PAUL McCARTNEY EM GOIÂNIA - PARTE 3

Em entrevista ao Sistema de Rádio do Grupo Jaime Câmara, logo após desembarcar no Aeroporto Santa Genoveva, Paul McCartney falou sobre o show, novo disco e a expectativa para a carreira.

Qual foi a sua impressão so­bre nossa cidade?

Bom, eu só vi o aeroporto até agora, é uma cidade muito gran­de. Não sabia que seria uma ci­dade tão grande. Até agora os fãs têm sido ótimos, me senti muito bem vindo no aeroporto. Os policiais estão sendo muito bons, estão cuidando bem de mim, estão nos ajudando no trânsito.

Seus fãs aqui de Goiânia te­rão a chance de ver alguma coi­sa especial que seria diferente do seu show recente em Belo Horizonte?

Vai ser bem semelhante, é um show novo. Vocês ainda não nos viram e quem ainda não viu vai gostar do show. Se você nos viu em Belo Horizonte sabe exatamente o que vamos fazer.

Você vai manter a sua tradição de falar com seus fãs em português?

É, vai ser ótimo! É sempre bom ver os locais, o público no Brasil é muito bom. Os brasilei­ros adoram a nossa música, nós adoramos a música daqui tam­bém, então quando nos junta­mos fazemos uma festa.

Nós sabemos que você é ve­getariano e preocupado com a qualidade da alimentação, vo­cê considera a possibilidade de provar um pouco da cozi­nha local, talvez um fruto do cerrado, o pequi?

Talvez, se eu tiver tempo e a comida local for vegetariana posso provar.

Qual é o seu primeiro pen­samento em relação ao show de Belo Horizonte?

Foi fantástico, o público bra­sileiro é ótimo! Em Belo Hori­zonte algumas garotas fizeram a campanha para que viéssemos ao Brasil e foi ótimo quan­do ficamos sabendo. Chega­mos lá, conhecemos essas garo­tas. Elas organizaram para que todos os fãs tivessem cartazes com dizeres de obrigado. Foi uma surpresa! Primeiro vimos um, depois dois, três, quarenta, milhares de pessoas segurando esses cartazes. Foi um momen­to emocionante para gente, foi ótimo. Adoramos receber esse tipo de resposta dos fãs, porque faz tudo valer à pena.

Você pela primeira vez to­cou algumas canções dos Bea­tles que nunca tinha tocado, como você escolhe essas músicas?

É uma combinação do que achamos ser interessante para o público e o que achamos ser interessante para gente tocar. Es­colhemos algumas canções e testamos nos ensaios. Algumas vezes que escuto ou leio algu­ma coisa logo penso: se estão fa­lando sobre uma canção seria legal fazer isso. Se tudo dá certo nos ensaios escolhemos usar. Gosto de usar alguns temas no­vos no show também como tro­car algumas músicas e dessa vez conseguimos incluir novas canções. Estamos tentando aprender todas essas canções.

Em preparação para os seus álbuns você escuta todos os ti­pos de música, você já mencio­nou que até funk faz parte des­ta lista. Você tem o hábito de escutar o material que recebe? Você conhece bem a música brasileira?

As pessoas falam bastante disso. Escutei muito mas ainda não consegui nenhum exem­plo de música moderna brasilei­ra. As pessoas falaram muito bem da música. Escuto todos os ti­pos de música, para ver o que es­tá acontecendo no mercado. Es­cuto bandas novas, soul e funk americano, escuto rádios, rece­bemos muitas coisas novas. Al­gumas eu gosto, outras não. Mas é bom porque dá para ter ideia do que está acontecendo.

Depois de tantos anos na es­trada como você se sente quan­do sobe no palco e sente a multidão de fãs que adoram você e sua música?

É ótimo, tem muita gente que me sugere aposentar e eu di­go para me acompanharem no Brasil e poderão ver a multidão e ficarão sabendo porque não deixo de fazer tumês. É um traba­lho excelente, eu adoro música e mesmo se aposentasse conti­nuaria tocando.

Você sabe que hoje é um dia histórico para Goiânia porque você está aqui?

Sim, é um dia especial pra gente também. Estou aguardan­do esse momento com ansieda­de. Estamos chegando agora e mal posso esperar para ver o pú­blico.

No seu próximo álbum vai ter um som mais característi­co de rock e você planeja ter al­gum convidado especial?

A gente sempre espera que o último álbum esteja entre os melhores que você já fez. Nós fi­zemos 18 canções novas que vão para o próximo álbum. To­quei para alguns amigos e eles gostaram bastante, então, acho que esse álbum vai ser especial. Não vou falar muito a respeito disso porque não estamos pron­tos, mas será um disco especial.

Quando esse álbum vai ser lançado?

Ainda não sei. O pessoal fala em setembro, mas ainda esta­mos vendo se vai dar certo.