quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
RUTHERFORD CHANG - WE BUY WHITE ALBUMS
O artista americano Rutherford Chang criou uma loja de discos que tem apenas um vinil - o "White Album" dos Beatles. Mas, ao invés de vender os álbuns, Chang compra os exemplares de qualquer pessoa que queira vender um original, sem se importar com as condições do disco. Até o momento, ele conseguiu juntar 650 cópias da primeira edição do "Álbum Branco". Chang considera a primeira edição do vinil dos Beatles o item de colecionador mais valioso que poderia conseguir e espera juntar o maior número possível de cópias.
A partir desta coleção, foi criada a instalação We Buy White Albums ('Nós Compramos White Albums', em tradução livre), na Recess, um estúdio e galeria no bairro do Soho, em Nova York. O programa criado pela Recess convida artistas a usarem o espaço no Soho para fazer projetos de longo prazo que "abraçam a experimentação e se concentram no processo". Os que visitam o projeto de Chang são convidados a examinar a coleção e ouvir os discos. O artista vai gravar em um arquivo digital cada álbum tocado durante o período em que o projeto ficar em cartaz e também documentar cada rótulo e capa dos discos.
Muitas das capas dos discos estão danificadas. Com frequência é possível encontrar marcas ou palavras escritas pelos antigos donos. Muitos discos também estão arranhados ou tortos. A “We Buy White Albums” fica em cartaz no Soho até o dia 8 de março e mais detalhes sobre o projeto podem ser encontrados no site www.recessart.org.
BACKBEAT - O MUSICAL EM CARTAZ
Em um dos melhores momentos de Backbeat, um musical sobre os primórdios dos Beatles, em cartaz em Los Angeles, John Lennon tateia a melodia de Twist and Shout, procurando a melhor roupagem para a canção. Paul McCartney entra em cena e palpita que o acompanhamento está muito lento. Faz uma piada sobre o viés latino da composição, e aos poucos os dois transformam "shake it up baby" no refrão que conhecemos. É uma esperta introdução para o dueto que sucede, e uma das várias reconstituições da dinâmica da banda na época em que lapidavam talento em sets de seis horas, nos cabarés de Hamburgo, antes de dominarem o mundo.
O roteiro de Backbeat é uma adaptação do filme de mesmo nome, de Steven Jeffreys, lançado em 1994. A história se passa durante os dois anos em que o grupo esteve na Alemanha e tem como personagens músicos como Pete Best e Stuart Sutcliffe, que integraram a banda no período de formação, mas tornaram-se rodapés na história da banda. Como no filme, os garotos de Liverpool são caracterizados como fanfarrões brilhantes e anfetaminados, dedicados tanto ao rock n’ roll quanto à vida boemia da zona alemã. Arranjam brigas, se esquivam de cadeiradas, tocam pesado e não ignoram os serviços sexuais inclusos no métier.
Mas se a direção mais óbvia a ser tomada por um musical sobre a banda mais famosa de todos os tempos seria a reconstituição de hits, Backbeat surpreende e mantém-se fiel aos fatos. O que ouvimos entre os dramas que impulsionam a narrativa é o rock primitivo de Chuck Berry e outros, que influenciavam a banda na época. É uma deixa para inserir clássicos como Johnny B. Goode, de Berry, ou Good Golly Miss Molly, de Little Richard, e usar a explosividade de tais riffs para ilustrar a rebeldia turbinada, de jeans e jaqueta de couro, que os Beatles traziam ao repertório. A trilha sonora do filme de Jeffreys exemplifica a proposta: músicos alternativos, como Dave Grohl e Thurston Moore, reconstruíram o som do Beatles, almejando uma cara pré-punk à abordagem musical do grupo. Essa agressividade rock n’ roll é feita ao vivo pelos atores Andrew Knott (John), Daniel Healy (Paul), Daniel Westwick (George), e Oliver Bennett (Pete Best), pois Ringo entra para a banda apenas no fim do segundo ato. Outra curiosidade de Backbeat é a centralização de Stuart Sutcliffe na história. Ele foi o primeiro baixista dos Beatles, mas deixou a banda para seguir carreira de artista plástico antes de o grupo alcançar a fama.
