O fotógrafo Harry Benson foi testemunha, nos anos 1960, do auge da beatlemania, uma experiência que ele apresenta agora em um livro de edição limitada com imagens que tirou dos "Fab4" entre 1964 e 1966 durante viagem da banda britânica pela Europa e pelos Estados Unidos.
"Passarão 50 ou 100 anos e os Beatles continuarão ali", afirmou Benson, 82 anos. The Beatles: On the Road 1964-1966 resgata, quase meio século depois, as lembranças de uma aventura que o fotógrafo esteve a ponto de perder.
"Eu tinha que ir à África, mas no último momento me enviaram a Paris com os Beatles. Eu não queria, meu destino era a África. Me considerava um jornalista sério, não um jornalista de rock & roll", disse. "Mas fui a Paris, ouvi os Beatles e então soube que estava no lugar adequado. Nunca em minha vida tinha ouvido uma música como eaquela. Então, o que era uma boa história se transformou em uma história maiúscula: a beatlemania e o auge do pop".
Uma história que fica retratada nesta volumosa edição limitada, com folhas prateadas e muitas fotos até agora inéditas, que narra o salto à fama internacional do quarteto de Liverpool, um êxito que nem Benson nem os próprios artistas esperavam. "Quando você tira uma foto, não sabe no que se transformará. Cinquenta anos depois, a mesma imagem adquire outra perspectiva. Quando tiramos essas fotos, nem os Beatles nem eu sabíamos que seriam para sempre. Mas agora sim, tanto eles como essas imagens durarão para sempre".
Nas 272 páginas do livro, do qual só foram editados 1.764 exemplares ao preço de 450 libras (R$ 1.420) e 200 de uma edição especial a 1 mil libras (R$ 3.160), é possível observar fragmentos da vida privada da banda e a histeria que despertava onde ia. Fotografias espontâneas que os mostram "tal como são", seja enquanto compunham os temas que deslumbrariam várias gerações seja em seus momentos de lazer, como na famosa imagem da batalha de travesseiros no hotel George V de Paris.
"É minha favorita. Todos os fotógrafos têm uma imagem que os define. Esta é a minha. Nela vejo refletido todo meu trabalho. É um momento espontâneo que não poderia ter acontecido nunca mais, com os melhores músicos do mundo e no meio de uma grande história", confessou Benson, orgulhoso.
Sua fase como fotógrafo oficial dos Beatles lhe permitiu começar a trabalhar para a revista Life e cobrir alguns dos eventos mais importantes do século passado, como a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, a Guerra Fria, a queda do comunismo e o assassinato de Robert Kennedy. Em sua longa carreira, para meios de comunicação como Vanity Fair, People e Daily Express, fotografou todos os presidentes dos Estados Unidos desde Dwight Eisenhower e personalidades como a rainha Elizabeth II, Michael Jackson e Elizabeth Taylor. Meio século após atravessar o Atlântico, Benson se sente afortunado por ter renunciado sua viagem à África para cobrir a maior história de sua vida. "Eram amáveis e nada presunçosos. E a música era genial. Isso os fazia especiais. Todo mundo gostava deles e mesmo agora todos continuam gostando. Eu poderia ter tirado as melhores fotografias do mundo, mas, se a música não tivesse sido boa, não teria servido para nada. E é assustador. Nunca tinha feito um livro como este, com páginas prateadas e tudo. É um livro muito sério, de um grupo muito sério que nunca será esquecido", conclui o fotógrafo, com um fio de voz, ciente de que suas imagens também seguirão ali.
Adoro essas fotos! Adoro esse cara,véi!O meu livro preferido dos Beatle é o :Beatles Images of An Iconic Band,muito bom e nele traz imagens da banda durante as gravações e todas ( ou a grande maioria) as imagens dos anos 1964 e 1966 é dele!
ResponderExcluirVi a exposição dele em Edimburgo... Eterno.
ResponderExcluirRealmente deve ser maravilhoso esse livro !!!!
ResponderExcluirmas os preço tá salgado demais !!
Vamos aguardar o lançamento da edição para nós meros mortais, segundo oque li sairá logo...logo!
ResponderExcluirMas que deve ser maravilhoso...com certeza deve esse livro!
só na vontade de ter esse livro!
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