domingo, 17 de abril de 2011

OS BRASILEIROS QUE QUERIAM SER OS BEATLES

Em abril de 1972, a gravadora Copacabana lançou o disco “Tell Me Once Again” com um novo grupo chamado “Light Reflections”. Em menos de um mês o disco já estava entre os 10 primeiros de todas as paradas do Brasil. “The Light Reflections” tornou-se um dos grupos mais requisitados na época e se destacou entre os diversos nomes brasileiros que cantavam em inglês.
"Tell Me Once Again" estourou dentro e fora do país, e a banda gravou oito compactos e dois LPs em apenas cinco meses em 1972. "Tell Me Once Again" vendeu 1 milhão de cópias e o “Light Reflectios” fez shows por todo o Brasil e toda a América Latina. Era o sucesso? Sim. Naquela época, era. Indiscutivelmente.


Na primeira metade dos anos 70, surgiu uma leva de cantores e grupos brasileiros que adotaram pseudônimos estrangeiros e passaram a gravar músicas em inglês. Na época, a música internacional no idioma inglês tomava conta do mercado fonográfico, muito por conta das trilhas sonoras das novelas televisivas. O sucesso das novelas e da trilhas contribuiu para difundir este movimento autenticamente "made in brazil", em que cantores brasileiros passaram a gravar temas na lingua extrangeira para que suas gravações fossem inseridas nos discos de trilhas internacionais.
Para isso, tiveram que adotar nomes artísticos em inglês. Fábio Júnior, por exemplo, tinha dois alter-egos: Mark Davis e Uncle Jack. Como Mark Davis, emplacou o sucesso "Don't Let Me Cry", como Uncle Jack, fez sucesso com a música "My Baby". Nessa esteira, temos vários brasileiros que embarcaram nessa onda, alguns se deram muito bem, outros, sumiram completamente da mídia após o fim do movimento. Aqui estão músicas muito lembradas até hoje como “Feelings” (Morris Albert), “Me and You”, “We Said Goodbye” (ambas com Dave McLean), “Hey Girl” (Lee Jackson), “Tell Me Once Again” (Light Reflections), “I'm Gonna Get Married” (Sunday) e “Pigeon without a Dove” (Patrick Dimon). Chrystian, cujo nome verdadeiro é José Pereira da Silva, emplacou em todo o Brasil, a balada “Don't Say Goodbye”, em 1974. Seu irmão Ralf, sob o pseudônimo Don Elliot, cantava covers como “One Day in Your Life” (Michael Jackson) e “My Love for You” (Johnny Mathis).
Antes de assumir o pseudônimo de Dave Maclean, o jovem Carlão já demonstrava interesse pela música, tendo participado no final dos anos 60 do grupo The Snakes que antecederia o grupo The Buttons. Por volta de 1973, ainda com o grupo, Carlão começa a gravar em inglês e após receber um convite da Rede Globo para gravar temas de novela, finalmente abraça o pseudônimo de Dave Maclean, atingindo os primeiros lugares das paradas com os hits We Said Goodbye, disco de ouro e Me and You, tema da novela Ossos do Barão.
Thomas William Standen nasceu 8 de maio de 1947 e morreu em 23 de setembro de 1998. Começou a cantar ainda nos anos 60 em português. Em 1972 reinventou-se como Terry Winter, aproveitando a onda de artistas que se faziam passar por estrangeiros; fez grande sucesso interpretando composiçõs próprias como "You'll Notice Me" e o megasucesso "Summer Holiday" até se revelar brasileiro no programa de SílvioSantos, anunciando inclusive que mudaria novamente o nome artístico, para Thomas Williams, mudança esta que não ocorreu. Foi casado com Mirian Baraboskin, e deixou quatro filhos, Shannon Mark, Shareene, Scott Sherman e Shane Morgan. Morreu em 1998 vítima de um derrame.
O falecido Jessé também usava dois pseudônimos: Christie Burgh e Tony Stevens (com este alter-ego emplacou em todo o Brasil as baladas "If You Could Remember" e "Flying High").
Jessé foi criado em Brasília. Mudou-se para São Paulo já adulto, e atuou como crooner em boates. Depois, integrou os grupos Corrente de Força e Placa Luminosa, animando bailes por todo o Brasil. Ainda nos anos 70, também chegou a gravar em inglês com o pseudônimo de Tony Stevens. Foi revelado ao grande público em 1980, no Festival MPB Shell da Rede Globo com a música "Porto Solidão" (Zeca Bahia/ Ginko), seu maior sucesso, ganhando prêmio de melhor intérprete. Em 1983, ganhou o XII Festival da Canção Organização (ou Televisão Ibero-Americana) (OTI) realizado em Washington, com os prêmios de melhor intérprete, melhor canção e melhor arranjo para "Estrelas de Papel" (Jessé/ Elifas Andreato). De voz muito potente, no decorrer de sua carreira Jessé gravou 12 discos (como os álbuns duplos "O Sorriso ao Pé da Escada" e "Sobre Todas as Coisas") mas nunca conseguiu os louros da crítica especializada. Morreu aos 40 anos, em 29 de março de 1993 de traumatismo craniano sofrido num acidente de carro quando se dirigia para a cidade de Terra Rica, no Paraná, para fazer um espetáculo.Em 1977, a rede Globo, tentando inovar, passou a adotar uma canção que seria tema do jornal Hoje, que, na época era típicamente dirigido ao público feminino. Assim, da noite para o dia, o Brasil conheceu um certo "Paul Jones" e seu megasucesso, a belíssima " Those Shadows". Esse compacto vendeu absurdos!


