Em julho de 1991, George Harrison anunciou os planos de sua primeira turnê desde 1974. Para a série de shows no Japão, Harrison será acompanhado por Eric Clapton e banda. Essa turnê pelo Japão, foi o primeiro trabalho de Clapton após a morte de seu filho de 4 anos que caiu da janela de um apartamento em Nova York em março daquele ano.
Eric Clapton foi o melhor amigo que George Harrison teve na vida. E, Harrison, o melhor amigo que Clapton poderia desejar. Um “roubou” a mulher do outro e nem isso abalou a sagrada amizade. No começo dos anos 90, a vida de Clapton foi atormentada pela tragédia em duas ocasiões. No dia 27 de agosto de 1990 o guitarrista Stevie Ray Vaughan (que estava em turnê com Eric) e dois membros de sua equipe de apoio morreram em um acidente de helicóptero. No ano seguinte, em 20 de março de 1991, Conor, filho de quatro anos de Clapton com a modelo italiana Lori Del Santo, morreu depois de cair da janela de um apartamento. Clapton mostrou ao mundo toda a sua dor em "Tears In Heaven". A gravação desta e de outras canções sobre Conor faziam parte do processo de cura que Clapton estava se submetendo.
Outro item importante do processo foi voltar à estrada e enfrentar as platéias outra vez. Clapton precisava excursionar, mas naquele momento, precisava de alguma coisa para se manter em atividade e, para isso, procurou o amigo George Harrison. Em numerosas ocasiões, durante o ano anterior, enquanto viajava pelo mundo, Clapton ouvira perguntas sobre Harrison, que saíra de uma quase aposentadoria com um álbum solo e seu trabalho com os Traveling Wilburys, mas que não excursionava há quinze anos. As pessoas queriam ver Harrison no palco outra vez. Clapton se identificou facilmente com esses sentimentos. Ele falara publicamente de seu desejo de trabalhar ao vivo com Harrison em 1974, e havia conversado com o ex-Beatle ao longo dos anos sobre a possibilidade de um show em conjunto, mas inutilmente. O medo de palco de Harrison era coisa antiga e sua última excursão fora um desastre. Mesmo assim, Clapton discutiu a idéia com Harrison argumentando que ele só precisava aparecer com sua guitarra e cantar. Clapton forneceria a banda de apoio, o equipamento e seu empresário cuidaria dos detalhes. Depois de concordar e mudar de idéia várias vezes, Harrison cedeu.
Uma série de treze shows foi marcada para o Japão, um dos locais favoritos de Clapton para excursionar e um lugar distante o suficiente do caminho habitual para dar a Harrison a chance de atuar sem a pressão esmagadora da imprensa que ele sentiria em outro lugar. “A coisa principal é fazer George se divertir”, respondeu Roger Forester a jornalistas que perguntavam sobre a turnê e a equipe de Clapton fez rodo o possível para que isso acontecesse. Os shows, documentados no álbum duplo de Harrison, Live In Japan, foram maravilhosos. Soando confiante e animado, Harrison liderou Clapton e a banda por clássicos dos Beatles como Taxman, Something e Here Comes The Sun, junto com seleções de seu trabalho solo. As platéias japonesas ficaram entusiasmadas quando Harrison reviveu algumas favoritas como IF I Needded Someone e Old Brown Shoe – canções que nunca tocara ao vivo. Clapton se divertiu em seu papel de coadjuvante, impulsionando a música de Harrison com solos econômicos, mas bastante eficazes. A cada noite ele assumia o destaque sob os refletores para um punhado de suas próprias canções, mas nunca houve dúvida de que se tratava de um show de George Harrison. Como se podia prever, a casa vinha abaixo com While My Guitar Gently Weeps, para qual Clapton recompôs, quase nota por nota, o solo gravado por ele na canção dos Beatles. O público japonês devorou tudo. “É um prazer ouvir uma dupla de mestres extraindo tudo o que o outro tem de melhor”, escreveu um jornalista na crítica sobre Live In Japan – um sentimento bastante comum durante toda a excursão.
Houve conversas sobre levar o show para a Europa e Estados Unidos, mas isso não aconteceria. Clapton estava com a sua turnê marcada e, para Harrison, depois dos shows mais do que satisfatórios no Japão, não havia tentação de recriar o ambiente circense de seus primeiros anos. As apresentações japonesas tinham sido tudo.
E para finalizar, Cloud 9. Espero que tenham gostado. Valeu! Abração! Hare Krishna!
Houve conversas sobre levar o show para a Europa e Estados Unidos, mas isso não aconteceria. Clapton estava com a sua turnê marcada e, para Harrison, depois dos shows mais do que satisfatórios no Japão, não havia tentação de recriar o ambiente circense de seus primeiros anos. As apresentações japonesas tinham sido tudo.
E para finalizar, Cloud 9. Espero que tenham gostado. Valeu! Abração! Hare Krishna!
Foram mesmo shows excelentes! Dignos de um Beatle!
ResponderExcluirEspetacular.Quando ouvi fui às nuvens.Infelizmente nunca lançaram este show completo em DVD.Alguns momentos eu vi num DVD chamado Dark Horse (acho)e fiquei na vontade.Imagine agora hein ? Com blu-ray, som 5.1...o Nirvana! Quem sabe um dia?
ResponderExcluirGeorge e Claptom sao artistas ótimos,e sou fã dos dois.
ResponderExcluirO Marco Antonio Mallagoli do Fã Club Revolution ,esta fazendo uma petição on line para lançarem o DVD do Live in Japan !!
ResponderExcluirhttp://www.revolution9.com.br/love_is_all_we_need/index.php?option=com_content&view=article&id=530:a-plea-for-dark-horse-george-live-in-japan-1991-dvd-apelo-para-o-dvd-de-dark-horse-george-live-in-japan-1991&catid=46:george-harrison&Itemid=50
Eu já assinei , porque está mais do que na hora de lançarem isso !!
Me lembrei do que Clapton disse no Living The Material Word, que embora tivesse visto a fama de perto, nada se comparava ao que via quando estava junto com Harrison. Só um beatle mesmo pra ter um coadjuvante como ele.
ResponderExcluirExiste uma versão "Super Special Edition" , vinha com um livrão de umas 300 páginas etc...e salvo engano foram feitas 3500 cópias apenas. Hoje em dia deve estar custando uma graninha rsrsrs.
ResponderExcluirQue amizade hein... um pega a mulher e tudo bem... shuashuashua
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