BACKBEAT - OS 5 RAPAZES DE LIVERPOOLhttp://obaudoedu.blogspot.com.br/2012/04/backbeat-os-5-rapazes-de-liverpool.html
PAUL McCARTNEY EM BRASÍLIA - DESSA VEZ, É POSSÍVEL!
Já está confirmado que Paul McCartney se apresentará em Fortaleza, provavelmente no dia 27 de abril. Diferentemente de outras vezes, quando esteve no Brasil, a possibilidade de McCartney se apresentar em Brasília dessa vez é real, pois nessa época o novo estádio Mané Garrincha, com capacidade para 72 mil pessoas, já terá sido inaugurado. Especula-se também, que a turnê On The Run, poderá também passar por Belo Horizonte e São Paulo. É isso aí! Venha nos conhecer Paul McCartney! Brasília é muito mais que essas bacias de corrupção!
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
THE BEATLES - NORWEGIAN WOOD
Norwegian Wood (This Bird Has Flown) é uma música dos Beatles, lançada em 1965 no álbum Rubber Soul. Foi composta principalmente por John Lennon, com colaboração de Paul McCartney em algumas partes. A letra teria sido inspirada em uma relação extraconjugal de John, na época casado com Cynthia Lennon. George usou um instrumento indiano pela primeira vez em uma música, o sitar. George estava estudando música indiana na época, acabou comprando um sitar e o usou pela primeira vez em uma música pop.
OS BEATLES LEVAM TRÊS GRAMMY DE UMA VEZ!
Os Beatles, no 39º Grammy Awards, os Beatles receberam os prêmios de melhor performance por “Free As A Bird”, melhor vídeo-clipe por “Free As A Bird” e melhor vídeo de longa duração pelo documentário “Anthology”.
GEORGE HARRISON & BOB DYLAN - IF NOT FOR YOU
Bob Dylan gravou "If Not for You" em seu álbum de 1970 “New Morning”. A música foi lançada como single na Europa, onde foi sucesso, chegando ao Top 40 na Holanda. Mais tarde, apareceu em todas as coletâneas de Dylan, que não são poucas, lançadas até hoje. A primeira performance “ao vivo” de “If Not For You”, apareceu no ensaio do concerto por Bangladesh, e depois disso, Dylan já cantou a música mais de 80 vezes.
George Harrison participou de uma sessão de gravação de Dylan para o álbum New Morning, no Studio B da Columbia em Nova York, onde ele tinha tocado em uma primeira versão de "If Not for You" (mais tarde incluída na caixa de Bob Dylan “The Bootleg Series Volumes 1–3 (Rare & Unreleased)). As notícias sobre a colaboração entre Dylan e o recém ex- Beatle causaram grande agitação na imprensa musical, apesar de a Columbia Records ter anunciado que nenhum dos dois artistas consideraram os resultados dignos de lançamento. Ao longo dos meses seguintes, e apesar de ter uma riqueza de material próprio, Harrison pensou em gravar a canção em Londres para seu “All Things Must Pass”. A sua versão tinha uma característica melodia centrada na pista, claramente mais definida que a versão de Dylan preferencialmente guiada para a espontaneidade. A versão gravada por Harrison imediatamente agradou críticos e resenhistas do álbum. Mikal Gilmore descreve-a como "surpreendentemente bonita", enquanto que para o biógrafo musical Simon Leng, é uma das "recriações mais brilhantes do pop".
No ano seguinte, Dylan e Harrison fizeram um dueto de "If Not for You", durante uma passagem de som para o histórico Concerto para Bangladesh, em Nova York. Porém, acabou ficando de fora do setlist. Esta gravação da passagem de som foi liberada mais tarde, em 2005, na versão remasterizada do DVD “The Concert For Bangladesh".
