Caros amigos todos: é com muito pesar que O Baú do Edu gostaria de avisar que está de luto, muito triste, muito abalado e muito preocupado a partir de agora até “Deus-sabe-quando” pela trágica passagem do meu melhor amigo: um homem-cavalo chamado João Neiva. JOÃO NEIVA MELO – ‘O Velho Caubói’ como o apelidei carinhosamente depois de passarmos por tantas aventuras. Ele finalmente faleceu ontem (24/01) ás 11h30. Quando o telefone tocou e vi que era a Débora, gelei. Sabia que seria qualquer hora dessas.
Conheci o João quando saí da Atual Propaganda e fui para a Know How Promoções & Publicidade, há mais de 30 anos. Quando nos conhecemos, batemos de frente. Eu era o "cara da arte" e ele o Contato, como se chamava na época – o "cara do atendimento". O tempo foi passando e aprendemos que sendo amigos éramos mais fortes. Então surgiu a inacreditável oportunidade de juntos criarmos a “OUR” Publicidade”, que para nós, era como a Apple para os Beatles. E nossa agênciazinha sobreviveu por seis valentes anos até sermos devorados pelos tubarões e um dia tivemos que encerrar e fechar as portas. Eu voltei para o mundinho sujo das agências sujas e meu amigo, o “Velho Caubói” foi excursionar pelo nordeste com a família. Ele, o verdadeiro Johnny B. Goode, muito me honrou com sua presença e sabedoria, diversas vezes, aqui no nosso Baú do Edu. A maioria pedindo músicas. Ele estava com 58 anos (seis mais do que eu) e em todos esses anos foi o cara mais “durão” que conheci. Cabra macho mesmo, que enfrentava os problemas de frente sem nunca se esquivar deles. Um guerrilheiro do bem, um pregador do bem. Nesses mais de 30 anos, aprontamos juntos coisas que jamais poderia falar aqui. Vivenciamos muitas baixas, mas também tivemos muitas alegrias. Com o tempo, nos tornamos amigos inseparáveis. Ele me ensinou muita coisa na vida, sobre quem eu sou e quem são as pessoas. E, talvez, como o mundo realmente é, e o quê os Beatles representavam para nós, especialmente para mim, na minha vida. Ele era um cara com uma índole e um caráter excepcional: bom amigo, bom pai (de nove filhos) de quem eu me tornei “irmão”. Quando meu pai já estava morrendo, esse meu amigo foi visitá-lo e isso lhe fez tão bem que no final o Papai chamou-lhe de “meu filho” também. Éramos irmãos. Quando escolhemos ser amigos, naquele tempo isso significava muito. Éramos quase como siameses e até nossas mulheres, a Daysona e a Débora morriam de ciúmes quando estávamos no Rock and roll. Podíamos passar uma noite inteira discutindo sobre tudo, e principalmente, sobre os destinos do mundo. Agora ele se foi. Depois de dois anos numa intensa luta contra um câncer maldito e devastador. Quanta saudade, meu amigo. Qualquer hora dessas a gente se encontra pra ouvir aquelas músicas que nos deixavam tão felizes e quem sabe, tomar umas três... Descanse agora Velho Caubói. Descanse em paz. Prometo que vou tentar fazer tudo ficar bem. I will always be with you – No matter what! Agora, especialmente para você,algumas daquelas pérolas que mais ouvíamos. A última, diz tudo o que se quer dizer para o melhor amigo que já pegou o trem. Amém. Deus tenha piedade de nós. Agora, e na hora de nossa morte.
Lamentável, Edu. Tive a honra de trabalhar com o João na Our. E também tive a felicidade de compartilhar algumas cervejas nas mesas dos bares. Da última vez que nos vimos, ele já estava na luta contra o câncer, mas, como você diz, ele se portava como um guerreiro, um caubói. E o tempo todo estava se divertindo, celebrando a vida.Vai em paz, João. Até qualquer dia.
ResponderExcluirMeus sentimentos, Edu.
ResponderExcluirMeus sentimentos a família do João e a você, Edu !!!
ResponderExcluirNuma hora dessas as palavras inexistem. Resta deixar um forte abraço amigo, sincero e compreensivo. Amigo é coisa prá se guardar debaixo de sete chaves!
ResponderExcluirThanks, friends! "Life goes on bra"!
ResponderExcluirObrigadão! É assim que a gente vai aprendendo quem é gente e quem nunca vai ser!
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