O teatro parecia um grande imã e nós pequenos alfinetes. Tanto que o time da segurança teve que fazer um cordão para ir “empurrando” a galera gentilmente porta a fora. Foram quatro horas incríveis. Foi difícil dormir naquela noite. Ainda é difícil de acreditar. Só sei que foi o melhor presente de 40 anos que eu podia ter ganho nesta vida e aquele 4 de abril de 2009 ficará gravado na minha memória e no meu coração, para sempre.
Por obra e graça de minha filha LARA, também estava lá naquela noite, e mesmo não sendo tão aficcionada como ela, vivi fortes emoções....Valeu, filha!
ResponderExcluirDEMAIS!
ResponderExcluirUAU!Parabéns Lara! Pelo texto, pelas fotos e por vc ser linda!
ResponderExcluirMuito Bacana! Parabéns!
ResponderExcluirMuito bonita! com todo respeito!
ResponderExcluirObrigado se publicar. Não sou aquele "anônimo" babaca! Parabéns pra vc também Edu. Seu trabalho é mto legal!
VALEU, LSELEM! OBRIGADÃO! O EDÚ DO BAÚ!
ResponderExcluirMEU AMIGO LUIS CLEMENTINO DISSE:
ResponderExcluirDudu:
quero parabenizá-lo pelo exelente BAÚ.Com informações sérias e fidedignas (nada de futilidades e baixarias) programação visual de muito bom gosto Destaque para o importante e cativante depoimento da bela e meiga LARA SELEM , minhas recomendações abraços!
Luiz clementino>.
Edu, obrigada por me deixar compartilhar esses momentos no Bau. Abracos beatlemaniacos.
ResponderExcluirHey, LSelem! Ainda acabo morrendo do coração! São muitas emoções todos os dias fazendo esse Baú. Obrigado a vc e toda essa galera que acompanha todos os dias. Every day in the life!
ResponderExcluirParabéns, Selem. Belo texto, bela noite. É mesmo para ficar na história. Muita generosidade sua compartilhar a emoção com os fãs que não estavam lá.
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