segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

HÁ 36 ANOS - "PAUL McCARTNEY É PRESO NO JAPÃO"

Há exatamente 36 anos, no dia 16 de janeiro de 1980, Paul McCartney foi preso em Tókio por carregar 225 gramas de maconha na bagagem.
Chamar Paul McCartney de gênio é uma coisa normal. Ao lado de John Lennon formou a dupla de compositores de maior sucesso da história da música. É um excelente produtor e multi-instrumentista como poucos. Escolheu o baixo como ofício. Também toca, e muito bem, guitarra, piano, bateria ou qualquer outro instrumento que parar em suas mãos. E ainda é também é um dos maiores, senão o maior, cantor do rock de todos os tempos. Além de toda esta excelência musical, Paul McCartney tem outro grande talento, o cuidado com sua imagem. Olhando para trás, desde o início de sua carreira, no final dos anos 50 até os dias de hoje, é difícil encontrar fatos que possam arranhar sua imagem de bom moço, um Beatle que conquistou a realeza britânica e foi nomeado Sir. No entanto, um problema de Paul envolvendo drogas chegou às manchetes mundiais no início de 1980. No dia 16 de janeiro, ao desembarcar no aeroporto de Tokyo com a mulher, os filhos e os Wings, ele foi preso com 225 gramas de maconha. Paul ficou em cana por mais de uma semana. Disse que antes de viajar estava em Nova York com um fumo muito bom e como não tinha certeza se encontraria alguma erva no Japão, resolveu levar a mercadoria. “O negócio era bom demais para jogar na privada, então eu resolvi levar comigo” afirmou Paul. Ele também admitiu que esta foi umas das coisas mais imbecis que já fez na vida. Sua prisão no Japão também decretou o fim dos Wings. Os músicos Denny Laine, Laurence Juber e Steve Holly, insatisfeitos com a perda do contrato das apresentações (consequentemente, com a grana que iriam ganhar com os shows) e com uma remuneração baixa, resolveram cair fora!Resultado de imagem para Paul McCartney is arrested with drugs in Japan!
Matéria publicada originalmente
 na revista Manchete de 25 de janeiro de 1980. PAUL McCARTNEY – O BARATO SAIU CARO!
Na desastrosa relação entre o rock e as drogas, um dos mais divulgados capítulos vem sendo escrito desde semana passada. O cenário era clássico: no aeroporto de Narita, Tóquio, milhares de fãs superexcitados aguardava a chegada de Paul McCartney e seu conjunto Wings para uma série de 11 apresentações no Japão. Inevitavelmente, a imprensa estava lá – em peso. O sorridente Paul McCartney apareceu de moço bem-comportado, com mulher e filhos, mas, ao que parece, as autoridades japonesas já estavam de olho em sua bagagem. Procuraram e encontraram: 220 gramas de maconha. E, em vez do palco, Paul McCartney acabou na cadeia, levantando-se, no Japão, grande polêmica sobre as severíssimas leis envolvendo drogas. Mas não é a primeira vez que o ex-Beatle enfrenta esse tipo de problema. Em 1972, por exemplo, em Gotenburgo, na Suécia, ele chegou a admitir o consumo de haxixe e o contrabando para aquele país, sendo multado em dois mil dólares. No ano seguinte, sofreu nova multa – desta vez por cultivar maconha em sua fazenda na Escócia.
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Até o início desta semana, a juventude japonesa estava mobilizada pelo affaire McCartney. Com os concertos cancelados - e um prejuízo calculado em pelo menos um Milhão de dólares – as rádios oficiais proibidas de apresentar músicas de Paul (enquanto as particulares tocavam adoidado “atendendo a pedidos”), alguns achavam que era “inocente, pois não conhecia as leis japonesas”, enquanto outros reconheciam: “Ele agiu mal.” Enquanto isso, na cadeia, o cantor e compositor entrava no regime de acordar às seis da manhã e dormir às oito da noite; na justiça ainda se discutia o que fazer: formalizar a acusação de posse de drogas (mantendo-o sete anos na cadeia, mais dois mil dólares de multa) ou simplesmente expulsá-lo do país. Pelo sim, pelo não, os Wings se mandaram. Mas Linda espera por Paul.


3 comentários:

  1. É o típico "um minuto de bobeira na vida". Lembro desse episódio.. E mesmo pequeno e sabendo que era errado, torcia para que tudo desse certo... Era como torcer para o herói vencer o vilão, embora a linha divisória nesse caso, entre um e outro, era tênue. Para mim, isso não mudou nada: PAUL MCCARTNEY é um dos meus heróis. E ponto final.

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  2. Acho que a tabacudice foi dos japas! Perderam!

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  3. Não consegui entender esse "vacilo" do Paul. Das duas uma, ou pura inocência dele, ou ele se achava inatingível.

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