Logo na chegada a Nova York, os Beatles deram um show – mas sem seus instrumentos. Na entrevista coletiva no aeroporto, esbanjaram bom humor e ironia e dobraram os repórteres com sua postura despretensiosa.
Fotógrafos a postos. Fãs histéricos. Jornalistas à beira de um ataque de nervos. Seguranças perdidos diante de uma multidão ensandecida. Assim foi a primeira entrevista dos Beatles em solo americano, em 7 de fevereiro de 1964. A banda já era número 1 na América e a coletiva de imprensa, realizada numa sala do Aeroporto John Fitzgerald Kennedy, em Nova York, pode ser considerada um marco. Na chegada, John, Paul, George e Ringo foram ciceroneados pelo disc jockey Murray the K. O DJ estreitou laços com o grupo na Europa, alguns meses antes, quando empresariou bandas que dividiam o palco com os próprios Beatles. Numa mistura de ingenuidade, bom humor e franqueza, os quatro garotos de Liverpool driblaram as mais diversas questões com a sempre afiada ironia inglesa. O repórter pergunta: “O que vocês acham de Beethoven?” Ringo responde: “Muito bom. Especialmente seus poemas”... E dessa forma segue-se toda a entrevista que todos podem conferir no link:
Murray Kaufman nasceu em 14 fevereiro de 1922. Conhecido profissionalmente como “Murray the K”, foi um influente empresário e DJ dos anos 1950, 1960 e 1970. Durante os primeiros dias da beatlemania, ele freqüentemente refería-se a si mesmo como o “Quinto Beatle. Murray Kaufman veio de uma família do show business: sua mãe, Jean, tocou piano, no vaudeville e escreveu a música e sua tia era uma atriz no palco e no cinema. Ele era um ator da criança - um extra - em vários anos 1930 Hollywood filmes. Ele participou de um militar escola , e mais tarde foi introduzido no Exército dos Estados Unidos , onde ele arranjou entretenimento para as tropas. Depois da guerra, que reuniu shows no Catskills " Borscht ", também fazendo warm-ups para os artistas manchete. A grande chance para Murray veio em 1958, depois que foi para a rádio WINS-AM para fazer um show todas as noites, que ele intitulou "The Swingin 'Soiree."
Durante toda a 1ª estadia dos Beatles nos Estados Unidos, coube ao DJ Murray The “K” guiá-los pelas boates da moda de Nova Iorque e de Miami. Eles conheceram a Peppermint Lounge, a de Nova Iorque e a de Miami, e também, o Playboy Club, de Nova Iorque. Indagado por um repórter em Washington sobre “que diabos Murray "The K", está fazendo aqui?”, George Harrison respondeu: “Murrray é o quinto beatle”. O DJ começou a usar o título de “quinto beatle” em suas intervenções na Rádio 1010 WINS, o que irritou Brian Epstein à primeira vista, mas, posteriormente, ele entendeu que isso ajudaria ainda mais a promover os Beatles. Nos dois shows que os Beatles realizaram no Carnegie Hall, em Nova Iorque, no dia 12 de fevereiro, Murray "The K", fez as honras da casa antes do show do quarteto. Em 21 de fevereiro de 1982, Murray "The K", um dos mais influentes disc-jóqueis de Nova Iorque entre o final da década de 50 e meados de 60, o "quinto Beatle", morreu de câncer aos 60 anos de idade. Algumas curiosidades: Murray "The K", apareceu interpretando ele mesmo no filme “I Wanna Hold Your Hand”. Também apareceu no filme “That's the Way of the World” de 1975.
Murray "The K" era um "mala sem alças". Um chato insuportável, algo como um "sérgio malandro". Mas os Beatles (talvez, até por conveniência) foram simpáticos e diziam gostar dele. E ele foi bacana com os Beatles. Valeu, Murray! Nos vemos por aí. Ou não.
ResponderExcluirIsso mesmo Edu.Ao menos pelo que andei lendo.
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