“Naquele tempo era difícil as emissoras conseguirem os direitos de grandes nomes internacionais, daí essa leva de artistas cantando em inglês ter sido um achado”, diz Hélio Costa Manso, ex-integrante do grupo Sunday.“Ficávamos no corredor da gravadora esperando informações sobre o personagem que ganharia o tema. A música, o arranjo, tudo era composto ali, em um ou dois dias, sob encomenda”, conta Chrystian.
Os depoimentos do Hélio Costa Manso (ele fazia parte do Sunday e também tinha carreira solo como Steve MacLean) e Chrystian confirmam a tese de que as trilhas sonoras das novelas foi o que impulsionou este movimento de cantores brasileiros com pseudônimos estrangeiros a gravarem músicas em inglês. Boa parte destes artistas eram músicos e cantores competentes. A maioria vinha do circuito de bailes, como Os Pholhas, Sunday, Light Reflections (ex-Os Bruxos, da Jovem Guarda) e o Lee Jackson. Outros eram profissionais de estúdios de gravação, como as Harmony Cats. Quanto ao idioma inglês, aí sim, pesava contra todos eles as dificuldades do desconhecimento da lingua. "As letras eram compostas por quem não sabia nada de inglês e corrigidas por quem tinha alguma noção", diz Hélio Costa Manso. Os Pholhas tinham um método original de compor. Eles tiravam os versos de suas canções de um livro dos anos 30 chamado Inglês Como Se Fala. "A gente achava uma frase legal, copiava e depois tentava emendar com outras do mesmo livro", confessa Oswaldo Malagutti, ex-baixista do grupo. Para não ser desmascarados, os artistas evitavam fazer espetáculos e se apresentar na TV, o que os prejudicava bastante do ponto de vista financeiro. "Em 1973, eu estava estourado em todo o Brasil com a canção Dont't Say Goodbye. Podia ter ganho um bom dinheiro, se não fosse tão difícil encarar um show ao vivo", diz Chrystian. Pernambucano radicado no Rio de Janeiro.
Além das versões em português, as Harmony Cats também cantavam vários medleys de sucessos dos anos 70 e 80, especialmente do grupo australiano Bee-Gees. Elas chegaram até a lançar um disco chamado “Harmony Cats – 200 Grandes Hits”, onde cantavam 200 trechos de músicas que estouravam nas discotecas da época!
Michael Sullivan (nome verdadeiro, Ivanilton), estourou com dois grandes sucessos: "My Life" e "Sorrow". Depois que o movimento acabou, participou dos Blue Caps e depois dos Fevers. No final dos anos 80, fez muito sucesso como compositor e produtor em dupla com Paulo Massadas. Um fato curioso ocorreu com o cantor Ivanilton de Souza Lima: em 1975 ele compôs uma linda balada e a intitulou de "My Life". Na hora de lançar o disco pelo selo Top Tape, teve de escolher um nome internacional. Abriu a lista telefônica de Nova York e escolheu Michael Sullivan. "My Life" entrou na trilha sonora da novela O Casarão, mas Michael continuou a faturar como Ivanílton – ele era vocalista da banda Renato e Seus Blue Caps. "O chato é que eu cantava My Life com o grupo e tinha de ouvir das pessoas que a versão da novela era melhor", diverte-se.A mania dos cantores internacionais made in Brazil começou a decair no início dos anos 80, quando a música brasileira ganhou mais espaço nas rádios. "As gravadoras sentiram que a longo prazo era mais negócio investir no Martinho da Vila do que na gente", pondera André Barbosa Filho, integrante do Light Reflections.
MORRIS ALBERT - THE GREATEST OF THEM ALL
Muitos desses artistas sonhavam em fazer sucesso em outros países. Apenas um deles conseguiu: o carioca Maurício Alberto Kaiserman, aliás, o “Mr. Morris Albert”. "Feelings", canção que compôs e gravou em 1973, está entre as músicas mais executadas em todos os tempos. Chegou a ganhar versões de Frank Sinatra e Julio Iglesias. Recentemente o grupo americano Offspring, fez uma releitura satírica do hit. A carreira de Morris Albert declinou ainda nos anos 70. Depois de "Feelings" ele ainda conseguiu emplacar mais dois hits nas paradas, "She's My Girl" e "Conversation".Mas o pior estava por vir. Nos anos 80, o compositor francês Lou Lou Gasté processou Morris Albert por plágio, alegando que Feelings seria cópia de uma composição sua, Pour Toi. Morris perdeu a causa e teve de entregar 3 milhões de dólares a Gasté. Nunca mais se recuperou do baque.
