Uma das músicas mais tocadas por grupos em praças de cidades, com um tom nostálgico e uma bela interpretação de flautas é a música "El condor pasa". Ela se tornou muito conhecida com a gravação no início dos anos 70 da dupla Simon e Garfunkel e hoje é considerada o segundo hino nacional peruano. El cóndor pasa é uma obra teatral musical, classificada tradicionalmente como zarzuela, à qual pertence a famosa melodia que leva o mesmo nome. A música foi composta em 1913 pelo compositor peruano Daniel Alomia Robles e a letra, por Julio de La Paz, (pseudônimo de Julio Baudouin). Foi executada pela primeira vez em 1913, no Teatro Mazzi, em Lima. No Peru, foi declarada Patrimônio cultural da Nação, em 1993. A história transcorre no assentamento mineiro Yapaq de Cerro de Pasco, Peru e constitui-se uma obra de denúncia social. É a tragédia do enfrentamento de duas culturas: a anglo-saxônica e a indígena. Inicialmente sem letra, El Cóndor Pasa aparecia na parte final da obra. É uma cashua (dança similiar à huaino). Foi inspirada nos cantos andinos. Em 1965, o músico americano Paul Simon ouviu pela primeira vez uma versão da melodia da banda Los Incas em uma apresentação no Théâtre de l'Est parisien em Paris, na qual ambos estavam participando. Simon tornou-se próximo da banda Los Incas, chegando depois a viajar com eles e produzir seu primeiro álbum americano. Impressionado com El cóndor pasa, Paul Simon pediu permissão à banda para usar a música em sua produção. O diretor da banda e membro fundador, Jorge Milchberg, que estava ganhando royalties pela música como co-autor e arranjador, disse a Simon que ele estava registrado como co-autor e cobrando royalties.Em 1970, a dupla "Simon & Garfunkel" utilizou a versão de Los Incas, acrescentando letra em inglês e daí em diante adicionaram Paul Simon aos créditos do autor sob o nome da música "El Cóndor Pasa (If I Could"). A versão instrumental de Los Incas foi usada como a faixa base. Eles incluíram a música no álbum de 1970, "Bridge Over Troubled Water". No final daquele ano, o filho de Daniel Alomía Robles, Armando Robles Godoy, cineasta peruano, entrou com um processo contra Paul Simon para reconhecimento da autoria original de seu pai. O processo transcorreu de maneira amigável pois Armando Godoy reconheceu que Simon não sabia da autoria original e o mesmo logo prontificou-se a incluir os créditos. "Era um processo judicial quase amigável porque Paul Simon era muito respeitoso com outras culturas. Não era descuido de sua parte", diz Armando Robles Godoy. "Ele ouviu a música em Paris de um grupo vernáculo Los Incas. Ele gostou, ele foi pedir permissão à banda e eles lhe deram a informação errada. Jorge Milchberg disse que era uma música popular tradicional do século 18 e não a composição do meu pai. Foi um caso judicial sem mais complicações". Armando Robles Godoy, posteriormente, escreveu nova letra em espanhol tendo a versão de Paul Simon como referência. Fonte: historiacomgosto.blogspot.com
Muito bom!
ResponderExcluirMuito bom valorizar culturas diferentes.
ResponderExcluirQue bom que tudo terminou bem.
Essa música foi tema de um filme que assisti nos anos 70/80, não me lembro o nome do filme, eram dois jovens que viajavam em um veleiro
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