Para os quatro Beatles, a beatlemania se tornaria um monstro incontrolável. Símbolo maior do desrespeito por eles e por sua música. Brian sorria orgulhoso de orelha à orelha. Mas aquilo que já era febre no velho mundo, invadia agora os Estados Unidos. Naquela época, depois de tantas e intermináveis entrevistas, um repórter perguntou a eles qual era seu “doce” preferido. Inocentes, puros e bestas, os Beatles - George (impensadamente), respondeu: jujubas. Poor George, poor Beatles. Nesse primeiro show em Washington, além de todos os empecilhos que passaram – como o próprio Ringo ter de girar a bateria – começaram a ser bombardeados por centenas de jujubas atiradas pela platéia enlouquecida. E isso foi piorando a cada show durante 64 e início de 65, fosse onde fosse. Quatro meses depois desse show, quando estavam na Australia, Paul interrompeu o espetáculo duas vezes, pedindo ao público: Por favor, não joguem essas balinhas em nós – só atrapalham”. A platéia respondia com gritos ensurdecedores e outra saraivada de jujubas. Depois desse show (da Austrália), a banda fez o seguinte comentário à imprensa:
Paul: “Eu fiquei pedindo para que não jogassem aquelas porcarias em nós, mas parece que eles não conseguem entender que não gostamos de servir de alvo de jujubas vindas de todas as direções como balas de revólver. Como podemos nos concentrar em nosso trabalho no palco se somos obrigados a ficar o tempo todo desviando de balinhas, bandeirolas, serpentinas e outra coisas mais que jogam em cima da gente?”. John: É ridículo. Eles chegam a jogar miniaturas de coalas e presentes embrulhados. É impossível não ser acertado por eles. Ringo: “É, vocês ainda podem pular para o lado e não serem atingidos, mas eu estou sentado na bateria e não tenho para onde ir, então, parece que cai tudo em cima de mim”. George: “É perigoso. Um dia me acertaram uma bala no olho e não teve nenhuma graça.”
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