Depois de passada mais de uma década daquela ocasião, Harrison novamente teve a chance de realizar "If Not For You” ao vivo, novamente no mesmo Madison Square Garden, em 16 de outubro de 1992 durante o concerto “All-Star” comemorando as três décadas de Dylan na indústria da música. Apoiado pela banda formada por grandes estrelas naquela noite, Harrison realizou versões surpreendentes e arrojadas tanto de "If Not for You" como de "Absolutely Sweet Marie", mas apenas esta última encontrou seu caminho para o álbum lançado oficialmente no mês de agosto do ano seguinte.
A cantora australiana Olivia Newton-John, baseando sua versão sobre o arranjo de Harrison, em vez do de Dylan, conheceu o sucesso internacional com "If Not for You", que foi a faixa-título de seu álbum de estreia e se tornou seu primeiro single de sucesso, atingindo o Top 40 em vários países. Além disso, o single passou três semanas como número 1 nas paradas dos Estados Unidos.
Não deixe de conferir também:
GEORGE HARRISON - I'D HAVE YOU ANYTIME
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
HAPPY BIRTHDAY, GEORGE HARRISON!
“Yesterday, today was tomorrow, and tomorrow, today will be yesterday”. Hoje, 25 de fevereiro nosso querido George Harrison estaria completando 70 anos. Apesar do próprio afirmar em seus últimos anos, que havia descoberto ter chegado ao mundo material no dia 24 de fevereiro. Sua trajetória foi interrompida em 29 de novembro de 2001, aos 58 anos, pelas sequelas de um câncer que começou na garganta, foi para o pulmão e por fim para o cérebro. Seu estado de saúde agravou-se depois de sua casa ser invadida por um idiota que o esfaqueou diversas vezes. Ele foi o Beatle místico, o quiet Beatle, assim chamado por sua timidez. O estudo das religiões e ensinamentos orientais o levaram a desenvolver o mais elevado sentimento que um ser humano pode ter, o amor universal. Um ser humano absolutamente iluminado que soube, como poucos, enfrentar seu destino com coragem e dignidade. Um exemplo para todos nós. Parabéns, amigo. Jamais esqueceremos. Podem passar mil anos! Hare Krishna!
Justamente agora, entraria "I Need You". Só que o You Tube desabilitou os links de dezenas de músicas, alegando que a incorporação foi desativada pela Apple.
Não deixe de conferir também:
GEORGE HARRISON - BLUE JAY WAY
http://obaudoedu.blogspot.com.br/2012/11/george-harrison-blue-jay-way.html
GEORGE HARRISON - MARTIN SCORSESE
http://obaudoedu.blogspot.com.br/2012/11/george-harrison-martin-scorsese.html
GEORGE HARRISON - BRAINWASHED COMPLETA 10 ANOS
http://obaudoedu.blogspot.com.br/2012/11/george-harrison-brainwashed-completa-10.html
GEORGE HARRISON - THE PIRATE SONG
http://obaudoedu.blogspot.com.br/2012/12/george-harrison-pirate-song.html
A BIOGRAFIA ESPIRITUAL DE GEORGE HARRISON
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GEORGE HARRISON - WITHIN YOU WITHOUT YOU
http://obaudoedu.blogspot.com.br/2012/12/george-harrison-within-you-without-you.html
GEORGE HARRISON - BLOW AWAY
http://obaudoedu.blogspot.com.br/2012/12/george-harrison-blow-away.html
THE BEATLES - GEORGE HARRISON - I ME MINE
http://obaudoedu.blogspot.com.br/2013/01/the-beatles-george-harrison-i-me-mine.html
GEORGE HARRISON - I'D HAVE YOU ANYTIME
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O CASAMENTO DE GEORGE HARRISON & PATTI BOYD
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GEORGE HARRISON - GIVE ME LOVE
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WHILE MY GUITAR GENTLY WEEPS – 2013
http://obaudoedu.blogspot.com.br/2013/01/george-harrison-while-my-guitar-gently_25.html
GEORGE HARRISON - ISN'T IT A PITY
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GEORGE HARRISON - GEORGE HARRISON 1979
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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
PROVIDÊNCIA DO DIVINO EM LIVERPOOL
