quarta-feira, 31 de outubro de 2012

QUEM VAI FICAR COM O CARRINHO DE PAUL?


O Aston Martin DB5 que pertence ao astro Paul McCartney é um dos 93 automóveis clássicos que vão para leilão nesta quarta-feira (31) no parque de Battersea, em Londres. Estima-se que ele será vendido por algum valor entre 300 mil e 380 mil libras (cerca de R$ 1,2 milhão). Paul comprou o carro depois que os Beatles terminaram o filme A Hard Day's Night, pouco antes de partirem para a turnê mundial de 1964. Peter Wallman, um funcionário do leilão, acredita que o veículo pode sair por um preço alto se o comprador certo estiver interessado. "O Aston Martin DB5 é um dos carros mais icônicos do mundo, foi conduzido por James Bond. E ainda estamos falando de Paul McCartney, de um dos grupos mais emblemáticos dos anos 1960", disse. "Já vendemos carros de Steve McQueen que saíram por 8, 9 e 10 vezes mais do que valeriam se pertencessem a qualquer pessoa. Eu não estou prevendo que isso aconteça aqui, mas colecionadores dos Beatles podem ficar loucos", completou Peter. Em setembro de 1967, um artigo na revista Time descreveu Paul, que tinha 25 anos na época, como um "solteiro viciado em filmes que adora olhar para Londres e para tudo ao redor da cidade em seu Aston Martin DB5 azul". O carro teve seu interior trocado para couro preto e, caso o proprietário queira recriá-lo, ainda é possível mudar.

O Aston Martin DB5 que pertenceu a Paul McCartney na época dos Beatles foi leiloado por 307,5 mil libras (cerca de R$ 1 milhão), informou nesta quinta-feira (1º) a casa londrina de leilões RM Auctions.

DUBOSSARSKY & VINOGRADOV - I SAW THE BEATLES

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A coleção de belíssimas pinturas dos Beatles (óleo sobre tela), chama-se "I Saw the Beatles" e faz parte do acervo dos artistas russos Vladimir Dubossarsky e Alexander Vinogradov. Para conferir estas e outras magníficas obras dos autores em alta-resolução, visite o site: http://www.dubossarskyvinogradov.com/en

INEXPLICÁVEL MESMO, SÓ O AMOR!


O outro feioso guitarrista dos feiosos Rolling Stones, Ron Wood (65), anunciou que vai se casar pela terceira vez. A escolhida desta vez é Sally Humphreys, uma produtora de teatro que tem 34 anos, quase metade da idade do músico. O músico e sua noiva, 31 anos mais jovem, deram início à relação há apenas seis meses, sendo que o anúncio de casamento coincide com a volta aos palcos dos Stones. Antes da apresentação surpresa em Paris, que aconteceu na última quinta-feira, a banda britânica não se apresentava ao vivo desde 2007. Segundo o tablóide inglês "The Sun", Wood tornou público sua decisão de se casar somente após a confirmação da turnê, o que lhe permitiu assegurar sua situação financeira.

MARY MOHIN McCARTNEY - 1909 - 1956


Mary Patricia Mohin, filha de Owen Mohin, um comerciante de carvão, nasceu em 29 de Setembro de 1909 e faleceu no dia 31 de outubro de 1956. James Paul McCartney nasceu no dia 18 de Junho de 1942. Quando ele nasceu sua mãe teve tratamento 5 estrelas, pois já havia trabalhado no hospital como encarregada da enfermaria da maternidade.
Os pais de Paul, Mary Patricia Mohin e Jim Mccartney, ambos de descendência irlandesa, casaram-se em 1941 e foram morar nos quartos mobiliados de Anfield. Mary abandonara o trabalho do hospital fazia apenas um ano, tornando-se health visitor(misto de enfermeira e assistente social). Quando Paul nasceu, Jim trabalhava, durante o dia, em Napiers e, de noite, como bombeiro. Como sua esposa havia trabalhado no hospital, ele podia visitar a ela e seu filho quando bem entendia, sem precisar respeitar os horários de visita. Sobre seu filho, Jim disse: "Ele tinha uma aparência horrorosa, eu não podia suportar isso. Tinha só um dos olhos abertos e chorava o tempo todo. Eles o levantaram e ele parecia um pedaço horroroso de carne vermelha. Quando cheguei à casa chorei, pela primeira vez, em muitos anos. Contudo, no dia seguinte, ele parecia mais humano. E, cada dia que passava, suas feições melhoravam. Afinal, ele se tornou um lindo bebê."

Na verdade, ela nunca gostou tanto de visitas como as da enfermaria. Era muito trabalho - das nove às cinco -, como um serviço de escritório. Então ela voltou à obstetrícia, arranjando 2 empregos de parteira domiciliar. Ela era chamada todas as noites. Jim diz que ela sempre trabalhava demais, mais do que deveria, pois ela era superconscienciosa.
Paul entrou para a escola primária Stockton Wood Road Primary quando ainda morava em Speke. Michael foi mandado para a mesma escola. Jim se lembra da diretora dizendo como os dois meninos eram bons com as crianças menores. "Ela dizia que Michael seria um líder. Acho que era porque ele estava sempre discutindo. Paul era muito mais calmo em fazer as coisas. E tinha um senso muito mais prático.". Quando a escola ficou muito cheia, foram transferidos para uma outra, a Joseph Willians Primary School.

À medida que Paul ficava mais velho, ia aperfeiçoando sua diplomacia tranqüila, continuando a fazer tudo muito calmamente. Jim conta que uma vez estava batendo em Michael por ele ter feito alguma coisa errada e Paul ficava por perto gritando à Mike para dizer que não tinha sido ele, que o pai pararia. mas Michael reconhecia seu erro. Paul era sempre capaz de escapar dos perigos.
"Eu era bastante furtivo", diz Paul. "Se às vezes apanhava, costumava entrar no quarto dos meus pais quando eles não estavam e rasgar a parte de baixo das cortinas de renda, só um pedacinho, e pensava: que isso lhes sirva de lição"

Facilmente Paul terminou o primário e logo foi para o Liverpool Institute, a escola secundária mais conhecida de Liverpool. Paul mantinha-se sempre entre os primeiros da classe. Era capaz de fazer seus deveres de casa enquanto assistia os programs de televisão. Enquanto os fazia, sabia exatamente o que estava passando na TV. Era bastante inteligente e iria entrar, com certeza, em uma boa faculdade. Isso era o que Jim sonhava para ele. Quando Paul descobriu o que seu pai almejava, tentou deixar de obter boas notas. Sempre foi bom latinista, mas quando Jim lhe disse que ia precisar muito da Latim, ele começou a negligenciar.

