terça-feira, 17 de abril de 2012

BOB DYLAN EM BRASÍLIA - É HOJE!

O cantor Bob Dylan se apresenta nesta terça-feira (17), no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília, a partir das 21h30. Este é o segundo show do artista na turnê latino-americana de 2012. As entradas custam entre R$ 240 (entrada inteira no Setor Superior) e R$ 500 (entrada inteira na pista Premium). O ingresso para a pista custa R$ 280 (valor da entrada inteira). Estudantes com carteirinha válida, idosos com 60 anos ou mais e professores têm direito à meia-entrada. No domingo (15), Bob Dylan se apresentou no Rio de Janeiro. Depois da Capital Federal, segue para Belo Horizonte (19 de abril), São Paulo (21 e 22 de abril) e Porto Alegre (24 de abril). No show de abertura de sua turnê latino-americana, no Citibank Hall, no Rio de Janeiro, Dylan entrou e saiu do palco sem dar um "boa noite" ao público — só falou para apresentar o excelente quinteto que o acompanha —, vetou fotógrafos e jornalistas e selecionou um repertório com alguns clássicos, mas sem muitas de suas canções mais populares. Em 1h40 de apresentação, frustrou quem foi atrás dos greatest hits e satisfez, sem empolgar muito, os verdadeiros fãs. Faltaram algumas canções famosas, como "Hurricane", "Blowing in the wind", "Lay lady lay" e "Just like a woman". Mesmo assim, ao fim de 16 músicas, sem intervalos, todos aplaudiram de pé e pediram bis. Bob Dylan é um homem “on the road”, constantemente com o pé na estrada. Desde 1988, o cantor americano passa a maior parte do ano se apresentando pelo mundo, adicionando dezenas de datas — até agora, 2.380 e contando — àquela que ficou conhecida como Never ending tour (“A turnê sem fim”). No domingo, Dylan deu início à temporada de shows em 2012 cantando no Rio de Janeiro. Hoje, ele sobe ao palco do Ginásio Nilson Nelson, em sua primeira aparição em Brasília. Tendo como base o show carioca e as apresentações de Dylan nos últimos anos, é possível esperar nesta noite um repertório que passe por alguns clássicos dos anos 1960 e 1970 e canções de seus mais recentes álbuns, Together through life (2009) e Modern times (2006). Mas surpresas também podem aparecer. Afinal, a trajetória de Bob Dylan é permeada por manobras imprevisíveis. Em 1965, ele chocou os puristas ao trocar o violão pela guitarra e abraçar o rock (só para, pouco depois, voltar ao som acústico). No final da década de 1970, o judeu converteu-se ao cristianismo e fez discos de fé e louvor. Depois de passar os anos 1980 e começo dos 1990 lançando discos medianos, o cantor recuperou o prestígio que parecia esquecido no passado com Time out of mind (1997). Dali em diante, o trovador tem encarnado a figura de um respeitável roqueiro “das antigas”, criando canções que relêem o rock ‘n’ roll, o blues e o country. Cantor, compositor, poeta, ator e artista plástico, Robert Allen Zimmerman, 70 anos, tem uma importância imensurável para a cultura pop, tendo influenciado de maneira determinante desde seus contemporâneos, como os Beatles, até músicos das novas gerações. No Brasil, sua influência pode ser percebida no trabalho de cantores como Caetano Veloso, Zé Ramalho, Belchior, Renato Russo, entre tantos. Um sucesso que atravessa gerações.
Bob Dylan caminha pelo Rio de Janeiro
A cabeça coberta por um gorro preto esconde a cara de poucos amigos. Dá-se um desconto. É madrugada de sábado, aeroporto do Rio de Janeiro: simpatia tem limite. Nos pés, sapatos de cowboy. A jaqueta, também preta, está amarrotada, e ninguém se surpreenderia se estivesse escrito, no peito e atrás do casaco, algo como "Auto Mecânica do João". As imagens e matérias que começam a circular sobre a estadia de Bob Dylan no Brasil foram, inicialmente, surpreendentes. Simplão, o Bob, gente da gente. Mas a coisa descambou para o pitoresco. Ontem (16), a reportagem do Estado de S. Paulo trouxe uma série de imagens do lendário compositor norte-americano perambulando tranquilamente pelas ruas do Rio de Janeiro. Sem seguranças, sem assédio, o mito folk surgia novamente, num domingo quente à beça, com o gorro preto, o sapato de cowboy, óculos escuros e a jaqueta da "Auto Mecânica do João". É assim que Bob Dylan chega para a turnê de shows no Brasil. Como se estivesse em casa. Andando por aí "like a rolling stone". O repertório de domingo, no Rio de Janeiro, deve ser o mesmo dos shows em Brasília (17), Belo Horizonte (19), São Paulo (21 e 22) e Porto Alegre (24). Entre as clássicas, "Like a Rolling Stone", "All Along The Watchtower", "Tangled Up In Blue" e "It Ain’t Me, Babe". Inquieto, longe da acomodação que montes de artistas buscam aos 70 anos, Dylan faz questão de mostrar sua produção mais atual. É aí que ele vai de "Beyond Here Lies Nothin" e "Thunder on the Mountain", é aí que ele canta seu atual desinteresse pelo engajamento político em "Things Have Changed". Um show forte, com pegada de rock. Para sorte dos fãs, sua voz está melhor do que a turnê anterior, há quatro anos, em que não se compreendia quais músicas ele, rouco e fanho, tentava balbuciar no microfone. Para sorte dos fãs, há ingressos para todas as apresentações. E ainda é possível esbarrar com Bob Dylan circulando anonimamente pelas cidades em que se apresenta.

4 comentários:

  1. Malditos ninjas, mal posso ver seus movimentos!

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  2. Não sei como entrar em contado com o site,então estou escrevendo neste comentário.
    Gostaria de saber como posso adquirir os cds The Byrds Journals

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  3. Como eu queria poder ver " O Véio Bob " nesses shows por aqui !!
    Mesmo que eu só soubesse que musica era que ele cantou bem depois !!!

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