Depois de passar um medo danado de que suas pinturas dos Beatles no hotel temático “A Hard Day’s Night”, em Liverpool, tivessem sido destruídas pelo de um incêndio que houve no último Valentine’s Day, a artista Shannon MacDonald entusiasticamente disse ao Beatles Examiner na quarta-feira que foi informada pelo hotel que nenhum de seus pinturas foram danificadas pelo fogo. "Ao receber a mensagem de Liverpool, esta manhã, pensei logo o pior", disse ela. "Em vez disso, meu coração derreteu-se em lágrimas de alegria. Quando você pensa na combinação de fogo e fumaça, em seguida, a água do corpo de bombeiros para os sistemas de aspersão você só pode esperar o pior. Tudo o que eu podia ver nos meus sonhos era cada imagem queimando e perdendo suas cores. Estou realmente aliviada, feliz e grata pelas pinturas terem sobrevivido. Que sorte!
MICHAEL JACKSON E PAUL McCARTNEY - THE GIRL IS MINE
"The Girl is Mine" é um single de 1982 cantado em dueto por Michael Jackson e Paul McCartney. Composta por Michael Jackson e lançada como o primeiro single do álbum que mais vendeu mundialmente, Thriller, a música é sobre dois homens lutando entre si pelo amor de uma mulher, cada um dizendo que pode amá-la mais que o outro. Não obteve tanto sucesso quanto uma outra parceria de Michael com Paul, Say Say Say, do álbum “Pipes Of Peace”, mas deve-se muito ao fato de “The Girl Is Mine” não ter tido um videoclipe oficial.
OS BEATLES VOLTAM PARA CASA
No dia 22 de fevereiro, terminou a primeira excursão
dos Beatles aos EUA. Depois das mini-férias em Miami, eles voltam triunfantes para
a Inglaterra depois de terem conquistado a terra do Tio Sam. Desembarcaram às
8h10 no Heathrow Airport, em Londres onde 3.620 fãs enlouquecidas esperavam por
eles. Para que não viu, ou quiser ver de novo a super-matéria sobre a conquista
dos Estados Unidos, dividida em três capítulos e publicada com absoluta
exclusividade do nosso blog preferido, o link é:
http://edu-aconquistadooeste.blogspot.com.br/
http://edu-aconquistadooeste.blogspot.com.br/
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
PAUL McCARTNEY - PIPES OF PEACE
Em 21 de fevereiro de 1984, “Pipes of Peace” recebeu o prêmio de melhor clipe de 1983 no British Rock and Pop Awards.
O começo dos anos 80 certamente traria de volta toda a movimentação do início dos anos 70, quando o Wings começava a abrir suas asas para futuros voos mais altos, ruiu. Isso porque Paul McCartney buscava um pouco de tranqüilidade após sua jornada de uma década no comando de sua banda! Em 1982, logo depois de preparar e lançar o aclamado Tug Of War, dois mega projetos entraram na linha de produção: o álbum Pipes Of Peace e o filme Give My Regards To Broad Street. A experiência de completar o roteiro e a trilha sonora de um longa metragem enquanto gravava faixas para um LP certamente atrapalhou a execução dos respectivos trabalhos.Tanto Give My Regards quanto Pipes Of Peace teriam suas datas de comercialização diversas vezes adiadas no período entre os meses de outubro de 83 e 84.Em outubro de 1982, um ano antes do lançamento de Pipes Of Peace, Paul começou a gravar e selecionar as faixas que entrariam no álbum. Várias delas foram resgatadas das sessões de Tug Of War, como Keep Under Cover, Hey Hey, Tug Of Peace e Sweetest Little Show. Entre as novas músicas que integrariam o álbum, duas composições nasceriam da parceria com Michael Jackson, que em 1982 já estava dominando as rádios mundiais com canções do multimilionário Thriller. Embora Pipes Of Peace tenha alcançado apenas o 15º lugar nos EUA, a produção da faixa título do álbum traria um destino melhor para suas vendas na Inglaterra, onde chegaria em quarto lugar. Pipes Of Peace (a canção) também seria promovida incansavelmente por um videoclipe, transmitido com freqüência nos quatro cantos do planeta.
