“Mike McGear” foi o nome artístico que o jovem Peter Michael, 2º filho do casal Jim e Mary, escolheu para tentar o estrelato longe da fama do irmão mais velho, um certo James Paul.
Peter Michael McCartney, nasceu em 7 de janeiro de 1944. É dois anos mais novo que seu único irmão, Paul, e os dois sempre foram muito unidos desde crianças. A juventude dos meninos McCartney, foi marcada pela trágica morte da mãe, Mary, de câncer, quando os dois ainda eram moleques, com 14 e 12 anos, respectivamente, e pelo empenho que Jim criou os garotos sozinho, dando-lhes boa educação e ensinando-os a tornarem-se homens de caráter. A pedrada do Rock And Roll, não acertou Michael logo na cabeça, como aconteceu com o irmão. Michael, praticamente ainda usava calças curtas quando Paul começou a andar com John Lennon. E sempre mostrou-se grande admirador da carreira do irmão e também, um grande incentivador e fã daquilo que viria a ser The Beatles. Foi dele, o papel determinante para que Jim autorizasse que Paul partisse para Hamburgo com os outros Beatles.
Durante aqueles anos, Michael McCartney nunca demonstrou real interesse pela música, ou pelo rock and roll, ou pelas centenas de bandas que reverenciavam o mais novo som do Merseybeat. Preferia outras formas de expressão da arte, como a fotografia, que exercia desde muito jovem, e é sua, uma foto dessa época, em que o jovem Paul aparece, tocando sua violinha no quintal de Fortlyn Road, e que foi usada no álbum “Chaos And Creation In The Backyard” e em centenas de outras fotos dos Beatles dessa época. Afinal, Michael tinha acesso livre e não desperdiçava estas oportunidades. De alguma forma, ele sabia o que estava fazendo, e quem estava fotografando.
Porém, quando presenciou bem de perto a chegada do fenômeno que os Beatles se tornaram e toda a explosão da Beatlemania, começou a pensar: “Deu certo com Paul! Também pode acontecer comigo”. Os Beatles já dominavam todos os primeiros lugares da Inglaterra, e o sobrenome “McCartney” já se tornara uma lenda. A primeira pessoa com Michael aconselhou-se foi Jim, o pai, que o “desnencorajou” e o mandou “pedir” para Paul. Paul, sempre, desde o início foi perfeccionista e percebia “quem era”, “quem não era” e quem “poderia ser”. Michael McCartney, ou “Mike McGear”, não era! Mas sempre de forma afetuosa ao irmão, nunca lhe disse diretamente que aquele não era seu negócio. “A pessoa nasce com isso! Ou não. Ele tem vários talentos que aparecerão na hora certa”. Disse, em diversas entrevistas e ocasiões referindo-se ao irmão caçula. Ainda assim, Michael tornou-se membro de um grupo de Liverpool, que fazia de tudo: “The Scaffold” ao lado de Roger McGough e John Gorman, faziam comédia, poesia e até música. Pela proximidade dos Beatles, logo conseguiram um contrato com a Parlophone. Até o final dos anos 1960, lançaram vários álbuns, alguns sem sucesso algum. Outros que trouxeram alguma coisa, como seus melhores momentos: o álbum “Thank You Very Much”, de 1967 e “Lily The Pink”, que, para muitos, eram faixas “apenas ridículas” ou “absolutamente descartáveis”. Aí está, “Lily The Pink - The Scaffold”, para quem quiser conferir:
Nos anos que se seguiram, a carreira musical de Mike McGear, tornou-se bem instável. Gravou alguns álbuns como “McGear”, uns produzidos por Paul, outro não. Este aqui, que a gente baixa agora aqui direto do baú, foi produzido por Paul e os Wings tocam em todas as faixas. É considerado por muitos quase como um disco dos Wings. É bem bacana! Vale à pena!
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Hoje, Michael McCartney, ou Mike McCartney, aos 68 anos, é um respeitável senhor de cabelos grisalhos que se lembra bem de tudo que viu acontecer praticamente na sala de sua casa: dois caras se transformarem no maior fenômeno de todos os tempos. Michael pode caminhar livremente pelas ruas de sua cidade natal sem ninguém imaginar que ali está o irmão de uma das figuras mais famosas do planeta. Um certo James Paul. Não importa. Os McCartneys são do bem!
Visite o site de Mike, ou Michael, ou McGear: http://www.mikemccartney.co.uk/
Bom irmão!
ResponderExcluirImpressiona o fato de ele não ter nenhum traço do irmão.Jovem,ele se parecia com o Ringo.Gostei da famosa foto de George com a guitarra do Joe Brown.
ResponderExcluirValeu Edu! Mais um pra coleção.
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