No Institute, Paul tornou-se o garoto mais precoce no aspecto sexual, conhecendo tudo ou quase tudo sobre o assunto. Perdeu a virgindade aos 15 anos. Certa vez, fizera um desenho obsceno para a turma. Era dobrado de tal modo que só se via a cabeça e os pés da mulher, mas quando aberto via-se que ela estava nua. Por engano, paul deixara o desenho no bolso da camisa, e esse era o bolso que ele costumava guradar os vales-refeição. Sua mãe sempre revistava o bolso antes de lavar, porque Paul às vezes esquecia alguns. Paul chegou em casa um dia e sua mãe lhe mostrou o desenho e perguntou se era ele que tinha feito aquilo. Ele disse que não, que fora um garoto da classe e que certamente o colocara ali. Afirmou isso por dois dias. Acabou confessando a verdade.
Depois do primeiro ano, Paul se encheu do trabalho de escola. Alegou que, nunca, em seu tempo de escola, alguém o dissera para que estava sendo educado. Achava os deveres de casa uma chateação. Ele não suportava ficar fazendo-os numa noite de verão, enquanto os outros garotos brincavam na rua. Os McCartney mudaram-se de Ardwick quando Paul tinha uns 13 anos. Sua mãe deixou de ser parteira domiciliar, apesar de, mais tarde, voltar a trablahar como health visitor. Eles receberam uma casa da prefeitura em Forthlin Road 20, Allerton, onde Paul passou sua juventude. Estavam morando em Forthlin Road fazia pouco tempo quando Mary começou a sentir dores no seio. As dores continuaram por 3 ou 4 semanas, desaparecendo e voltando, e ela pôs a culpa na menopausa. Falou com vários médicos, e eles concordaram com ela, aconselhando-a que procurasse esquecer. Mas as dores continuaram, cada vez mais fortes. Mary então decidiu procurar um especialista. Ele diagnosticou câncer. Operaram e ela morreu. Tudo aconteceu no espaço de um mês após ela ter sentido as primeiras dores sérias. Paul lembra-se que fez um comentário maldoso logo que ficou sabendo. Disse "O que iremos fazer sem o dinheiro dela?" Arrependera-se durante meses de ter falado isso. Mas era verdade. Mary sempre ganhara mais do que Jim como parteira. Mas duas das irmãs dele ajudaram muito. Logo após a morte de Mary, Mike e Paul foram morar com Tia Jinny por uns tempos. Depois, uma delas vinha, uma vez por semana, a Forthlin Road, limpar a casa devidamente. Mas Jim estava arrasado, sentindo muito a falta da mulher. Teve então que confiar muito nos rapazes. O irmaõ de Paul, Michael, pensa que houve uma influência direta da morte se sua mãe sobre Paul. "Foi logo após a morte da mamãe que começou sua obsessão por guitarras. Tomou toda a sua vida. A gente perde a mãe e encontra uma guitarra? Não sei. Talvez tenha vindo naquela época e se tornou uma fuga." Na capa do primeiro álbum solo de Mike "Woman", a jovem senhora que aparece é Mary. Fonte: "Many Years From Now - Barry Miles".

terça-feira, 30 de outubro de 2012

JOHN LENNON E SEU MAIOR SUCESSO COMERCIAL

Em 30 de outubro de1971, o álbum "Imagine" de John Lennon chegou ao nº 1 nos Estados Unidos. Foi seu único trabalho a chegar em primeiro lugar nas paradas de sucesso americanas com Lennon ainda vivo. A canção, embora tenha se tornado um clássico inquestionável, só chegaria a nº 3.

"Imagine" foi o segundo álbum de estúdio lançado pelo ex-beatle John Lennon. Gravado e lançado em 1971, atingiu o primeiro lugar nas paradas de sucesso dos Estados Unidos e Inglaterra. Foi produzido por Phil Spector em conjunto com John Lennon e Yoko Ono e está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame. Embora as faixas básicas para o álbum tenham sido inicialmente gravadas em seu estúdio em casa (Ascot Sound Studios em Tittenhurst Park), muitos dos instrumentos foram regravados no Record Plant Studios em Nova York, onde cordas e saxofone por King Curtis também foram adicionados. Extensas imagens das sessões, mostrando a evolução de algumas das músicas, foram compiladas em um documentário em vídeo intitulado "Gimme Some Truth: The Making of John Lennon's Imagine".

"Imagine" foi lançado em 9 de setembro de 1971 nos Estados Unidos e um mês depois, em 8 de outubro no Reino Unido. As primeiras edições do LP traziam um cartão-postal com uma foto de Lennon segurando as orelhas de um porco parodiando o álbum "Ram" de Paul McCartney, lançado naquele ano.

Após o lançamento, a Rolling Stone disse que "ele contém uma parcela substancial de boa música" mas, em relação ao antecessor Plastic Ono Band, "Imagine" foi inferior. Em uma entrevista para Melody Maker naquele mesmo ano, McCartney falou positivamente de "Imagine", considerando que ele é menos político e mais comercial do que o anterior. O álbum foi # 1 no mundo todo e tornou-se um vendedor duradouro, com a faixa-título alcançando # 3 nos Estados Unidos.

A música "Imagine" que abre o álbum, tornou-se um hino à paz. Fala em sua utopia de um mundo ideal e nos convida a participar. Por outro lado, ela fez com que Mark Chapman aumentasse sua loucura pelo cantor, pois na letra, Lennon diz para que se imagine que os ceús, em sentido espiritual, não existam, o que Chapman considerou outra blasfêmia dita por ele, junto com a declaração de que os Beatles eram mais populares que Jesus. "Jealous Guy" foi gravada pela primeira vez em 1968 ainda com os Beatles, a música que faria parte do Álbum Branco tinha outra letra e outro nome (Child of Nature) porém a mesma melodia. Agora com a nova letra, John fala sobre Yoko Ono. "Oh My Love" foi a única música do álbum composta em parceria com Yoko Ono. A música mais polêmica do álbum foi endereçada ao ex-beatle Paul McCartney. John compôs "How Do You Sleep?" (que contou com a participação de George Harrison na guitarra) para seu ex-companheiro de composições nos Beatles. Na música, Lennon ataca Paul dizendo que "a única coisa que ele fez foi Yesterday". Acusa Paul de frazer um som muzak (som ambiente para elevador) e ainda diz que "aqueles loucos estavam certos quando disseram que você estava morto" em referência ao boato da morte de Paul McCartney.