Reconhecidamente, Pipes Of Peace não seguiu uma linha regular de gravações. Keep Under Cover, primeira a ser produzida, havia sido gravada durante a prmeira sessão do seu antecessor, Tug Of War, no dia 7 de dezembro de 1980. Hey Hey, co-escrita com Stanley Clarke em fevereiro do ano seguinte, no A.I.R Studios, em Montserrat, e Average Person, registrada durante o mesmo período, também entrariam no Pipes Of Peace. Outras canções seriam ainda registradas das sessões do mesmo LP, em março de 1981, com Tug Of Peace e Sweetest Little Show. As faixas gravadas em parceria com Michael Jackson (Say Say Say e The Man) foram iniciadas em maio de 1981, no A.I.R Studios, em Londres, e completadas mais tarde em Los Angeles, no Cherokee Studios. Durante a mesma sessão, em março de 1982, The Girl Is Mine seria registrada. Já Ringo Starr, que havia participado em uma das faixas de Tug Of War, retornaria ao estúdio para a regravação de Average Person e tocar em uma nova música, So Bad, ambas sendo produzidas no mês seguinte às sessões com Michael Jackson. Os demais títulos do álbum (Pipes Of Peace, The Other Me e Through Our Love), seriam completados com o auxílio de George Martin em outubro de 1982, no A.I.R Studios, em Londres, onde a mixagem do álbum ocorreria somente em julho de 1983, executada por Eddie Klein e Jon Jacobs. Outras canções também gravadas nesse período: Twice In a Lifetime (utilizada como faixa título do filme homônimo, estrelado por Gene Hackman) e o instrumental The Honorary Consul, usada como tema principal do longa metragem, que contou com as participações de Michael Caine e Richard Gere.
A faixa título do álbum, Pipes Of Peace foi inspirada pela leitura de um poema de autoria do indiano Rabindranath Tagore, vencedor do prêmio Nobel de Literatura em 1913. A frase “in love all of life’s contraditions dissolve and disappear” (com amor, todas as contradições da vida dissolvem e desaparecem) é o tema principal da canção. Paul a compôs como um tema universal direcionado às crianças de todo o planeta, a pedido do escritor – também natural de Liverpool – George Melly. O tema “paz” serviria como contraponto à “guerra”, utilizado em seu trabalho anterior, Tug Of War.
“BEATLEMANIA” – O FILME
Se existe alguma coisa que definitivamente não suporto, é banda “cover”! Um monstro que cresceu e continua até hoje, cada vez mais, como uma peste. Ainda mais se essa banda cover é dos Beatles! Muitas vezes, são espetáculos grandiosos, como esse que a gente confere agora, com efeitos espetaculares de maquiagens, luzes e sons, só que o Paul é destro! É mole? Já vi dezenas de bandas cover dos Beatles. Com todas, me decepcionei. Acho ridículo um cara, às vezes já velho e careca, colocar uma peruca e querer me vender que é o George Harrison com vinte e poucos anos! Gosto da banda “Let It Beatles”, aqui de Brasília, que não se fantasiam de Beatles. Apenas tocam. Pronto. Falei!
“Beatlemania” foi um espetáculo musical da Broadway focado na música dos Beatles, relacionado aos eventos e mudanças de atitudes nos tumultuados anos 1960. Um “rockumentary”, como chegou a ser chamado, anunciado como algo tipo: “Não é os Beatles, mas é quase”, ficou em cartaz entre 1977 e 1979 com um total de 1.006 apresentações.