Hoje, ele vive em Toronto, no Canadá, onde dirige um estúdio de gravação. Vários dos artistas daquela época permaneceram em evidência, com seus nomes verdadeiros ou mantendo os pseudônimos. Michael Sullivan, por exemplo, e até mesmo o Chrystian, que formou ao lado do seu irmão Ralf (Don Elliot), a dupla Chrystian & Ralf. Outros retornaram aos seu nomes verdadeiros e conseguiram alavancar a carreira ainda com mais sucesso, como Fábio Júnior e Jessé. Mas a grande maioria destes artistas mudaram de ramo, quando este movimento "made in Brazil" começou a decair. André Barbosa Filho (integrante do Light Reflections, conforme citado no início), é hoje professor de rádio e TV da Universidade de São Paulo, USP. "A certa altura, delirando com o sucesso, chegamos a pensar que poderíamos estourar também no exterior", relembra ele. "Naturalmente, tudo não passou de ilusão. Para nós, o sonho estava acabado".
A HISTÓRIA DA COLLECTION HITS AGAIN
Nos anos 70, época em que o samba andava em baixa e as rádios no Brasil tocavam majoritariamente música estrangeira, inventou-se no show biz nacional um personagem curioso: o falso astro importado. Ele cantava em inglês, embora na maioria das vezes não tivesse nenhuma intimidade com o idioma de Paul McCartney. Fazia-se passar por americano ou britânico, ainda que tivesse nascido em Copacabana ou na periferia de São Paulo. Seus discos invariavelmente vendiam dezenas de milhares de cópias e forneciam farto material para as trilhas internacionais das telenovelas. Os nomes desses cantores eram Morris Albert (o autor de Feelings), Mark Davis (Fábio Jr.), Chrystian (José Pereira da Silva, que manteve o pseudônimo como cantor sertanejo), e Christie Burgh (posteriormente conhecido pelo nome verdadeiro de Jessé), entre muitos outros. Com o passar dos anos, a moda dos astros postiços passou e seus protagonistas mudaram de ramo. Agora, essa turma acaba de voltar às paradas de sucessos com o álbum quádruplo Hits Again, da Som Livre, que já vendeu mais de 300.000 CDs para quarentões saudosistas. "As pessoas querem se lembrar das festinhas e dos namoros daquela época", comenta Chrystian, transformado em garoto-propaganda do álbum na TV. Boa parte desses gringos de araque eram músicos e cantores competentes. A maioria tocava em bailes, caso dos grupos Sunday, Lee Jackson, Light Reflections (ex-Os Bruxos) e Pholhas. Outros eram profissionais de estúdio de gravação, como as vocalistas do Harmony Cats. Em geral, os artistas aprendiam a pronunciar palavra por palavra das letras em sessões de gravação que duravam até quinze horas. "As letras eram compostas por quem não sabia nada de inglês e corrigidas por quem tinha alguma noção", diz Hélio Costa Manso, ou melhor, Steve MacLean, que fez sucesso numa carreira-solo e como integrante do conjunto Sunday. Os Pholhas tinham um método original de compor. Eles tiravam os versos de suas canções de um livro dos anos 30 chamado Inglês Como Se Fala. "A gente achava uma frase legal, copiava e depois tentava emendar com outras do mesmo livro", confessa Oswaldo Malagutti, ex-baixista do grupo.
Vol. 01
01.Dave Mclean - Me And You
02.Mark Davis - Dont´T Let Me Cry
03.Pete Dunaway - I´LL Be Fine
04.Dave Dee & Mea Cat -Do You Love Me
05.Steve Maclean – True Love
06.Patrick Dimon - Pigeon Without A Dove
07.Lee Jackson – Hey Girl
08.Excelsior – Superman
09.Morris Albert – She´S My Girl
10.Peter Mc Green – Girl Of The Past
11.Harmony Cats - Every Night Fever / Night Fever / You Should Be Dancin /Nights On Broadway
12.Family Unlimited – Hey Hey
13.Brothers – Tenderness
14.Don Elliot – My Love For You
15.Sunday – Paloma