Além de John (vocais, guitarra, piano, harmônica e assobio), Yoko e Phil Spector, o álbum "Imagine" contou com uma lista de convidados especiais de primeira linha, como: John Barham – harmônica; Steve Brendell – maracas; King Curtis – saxofone; Andy Davis – guitarra acústica; Tom Evans (Badfinger) – guitarra acústica, The Flux Fiddlers – Instrumento de cordas; Jim Gordon – bateria; George Harrison – guitarra elétrica e slide guitar; Nicky Hopkins – piano; Jim Keltner – bateria; Rod Linton – guitarra acústica; Joey Molland (Badfinger) – guitarra acústica; Michael Pinder – tamborim; John Tout – guitarra acústica; Ted Turner – guitarra acústica; Klaus Voormann – baixo; Alan White – bateria.

UMA CARTA PARA PAUL & LINDA McCARTNEY

O que a gente confere a seguir é um trecho do capítulo "Problemas com Paul", do livro "As Cartas de John Lennon" de Hunter Davies.
Ainda na Inglaterra, em 1971, John datilografou uma carta a Paul e Linda que se tornou conhecida dos estudiosos dos Beatles como “a arenga de John”. Não se sabe se houve uma versão final, datilografada corretamente, que tenha sido enviada, nem se não passou deste rascunho. Existe uma insinuação de que a carta foi roubada em certo momento. Ela veio a público em 2001, quando apareceu à venda na Christie’s. Em 2011 ela reapareceu em um leilão na Califórnia. Em algum momento, alguém recobriu os palavrões – mas dá para vê-los e entendê-los –, e o próprio John acrescentou palavras e frases à mão. John responde a uma carta aparentemente escrita por Linda, em nome de Paul e dela mesma, transtornada com as afirmações que John fazia – sobre a MBE deles, os motivos da separação, a origem dos Beatles. John mostra-se claramente constrangido por ter aceitado a MBE, antes de mais nada, e também por ter deixado ser convencido a não revelar seu desejo de se separar dos Beatles. É óbvio também que se sente magoado com o modo como acha que ele e Yoko foram tratados – pelo mundo todo, não apenas por Linda e Paul. Na realidade, ele está furioso com tanta coisa que a carta transpira raiva. A carta pode ser vista como uma peça que expressa o fim real dos Beatles – até mesmo o fim dos anos 1960, como comentaram alguns, com certa empolgação – ou apenas como uma simples arenga, confusa, às vezes eloquente e furiosa. John como John é.

Termina com ele dizendo “Com amor a vocês dois”, o que de certa forma suaviza a pancada. Como se John esperasse que Paul ao menos soubesse como ele realmente é. Uma das coisas mais tocantes que Paul já me disse, ao falar das vezes em que John o tratou de forma horrorosa, foi que, no meio de uma discussão violenta, John parou, mirou-o por cima dos óculos e disse: “É assim que eu sou, Paul”. Então voltou a praguejar e a dizer vulgaridades. Na carta, “Queenie” é a mãe de Brian Epstein; Stuart é Stuart Sutcliffe; Allan Williams foi o primeiro empresário dos Beatles; tia Gin é uma tia de Paul que John conhecia; Klein é Allen Klein; Clive é irmão de Brian Epstein.
Carta 142: para Linda e Paul, 1971
Caros Linda e Paul
Eu estava lendo sua carta e imaginando que rabugento fã de meia-idade dos Beatles a tinha escrito. Resisti a olhar na última página para descobrir. Continuei pensando quem será? Queenie? A mãe de Stuart? A mulher de Clive Epstein? Allan Williams? Que diabo – é Linda! Vocês realmente pensam que a imprensa está abaixo de mim? Vocês acham isso? Quem vocês pensam que nós/vocês somos? A parte do “egocêntrico – não percebe quem ele magoa” – eu espero que vocês percebam a merda que vocês e o restante dos meus amigos “amáveis e abnegados” jogaram em Yoko e em mim, desde que estamos juntos. Pode ter sido às vezes um pouco mais sutil ou deveria eu dizer “classe média” – mas não sempre. Nós dois “nos elevamos acima disso” algumas boas vezes – e perdoamos vocês dois – então é o mínimo que podem fazer por nós – seus nobres. Linda – se você não liga para o que eu digo – cale a boca! – deixe Paul escrever – ou coisa assim. Quando me perguntaram o que eu pensava antes de tudo a respeito da MBE, etc. – eu disse, se não me falha a memória – e eu me lembro de ter ficado um pouco envergonhado – você não, Paul? – ou você – como eu desconfio – ainda acredita naquilo tudo? Eu perdoo Paul por encorajar os Beatles – se ele me perdoar por fazer o mesmo – por ser – “sincero comigo e se importar muito”! Puta que pariu, Linda, você não está escrevendo para o livro dos Beatles!!! Não tenho vergonha dos Beatles – (eu comecei tudo) – mas de parte da merda que engolimos para torná-los tão grandes – achei que todos nós sentíamos isso em graus diferentes – obviamente não. Vocês realmente acham que a maior parte da arte atual existe por causa dos Beatles? – não acredito que você seja tão maluco – Paul – você acredita nisso? Quando parar de acreditar nisso, vai poder acordar! Não é que sempre dissemos que somos parte do movimento – não o movimento inteiro? Claro que mudamos o mundo – mas tente ir até o fim – DESÇA DO SEU DISCO DE OURO E VOE! Não me venha com aquela merda da tia Gin [escrito à mão por cima das letras datilografadas “anti Gin”] de que “em cinco anos vou olhar para trás e ver outra pessoa” – não percebe que isso é o que está acontecendo AGORA! – Se ao menos eu soubesse LÁ ATRÁS o que sei AGORA – parece que vocês não perceberam essa questão… Desculpe-me se uso o “Espaço Beatle” para dizer o que quiser – obviamente se não param de me perguntar sobre os Beatles – eu vou responder – e obter o máximo possível de espaço John e Yoko – me perguntam de Paul e eu respondo – sei que isso fica um pouco pessoal – mas acreditem vocês ou não eu tento responder direito – e as partes que eles usam são obviamente as partes apetitosas – não tenho ressentimento de seu marido – sinto pena dele. Eu sei que os Beatles são “pessoas bem bacanas” – eu sou um deles – são também uns grandes filhos da mãe como qualquer outro – então tire o seu cavalo da chuva! Por sinal – em um ano tivemos um interesse mais inteligente nas nossas novas atividades do que tivemos durante toda a era dos Beatles. Por fim, sobre não dizer a ninguém que eu tinha saído dos Beatles – PAUL e Klein gastaram o dia me convencendo de que era melhor não dizer nada me pedindo que não dissesse nada porque isso “prejudicaria os Beatles” – e “deixemos que isso se dissipe” – lembra? Então enfie isso na sua cabecinha pervertida, sra. McCartney – os cuzões me pediram que ficasse quieto. Claro, o lado do dinheiro é importante – para todos nós – especialmente depois daquela merdinha que veio da sua família/parentes insanos – e que DEUS O AJUDE, PAUL – vejo você daqui a dois anos – acredito que então você terá caído fora – Apesar de tudo – Com amor a ambos, De nós dois. P.S. Sobre endereçar a carta apenas para mim – AINDA…!!!

