Símbolo da cultura pop, publicação de 50 anos enfrenta dificuldades após
crise de credibilidade e novo cenário digital.
A icônica revista de crítica musical e cultura pop, Rolling Stone, vai mudar de mãos. A editora responsável por sua publicação anunciou no final de semana que colocou à venda sua participação no controle da revista, que completou 50 anos em 2017. A decisão vem em meio ao cenário cada vez mais incerto das publicações impressas, disse o fundador da revista, Jan Wenner. Ainda estudante, Wenner criou a revista em São Francisco, em 1967, ao lado do crítico de música Ralph Gleason. Hoje, ele controla a publicação ao lado de seu filho, Gus. Isso porque a revista permaneceu sob o controle de sua empresa, a Wenner Media, desde então. Apesar disso, o criador justifica a medida, alegando que o futuro parece desafiador para uma editora familiar. “Há um nível de ambição que não conseguimos alcançar sozinhos” disse Gus Wenner. “Estamos sendo proativos e queremos nos adiantar à curva”. Além de ser uma das mais influentes revistas do cenário musical, a Rolling Stone conta também com um forte jornalismo político, e fez história com suas capas, que durante muitos anos foram o símbolo máximo do sucesso e relevância. Desde Jim Morrison, do "The Doors", passando por Madonna e Lady Gaga, até presidentes, atores e até mesmo Papas. A revista também criou uma geração de críticos de música bem conhecidos como Lester Bangs e escritores sociais e políticos como Tom Wolfe, Hunter S Thompson e PJ O'Rourke. Mas a reputação da revista — e suas finanças — sofreram um golpe depois da publicação de uma história falsa, em 2014, sobre um suposto estupro no campus da Universidade da Virgínia. A revista teve que se retratar, dizendo que não realizou procedimentos jornalísticos básicos de verificação de fatos. No entanto, a empresa disse que a Rolling Stone ainda atinge 60 milhões de leitores por mês, e que sua pegada de mídia digital e social está crescendo rapidamente. "Nós demos grandes passos para transformar a Rolling Stone em uma empresa multiplataforma, e estamos entusiasmados em encontrar o lar certo para construir nossa base sólida", disse em comunicado Gus. Essa não é a primeira baixa da empresa. Ainda este ano, a família Wenner vendeu outros dois títulos — a revista de celebridades US Weekly e revista sobre estilo de vida masculino Men's Journal — para a American Media, uma editora de tablóides, como o National Enquirer.No ano passado, a empresa vendeu uma participação de 49% da própria Rolling Stone para a startup de criação de música e tecnologia de Cingapura, BandLab Technologies. Ainda não se sabe se a empresa já está em negociações com potenciais compradores.
A icônica revista de crítica musical e cultura pop, Rolling Stone, vai mudar de mãos. A editora responsável por sua publicação anunciou no final de semana que colocou à venda sua participação no controle da revista, que completou 50 anos em 2017. A decisão vem em meio ao cenário cada vez mais incerto das publicações impressas, disse o fundador da revista, Jan Wenner. Ainda estudante, Wenner criou a revista em São Francisco, em 1967, ao lado do crítico de música Ralph Gleason. Hoje, ele controla a publicação ao lado de seu filho, Gus. Isso porque a revista permaneceu sob o controle de sua empresa, a Wenner Media, desde então. Apesar disso, o criador justifica a medida, alegando que o futuro parece desafiador para uma editora familiar. “Há um nível de ambição que não conseguimos alcançar sozinhos” disse Gus Wenner. “Estamos sendo proativos e queremos nos adiantar à curva”. Além de ser uma das mais influentes revistas do cenário musical, a Rolling Stone conta também com um forte jornalismo político, e fez história com suas capas, que durante muitos anos foram o símbolo máximo do sucesso e relevância. Desde Jim Morrison, do "The Doors", passando por Madonna e Lady Gaga, até presidentes, atores e até mesmo Papas. A revista também criou uma geração de críticos de música bem conhecidos como Lester Bangs e escritores sociais e políticos como Tom Wolfe, Hunter S Thompson e PJ O'Rourke. Mas a reputação da revista — e suas finanças — sofreram um golpe depois da publicação de uma história falsa, em 2014, sobre um suposto estupro no campus da Universidade da Virgínia. A revista teve que se retratar, dizendo que não realizou procedimentos jornalísticos básicos de verificação de fatos. No entanto, a empresa disse que a Rolling Stone ainda atinge 60 milhões de leitores por mês, e que sua pegada de mídia digital e social está crescendo rapidamente. "Nós demos grandes passos para transformar a Rolling Stone em uma empresa multiplataforma, e estamos entusiasmados em encontrar o lar certo para construir nossa base sólida", disse em comunicado Gus. Essa não é a primeira baixa da empresa. Ainda este ano, a família Wenner vendeu outros dois títulos — a revista de celebridades US Weekly e revista sobre estilo de vida masculino Men's Journal — para a American Media, uma editora de tablóides, como o National Enquirer.No ano passado, a empresa vendeu uma participação de 49% da própria Rolling Stone para a startup de criação de música e tecnologia de Cingapura, BandLab Technologies. Ainda não se sabe se a empresa já está em negociações com potenciais compradores.
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