Há uma semana, passeando com meu filho Davi, paramos na banca de revistas da 116 norte para ver as novidades. Havia apenas dois exemplares do livro “Minha Fama de Mau”, do tremendão Erasmo Carlos. Por um preço promocional de R$ 14,90. Na mesma hora, comprei um. O livro foi lançado no final de 2009 pela Objetiva. Com mais de um ano de atraso, devorei o livrão em dois dias! Tarefa fácil, devido às deliciosas lembranças de Erasmo Esteves. O livrão me surpreendeu! Com cabeça de homem e coração de menino, Erasmo Carlos conta suas divertidas memórias, da infância humilde à consagração como ídolo do rock Ele veio ao mundo para topar qualquer parada. Erasmo Carlos não só venceu os muitos desafios que o destino colocou no seu caminho, como se tornou um dos primeiros popstars brasileiros.
“Minha Fama de Mau” conta como o menino criado pela mãe, superou todas as limitações e o preconceito da Zona Sul carioca, consagrando-se, junto ao amigo Roberto Carlos, como o porta-voz sentimental de milhões de pessoas. Não só um ícone da MPB, Erasmo é também, como diz a letra de Amigo, uma pessoa doce, engraçada e generosa. Um artista deliciosamente humano que, através de suas memórias, conta as dificuldades e alegrias da juventude marcada pelo fenômeno da Jovem Guarda e da fama tão inesperada como explosiva. No começo de tudo, era quase impossível prever que tanto sucesso chegaria. De estoquista de loja de sutiãs a carregador de tijolos refratários, Erasmo fez de tudo até alcançá-lo – experiências frustradas que o convenceriam de que seu destino definitivamente era trabalhar com música. O primeiro passo era pensar no nome artístico: “Sempre achei o nome Erasmo, sozinho, de uma pobreza enorme, artisticamente falando. Não me sentia confortável ao ser anunciado nas quermesses. Resolvi então assumir meu nome completo e ficou pior”, conta ele, que, na falta de um segundo nome forte para um cartão de visitas, foi buscar inspiração num almanaque que destacava a energia ímpar atribuída ao nome Carlos pelos mestres do ocultismo. Cada letra que compõe o nome é na verdade a inicial de uma representação da nobreza: “C” de Cristo, rei dos judeus; “A” de águia, rainha das aves; “R” de rosa, rainha das flores; “L” de leão, rei dos animais; “O” de ouro, rei dos metais; e “S” de Sol, rei dos astros. “Erasmo Carlos. Esse era eu.”
Aos 68 anos, quase seiscentas composições e muitos prêmios depois, Erasmo se mostra tão à vontade no texto quanto nos tempos da Jovem Guarda. As amizades, cultivadas ao longo de décadas, continuam firmes. A família é representada pelos filhos Gil, Gugu e Léo, que formam junto ao pai “os quatro homens dependentes”, de quem fala na música "Mulher", de 1981. Personificada, essa mulher seria Nara, sua esposa por 16 anos e ainda fonte de inspiração. Sentado à beira do mesmo caminho, Erasmo acredita na sorte: “Mas também acredito no azar, bicho. Consegui na vida muito mais do que imaginei, não tenho do que reclamar.”
Quando terminei, voltei lá na banca e comprei o outro exemplar para presentear meu irmão, o tremendão Adelmar! Valeu, Abração!
“Minha Fama de Mau” conta como o menino criado pela mãe, superou todas as limitações e o preconceito da Zona Sul carioca, consagrando-se, junto ao amigo Roberto Carlos, como o porta-voz sentimental de milhões de pessoas. Não só um ícone da MPB, Erasmo é também, como diz a letra de Amigo, uma pessoa doce, engraçada e generosa. Um artista deliciosamente humano que, através de suas memórias, conta as dificuldades e alegrias da juventude marcada pelo fenômeno da Jovem Guarda e da fama tão inesperada como explosiva. No começo de tudo, era quase impossível prever que tanto sucesso chegaria. De estoquista de loja de sutiãs a carregador de tijolos refratários, Erasmo fez de tudo até alcançá-lo – experiências frustradas que o convenceriam de que seu destino definitivamente era trabalhar com música. O primeiro passo era pensar no nome artístico: “Sempre achei o nome Erasmo, sozinho, de uma pobreza enorme, artisticamente falando. Não me sentia confortável ao ser anunciado nas quermesses. Resolvi então assumir meu nome completo e ficou pior”, conta ele, que, na falta de um segundo nome forte para um cartão de visitas, foi buscar inspiração num almanaque que destacava a energia ímpar atribuída ao nome Carlos pelos mestres do ocultismo. Cada letra que compõe o nome é na verdade a inicial de uma representação da nobreza: “C” de Cristo, rei dos judeus; “A” de águia, rainha das aves; “R” de rosa, rainha das flores; “L” de leão, rei dos animais; “O” de ouro, rei dos metais; e “S” de Sol, rei dos astros. “Erasmo Carlos. Esse era eu.”
Aos 68 anos, quase seiscentas composições e muitos prêmios depois, Erasmo se mostra tão à vontade no texto quanto nos tempos da Jovem Guarda. As amizades, cultivadas ao longo de décadas, continuam firmes. A família é representada pelos filhos Gil, Gugu e Léo, que formam junto ao pai “os quatro homens dependentes”, de quem fala na música "Mulher", de 1981. Personificada, essa mulher seria Nara, sua esposa por 16 anos e ainda fonte de inspiração. Sentado à beira do mesmo caminho, Erasmo acredita na sorte: “Mas também acredito no azar, bicho. Consegui na vida muito mais do que imaginei, não tenho do que reclamar.”
Quando terminei, voltei lá na banca e comprei o outro exemplar para presentear meu irmão, o tremendão Adelmar! Valeu, Abração!
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ResponderExcluirVou procurar aqui em Recife.Quanto à essa história do Carlos sei não.Desconfio.Eu que o diga.
ResponderExcluirExcelente narrativa Edu, como sempre,.. e de fato o Erasmo é uma grande pessoa e, eu acho, pouquissimo reconhecida.
ResponderExcluirAbraços
Jonas
Esse blog é muito legal. Passei o final de semana inteiro lendo sobre Beatles (na verdade acabei lendo sobre vários outros temas e assuntos aqui abordados). Foi um negócio de louco, acho que li o blog quase inteiro em dois dias. abração
ResponderExcluirObrigado, Fernando. Espero que continue frequentando, deixe seus comments, envie para os amigos e cadastre-se (enviando um e-mail com nome e endereço completo) para poder participar das promoções!
ResponderExcluirAbração a todos!