IMAGINE... AL PACINO

Al Pacino já tem novo papel no cinema. O ator vai participar de um filme inspirado em uma carta fictícia de John Lennon. O personagem de Al Pacino é um roqueiro veterano da década de 1970, que vai encontrar uma carta que foi escrita pelo ex-Beatle para ele, quando tinha apenas 19 anos. Ao ler, ele decide mudar sua vida. Deixa de tocar antigos sucessos pelo dinheiro para ir à busca do seu filho (Jeremy Renner), de 40 anos. A direção do longa fica por conta de Dan Fogelman que faz sua estreia como diretor. Ele já fez trabalhos de sucessos no cinema como roteirista, escreveu "Amor a toda prova" e "Carros". Segundo o portal O Globo, o título do filme vai ser "Imagine", mesmo nome da famosa canção de John Lennon. No elenco também está a atriz Julianne Moore, de "Os Esquecidos" (2004) e "Ensaio sobre a cegueira" (2008). A previsão para o começo das filmagens é para maio de 2013.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

CHUCK BERRY - O MERECIDO DESCANSO DO GUERREIRO


Chuck Berry, lenda do rock’n’roll, foi homenageado com um prêmio e um concerto tributo no último sábado no Rock and Roll Hall of Fame and Museum, em Cleveland, nos Estados Unidos, aos 86 anos. Durante a homenagem, Berry agradeceu estar vivo para ver alguém como Barack Obama na presidência dos Estados Unidos. “Nunca achei que um homem com suas qualidades e características poderia ser nosso líder. Meu pai achava que eu não viveria para ver isso. Agradeço a Deus por ter conseguido”. Após essa declaração, o pai do Rock precisou fazer uma pausa na coletiva por ter se emocionado. Mas a comoção não parou por aí. Ao falar sobre o futuro, Chuck decretou o fim de seus dias de palco. “Meus dias de cantor acabaram. Minha voz se foi e mal consigo ouvir direito. A garganta está gasta e os pulmões não aguentam mais. Acho que isso explica tudo”. Durante a entrevista, Berry precisou de auxílio para compreender algumas perguntas.

BABY'S IN BLACK - A HISTÓRIA DE STU E ASTRID EM QUADRINHOS


Stuart Sutcliffe foi um beatle por pouco tempo. Ele trocou a música por suas verdadeiras paixões: as artes plásticas e a namorada, Astrid Kirchherr, fotógrafa alemã que virou amiga dos rapazes de Liverpool antes da fama, durante a temporada do grupo em Hamburgo, na Alemanha - onde eles aprimoram seu poder de fogo em cima do palco tocando em inferninhos na zona boêmia da cidade. É nesse período que se passa a história em quadrinhos Baby's in black - O quinto beatle. Como o título sugere - e com o subtítulo "A história de Astrid Kirchherr e Stuart Sutcliffe" confirma -, a HQ escrita e ilustrada pelo alemão Arne Bellstorf tem os Beatles como coadjuvantes do curto, mas intenso, relacionamento do baixista com a fotógrafa. Stu, como era conhecido, tocou baixo nos Beatles entre 1960 e 1961. Especular como teria sido a história da banda caso ele tivesse permanecido nela é um exercício que não vai muito longe. Sutcliffe morreu de aneurisma cerebral, aos 21 anos, em 10 de abril de 1962. Ainda hoje é muito pouco conhecida a história de Stuart Sutcliffe, o quinto integrante dos Beatles, que fez parte da formação original da banda mais famosa de todos os tempos, em 1960. Ainda mais desconhecida é a triste história de amor que ele protagonizou com a fotógrafa alemã Astrid Kirchherr. É esse momento que Arne Belstorf revela na HQ alemã Baby's In Black, lançada na Europa em 2010 e que só agora chega ao Brasil pela 8Inverso.

Outubro de 1960 e os Beatles, então um quinteto, fazem shows diários em um bar chamado Kaiserkeller, uma espelunca esfumaçada, em Hamburgo, frequentada por marinheiros, arruaceiros e marginais de todo o tipo. Todos eram adolescentes - George Harrinson tinha 17 anos, John Lennon, 19 e Paul McCartney, 18. O baterista Pete Best, 19 - e chegaram a ter problemas com a polícia por causa da pouca idade. O estudante de arte Klaus Voorman convence sua amiga, Astrid, a assistir a apresentação do grupo. Ela, acaba se apaixonando por uma figura misteriosa na formação, um baixista que praticamente não olha para o público, usa óculos escuros e conserva um ar taciturno. Era Stuart. A história desse Beatle, amigo de John Lennon, que foi convencido por este a largar suas pinturas para se arriscar em um grupo de rock, é o mote desta HQ, sucesso na Alemanha quando foi lançada. A relação do casal em Hamburgo nos anos 1960 ajuda a entender os primeiros anos da banda que redefiniu a música pop no século passado. A história, pouco conhecida, por muito tempo ficou oculta aos olhos dos fãs, já que Stu abandonou o quinteto antes mesmo da gravação do primeiro disco. Sua ideia era estudar artes plásticas em uma renomada escola alemã.

A presença de Astrid foi importante em sua formação, influenciando seu trabalho. Ele morreu muito jovem, de uma hemorragia cerebral, interrompendo uma possível trajetória de sucesso. Professores em Hamburgo e na Inglaterra, que tiveram contato com Sutcliffe demonstravam entusiasmo com o trabalho do garoto, então com 19 anos, que buscava inspiração no expressionismo. Ele vendeu um quadro em uma exposição para comprar seu primeiro baixo e sair na estrada com os Beatles. Astrid acabou aproximando-se dos rapazes, assim como seu amigo Klaus Voorman, mais tarde, autor da capa do disco Revolver. A fotógrafa foi a responsável por fotos clássicas do início da formação dos Beatles e chegou a morar em Liverpool na época da febre beatlemaníaca que varreu a Europa - e depois o mundo. Seu trabalho dessa época já foi usado em diversas exposições e chegou a ganhar uma grande retrospectiva. Ela, no entanto, decidiu abandonar a vida pública e passou a recusar pedidos de fotos dos integrantes. Baby's In Black tem uma força emocional grande por decidir se ater à relação amorosa de Astrid e Stuart, nos primeiros momentos da banda.