Vol. 02
01.Terry Winter – Summer Hollyday
02.Pholhas - My Mistake
03.Paul Jones – Those Shadows
04.Paul Denver – Rain And Memories
05.Bandits Of Love – Deixa
06.Water Proof – Shine Shine
07.Chrystian – Lies
08.Edward Cliff – Nights Of September
09.Uncle Jack – My Baby
10.The Victoria Project – You`Re The OneThat I Want
11.Dave Maclean – We Said Goodbye
12.Charles Marx – So Lucky
13.Julian – Angel
14.Tony Valdez – Love Me Like AStranger ( Los Hombres No Deben Llorar)
15.Bruno Carezza – Piano (The Piano Song)
O grande barato, o que fica de tudo isso, de toda essa época é a inocência. De alguma forma, quase todos os artistas desse "movimento" foram discriminados. Era "desgarrados". Uns Badfingers. O que importa agora, é que muito, muitíssimo desse material era muito bom! Vender 1 milhão de cópias, até hoje não é tarefa para qualquer um. O Light Reflections conseguiu! Me lembro bem que, naquela época era difícil (ou quase impossível) saber quem era "fake". A melhor forma era usar o "feeling" para tentar perceber quais letras eram tão óbvias e as possíveis falhas de pronúncia. Mas é inegável que todos eram grandes artistas e tinham grande talento. Essa foi minha homenagem para todos eles que deixaram tantas saudades e recordações de uma época bem mais inocente e feliz do que hoje. Espero que tenham gostado. Gostaria de deixar um grande abraço a todos os amigos que tinham minha idade ou mesmo eram um pouco mais velhos do que eu naquela época. Um tempo em que essas músicas eram o ponto alto de qualquer festinha "melando" nossas fantasias. Valeu! Abração! Para encerrar, a gente fica com outro grande sucesso: Dave Maclean "We Said Goodbye".


