segunda-feira, 29 de agosto de 2011

PAUL McCARTNEY - THE McCARTNEY YEARS

Na sexta-feira, para comemorar o aniversário do Baú do Edu, fui até o shopping ver se havia alguma coisa que valesse à pena. Já fui preparado levando minhas poucas economias, pois sabia que não voltaria de mãos vazias. Saí de lá com cinco produtos Beatles. Os dois "novos" lançamentos de Paul, "McCartney" (1970) e "McCartney II (1980), um livro "John Lennon - A Life In Photographs", outro "Eu Conheci John Lennon" de Jerry Levitan e a sensacional box "The McCartney Years", que era um dos meus sonhos de consumo desde que foi lançada em 2008. Fiquei feliz e encantado como um menino que consegue o briquedo há muito, tão desejado. Obrigado, Deus. Obrigado The Beatles, por minha vida ter sido muito mais feliz!
A seguir, a gente confere a resenha brilhantemente escrita pelo grande jornalista Cláudio Teran (Teran: queremos uma exclusiva com você) para uma de suas colunas: "Pop GO The Beatles" (http://www.thebeatles.com.br/pop/paul-mccartney-years.htm)
The McCartney Years começa bem pela embalagem - linda - contendo um cartucho encapsulado num slip case (luva). Com face interna de acrílico o cartucho abre-se para abrigar três ótimos DVDs. Compõe o pacote um livreto com texto introdutório assinado por Barry Miles, fotografias, e uma cronologia. Quanto ao conteúdo, vai direto ao assunto, sem rodeios ou firulas. Os dois primeiros DVDs entregam uma penca de promo vídeos completos com qualidade absolutamente fantástica. Nós colecionadores que nos acostumamos a possuir determinados clipes de Paul e dos demais ex-Beatles com péssima qualidade, ficamos bem embasbacados diante de coisas como With a Little Luck, Pipes of Piece e Waterfalls, nunca vistos com tamanha nitidez. Nos extras de cada disco, espaço até mesmo para raridades nunca lançadas. Nos menus (em cada um deles) gemas escolhidas para provocar até os hard collectors. Se você clica para configurar as legendas e o som, encontra um promo ou apresentação ao vivo rara ou nunca vista - em versões completas, ou quase. Mesma coisa quando se aciona o playlist, faixa de comentários, créditos e outros tópicos contidos nos menus. Em cada uma dessas 'chaves de acesso' uma surpresa boa, entre as quais Paul cantando Blackpool completa em 1972, extraída de um filme chamado Backyard nunca lançado ou divulgado na íntegra.
No terceiro DVD, mais 'highlights': um trecho do Rockshow absolutamente restaurado, com qualidade sonora e de imagem digna de um lançamento integral (um dia quem sabe). Pela primeira vez o show de Seattle filmado em 1976 aparece com áudio estéreo digital, perfeito. As imagens clássicas exibem Paul e Wings em grande forma. Outro achado é o trecho do programa Unplugged da MTV, realizado em 1991. The McCartney Years entrega quatro canções recortadas da performance original, extraídas do primeiro 'desplugado' do outrora canal de videoclipes, Music Television. A partir desta apresentação de Paul McCartney, viria toda a série de 'acústicos' com nomes como Eric Clapton, Rod Stewart, Nirvana, Neil Young, Elton John e outros. No Brasil a marca, 'acústico' virou sinônimo eficiente para soerguer carreiras musicais em declínio. Voltando ao McCartney Years, o 'package' também reserva espaço para a sinceridade quando Macca admite publicamente - na faixa de comentários do terceiro DVD - que refez os vocais de Let it Be para o lançamento oficial do Live Aid.
A caixa também revela outros acertos raros como é o caso do surpreendente making of do especial de TV Chaos and Criation at Abbey Road, realizado em 2005. Ao contrário do que se esperava - que o especial fosse meramente transferido para DVD oficial - Paul preferiu apresentar material nunca visto, exibindo imagens coletadas nos ensaios, no 'dress rehearsal', e durante uma entrevista concedida em meio a técnicos trabalhando para preparar o estúdio 2 de Abbey Road para as filmagens daquilo que viria a ser o especial televisivo levado ao ar pelas redes BBC e HBO. Mas nem só acertos marcam o lançamento da caixa The McCartney Years. Há erros, ou equívocos pontuais. Eu particularmente