Arne Bellstorf, um dos destaques da nova geração de quadrinistas alemães, conseguiu trabalhar com subjetividade para contar a história do casal. Para isso, usou referências das artes plásticas e também da música. Os interlúdios de Astrid, retomando a lembrança do primeiro encontro com Stuart, vão se tornando cada vez mais dolorosos, a medida em que avançam seus problemas de saúde e a saudade aumenta. Há também as cenas de shows, com dinamismo, criando uma sensação de estar no meio do público. A edição brasileira decidiu manter as letras das músicas em inglês, o que vai agradar os fãs de música pop. É uma HQ que requer tempo para uma entrega total do leitor. Ao contrário do que poderíamos imaginar, não há o ritmo acelerado, esfuziante, que um clichê sobre os Beatles poderia nos remeter. Pelo contrário, chega a ser melancólica na maior parte do tempo. A única coisa que atrapalha é que o traço de Belstorf faz com que os personagens sejam muito parecidos entre si, o que confunde o entendimento algumas vezes. A seu favor, no entanto, está a caracterização muito bem feita do período, como roupas, cenários, e algumas curiosidades, como as referências ao pós-Guerra, nazismo e o surgimento do rock'n' roll. Baby's In Black é uma HQ imprescindível para os fãs dos Beatles, mas ela vai além desse público, ao ter como seu objetivo principal revelar uma das mais trágicas histórias de amor da cultura pop de todos os tempos.
BABY'S IN BLACK — O QUINTO BEATLE - Arne Bellstorf - 212 pági­nas, R$ 51,00

DENNY LAINE - 68 ANOS

Hoje é aniversário do Denny Laine. Ele está completando 68 anos!

Brian Frederick Arthur Hines, conhecido pelo nome artístico de Denny Laine, é um músico e compositor britânico, mais reconhecido por ser guitarrista e líder vocal da banda de rock The Moody Blues e por ajudar a fundar e fazer parte dos Wings junto com Paul e Linda McCartney. Dos Wings, Denny Laine foi o integrante que ficou por mais tempo. Nasceu em Birmingham, na Inglaterra, em 29 de outubro de 1944. Começou sua carreira musical com o grupo Denny Laine and The Diplomats, que existiu de setembro de 62 à abril de 64. Em maio junto com Mike Pinder, Ray Thomas, Graeme Edge e Clint Warwick formou os Moody Blues. Laine foi o vocalista e guitarrista da banda até agosto de 66.

O maior sucesso da banda foi o hit Go Now, cantado por Denny, que alcançou número 10 nos EUA (Billboard) e número 1 na Inglaterra por duas semanas. Tiveram mais dois sucessos antes de assinarem com o empresário dos Beatles, Brian Epstein. Depois que a popularidade do grupo caiu, Denny deixou a banda para formar "Denny Laine Eletric String Band", grupo que inspirou a formação da famosa ELO - Electric Light Orchestra, cujo som é uma mistura de instrumentos elétricos, como a guitarra e instrumentos clássicos, como o violino. O grupo não durou muito, e Denny criou a banda "Balls" em 69.

Em 71 saiu da banda e passou a integrar o grupo Wings, de Paul McCartney. Com os Wings, Denny pôde compor com Paul e criar sua próprias canções. Entre algumas de suas músicas está a bonitinha Again & Again & Again, do álbum Back to the Egg e Time To Hide, do álbum Wings at the Speed of Sound. Também cantou músicas compostas por Paul(The note you never wrote e Spirits of Ancient Egypt). Denny co-escreveu com Paul a belíssima Mull of Kyntire, número 1 nas paradas e que rendeu a Paul o título de melhor compositor de todos os tempos. Com os Wings, Laine até mesmo tocou seu antigo Go now, que pode ser encontrado no disco Wings Over America.

Denny deixou a banda em 80. Supõe-se que dentre os motivos estava a recente prisão de Paul no Japão por porte de maconha. Denny achou que o futuro da banda era incerto depois desse episódio. Paul também não queria mais fazer mega-turnês nem ser dependente de uma banda para tocar, ao contrário de Denny. A também recente morte de John Lennon, é considerado um outro motivo. Mesmo assim, Paul e Denny continuaram amigos, ele toca em quase todas as faixas do album Tug Of War (1982) e seu nome está citado na lista de agradecimentos do álbum Pipes of Peace (1983). Logo após o rompimento dos Wings, Denny lançou seu disco Blue Nights, que tinha participações especiais de Paul e Linda McCartney. No entanto, em 1984, Denny deu uma entrevista a Geoffrey Giulliano, falando de sua relação com os McCartney. Pelo visto, Paul não gostou nada, e os dois brigaram e passaram anos sem se falar. Hoje, parece que já está tudo resolvido. Denny continua aparecendo e participando de Beatlefests e trabalha com os World Classic Rockers.

Visite o site oficial de Denny Laine: http://www.dennylaine.com/

domingo, 28 de outubro de 2012

PAUL McCARTNEY e MICHAEL JACKSON - SAY, SAY, SAY - DEMAIS!

No dia 28 de outubro de 1983, estreou o vídeo clipe de “Say Say Say” com Paul McCartney e Michael Jackson. Exibido na época com exclusividade pelo Fantástico. Há 29 anos! Bom demais!