Originalmente concebido e produzido por Steve Leber e Krebs David, o “show” chegou a ser indicado para um tal “Prêmio Tony” (que eu nunca ouvi falar!) como melhor iluminação e som. “Beatlemania” chegou a lançar um álbum auto-intitulado que, teve boa aceitação e acabou ficando entre os 200 da Billboard. E virou filme! Para quem gosta dessas coisas, é um prato cheio! Depois de encerrada a temporada na Broadway, fizeram excursões por todos os Estados Unidos e alguns outros países, até 1983, quando uma ação movida pela empresa Apple Corps oficialmente acabou a festa. Bem feito. Devia mandar acabar com todas! Para quem quiser conferir, aqui está o filme “Beatlemania”, na íntegra! Sorry, mais dia, menos dia, um dia essa postagem tinha que estar aqui. Maktub!
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
A FILOSOFIA NA MÚSICA DOS BEATLES
Em 2007 o professor americano William Irwin lançou mais um livro do que se pode chamar sua série “Filosofia e cultura popular”. São muitos. Há, por exemplo: South Park e a Filosofia, Os Simpsons e a Filosofia, Batman e a Filosofia... e por que não os Beatles?
Obviamente, seu interesse é dar um novo approach ao modo como as pessoas veem a filosofia. Com certeza seu objetivo é aproximar o conhecimento filosófico da vida cotidiana evidenciando a necessidade de romper o elitismo acadêmico e abrindo possibilidades para um filosofar genuíno e original. Se ele consegue tal intento? Acho que sim, e que acaba, principalmente, dando dicas valiosas para quem trabalha com o ensino de adolescentes. Mas não estamos aqui para uma análise filosófica sobre a pertinência das obras coordenadas por Irwin, não é? Estamos aqui porque adoramos o Baú e amamos os Beatles. E é ai que está todo o “x” da questão.
Vejamos alguns dos títulos dos artigos de Os Beatles e a Filosofia: “Todos eles querem mudar a sua mente - Os Beatles e o despertar da consciência”, “Ei, cara! Pegue uma canção dos Beatles e transforme em filosofia”, “O amor que você cria - Os Beatles e a filosofia do amor”. Parecem chatos? Cheios de analogias artificiais? Tudo que consigo ver é que vale a pena ler e que vale muito mais a pena ouvir, pois no que escreveram há poesia, sonho, medo, angustia enfim, arte e filosofia = linguagem humana, demasiado humana que nos enche de alegria, raiva, tristeza, paz... Mas atenção: não só as letras falam. Guitarras, baixo e bateria também se tornam existenciais, viscerais, fundamentais. É filosofia gente. São os Beatles:
E assim, cada canção é uma porta e cada porta uma passagem para o outro lado do espelho. “Conhece-te a ti mesmo” leu Sócrates no oráculo de Delfos fazendo dessa frase sua filosofia. Então eu, que embora professora, não deixo de ser uma eterna estudante dessa philia (amor) assovio uma melodia Lennon/McCartney, Harrison ou Star, ouço suas vozes cantando em minha mente e eis que surge uma ideia, uma resposta, uma pergunta, uma luz. Beatles vida. Beatles sangue. Beatles TUDO! Beatles 4 ever!!! Obrigada pelo convite para escrever no seu blog, Edu. Cacilda Bonfim - Bsb, 18-02-2013
A MÁGICA VIAGEM DOS BEATLES À INDIA
No dia 19 de fevereiro de 1968, Ringo, Paul, Maureen e Jane Asher chegam à Índia onde já se encontravam John, George e esposas para o curso de Meditação Transcendental. São cercados pela imprensa no aeroporto de Delhi. Ringo sente dor por causa das injeções de imunização que tomou antes da viajem. O grupo se perde ao tentar localizar o hospital mais próximo e é seguido por um comboio de jornalistas. Por isso, a gente confere agora novamente, a incrível postagem sobre a mais louca viagem dos Beatles, publicada originalmente em 12 de julho de 2010. Abração! Namastê!
