“É o riff que se ouve ao redor do mundo", diz Steve van Zandt, guitarrista da E Street Band. "E é um dos mais antigos exemplos de Dylan influenciando os Stones e os Beatles - o grau de cinismo, e a ideia de trazer mais letras pessoais da tradição do folk e do blues para a música popular".O riff veio a Keith Richards em um sonho, numa noite de maio de 1965, em um quarto de motel em Clearwater, Flórida, na terceira turnê norte-americana dos Rolling Stones. Ele acordou, pegou um violão e um gravador de fita cassete. Tocou a sequência de notas uma vez, então caiu no sono de novo. "Na fita, dá para ouvir quando deixo a palheta cair, e o resto é ronco". Essa fagulha na noite - o riff que abre e define "(I Can't Get No) Satisfaction" - transformou o balançado e meigo rock and roll dos primórdios em simplesmente rock. O temperamento primitivo da criação de Richards; o escárnio e o desprezo nos versos de Mick Jagger; a empáfia do guitarrista base Brian Jones, do baixista Bill Wyman e do baterista Charlie Watts: era o som de uma geração impaciente para herdar a Terra.Duas décadas mais tarde, Mick Jagger disse que "Satisfaction" era "minha visão do mundo, minha frustração com tudo". Inspirado pelo riff e pelo título, também ideia de Richards, Jagger escreveu a letra - uma litania de desgosto com a "América e sua síndrome de propaganda, a barragem constante" - em dez minutos, à beira da piscina do motel no dia seguinte ao sonho de Richards. Eles tentaram gravar a música uns poucos dias mais tarde, em 10 de maio, nos estúdios da Chess, em Chicago. Dois dias depois disso, eles a finalizaram no RCA Studios, em Hollywood, com o vital complemento do fuzz. "Satisfaction" era rock com o ousado design dos Stones."Satisfaction" foi lançada como um single nos Estados Unidos pela London Records em 6 de junho de 1965, com "The Under-Assistant West Coast Promotion Man" do lado B. O single seguiu seu caminho pelos charts americanos, alcançando o top 10 de julho, tirando o lugar dos Four Tops - "I Can't Help Myself (Sugar Pie Honey Bunch)". "Satisfaction" aguentou por quatro semanas completas, perdendo seu lugar em 7 de agosto para a canção "I'm Henry the Eigth, I Am" dos Herman's Hermits. A música entrou nos charts americanos da Billboard Hot 100 no dia 12 de Junho de 1965, permanecendo lá por 14 semanas; sendo número 1 por quatro semanas seguidas. Durante a sua oitava semana nos charts, foi certificado como ouro pela RIAA por ter vendido mais de meio milhão de cópias nos Estados Unidos, dando a banda seu primeiro de tantos discos de ouro na América. Mais tarde foi lançada também nos Estados Unidos pela London Records no álbum Out of Our Heads. Satisfaction aparece como nº 2, na lista da Rolling Stone das 500 melhores músicas de todos os tempos, atrás de "Like a Rolling Stone" de Bob Dylan e na frente de "Imagine" de John Lennon.
quinta-feira, 25 de julho de 2019
CONVIDADOS ESPECIAIS - THE ROLLING STONES - SATISFACTION
“É o riff que se ouve ao redor do mundo", diz Steve van Zandt, guitarrista da E Street Band. "E é um dos mais antigos exemplos de Dylan influenciando os Stones e os Beatles - o grau de cinismo, e a ideia de trazer mais letras pessoais da tradição do folk e do blues para a música popular".O riff veio a Keith Richards em um sonho, numa noite de maio de 1965, em um quarto de motel em Clearwater, Flórida, na terceira turnê norte-americana dos Rolling Stones. Ele acordou, pegou um violão e um gravador de fita cassete. Tocou a sequência de notas uma vez, então caiu no sono de novo. "Na fita, dá para ouvir quando deixo a palheta cair, e o resto é ronco". Essa fagulha na noite - o riff que abre e define "(I Can't Get No) Satisfaction" - transformou o balançado e meigo rock and roll dos primórdios em simplesmente rock. O temperamento primitivo da criação de Richards; o escárnio e o desprezo nos versos de Mick Jagger; a empáfia do guitarrista base Brian Jones, do baixista Bill Wyman e do baterista Charlie Watts: era o som de uma geração impaciente para herdar a Terra.Duas décadas mais tarde, Mick Jagger disse que "Satisfaction" era "minha visão do mundo, minha frustração com tudo". Inspirado pelo riff e pelo título, também ideia de Richards, Jagger escreveu a letra - uma litania de desgosto com a "América e sua síndrome de propaganda, a barragem constante" - em dez minutos, à beira da piscina do motel no dia seguinte ao sonho de Richards. Eles tentaram gravar a música uns poucos dias mais tarde, em 10 de maio, nos estúdios da Chess, em Chicago. Dois dias depois disso, eles a finalizaram no RCA Studios, em Hollywood, com o vital complemento do fuzz. "Satisfaction" era rock com o ousado design dos Stones."Satisfaction" foi lançada como um single nos Estados Unidos pela London Records em 6 de junho de 1965, com "The Under-Assistant West Coast Promotion Man" do lado B. O single seguiu seu caminho pelos charts americanos, alcançando o top 10 de julho, tirando o lugar dos Four Tops - "I Can't Help Myself (Sugar Pie Honey Bunch)". "Satisfaction" aguentou por quatro semanas completas, perdendo seu lugar em 7 de agosto para a canção "I'm Henry the Eigth, I Am" dos Herman's Hermits. A música entrou nos charts americanos da Billboard Hot 100 no dia 12 de Junho de 1965, permanecendo lá por 14 semanas; sendo número 1 por quatro semanas seguidas. Durante a sua oitava semana nos charts, foi certificado como ouro pela RIAA por ter vendido mais de meio milhão de cópias nos Estados Unidos, dando a banda seu primeiro de tantos discos de ouro na América. Mais tarde foi lançada também nos Estados Unidos pela London Records no álbum Out of Our Heads. Satisfaction aparece como nº 2, na lista da Rolling Stone das 500 melhores músicas de todos os tempos, atrás de "Like a Rolling Stone" de Bob Dylan e na frente de "Imagine" de John Lennon.
Edu
Clássico dos Classicos! Atras apenas de "Like a Rolling Stone" segundo a Revista Rolling Stone.
ResponderExcluirClássico que não envelheceu nada.
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