Lançada como single em abril de 1965 tendo “Yes It Is” como lado B, "Ticket To Ride" tornou-se o sétimo número número 1 consecutivo dos Beatles no Reino Unido e seu terceiro número consecutivo número 1 nos Estados Unidos, e também superou as paradas nacionais no Canadá, na Austrália e na Irlanda. A música também foi incluída no seu álbum de estúdio 1965 Help! Gravada nos estúdios da EMI em Londres em fevereiro daquele ano, a trilha marcou uma progressão no trabalho dos Beatles com a incorporação do drone (efeito harmônico ou monofônico ou acompanhamento em que uma nota ou acorde é continuamente soada durante a maior parte ou a totalidade de uma peça) e da instrumentação soando mais dura em relação a seus lançamentos precedentes. Entre os críticos de música, Ian MacDonald descreveu "Ticket To Ride" como "psicologicamente mais profunda do que qualquer coisa que os Beatles haviam gravado antes" e "extraordinária para o seu tempo".
"Ticket To Ride" foi escrita por John e Paul e descrita por John como "uma das primeiras gravações de heavy metal já feitas". Embora suas asas tenham sido cortadas por “You Really Got Me” dos Kinks na disputa, foi a primeira faixa dos Beatles a ter um riff insistente e alongado sustentado por uma forte bateria e a trazer um fade-out com uma melodia alterada. Usada em Help! Durante as cenas na neve austríaca, ela foi lançada como single em abril de 1965 e já tinha chegado ao topo das paradas na Inglaterra e nos EUA quando o filme saiu. Paul confessou ao seu biógrafo Barry Miles que, embora houvesse sido considerada absurda na época, a sugestão de alguns fãs americanos de que a canção se referia a uma passagem da British Railways para a cidade de Ryde, na ilha de Wight, estava parcialmente correta. Betty Robbins, prima de Paul, e o marido dela, Mike, gerenciavam o Bow Bras na Union Street, Ryde, e Paul e John os tinham visitado lá. Apesar de a música ser essencialmente sobre uma garota que some da vida do narrador, eles estavam conscientes do potencial do duplo sentido.
Don Short, jornalista que tinha viajado extensivamente com os Beatles no início dos anos 60, ouviu de John que a expresso tinha mais um sentido. “As garotas que trabalhavam nas ruas de Hamburgo precisavam ter uma ficha médica limpa para que as autoridades de saúde dessem a elas um cartão declarando que não tinham nenhuma doença venérea”, conta Short. “Eu estava com os Beatles quando eles voltaram a Hamburgo em junho de 1966. Foi lá que John me contou que havia cunhado a expressão ‘a ticket to ride’ para falar desses cartões. Ele podia estar brincando – era sempre preciso ter cuidado com o que John dizia.” Fonte: "The Beatles - A História por Trás de Todas as Canções" - Sreve Turner
O album "HELP!" parece até coletânea, de tanto clássico gravado junto... Mas "Ticket to Ride" é daqueles clássicos que grudam na memória e você não se cansa de ouvir...
ResponderExcluirClássica! Clássica! Clássica!
"Ticket To Ride" eh uma espécie de Hino Beatle. O riff dela juntamente com o de "Day Tripper" e de "I Feel Fine", me acompanham aqui, lá e em todos os lugares, desde minha infância.
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