Por Luiz Clementino
Bob Dylan se apresentou em BRASÍLIA, terça-feira dia 17.ABR.2012, amuado, taciturno, sem dar papo a ninguém, principalmente para a imprensa. Neste aspecto, tudo como sempre, porém na criatividade a coisa mudou, também como sempre. O CAMALEÃO adquiriu cores mais vivas, mais aguçadas e através de um “RHYTHM and BLUES” vigoroso, que foi a tônica do espetáculo de cabo a rabo. Nada de parafernália ou telão, apresentação “cool”, quase intimista.
Não se trata de uma apresentação de Bob Dylan e, sim, de uma banda de rock and roll com músicos de primeira (os dois guitarristas são excelentes), no qual Bob Dylan é também um integrante. Claro que ele é o grande maestro com seus arranjos criativos, despojados e com voz rouca e forte. A performance de “Like a Rolling Stone” é inovadora. São outros caminhos percorridos, quase uma nova canção, um novo som maravilhoso e engajado. Para se ter ideia, no meio da música Margareth me perguntou: ”é a like a Rolling Stones”?
Tudo leva a crer que a produção artística de Bob Dylan, depois de algum tempo, não significa grande coisa para ele próprio, o que interessa é a próxima criação. Mais parece uma torneira onde jorra a água pura e cristalina, não importa a boa qualidade da água e sim o fato de jorrar, cada vez mais.
Agora, convenhamos, exigir “blowin’ in the Wind” de um cara, que trilha há mais de 50 anos na estrada tortuosa do rock e com mais de 600 composições, é perfeitamente compreensível que não tenha mais saco para voltar ao passado. O impulso e a motivação são o trampolim para as próximas criações e, muitas vezes, com conteúdos bem diferentes do belo som anterior.
A questão é que Dylan nunca estagnou e sempre produzirá obras coerentes com seu estado de espírito vigente, gostem ou não, pois o que importa é produzir e ademais, como já foi dito, a compreensão desse processo," está soprando com o vento".
Luiz C. - BSB - abril 2012
PS.1- Satisfação grande encontrar meu amigo José Humberto num astral maravilhoso e alegríssimo (bota alegre nisso), na saída do show.
PS.2- Bob Dylan, antes de qualquer coisa, é um chato. Não permitiu que eu entrasse com meu equipamento fotográfico. Fazer o quê?
PS.3- O BAÚ do DUDU, apresentou excelente matéria sobre Dylan em Brasília, com competência e seriedade que lhe são peculiares. Confiram por favor!
http://www.correiobraziliense.com.br/app/galeria-de-fotos/2012/04/18/interna_galeriafotos,3009/confira-as-fotos-do-cantor-bob-dylan-em-brasilia.HYPERLINK "http://www.correiobraziliense.com.br/app/galeria-de-fotos/2012/04/18/interna_galeriafotos,3009/confira-as-fotos-do-cantor-bob-dylan-em-brasilia.shtml"shtml
O fato dele simplesmente mudar as versões das musicas dele ,é devido ao fato do cara ser um gênio,tipo Leonardo da Vinci,,Picasso ,Mozart etc...ele não é uma pessoa normal,gente q aparece de século em século…o problema é q ele não aguenta tocar a musica milhares de vezes nas turnês ,durante 50 anos do mesmo jeito….é ser pouco criativo,o q não se atribui a ele…uma pessoa capaz de se reinventar ,e mudar a sua obra e se encantar com ela, “não importando se quem pagou quis ouvir…” e assim vem trilhando seu caminho encantando adolecentes de 14,15 anos igual vc viu no show de BH e q sabiam tudo de Bob Dylan,então ta ae a diferença dele para nós pobres mortais…Things have change ,Dylan se reinventa,esta em constante mutação,é um poeta q segue o seu tempo ,e é isso q fascina, eu vi os show dele no Brasil em 90,91,98,2008 e ontem,e te confesso q nunca vi o Dylan tão empolgado no show com uma platéia tão empolgada…
ResponderExcluirA Mineirada foi 10 !!!
E o Dylan…ah…ele é o BOB DYLAN….