McCARTNEY DIZ QUE YOKO ONO NÃO TEVE CULPA


Paul McCartney afirmou que Yoko Ono, a mulher de John Lennon, não foi a responsável pela dissolução dos Beatles. ''Ela certamente não separou o grupo, o grupo já estava se separando'', afirmou McCartney em um uma entrevista, pondo fim a décadas de acusações de que Yoko seria o pivô do fim da banda, que ocorreu em 1970. Os comentários de McCartney foram feitos durante uma entrevista concedida a David Frost, o repórter britânico que ficou famoso por ter realizado a primeira entrevista de Richard Nixon desde que ele renunciou à presidência dos Estados Unidos. A entrevista de uma hora será exibida no mês que vem na rede Al Jazeera e é uma das mais extensas dadas recentemente pelo ex-beatle. McCartney chega até dizer que Yoko Ono teve um papel positivo sobre as ideias musicais do parceiro, ao afirmar que Lennon não teria feito canções como Imagine se não tivesse tido contato com a arte vanguardista da artista plástica e compositora japonesa. ''Eu acredito que ele não teria sido capaz de fazer isso sem Yoko, por isso, acho que ela não pode ser culpada por nada. Quando a Yoko apareceu, parte de sua atração era seu lado vanguardista, sua visão a respeito das coisas, por isso, ela mostrou a ele outra maneira de ser, que foi muito atraente para ele. Então, era hora de John ir, ele definitivamente iria sair, de um jeito ou de outro'', afirmou. Mas na conversa com Frost, McCartney reconhece que se incomovada com o fato de Yoko estar sempre nas sessões de gravações dos Beatles. O ex-beatle afirma ainda acreditar que o grupo se separou no momento certo. De acordo com ele, a banda ''deixou um belo legado'' e que por isso a separação ''não foi algo ruim''. McCartney conta que um dos motivos pelo qual ele e John foram muito próximos é que ambos perderam suas mães ainda na juventude. A mãe de Lennon foi morta após ter sido atropelada, quando ele tinha 17 anos. McCartney perdeu sua mãe quando tinha 14 anos.
 

AS MÚSICAS DOS BEATLES EM 40 GRAVURAS

Fãs dos Beatles e amantes de artes gráficas que precisam de posteres para decorar desde o fundo da tela do celular até a parede apagada do quarto de dormir, podem encontrar 40 trabalhos exclusivos de 40 canções clássicas do quarteto de Liverpool no centro de artes irlandês The House Copper Gallery. São imagens feitas por artistas irlandeses convidados que traduziram em seus desenhos os títulos de grandes músicas como “A Hard Days Night”, “Blackbird”, “Drive my Car”, entre outras. Algumas trazem cores mais vibrantes, outras refletem tons mais introspectivos. Porém todas correspondem ao valor de cada canção, assim como trazem de um modo novo e divertido, visualmente falando, as já conhecidas figuras de Lennon, McCartney, Harrison e Star. Veja todas as imagens disponíveis no site da galeria: http://www.thecopperhousegallery.com/artists/77-The-Illustrated-Beatles/works/

sábado, 27 de outubro de 2012

BACHMAN TURNER OVERDRIVE - YOU AINT SEEN NOTHING YET


Bachman-Turner Overdrive (BTO) é uma banda Canadense formada em 1972, por Randy Bachman e Chad Allan, ambos ex-integrantes do The Guess Who, e o baterista Robin "Robbie" Bachman. Inicialmente como “Brave Belt”, gravaram dois discos entre 1971 e 1972, que misturavam pop, rock e country. Chad Allan deixou a banda devido ao pouco êxito comercial dos discos, sendo substituído pelo guitarrista Tim Bachman, irmão de Randy e Robbie. Então, mudaram o nome para Bachman-Turner Overdrive, derivado da união de seus sobrenomes com a paixão por automovéis, em especial caminhões, "Overdrive" era o nome de uma revista de caminhões.

Assinaram um contrato com a Mercury Records e em 1973 lançaram o disco homônimo "Bachman-Turner Overdrive", um enérgico e subestimado trabalho que passou despercebido nas lojas, apesar da qualidade dos singles "Gimme Your Money Please" e "Blue Collar". Outras pérolas desse disco são "Hold Back The Water", "Atayed Awake All Night" e "Don´t Get Yourself In Trouble". No mesmo ano, lançaram "Bachman-Turner Overdrive II", que enfim os consagrou como uma das melhores bandas de Hard Rock, Boogie Rock e Arena Rock do momento, êxito confirmado com seus excelentes shows e com o triunfo comercial de seus singles, como "Let It Ride" e "Takin´ Care Of Business". Cansado do ritmo de shows, Tim Bachman deixa o BTO e é substituído por Blair Thornton. Então gravam "Not Fragile" (1974), um disco fenomenal que chegou ao numero 1 nos EUA, mesmo feito de um de seus mais conhecidos clássicos, "You Ain´t Seen Nothin´ Yet". Outros sucessos apareceram nos anos que se seguiram, mas nunca mais com a mesma intensidade.

THE BEATLES - MEMBROS DO IMPÉRIO BRITÂNICO


No dia 26 de outubro de 1965, Os Beatles vão ao Palácio de Buckinghan e cada um recebe da Rainha a MBE (Members of the British Empire).

Os Beatles chegaram ao Palácio de Buckingham no RolIs Royce de John a tempo para a cerimônia, que se iniciaria às 11 h, na sala do trono. Eles vestiam terno e gravata escuros e perfilaram-se, enquanto a rainha colocava as comendas na estreita lapela de seus paletós. "Há quanto tempo estão juntos?", perguntou a rainha. "Ah, há muitos anos", respondeu Paul. "Há 40 anos", replicou Ringo e todos riram. "Foi você que começou o grupo?", perguntou a rainha para Ringo, e ele lhe disse que os outros haviam começado, "Eu sou o caçula".

A rainha usava um vestido de delicada nuança dourada e o salão estava decorado em tons de creme e ouro, seis grandes lustres pendiam do teto e havia um órgão em um dos cantos. A banda da Guarda Real discretamente tocou trechos de "Humoresque" e "Bitter Sweet", o que Paul mais tarde descreveria como "agradável entretenimento". Lorde Cobbold, camareiro-mor do Palácio de Buckingham, chamou os Beatles. Eles deram um passo à frente e fizeram uma reverência. A rainha cumprimentou-os, conversou com cada um deles e entregou-lhes a comenda. Eles, então, voltaram para seus lugares e fizeram outra reverência. Paul descreveu a rainha como "Adorável Maravilhosa! Ela foi muito atenciosa, parecia uma mãe".

Durante a cerimônia, 189 pessoas foram homenageadas, seis delas como "Cavaleiros do Império Britânico". A comenda recebida pelos Beatles por serviços prestados ao país é a de menor importância entre as cinco classes da ordem de cavalaria - "A Excelente Ordem do Império Britânico". Entre os 126 títulos nobiliárquicos britânicos, o recebido pelos Beatles está classificado em 120º lugar, e é o que tem o maior número de agraciados.

Fora do palácio, 4 mil fãs enlouquecidos se descabelavam e gritavam "Yeah, Yeah, Yeah", e acabaram entrando em confronto com a polícia, que conseguiu afastá-los, mas não pôde impedi-los de subir nos postes e portões ao redor de Buckingham. Após a cerimônia, houve uma coletiva de imprensa no bar do Saville Theatre, durante a qual os Beatles falaram sobre a comenda e os protestos que se seguiram à sua indicação.