45 comentários:

  1. KKKK Que maravilha! Era isso mesmo EDU.Artigo de fôlego e muito bem fundamentado.Sinceramente,na época eu não curtia esse material não.É que foi minha fase "rock viagem" (Yes,Pink Floyd,EL&P,Genesis etc)e a gente achava música de novelas careta.RSRSRS. Radicalismo de adolescentes espinhentos.
    OBS: A turma também produzia uns discos tipo "GRANDES SUCESSOS DO MOMENTO" e juntava tudo.Skyline Pigeon com NEWTON JOHN,Shambala com FREE DOG NIGHT KKKK.Na verdade,a gente era inocente mas o povo das gravadoras e TVs eram,talvez,piores que os atuais chefões.

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  2. Parbens Edu , otimo post !!!!!
    E pensar que os ´´ crticos `` metiam o pau nesse pessoal , hoje temos que aguentar esse lixo que toca no radio que não tem nem como fazer comparação com essa época e esse pessoal aí.

    Valeu !!!!!!

    Abraço e Hare !!

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  3. Edu, meu caro, muito legal o post. Envei pra muita gente que curte esse pessoal, em especial minhas irmãs!
    Grande abraço.

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  4. Muito bom Edu, tudo - a lembrança e a resenha. Carlos Cesar

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  5. "The Reflections", eram chamados por nós, e esta capa que me marcou fundo numa Taguatinga, Elefante Branco em frente de casa, carrinho de rolemã, pique pega, pelada, bolinhas de gude. Curti tudo isto junto ao mesmo tempo aqui agora. Êita tempinho bom quando eu estava neste mundinho redondo e gostoso de estar. Abração pessoal, VJ.

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  6. Esta menina sentada na nuvenzinha... Engraçado!

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  7. "Nunca darás pérolas para porcos"! Jesus Cristo

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  8. Edu, boa tarde;
    Estou finalizando meu TCC. Ele fala sobre a Gravadora Copacabana e gostaria que esclarecer uma dúvida contigo.
    fabiodorneles@live.com
    Abraços.

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  9. Opa, maravilha encontrar este site. Dá para viajar pensando em não voltar. Gostaria de saber se alguém teria a música de Paul Jones chamado (até onde me lembro) Reflections of my love (ou my life). Sei que eu tinha um compacto com esta música, que para mim, era uma das mais belas daquele pessoa. Meu email, jornalclaudio@gmail.com... Abração
    Cláudio Cruz

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  10. Este comentário foi removido pelo autor.

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  11. teria como refazer os links das músicas? obrigado

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  12. O maior fenômeno musical desta época foi, sem dùvida, Thomas William Standen, o fabuloso Terry Winter, filho legítimo de ingleses, só que nascido no Brasil, e que não só falava fluentemente, como lecionava inglês, e ao contrário da grande maioria, compunha suas própias canções, desde seu início com versôes gravadas em portugues e em espanhol, como as bem sucedidas "Não Brinque Com Fogo" e "Uma Aventura a Más", por exemplo. Aliás, Terry Winter foi uma máquina de emplacar sucessos, no Brasil e no exterior, com "Our Love Dream", "Our Love", "Mission to Carrie", "Do That Baby", You'll Notice Me" entre tantas outras, superando na época, somente como uma de suas composições, "Summer Holliday" a marca de 3 milhões de cópias, algo impensável para os outros artistas da época. Anos depois, emplacou novamente, mega sucessos com o psedônimo de Chico Valente, onde se consagrou também no estilo sertanejo, que foi outra mega febre nacional, como autor de "Sonho de Um Caminhoneiro" e "Mãe de Leite" interpretadas por Milionário e José Rico, e "O Rei do Gado", famosa trilha sonora da novela homônima da Globo. Ainda produziu e compôs várias canções infantis para o famoso personagem "Fofão", e outros artistas de sucesso como "Convite de Casamento" gravada por Ataíde e Alexandre. Creio com convicção, que seu desaparecimento não condiz com a destacada condição artística por ele conquistada. ..."Sofria desde criança de bronquite asmática e numa fria manhã de agosto de 1998 passou mal e com a demora na chegada do resgate, sofreu um derrame.
    Após 32 dias de internação, contraiu inesperadamente uma pneumonia e veio a falecer em 22 de setembro, aos 57 anos. Foi sepultado em 23 de setembro de 1998 no cemitério Campo Grande, no bairro de Interlagos em São Paulo.
    Uma revoada de pássaros prestou sua última homenagem a este verdadeiro artista e abriu para ele as portas do céu...

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    1. Parabéns pelo belo e esclarecedor texto, pois eu não conhecia a maioria desses fatos.

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  13. Muito informativo seu post.