gostei do resultado da transformação dos promos originalmente gravados no formato letter box 4:3 especialmente para a TV. Para este lançamento eles foram transferidos para o wide screen, uma tecnologia moderna de exibição que contribuiu para jogar um pouco de verniz e frescor num material antigo, algo datado, e que de uma forma ou outra, conhecemos bem. No site da Amazon, entretanto, há um comparativo dos formatos - 4:3 e wide. A impressão é que ao invés de ganhar, nós perdemos, já que os defensores do letter box sustentam que em alguns clipes somem cabeças, adereços, instrumentos e outras imagens da ação em nome da modernidade do wide screen. Adianto que as possíveis supressões passam despercebidas, em parte pela velocidade que marca a ação nos videoclipes.
No terceiro disco, Paul nos presenteia com 11 músicas da apresentação no Festival de Glastonbury em 2004, onde, diga-se de passagem, foi muito bem. É possível, porém que tenha desperdiçado a oportunidade de exibir um pouco mais dos Wings ao vivo entre 1972 e 1979. O áudio, e a imagem, de um ensaio da canção Wild Life escondido nos menus poderia ter aparecido completo no setlist. Senti falta de pelo menos um trecho da derradeira apresentação dos Wings no Concerto Beneficente Para o Camboja, no final dos anos 70. E o que dizer da não inclusão de nenhum trecho da histórica apresentação do Rio de Janeiro, considerando que o concerto da noite do dia 21 de abril de 1990 entrou para o Guiness Book? Uma outra observação a ser feita ficaria para a ausência de ousadia da produção. As coisas mais raras, e quem sabe menos populares, ficaram estrategicamente de fora, ainda que algumas delas tenham sido mostradas nos menus, na forma de aperitivos. Paul McCartney finalmente desnuda sua fantástica coleção de filmes dando ao expectador um pouco da dimensão e relevância visual de sua carreira solo. Em contrapartida teve o cuidado de embalar o lançamento de forma que agradasse a todos os públicos. The McCartney Years pode ser adquirida sem medo, tanto por um neófito em Paul McCartney, quando por um fã calejado.
É possível, entretanto, que uma das maiores bolas fora desse lançamento - considerando seu preço e luxo - esteja na legendagem. Mais uma vez o público brasileiro fica sem merecer da EMI o direito às legendas eletrônicas em português do Brasil, o que nos obriga a engolir o português lusitano com resultados nem sempre bons. Algumas expressões são do mais completo desconhecimento para os brasileiros. Aos menos versados informamos: "digressão", por exemplo, é turnê. "Ecrãs" são monitores de vídeo. Nenhum dos equívocos, todavia, deslustra o lançamento deste McCartney Years. Pelo contrário. Temos um grande produto que sem dúvida é referencial para se observar em resumo, uma das mais fulgurantes carreiras da história da música popular. Assistir esse material deixa-nos a impressão que Paul McCartney estava mesmo destinado a 'acontecer' de qualquer maneira, tivesse ou não sido um beatle. The McCartney Years ainda não é o Anthology do Paul, mas chega bem perto...

5 comentários:

  1. Legal , legal Edu !!!
    Eu já tenho esse McCartney Years realmente é muito bom e tambem é emocionante ver e rever esses videos , muitos deles assisti pela 1° vez no Fantastico !.
    Agora me diz esses McCartney I e II são as versões deluxe ?? e os Discos Bonus são legais ??!!!
    No momento eles são minha obsessão !!

    Um abraço e Hare !!!!

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  2. Só a capa com esse olho do Paul já vale o pacotão. Quando vc pega na caixa é que sente mesmo o tamanho do volume. (rsrsrsr)... Valeu, Eduardo! Eu tenho! Ana Lúcia Drummond de Almeida - GO

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  3. O meu custou R$150,00 pratas. Pagaste mais barato ?

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  4. Muito bom mesmo comprei esse magnifico Box no inicio do ano custou R$120,00 reais mas bem pagos, e é um BOX obrigatorio na coleção de todos os Maccamaniacos e Beatlemaniacos.
    Radamés de Sousa João Pessoa - Paraiba

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