No dia 25 de novembro de 1969, John Lennon devolveu ao Palácio de Buckingham, a comenda que recebeu anos antes junto com os outros Beatles. Em janeiro de 2009, a insígnia foi encontrada junto com a carta que ele escreveu para justificar sua posição: "Sua majestade, estou devolvendo minha MBE em protesto contra o envolvimento da Grã-Bretanha no lance Nigéria-Biafra, contra nosso apoio à guerra do Vietnã e contra a queda nas paradas de 'Cold Turkey'. Com amor, John Lennon". O próprio Lennon e seu motorista Les Anthony foram ao palácio fazer a entrega. Por mais de 40 anos, a insígnia ficou guardada num armário do Palácio de St. James, onde fica a Chancelaria Central das Ordens de Cavaleiros. Um informante do palácio disse ao jornal "The Times" que o destino da insígnia deverá ser determinado pela viúva do ex-Beatle Yoko Ono. Se ela reiterar a recusa do marido, a condecoração poderá ir para um museu.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O ESTRANHO CASO DO DR. ROBERT


Imagem: http://livesbythemoon.tumblr.com/
Em suas visitas aos EUA, os Beatles ouviram falar de um médico chique de Nova York que dava injeções misteriosas "de vitaminas". Paul conta: "Nós ouvíamos pessoas dizendo 'você pode conseguir qualquer coisa com ele, o remédio que quiser'. Era uma grande pilantragem. A música era uma brincadeira em torno desse sujeito que curava todo mundo com remédios e tranquilizantes. Ele simplesmente mantinha Nova York chapada". O "Doctor Robert" era, possivelmente, o doutor Robert Freymann, um médico de 60 anos nascido na Alemanha com um consultório na Esat 78th Street. (O doutor Charles Roberts citado em alguns livros sobre os Beatles não existia. Era um pseudônimo usado pelo biógrafo Jean Stein para ocultar a identidade de outro "médico de anfetamina"). Conhecido como doutor Robert ou o "Great White Father" (tinha uma mecha de cabelo branco), Freymann era bem relacionado com a vibrante cena de arte da cidade. Ele tinha ajudado, entre outros, Thelhonius Monk e Charlie Parker (cuja certidão de óbito fora assinada por ele em 1955) e tinha a reputação de ser generoso com anfetaminas. "Tenho uma clientela impressionante, de todas as esferas", ele se gabava. "Provavelmente posso dar a você em dez minutos cem nomes de clientes famosos". John, que escreveu "Dr. Robert", estava entre esses nomes famosos, de acordo com a filha de Freymann.

Inicialmente prescritas como antidepressivos, as anfetaminas logo se tornaram uma droga recreativa para os nova-iorquinos modernos. Um antigo paciente do Dr. Freymann, citado no New York Times em 1973, declarou: "Se você quiser ter uma noitada, é só passar no Max (Dr. Max Jacobson), depois no Freymann e depois no Bishop (Dr. John Bishop). Era como ir de bar em bar". O diretor de cinema Joe Shumacher, que fazia uso de anfetaminas nos anos 60, concorda: "E nós achávamos que eram "injeções de vitamina".
Ministrar anfetaminas não era ilegal na época, mas havia normas oficiais contra a prescrição de "quantodades excessivas". O Dr. Robert perdeu sua licença por seis meses em 1968 e, em 1975, foi expulso da Medical Society do estado de Nova York por imperícia. Quando New York Times pediu em março de 1973, que ele defendesse seus atos, a resposta foi: "Os viciados mataram uma droga boa". Ele morreu em 1987.

HOW I WON THE WAR - RICHARD LESTER

A carreira solo de John Lennon no cinema começou logo depois dos Beatles anunciarem o fim das excursões. Ele foi um dos protagonistas de "How I won the war", em 1967, uma comédia de humor negro sobre a Segunda Guerra.

Em seu livro, "O Diário dos Beatles, Barry Miles aponta que o primeiro compromisso de um Beatle após o fatídico 29 de agosto de 66 foi uma viagem. John Lennon seguiu sozinho para Hannover na Alemanha, no dia 5 de setembro. Ele, que não era ator, aceitou um convite de Richard Lester para participar de How I Won the War, cujas filmagens estavam iniciando. Dali o set seria transferido para Almeria, na Espanha. Na chegada às locações alemãs, John teve a inconfundível cabeleira beatle ‘tosada’ para viver o maluco soldado Greepweed.

O filme "How I Won The War" (Como eu Ganhei a Guerra) ou (Que Delícia de Guerra), é o 8º filme de Richard Lester, estrelado por John Lennon no papel do soldado Gripweed, lançado em 1967, também conta com a participação de atores como Michael Crawford, Roy Kinnear e Jack MacGowran. Teve filmagens realizadas na Espanha e na Alemanha no final de 1966 – época em que John começou a compor “Strawberry Fields Forever”, pouco antes dos Beatles retornarem ao estúdio para trabalhar em “Sgt. Pepper's”. "How I Won The War" foi relançado em DVD pela MGM em março de 2011 numa versão especial com um livro de fotos das filmagens e imagem remasterizada com supervisão do próprio Richard lester.

Apesar de John Lennon ter esperanças que "How I Won The War" o levaria a outros papéis, foi o seu primeiro - e último - filme sem os Beatles.

Pena não ter encontrado o trailer com boa resolução. Se alguem achar, a casa agradece.