    Vale citar algumas outras boas músicas de brasileiros cantadas em inglês, raramente citadas e que não estão em nenhum compilação.

    * Dave Ellis - Never Let me Say Goodbye (Fernando Cesar)
    * Dennis Gordon - I Need You Know (Fernando José Vinha)
    * Manchester - My Dear (Paulo Chagas e Zilma)
    * Montezuma - Happy Days
    (Walter Montezuma)
    * Nathan Jones - I've been around
    (Roberto Lippi)
    * Protons - My Song for You (Fernando Zaga)
    * Richard Young - Rainy Days (Ricardo Fegalli do Roupa Nova)

    Há ainda músicas de cantores citados fora das compilações que valem ser citadas como

    * Pete Dunaway - Adam and Eve
    * Paul Jones - Another Day

    Todas músicas citadas acima estão no YouTube.

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  14. Olá Edu! Ontem estava ouvindo Morris Albert (o que eu mais gosto da turminha) resolvi procura-lo na Net para ver como ele está hoje, e aí achei seu site. Muito bom! Parabéns. Tenho quase todas as músicas da época, mas agora minha coleção ficou praticamente completa com suas dicas. Valeu mesmo. Vale lembrar que nessa época a qualidade musical era bem melhor do que muitos lixos que vemos fazendo sucesso hoje... Abraço.

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  15. Não podemos deixar de lembrar do inesquecível Paul Denver (Carlos Alberto de Souza - o Carlinhos de Souza), que nessa época gravou a musica mais linda deste mundo, Rains and Memories, alem de Childrens. Hoje ele vive na cidade mineira de Itanhandu, sul de Minas. Rains and Memories é, sem duvida nenhuma, a mais linda musica de todos os tempos,

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  16. Não podemos deixar de lembrar do inesquecível Paul Denver (Carlos Alberto de Souza - o Carlinhos de Souza), que nessa época gravou a musica mais linda deste mundo, Rains and Memories, alem de Childrens. Hoje ele vive na cidade mineira de Itanhandu, sul de Minas. Rains and Memories é, sem duvida nenhuma, a mais linda musica de todos os tempos,

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  17. Sensacional o seu Blog!!!!

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  18. Sensacional o seu Blog!!!!

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  19. Parabéns Edu, excelente postagem.
    É emocionante navegar no teu blog.
    Um trabalho melhor e até sugestivo é mixar teus estudos com imagens e vídeos tipo "câmera record ou globo reporter" que daria uma reportagem uma bela reportagem histórica.
    Quem sabe você não teria uma chance na TV aberta.

    + 1 vz parabéns

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  20. Parabens pela materia, tempos bons, de certa ingenuidade, eu era uma menina com meus 12, 13 anos de idade naquela epoca, e nunca vou me esquecer de como era bom o beijo roubado quando se dancava agarradinho,e a gente era deixada gentilmente no portao de casa, esperando outra oportunidade para curtir aquelas musicas. Foi nestes embalos que conheci o grande amor da minha vida e ate hoje estamos juntos, e ate hoje ainda ouvimos com muito carinho aquelas musicas que embalavam nosso sonhos...

    Beijos e obrigada !

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  21. Ainda faltaram nomes como : Sérgio Reis,Dudú França,etc...

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  22. Maravilha encontrar vcs, pois só escuto flash back até hoje. Não consigo gostar de
    quase nada hoje em dia.

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  23. Caro amigo: Onde posso baixar essas musicas, o link do 4shared não está funcionando.

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  24. "Em 1973, eu estava estourado em todo o Brasil com a canção Dont't Say Goodbye. Podia ter ganho um bom dinheiro, se não fosse tão difícil encarar um show ao vivo", diz Chrystian. Pernambucano radicado no Rio de Janeiro.

    ELE É GOIANO, NÃO PERNAMBUCANO.

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  25. Muito bom!!! Época da ditadura militar! Fazer músicas em inglês e com um romantismo para lá de fervoroso. Esses cantores eram muito bons. Merecem uma homenagem com um show especial em comemoração e gravado ao vivo, em 5.1 canais. Não sei o porquê de ainda não ter havido essa iniciativa,pois público nao falta. Ah! não esquecer da música com David Ellis e Steve Mclean!