No início de 1968, os Beatles estavam desorientados e confusos. Depois do fim das exaustivas turnês, do sucesso monstruoso do Sgt. Pepper’s, da morte de Brian Epstein e do fracasso comercial do Magical Mystery Tour, pareciam estar vazios, espiritualmente. Então, apareceu o guru indiano Maharishi Maheshi Yogi.George Harrison já era simpatizante da cultura indiana desde 1965, durante as filmagens de “Help!”. Ele a mulher Patti tonaram-se devotos do líder religioso e, convenceram os outros Beatles a assistirem uma palestra do mestre em Bangor. George e John estavam encantados com o Maharishi. O que começou como um interesse passageiro parecia ser o novo objetivo de vida. Era como se, com a morte de Brian, os quatro precisassem de algo novo para lhes dar direção, e o Maharishi estava no lugar certo na hora certa. John e George corcordaram em ir para seu Ashram, ou centro de treinamento – localizado em Rishikesh, aos pés do Himalaia, na Índia - , a fim de estudar meditação. Cynthia e Patti também iriam. Paul, Jane, Ringo e Maureen estavam menos convencidos em relação às maravilhas da meditação transcendental, mas decidiram juntar-se ao grupo. A viagem foi planejada para fevereiro de 1968, e a idéia era ficarem lá por dois ou três meses.No dia 16 de fevereiro, o avião com metade dos Beatles (John e George) Cynthia, Patti, sua irmã Jennie, Magic Alex, Donovan, Mike Love (dos Beach Boys), Paul Horn, a atriz Mia Farrow e sua irmã Prudence levantou vôo rumo à velha Índia. Paul, Ringo, Jane e Maureen se juntariam a eles mais tarde.Do aeroporto, fizeram uma viagem de várias horas de carro até o centro de treinamento em meditação do Maharishi. Ele ficava num lugar muito bonito, com vista para a floresta que cobria o sopé do Himalaia, às margens do Ganges, e era cercado por flores e arbustos de cores vibrantes. Cada uma de suas casinhas de pedra possuía cinco cômodos, e quando chegaram inúmeras pessoas de todas as idades, credos e raças estavam reunidas para dar início ao caminho para a iluminação do Maharishi. Donovan estava tendo um romance com Jennie, e escreveu o sucesso “Jennifer Juniper” para ela.Cada Beatle e sua respectiva acompanhante, ficou num quarto com uma cama com dossel, uma penteadeira, duas cadeiras e uma lareira elétrica. Perto de seus quartos, ficava a casa do Maharish, uma piscina, uma lavanderia, um posto de correio e um auditório, onde deveriam reunir-se regularmente para assistirem às palestras do líder. Estavam maravilhados de estarem na Índia, longe do estresse e das pressões do dia-a-dia. Ali não havia fãs, multidões de pessoas, prazos, exigências ou flashes de câmeras.Quatro dias depois, Paul, Jane, Ringo e Maureen chegaram para se juntar a eles, todos à procura de um descanso tranqüilo. Ringo, preocupado com a comida indiana apimentada que certamente seria servida na sala de jantar comunal e determinado a não correr riscos, levou um caixote cheio de latas de leguminosas, outro com latas de feijão e outro de ovos. Na verdade, na maior parte a comida servida no centro era surpreendentemente simples: no café da manhã – que era servido em longas mesas ao ar livre e frequentemente compartilhado com macacos insolentes – comiam cereais de milho, torradas e tomavam café. Na primeira semana, entraram numa rotina, meditando várias horas por dia e assistindo as palestras, para então passarem o resto do tempo com suas próprias reflexões. À noite, reuniam-se ocasionalmente quebrando a regra contra o consumo de álcool e tomando bebidas caseiras contrabandeadas por Alex da vila que ficava do outro lado do rio e que tinham gosto de petróleo. Rindo como crianças travessas, passavam a garrafa de mão em