Vocês se lembram da minha voz? Continua a mesma. Mas os meus cabelos... quanta diferença! O jargão publicitário da década de 70 se adequa perfeitamente a Peter Frampton, um jovem senhor de 60 anos. A vasta cabeleira loira que ostentava naqueles anos se foi, mas sua técnica e habilidade com o instrumento ainda impressionam. O show que Frampton e sua banda fizeram ontem aqui em Brasília, foi literalmente o que o nome diz: SHOW! Es-pe-tá-cu-lo!
Cheguei ao Centro de Convenções pontualmente às 20 horas. Ainda no estacionamento, encontrei os amigos Ivan - o cruel - e a jovem e doce Tarsila. Tomamos algumas latinhas e nos separamos. Eles foram para os seus lugares vips, e eu fui lá pra cima, no mezanino, pra última fila. Longe pra caramba do palco. No problems. Fui salvo pelos telões!
O Auditório Máster do Centro de Convenções Ulysses Guimarães tem capacidade para 3 mil pessoas. A sala não estava totalmente lotada. Até porque os ingressos eram caros. Percebia-se nas pessoas um clima de intensa ansiedade. Peter Frampton não pisou no palco britânicamente às 21 horas. Depois de um atraso de 20 minutos, finalmente a banda entrou já atacando com “Four Day Creep” – clássico do Humble Pie. Frampton estava feliz e interagia o tempo inteiro com a platéia contagiando a todos. O guitarrista trocava e exibia suas guitarras a cada canção e a poderosa marcação do baixão Fender de John Regan dava a impressão de que a qualquer momento um terremoto destruiria a moderna construção. Velhos clássicos de Frampton eram alternados com as novas canções do seu álbum mais recente: Thank You Mr. Churchill. Como as pessoas não conheciam, não se entusiasmavam tanto. “Show Me The Way” foi absolutamente emocionante e cativante. Parecia ter sido o ponto alto do espetáculo. Mas o melhor estava guardado para o final. Quando a banda voltou para o bis, atacaram com o megasucesso “Breaking All The Rules”. Aí, a negada enlouqueceu! Depois, Frampton começou a dedilhar a Gibson e aos poucos foram surgindo os primeiros acordes de “While My Guitar Gently Weeps” eterno clássico de George Harrison. A negada pirou de vez e não queria deixar que os músicos fossem embora de jeito nenhum. Mas não teve jeito. Frampton agradeceu e se despediu. Muito legal, Mr. Frampton. O senhor e sua banda estão de parabéns! Espero que tenham gostado de Brasília e voltem no ano que vem. Estarei esperando, com certeza! Ao final do show, fui tentar falar com o astro nos bastidores e lhe entregar os presentes que levei. Só que umas 500 pessoas estavam na fila antes de mim. Havia um negão segurança de uns 2 metros. Chamei-o num canto e tentei suborná-lo para me deixar passar na frente dos outros... Tsc, tsc. Não adiantou. Não fiquei contrariado. Fui embora feliz da vida sentindo um gostinho muito bom: eu vi uma autêntica lenda viva do rock, um dos seus maiores guitarristas e um dos melhores shows da minha vida! Valeu, Frampton! Obrigado pelo showzaço! Boa temporada do Brasil! Quem tiver oportunidade de ver, não perca de jeito nenhum!
Sem ter ido ao show fiquei entusiasmado só em ler o seu post Edu. Deve ter sido mesmo de enlouquecer a galera. Tomara que ele volte. Abs
ResponderExcluirEdu, esse show deixou vc com uma cara boa hoje. Que bom que vc gostou e o Fampton não decepcionou a galera. Muito bacana seu texto. Bjs
ResponderExcluirThnkas, my friends! Forever!
ResponderExcluirEle ficou parecido com o Paulo Coelho. Isso é bom ou ruim?
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