“Descobri que é chegada a hora de acrescentarmos ao tempo e ao espaço mais uma dimensão fundamental à vida no universo: o tesão. Porém, não me refiro ao tesão do Aurélio, mas sim ao do Caetano, por exemplo. Para mim esse tesão não habita dicionários oficiais; entretanto, é o que anima e encanta os poetas tropicais. Tesão sem passado, apenas contemporâneo e vertical, ele é produto semântico e romântico dos que sentem desejo pelo desejo, alegria pela alegria e beleza pela beleza. Mas pode ser ainda tesão de quem sente desejo pela alegria, beleza pelo desejo e alegria pela beleza. Sem tesáo não há solução, além disso, é também um livro confessional. Por meio de entrevistas, confesso-me anarquista graças a Eros, poeta apenas de expressão corporal, romancista das sujeiras humanas cristalinas, terapeuta somente de mutantes e de coiotes, revolucionário por vocação herética, drogado assumido, público e autônomo. Termino o livro com uma profecia anarcoecológica, em forma de manifesto: Tesudos de todo o mundo, uni-vos”. Roberto Freire
Com este livro, Roberto Freire introduz o conceito de tesão na cultura brasileira. Ela revela uma nova prática, que partiu da juventude, de libertar-se das repressões sociais e políticas através do sexo. Foi a descoberta de uma sensualidade mais clara e intensa, ligada a uma real sensação de estar vivo.
Maravilha!!!!! Não conhecia este texto dele...
ResponderExcluirJá conheciao conceito e tenho certeza que ele não o criou.Li outros 2 livros dele e achei fraco fraco.Ele era psiquiatra, salvo engano.Uávamos o termo tesão sempre associado a sexo.Depoi,até pela intensidade do sexo, passou-se a usar como uma "vontade autêntica"e motivada etc,etc. Bem interessante!
ResponderExcluirNa verdade, o livro de Freire apareceu aqui de forma meramente ilustrativa... foi meu recado para os felas que não comentam!
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