Essa música, foi a estreia oficial do jovem George Harrison, então com 20 anos, como autor de uma canção dos Beatles. O principal guitarrista da banda, conseguiu o mérito de comandar os rapazes em nada menos que três músicas – “Don’t Bother Me”, dele próprio, o clássico “Roll Over Beethoven”, de Chuck Berry e a menos notada regravação dos Beatles para “Devil In Her Heart” de Richard Drapkin que a gravou com o nome de Ricky Dee. Um absurdo a batida de Ringo nessa música!
O álbum “With The Beatles” foi o segundo lançado por eles, na Inglaterra, em 22 de novembro de 1963, há quase 50 anos. No primeiro, ”Please Please Me”, George aparecia com duas: “Chains” (escrita pela dupla Goffin / King) e “Do You Want To Know a Secret?” de John Lennon e Paul McCartney, além dos seus solos espetaculares e absolutamente matadores como em “I Saw Her Standing There” - faixa que abre o disco e a carreira fonográfica dos The Beatles.
Harrison escreveu a canção enquanto estava doente e de cama em um quarto de hotel em Bournemouth, Inglaterra. Foi como um exercício para ver se conseguia escrever uma canção, mais tarde diria: "Pelo menos isto me mostrou que tudo que eu precisava era continuar a escrever e então quem sabe eu escreveria algo bom". Os Beatles já tinham gravado duas canções compostas por George Harrison mas não as tinham lançado: "In Spite of All the Danger" (em parceria com Paul McCartney) e "Cry for a Shadow" (em parceria com John Lennon). Ambas só foram lançadas oficialmente em 1995 no álbum duplo Anthology 1.
A frase que diz: "So go away, leave me alone, don't bother me" - Então vá embora, deixe-me só, não me perturbe - não era comum em canções dos Beatles na época mas esses versos, se tornariam uma das mais marcantes características de George Harrison.
A verdade é que o George tinha um traço de composição bem diferente do Paul, e um pouco como o que o John desenvolvia, em músicas como "Misery" e "All I've Got to Do", bem no comecinho da banda. Embora, musicalmente falando, não seja uma grande canção, a frase "não me perturbe" é realmente de se destacar e demonstra uma certa acidez, típico de uma grande parte do trabalho do George. Merece a lembrança por ser o primeiro trabalho (se desprezarmos as faixas do disco do Tony Sheridan) do compositor que nos brindaria com "My Sweet Lord", "Isn't a Pity", "Let it Roll (Ballad of Sir Frankie Crisp)", "If I Needed Someone", "Taxman", "Long, Long, Long", "Here Comes the Sun", "Something", etc, etc, etc... Meu Deus... Este era um gênio! RIP George! Nós amamos você!
ResponderExcluirÉ uma excelente e diferente canção. Gosto muito.
ResponderExcluirPara mim, essa é uma das melhores do George, apesar de sua simplicidade, ela é BEM legal.
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