A bonitona Diana Krall é uma cantora e pianista canadense de jazz. Começou a tocar piano aos quatro anos e durante a juventude a família mudou-se para Vancouver. No colegial, começou a tocar num pequeno grupo de jazz. Aos quinze anos, passou a se apresentar regularmente em diversos restaurantes de Nanaimo. Sua técnica chamou a atenção do baixista Ray Brown, que a apresentou a diversos professores e produtores. Aos 17 anos, Krall ganhou uma bolsa para estudar no Berklee College Of Music em Boston, Massachusetts. Passado algum tempo, mudou-se para Los Angeles, passando a estudar com Jimmy Rowles, com quem começaria a cantar.
Em 1990, Krall foi para Nova York, gravando alguns álbuns e finalmente alcançando sucesso internacional. Ela e o feioso Elvis Costello casaram-se em dezembro de 2003. Krall engravidou em 2006 e os gêmeos Dexter Henry Lorcan e Frank Harlan James nasceram em 6 de dezembro de 2006, em Nova York.
Krall lançou seu primeiro álbum Stepping Out em 1993, juntamente com John Clayton e Jeff Hamilton. Este álbum acabou chamando a atenção de Tommy Li Puma, que produziu seu segundo álbum "Only Trust Your Heart" (1995). Seu terceiro álbum "All For You – Dedication to Nat King Cole Trio" (1996) foi indicado para o Grammy e permaneceu na lista da Bilboard durante 70 semanas. Em seguida foi lançado "Love Scenes" (1997) que se tornou rapidamente um sucesso de vendas com seu trio Krall, Russel Malone (violão) e Christian McBride (baixo).
Em agosto de 2000, juntou-se com Tony Bennett em uma tour. Com arranjos orquestrais de Johnny Mandel, lançou outro álbum intitulado When I Look In Your Eyes (1999). Este que recebeu mais indicações ao Grammy, e venceu na categoria de Melhor Músico de Jazz do Ano. Sua banda continuou com essa mistura de arranjos no álbum The Look Of Love (2001), desta vez criados por Claus Ogerman. Esta gravação alcançou o CD de Platina e entrou para o Top 10 da Bilboard 200. The Look Of Love foi o considerado o Número 1 na lista canadense além de ser quatro vezes Platina.
Em setembro de 2001, fez uma tour pelo mundo e seu concerto no Olympia de Paris foi gravado e lançado como sua primeira gravação ao vivo "Diana Krall – Live in Paris" que chegou ao topo da lista de Jazz da Bilboard além de permanecer no Top 20 e Top 200 da Bilboard. Nessa mesma época esteve no Top 5 do Canadá, ganhou o Juno Award e ganhou seu segundo Grammy, desta vez como Melhor Gravação de Jazz (Best Vocal Jazz Record). Este álbum incluiu dois famosos covers: "Just The Way You Are" de Billy Joel e "A Case Of You" de Joni Mitchell. Mais tarde, lançou-se como compositora no álbum "The Girl In The Other Room" (2004). O álbum rapidamente alcançou o Top 5 do Reino Unido e esteve na lista dos 40 melhores na Austrália. Também fez uma participação no álbum "Genius Loves Company" (2004) de Ray Charles com a música "You Don't Know Me". Em 2006, lançou "From This Moment On" onde interpreta nomes famosos do jazz, como Irving Berlin, Cole Porter, Richard Rodgers, Lorenz Hart, entre outros. O trabalho contou com a produção de Tommy LiPuma. Destaque para "How Insensitive", ou "Insensatez", de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, com letra em inglês de Norman Gimbel. Em maio de 2007, Krall se apresentou em uma campanha da Lexus (Indústria automobilística japonesa). Também cantou a música "Dream a Little Dream of Me" com acompanhamento no piano do lendário pianista Hank Jones. Ainda em 2007, lançou "The Very Best Of Diana Krall", uma edição de luxo, que vem com CD e DVD numa mesma embalagem, e reúne seus melhores momentos. E em 2012, veio a consagração total ao ser convidada especial de Sir Paul McCartney para o álbum Kisses On The Bottom. Ela toca em todas as faixas.
Diana Krall trabalhou no Kisses On The Bottom, o mais recente álbum de Paul McCartney, que relembra alguns velhos standards de jazz. Ela não é de falar muito e vive nos Estados Unidos, e sua casa fica no campo, com seus filhos gêmeos. E não está muito interessada em fazer alguma promoção para o álbum. Mas não esconde seu entusiasmo por trabalhar no novo álbum de Jazz de Sir Paul McCartney, que também possui participação de Eric Clapton e Stevie Wonder. Seu prazer é claramente visível.
Como surgiu a idéia da reunião entre o ex-Beatle e você, uma cantora de jazz?
Paul sonhou em um álbum de jazz por vinte anos. Nós temos o mesmo produtor, Tommy LiPuma: Tommy nos deu a oportunidade de conversar. Da nossa reunião, o projeto tomou forma. A idéia era trabalhar com Eric Clapton, Stevie Wonder e músicos de jazz. Mas cada um de nós encaramos um papel que ele nunca fez. Resultado: Paul canta jazz e não toca qualquer instrumento, Stevie Wonder toca a gaita, eu estou no piano.
Todas as faixas norte-americanas incluídas no álbum são tão bonitas quanto pouco conhecidas. Quem as escolheu?
Paul McCartney escolheu. Ele ama autores famosos como Cole Porter, mas o que ele mais queria era retomar as canções de jazz que ele ouvia com seu pai em Liverpool. Muitas destas canções meu avô adorava e com quem eu cresci. Paul também disse-me que estas músicas inspiraram várias faixas que ele escreveu com John Lennon. Por exemplo, "Home (When Shadows Fall)", Paul tocou com os Quarrymen e os Beatles, entre 1957 e 1960.
Em Kisses On The Bottom, você tocou, fez todos os arranjos, e o line-up eram todos os músicos que a acompanham sempre. Finalmente, quem era o chefe?
Na verdade, ninguém. Cada um trouxe o seu próprio fundo musical. Eu queria músicos ecléticos. Todos tocaram com artistas tão diversos como Betty Carter, Erykah Badu, Joni Mitchell e Herbie Hancock. Paul também me deu a oportunidade de confrontar-me com um guitarrista extraordinário, Eric Clapton. Eu amo esse cara! Ele é ainda mais autista do que eu! Todos nós tínhamos uma linguagem comum e os arranjos vieram naturalmente. A maioria das canções deste álbum foram gravadas em um ou dois takes.
Neste álbum, a voz de Paul McCartney está quase irreconhecível...
É diferente, é verdade. Parece algo saído de um vinil pós-1940. Paul cantando em um microfone que foi usado por Nat King Cole. Eu toquei e tive arrepios ouvindo essa melancolia, essa fragilidade. E então, em algumas faixas, como "My Valentine", ele escreveu para a gravação, sua voz tornou-se um pouco blues, poderosa como um crooner (cantor romântico).
Você acha que Paul McCartney é um músico de jazz?
É Paul McCartney: músico que sempre compôs músicas com estruturas complexas. Na época dos Beatles, ele influenciou muitos músicos de jazz: Duke Ellington, Count Basie, que olharam para "Michelle" e "Help" - ou Ella Fitzgerald, cuja interpretação de "Something" é sublime. Eu mesma gravei "For No One", no meu último álbum, 'Quiet Nights'. Quem teria imaginado que um dia eu me juntaria a ele no piano?
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