mão, cada um tomando um gole e depois se contorcendo enquanto a bebida descia queimando pela garganta. De vez em quando, o Maharishi organizava um passeio até a cidade vizinha, onde todos ficavam encantados com as barracas que vendiam sáris e rolos de tecidos de todas as cores imagináveis. Todas as garotas compraram sáris e aprenderam a usá-los. Ringo e Maureen, entretanto, não estavam felizes: eles sentiam falta dos filhos, Ringo logo se cansou dos ovos com feijão em lata e Maureen tinha uma verdadeira fobia de moscas, das quais não conseguiam escapar. Depois de três dias, eles anunciaram que estavam fartos e que iriam para casa. “Esse Maharishi é uma cara legal, mas não é para mim”. Disse Ringo. Enquanto isso, John estava se tornando cada vez mais frio e distante em relação à Cynthia. Depois de uma semana, disse que queria mudar-se para outro quarto a fim de ter mais espaço. A partir daí, passou a ignorá-la completamente. Se os outros percebiam, não diziam nada. Todas as manhãs ele corria para o correio para ver se havia chegado alguma carta de Yoko. Ela estava escrevendo para ele quase que diariamente. Um mês depois, Paul e Jane também se cansaram e também foram embora. John, Cynthia, George e Patti queriam ficar. Uma semana antes de todos partirem, Magic Alex acusou o Maharishi de ter se comportado de maneira imprópria com uma jovem aluna americana. Sem dar ao Maharishi a oportunidade de se defender, John e George escolheram acreditar em Alex e decidiram que todos deveriam ir embora. Algumas fontes afirmam que Alex teria inventado a calúnia sobre o Maharishi, para servir como a desculpa que os Beatles dariam à imprensa por terem saído do Ashram. Eles estariam consumindo drogas também contrabandeadas por Alex e foram duramente advertidos pelo Maharishi. O que muito os aborreceu. Na madrugada do dia seguinte, Alex providenciou táxis da vila vizinha e deram início à viagem de volta à Délhi, onde pegariam um avião. “Oito semanas depois, o sonho havia acabado. Eu detestava partir numa atmosfera de discórdia e desconfiança, quando havíamos recebido tanta gentileza e bondade do Maharishi e seus seguidores. Eu me senti envergonhada por termos virado as costas para ele sem lhe dar nenhuma chance”. Disse Cynthia. Durante a viagem a caminho de Délhi, John ficou paranóico, com medo de que o Maharishi de alguma forma, se vingasse deles. O táxi que estavam, um sedã velho e muito avariado, quebrou. O motorista garantiu que buscaria ajuda e deixou John e Cynthia na beira da estrada. A solução foi pedirem carona pra o primeiro que passasse. Um motorista reconheceu John Lennon e levou-os em segurança até o hotel em Délhi onde o resto do grupo os aguardava. O plano era passarem uma noite, mas o hotel estava lotado e Alex descobriu que se apressassem, poderiam pegar um vôo noturno para Londres. E assim foram. George e Pattie ainda ficariam mais alguns dias na índia. Ao invés de servir para aproximar os Beatles, a viagem à Índia teve o efeito oposto. As relações entre os quatro exibiam pela primeira vez sinais sérios de tensão. Lennon diria mais tarde que a "morte lenta" dos Beatles começou em Rishikesh pelo fato de ter sido a primeira vez que cada um se afastou de uma atividade do grupo. Em meados de maio, reagruparam-se na casa de Harrison em Esher, para produzirem as novas canções no seu estúdio caseiro. Estas canções viriam a aparecer num álbum que se revelou um marco para os Beatles e para a música universal: O Álbum Branco. Um disco que refletia um mundo prestes a desmoronar-se, tal como Sgt. Pepper’s havia espelhado o otimismo do ano anterior. Mas este disco iria também anunciar o começo da desintregração dos Fab Four.