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  26. Edu, boa tarde, meu nome é Regina Echeverria, sou jornalista e biógrafa e estou, no momento, trabalhando na biografia do João Araujo. Voce tem idéia onde posso encontrar o Helio Costa Manso, o Steve McLean. Estou precisando entrevistá-lo, se for possivel me responda no re.echeverria@uol.com.br Obrigada e fico na torcida.

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  27. Ola Edu! Poderia me informar quem era de fato o Paul Jones?

    Obrigado!

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  28. Oi gente, algum pode me judar a encontrar o Davi Ellis (Fernando Cesar) e o Paul Jones (Celso Zambel Neto), Obrigado!

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  31. A foto lá de cima do Don MacLean, até parece o Biro Biro, que jogou no Corinthians, vai ver que o próprio... kkk

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  32. Tá faltando um DVD COMEMORATIVO DESTE QUE, EMBORA NÃO TENHA SIDO UM MOVIMENTO MUSICAL, TROUXE GRANDE ALEGRIA PARA UMA ÉPOCA QUE VIVIA CONTURBADA COM A DITADURA MILITAR!GRANDES CANTORES QUE FIZERAM FIZERAM GRANDES HITS, INDEPENDENTEMENTE DE QUALQUER SITUAÇÃO TÉCNICA OU DE LINGUÍSTICA! SALVE O "Hits Again".,

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  33. Faltou mencionar o Junior que gravou o sucesso Excuse-me.

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  34. Faltou mencionar o Junior que gravou o sucesso "Excuse-me" em 1974.

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  35. PAULO , JUNIOR É ESPANHOL. MAS NASCIDO EM OUTRO PAÍS.

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  36. Uma bela e saudosíssima postagem bem como a todos os comentários aqui postados. Muito bom saber mais destes astros que embalaram uma geração com música saudável.
    Parabéns!

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  37. Faltou mencionar o cantor Barry Dean (Ed Wilson), que gravou os sucessos Together Again (1976) e Love me more (1977/1978), lançados em compacto simples pela CBS. Love me more entrou na Trilha Internacional da Novela Sem Lenço Sem Documento. Parabéns pelo Blog. Descobri outros cantores que não sabia que eram Brasileiros, como Dave Ellis. Coleciono discos, e tenho grande parte dos compactos mencionados no Blog.

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  38. Muito bacana seu texto, sua homenagem. Foi uma época de muita pureza e ingenuidade. Ficamos saudosistas. Por isso,continuo ouvindo esses hits. E o que mais me deixa triste é saber que a maioria dessa galera, cheia de talento e que levou a sério seu trabalho, não enriqueceu. Apesar de tanto sucesso. Alguns continuam fazendo shows por amor à arte. Mas vivem suas vidas de forma modesta, como qualquer pessoa de classe média. Os Pholhas, por exemplo foi uma explosão. Lembro bem que era fã deles desde criança. Eu, meus irmãos e amigos corríamos pras lojas a fim de comprar o novo sucesso da banda. Eu os tenho como os "Beatles brasileiros". O Dave Maclean continua a fazer shows. Mas como disse certa vez o Oswaldo Malagutti, "ninguém ficou rico. Se fosse nos anos 90 teríamos ficado."
    Parabéns pelo blog. Me deu muita saudades só de ler seu artigo.
    Deus lhe abençoe!

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  39. JUNIOR não era brasileiro e nem espanhol, ele era "filipino", infelizmente faleceu há alguns anos na Espanha onde morava.

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  40. OLá pessoal: alguém teria alguma informação sobre THE PEPPERS? e PETER MCGREEN? Alguém sabe se já existe uma relação o máximo completa, com nomes em inglês e que brasileiros são de verdade?
    valeu obrigado.
    Maravilhoso o blog.

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  41. Nossa amei tudo que você postou,isso é uma verdadeira relíquia,músicas belissimas, músicas eternas, não importa se os cantores eram brasileiro ou de outros países,gravaram só lindas músiccas, não canso de ouvir,parabens

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  42. Genial! que saudade de poder ter vivenciado este movimento "made in Brazil". amooooo

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  43. Muito legal!
    Boas lembranças.

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