O goiano Odair José tem, em sua obra, alguns versos lapidares. Nessa categoria está a máxima: “Felicidade não existe. O que existe na vida são momentos felizes”. E o autor de 'Cadê você', 'Essa noite você vai ter que ser minha', 'Eu vou tirar você desse lugar' e outros hits popularíssimos dos anos 1970 e 1980 está num destes momentos de bonança na carreira. Com 35 discos e mais de 400 músicas compostas e gravadas, acaba de lançar 'Dia 16', sucessor do álbum 'Praça Tiradentes', em que Zeca Baleiro e Rossana Decelso promoveram sua inclusão no lado A da indústria fonográfica do terceiro milênio. Com uma pegada mais rock’n’roll, explicitada na levada AC/DC da música título, Odair flerta com o folk rock e gospel ('Deixa rolar'), apresenta sinais de country americano ('Sem compromisso'), demonstra ter ouvido Erasmo Carlos e o amigo de primeira hora Raul Seixas ('Começar do zero', 'Encontro'), emula Mick Jagger e Keith Richards ('Fera', faixa que ficou de fora da célebre e cult ópera rock 'O filho de José e Maria') e justifica o apelido de Bob Dylan da Praça Tiradentes ('A moça e o velho'). As letras, como sempre diretas, sem meias ou difíceis palavras, tratam de temas como o amor de mãe ('Lembro'), um amor pessoal vivido num morro carioca ('Morro do Vidigal'), casos diferentes de fim de caso ('Me desculpe', 'Sai de mim'), uma proposta explícita de amor a qualquer custo ('Sem compromisso') e, ao final, três minutos de Cores beatlemaníacas.
Com o refrão festeiro “hoje vai chover/ hoje a casa cai”, celebrado na música 'Dia 16', Odair José reassume seu posto de ícone popular. E reencontra as raízes musicais roqueiras, cultivadas na adolescência, quando montou a banda Monft para tocar Beatles, Stones e Animals, para alegria das novas gerações, que, assim como fizeram com Reginaldo Rossi, Márcio Greyck e outros músicos outrora restritos à prateleira do brega, o veneram como ídolo e fonte de inspiração. Fonte: http://divirta-se.uai.com.br/
Este é das antigas.
ResponderExcluir