Há 28 anos, no dia 21 de agosto de 1989, um dos nomes mais importantes do rock brasileiro, um grande pioneiro do gênero em território nacional era encontrado morto aos 44 anos em seu apartamento. Raul Seixas despontou no mundo da música em 1968, com seu álbum de estreia Raulzito e os Panteras. Entretanto, só ganhou notoriedade de crítica e de público com as músicas do álbum "Krig-ha, Bandolo!" de 1973, como "Ouro de Tolo", "Mosca na Sopa" e "Metamorfose Ambulante".
Raul protagonizou histórias antológicas durante toda sua carreira. Muitas, quase inacreditáveis, como quando, em maio de 1982, foi tido como impostor de si mesmo num show em Caieiras, São Paulo. Não tinha nenhum documento e quase foi linchado. Preso, foi espancado pelo delegado e por policiais. Em 1983, lançou um LP com seu nome e o livro "As aventuras de Raul Seixas na cidade de Thor". Ganhou seu segundo disco de ouro e novos sucessos apareceram. Em 84, participou do especial Plunct Plact Zum, na Rede Globo, e lançou o LP "Metrô Linha 743". Mais alguns lançamentos e uma certa dificuldade de manter a produção estável por problemas de saúde se sucederam até 1987, quando gravou o ótimo "Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum!" e ganhou seu terceiro disco de ouro. Foi nesse ano que começou uma parceria com o também baiano Marcelo Nova, vocalista da banda Camisa de Vênus, ao participar da música "Muita Estrela, Pouca Constelação". A parceria teria seu auge em 89, quando os dois gravaram o indefectível álbum "A Panela do Diabo" e fizeram uma série de mais de 50 shows pelo país. O LP foi lançado no dia 19 de agosto. Raul morreu dois dias depois, sozinho, em São Paulo. Mesmo depois de morto, Raul continuou a protagonizar histórias antológicas como a do seu próprio enterro que acabou se transformando num tumulto danado com 5 mil fãs querendo tirar o corpo do caixão.
O interesse pela obra de Raulzito reacende em novas gerações de fãs, que fazem questão de soltar a voz com o grito “Toca Raul”. Ainda hoje é possível ouvir o jargão em bares, pistas de dança e shows de rock. Um dos legados do roqueiro é parecido com o fenômeno que acontece com o "Rei do Rock" Elvis Presley: inúmeros sósias fazem questão de se vestir de forma idêntica a Raul e atuar fazendo covers do cantor. A sua confirmação, como mito do rock nacional, é frequente em homenagens no teatro, na TV, nas biografias e relançamentos de álbuns. TOCA RAUL!!!
“Raul - O Início, o Fim e o Meio” é um filme biográfico brasileiro de 2012 dirigido por Walter Carvalho e produção de Denis Feijão, com montagem de Pablo Ribeiro e roteiro de Leonardo Gudel baseado na vida e obra do cantor. O filme mostra a vida e obra do maior ícone do rock brasileiro, desvendando suas diversas facetas, suas parcerias com Paulo Coelho, seus casamentos e seus fãs, que ele continua a mobilizar mais de vinte e cinco anos depois de sua morte. “O início, o fim e o meio” desvenda o mito, mostrando o complexo e complicado homem por trás da figura do Maluco Beleza. O documentário não poupa nada. Mostra que ele era problemático com as esposas, que ele não foi bom pai, foi bom marido em alguns momentos. Teve momento que ele realmente foi porra-louca total e deixou tudo desandar. Absolutamente imperdível! Somente aqui, no nosso baú dos Beatles e da Cultura Pop, a gente confere inteirinho, na íntegra, em alto e bom som.
valeu pelo presente.
ResponderExcluirPor essa hora no alge dos meus 26 anos, eu e alguns amigos todos fãs de Raul, recebemos a notícia de sua partida, quase inacreditável. Foi muito mé. É muita tristeza também
ResponderExcluirRaul era gênio... E, como gênio, tinha seus deslizes... Mas sua obra está acima de qualquer patrulhamento!
ResponderExcluirRaul é eterno!
Muitcho Loco meu!
ResponderExcluirRaul, Bob Dylan & Paul McCartney, em minha opinião, são artistas perfeitos. Os 3 amores da minha vida!!!
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