quarta-feira, 17 de julho de 2013

MARILYN MONROE - A BIOGRAFIA – BY NORMAN MAILER


Assim que o nome Marilyn Monroe é pronunciado, dois terços do mundo pensam em sua imagem mais célebre: a loira que tenta segurar o vestido suspenso pelo vento. O restante das pessoas lembra da atriz cantando parabéns para o presidente Kennedy, cheia da intimidade que só os amantes têm.
Ícone do jornalismo literário e duas vezes vencedor do Prêmio Pulitzer, Norman Mailer apostou em construir sua própria imagem da atriz. Munido de técnica e talento, o escritor mescla em seu texto realismo e poesia para falar de Marilyn. O livro foi lançado em 1973 e chega às livrarias em nova edição pela Record. Uma das contradições que Mailer escolhe evidenciar em seu retrato de Marilyn é sua relação com o sexo: apesar de ser um símbolo sexual, a estrela considerava o sexo desnecessário. O ponto mais polêmico do livro, entretanto, parece ser a sugestão apresentada por Norman Mailer de que órgãos como a CIA e o FBI tiveram participação na morte de Marilyn, tudo por conta do envolvimento da atriz com o presidente John Kennedy. Sobre o assunto, Mailer escreveu: "Se pudesse ser assassinada de modo a parecer um suicídio causado por desespero amoroso, que ponto de pressão contra os Kennedy isso poderia se tornar! Assim, podemos estar autorizados a falar em motivo para assassinato. Naturalmente, encontrar provas é outra questão". A morte de Marilyn entrou para a história como suicídio, devido à ingestão exagerada de barbitúricos no dia 5 de agosto de 1962.
O interesse de Norman Mailer por Marilyn transcende o literário: fica evidente, pela descrição que ele oferece da estrela, que o escritor sente-se atraído por ela. Mesmo que, em determinados momentos, se refira a Marilyn como uma mulher manipuladora, que soube usar seus atributos em favor do que desejava. No meio da biografia, Mailer arrisca alguns palpites sobre Marilyn, como o possível motivo da recusa em casar com o milionário Johnny Hyde. "Embora tenha sido bastante calculista em vários atos de sua vida e bastante hábil em antecipar forças futuras em sua carreira, de tempos em tempos também tinha, como observou Arthur Miller, uma espécie de altruísmo, e mesmo santidade", escreveu o autor. Mailer também se refere, no primeiro capítulo, à infância vivida por Marylin no orfanato. Do outro lado da rua, em frente à construção, estavam sets de filmagem de um estúdio de cinema, o RKO. O mesmo no qual, 16 anos mais tarde, Marilyn faria o filme "Só A Mulher Peca". Entre o talento e o destino, Mailer aposta nos dois, ao menos quando se trata de alguém como Marilyn Monroe.
Norman Mailer escreve como um homem que não tem dúvida de que a melhor coisa para uma mulher é ficar com ele. Seu jornalismo literário é seguro de si. Com o corte preciso de suas frases, encara qualquer tema. Leio-o como quem experimenta o desabuso diante da nudez, seja a do corpo morto numa guerra, seja a de Marilyn Monroe. O melhor Mailer não está na sua ficção, que é mansa, apenas a curiosa recordação de uma agressividade, como os caninos de um predador empalhado. Serve apenas de leitura, ao contrário dos seus ensaios reporteiros, que trazem a grande virtude do que nos ameaça de verdade, que pode ou não nos vencer em todas as frentes, mas que sempre nos humilha com a impossibilidade de lhe responder com a mesma prosa. A dele é sempre superior. Seu negócio não é o de quem tem ou não razão. É o de quem sabe flertar, blefar com o texto.

Aqui, a gente confere, na íntegra, o documentário “Reescrevendo a História - A Morte de Marilyn Monroe” produzido pela Discovery Channel em português. Não deixe de conferir também a postagem exclusiva “A Conspiração da Morte de Marilyn Monroe”.

5 comentários:

  1. Meu Deus do ceu!!! Que delicia fazer esta postagem, escolher as fotos... jamais havera outra mulher como Marylin.

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  2. Assino em baixo !!!
    Adorei as fotos !!!
    Linda Linda Linda !!!

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  3. Edu,tambem concordo com vc,Marylin era uma mulher linda, via seus filmes na minha infancia e ficava babando, tenho alguns filmes dela e de vez em quando eu revejo,boa atriz, pena talvez ter se envolvido com forças que não conhecia.

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  4. Edu, gostei muito da sua reportagem e imagino o sacrifício para escolher as fotos (rsrs...) vou assistir ao documentário também, este ainda não conhecia.

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