Os beatlemaníacos adoram dizer o quanto essa banda revolucionou não só a história da música, mas também a própria História. Não há como negar isso após apreciar todos os álbuns dos FabFour seguindo a ordem cronológica. É improvável que, depois dessa experiência, não se perceba a evolução, o experimentalismo, e cada nova onda em que os garotos de Liverpool se meteram. Ao longo de sua trajetória, os Beatles realizaram coisas diferentes deles mesmos e diferentes de qualquer outro som já produzido. Rubber Soul já apontava para a gênese de um novo estilo, novos arranjos, instrumentos inéditos e uma complexidade impensável até então. Mas o álbum seguinte, Revolver, veio para consolidar tudo isso e afirmar que os Beatles estavam inaugurando uma nova música. As letras de amor cederam espaço à fantasia, ao experimentalismo, às temáticas sociais e às viagens lisérgicas. Contudo, os Beatles se viram impossibilitados de reproduzir fora dos estúdios as loucuras que conseguiam inventar e gravar dentro deles, devido às limitações tecnológicas da época. Logo eles, que tinham praticamente inventado o público e os concertos de rock. Assim, em 1966, logo após o lançamento do álbum Revolver, a banda fez seu último show. Desenganada com a notícia do fim das apresentações, a imprensa chegou a apostar que era o fim da banda. Muito pelo contrário: era só o começo. Revolver inaugurou uma nova era. Composições na maioria atribuídas à dupla Lennon/McCartney vieram significativamente acompanhadas da ousadia de George Harrison, marcada pelas influências indianas. O fim dos shows trouxe composições ainda mais complexas, capazes de nos levar ao mundo de viagens e experimentações que eles viviam. Inaugurava-se também uma nova maneira de produzir LPs. Já não era possível trabalhar um disco como um todo. A única forma era produzir uma faixa de cada vez. A complexidade das experiências desenvolvidas, dos arranjos (com ruídos “estranhos”, como vidros batendo e barulho de mar) e o uso de novos instrumentos fizeram dessa obra algo revolucionário. Muitos chegaram a dizer que foi este o melhor álbum da banda. No entanto, logo depois viria o Sgt. Peppers, com “A Day In The Life”, fato que não só deixaria os beatlemaníacos para sempre divididos, mas também consolidaria a banda de Liverpool como a maior de todos os tempos! Letícia Fonseca Falcão - Fonte: http://www.correiodeuberlandia.com.br/nehac/2012/04/13/toda-a-criatividade-dos-beatles/
Bom texto. Muito bem sintetizado!Parabéns!
ResponderExcluirTexto Bom !!!
ResponderExcluirMais eu acho que a revolução começou mesmo é com o Rubber Soul !!!
Realmente um belo texto. Quanto mais se escreve, se lê, se fala, se ouve, se pensa, se lembra de Beatles, mais se tem para escrever, ler, pensar, se lembrar, se ouvir dessa banda mágica. Nunca vai ter algo que chegue nem perto, musicalmente falando, dos Beatles, isso eu tenho certeza.
ResponderExcluiroooooolhaaaaa, meu texto hauihaiuah valeu
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