Link para a postagem de Richard Lester de 9 de abril de 2012: http://obaudoedu.blogspot.com.br/2012/04/richard-lester-director.html

CARL PERKINS & GEORGE HARRISON-DISTANCE MAKES NO DIFFERENCE WITH LOVE


Em 1996, George Harrison produziu e gravou junto com Carl Perkins a canção "Distance Makes No Difference With Love" para o álbum de Perkins, Go-Cat-Go, que já apareceu aqui. O link para download não funciona mais, mas vale à pena relembrar:
http://obaudoedu.blogspot.com.br/2009/04/carl-perkins-vida-dele-era-rock-and.html

SGT. PEPPER'S - O LIVRO - CLINTON HEYLIN


A capa e o nome deste livro no Brasil podem dar a entender que se trata de algo exclusivo sobre a obra-prima dos Beatles, mas mesmo que "Sgt Pepper's" seja o centro das atenções, não é bem assim. O título original ajuda a entender melhor: "The Act You've Known for All These Years: A Year in the Life of Sgt. Pepper and Friends" - embora não seja abordado apenas um ano na vida dos Beatles, mas também os anos anteriores que levaram a banda a criar o retrato definitivo de uma era. O livro de Clinton Heylin é um estudo sobre processos criativos, e é sobretudo um trabalho de contextualização e desmistificação. No caso do "Sgt. Pepper's", contexto histórico é tudo. Existe essa ideia no ar de que o "maior disco de todos os tempos" é unanimidade, soberano, único, de que ele se criou sozinho. A principal virtude de Heylin é mostrar que, por mais relevante que seja, "Sgt. Pepper's" é fruto de um contexto. O autor não esconde sua preferência por Bob Dylan (o que deve até irritar alguns beatlemaníacos mais ferrenhos), o que traz um certo distanciamento saudável ao tratar o quarteto de Liverpool. Assim, vemos como Paul McCartney chamou pra si a responsabilidade do jogo, como muitas vezes era o conhecimento técnico de George Martin que salvava ideias esdrúxulas e desconexas, como John Lennon precisava de Paul para fazer sua genialidade se concretizar, como o disco todo foi sendo construído para ser conceitual, mas no final das contas não tinha conceito nenhum. Heylin também demonstra um baita conhecimento técnico ao falar da estrutura dos estúdios e dos processos de gravação, além de tratar as drogas dos lisérgicos anos 60 com a devida importância que elas tiveram para a mitologia do período. Porém, é fora do Universo Beatles que o bicho pega de verdade. Primeiro, ao falar de Bob Dylan, de sua influência junto aos Fab Four, de sua posição privilegiada no olimpo do pop, traçando as coordenadas para todos os artistas brilhantes que o tinham como guru. Depois, ao retratar a descida ao inferno de dois dos maiores expoentes dessa geração: Brian Wilson dos Beach Boys e Syd Barrett do Pink Floyd. Os capítulos que abordam as trajetórias trágicas de ambos são mais comoventes e interessantes do que o próprio processo criativo de "Sgt. Pepper's". É legal demais saber que Paul McCartney, o incansável beatle workaholic e pesquisador, frequentava a cena underground londrina da época e absorvia influências das bandas novas que surgiam, como Jimi Hendrix, o Cream de Eric Clapton e o próprio Pink Floyd, que dava seus primeiros passos no pop psicodélico. Ou que ele usava seu tempo livre pra ir divulgar o andamento de seu trabalho nos EUA, fomentando a nova cena de São Francisco e deixando o Brian Wilson louco por tabela. Todas essas conexões traçam um panorama fundamental pra se compreender melhor a tal cultura pop como a conhecemos. Seria tudo realmente lindo se o autor Clinton Heylin não fosse um crítico musical ranheta, daqueles que se acham tão importantes quanto a obra que analisam, que consideram uma discussão chata com outro crítico rival um debate importante para os rumos da história do universo. Heylin quer ser tão genial quanto os Beatles e enche seu livro de pequenas referências, citações e chacotinhas que exigem uma infinidade de notas de rodapé. Nada pior que uma piada que precisa ser explicada. Se ele está correto ao tratar seus colegas de profissão como termômetros do hype ao longo das décadas, ele erra feio ao estabelecer, entre as resenhas que "Sgt. Pepper's" recebeu em 1967, quem estava certo e quem estava errado - como se a crítica musical fosse uma ciência exata. E ele continua, criticando no último capítulo listas e mais listas de "melhores discos de todos os tempos" que saíram nas últimas décadas. No final do livro ele coloca sugestões pra você ouvir enquanto lê cada capítulo, mas nem tente segui-las. Segundo Heylin, a única forma correta de se apreciar a verdadeira genialidade dos Beatles é em vinil e no formato mono. Aquele seu iPod com a última versão remasterizada em mp3? Pode jogar fora. "Sgt. Pepper's", o livro, é um belo trabalho de pesquisa quase estragado pelas opiniões do autor. Leia com um certo distanciamento, tratando Heylin como mais um personagem e com a certeza de que nenhum crítico de música, por melhor que seja, jamais vai ser tão interessante quando Lennon, McCartney, Jagger, Richards, Brian Wilson, Syd Barrett ou Eric Clapton.

PAUL McCARTNEY & WINGS - ARROW THROUGH ME


Em 24 de outubro de 1979, Paul McCartney recebeu um disco de Rhodium (metal nobre) do Guinness Book of World Records, o "Triple Superlative Award", em reconhecimento por ser o mais famoso compositor e artista de maior sucesso da história da música pop mundial, com o maior número de hits, e maior vendedor de discos de todos os tempos até aquele momento.


Paul McCartney tem o recorde de 22 recordes registrados no Guiness World Records. Dezesseis são da época dos Beatles, o grupo que mais vendeu discos em todos os tempos. Os outros são da carreira solo, como o de primeira apresentação de estreia na internet, ao vivo, de uma obra clássica (o programa Standing Stone, de 75 minutos, transmitido em 19 do novembro de 1997) e o recorde de maior público pagante em um concerto de rock em estádio, que conquistou em 21 de abril de 1990, quando mais de 184 mil fãs lotaram o estádio do Moracanã, no Rio de Janero, Brasil.
- Quando menino, o senhor era fã do Guiness World Records?
- Sim. eu e meus amigos éramos fãs. Tínhamos nossos favoritos - o mais alto, o menor etc. e costumávamos mergulhar no livro atrás de fatos surpreendentes. Jamais pensei que um dia eu bateria um recorde.
- Como o senhor comemorou seu primeiro numero 1?
- Foi com From Me To You, que chegou ao topo da parada britânica em 1963. Festejamos bastante, pois batalhávamos, havia tempo.
- Os Beatles esperavam bater tantos recordes?
- Com certeza não imaginamos que iríamos entrar no livro dos recordes. É uma honra um jovem que sentava no no pub e desejava ser o campeão mundil do jogo da pulga (tiddlywinks) alcançar o nível de sucesso que nós alcançamos.
- Por que o senhor acha que as vendas dos Beatles continuam a crescer?
- Boa parte das vendas é feita a jovens, o que é engraçado, pois imaginávamos que venderíamos a pessoas mais velhas, como nós. Sem falsa modéstia, acho que as composições eram muito boas.
- O senhor gostaria de tentar bater algum outro recorde?
- Minha grande ambição é aperas aproveitar a vida.
- Que conselho daria a quem deseja se tornar músico?
- Trabalhe duro, seja honesto consigo mesmo e ame o seu trabalho.