Louise Harrison publicou recentemente seu livro intitulado “My Kid Brother’s Band…a.k.a the Beatles!”, algo como "A Banda do Meu Irmão... ou os Beatles!" (2014, Acclaim Press.) O livro de 359 páginas inclui muitas facetas interessantes da história da família Harrison e sobre a vida de Louise, assim como de seu irmão, George Harrison e sua ascensão para a fama com os Beatles. "Tanta porcaria tem sido escrita sobre George e os Beatles. Metade delas, por pessoas que não passaram talvez uma hora com a banda num avião. Acho que é meu dever contar a verdade", disse Louise, de 84 anos.
O livro inclui registros desde os Quarrymen, da primeira turnê norte-americana dos Fab Four e fotografias e correspondências do irmão caçula nunca antes publicadas. Empresária da banda-tributo Liverpool Legends — criada por ela em Branson, Missouri (EUA), onde vive —, Louise morava nos Estados Unidos nos anos 60 e passava informações sobre o mercado norte-americano ao então empresário da banda, Brian Epstein. "Eu o avisei de que os Beatles não estourariam por aqui, e que eles realmente precisariam se apresentar do 'The Ed Sullivan Show' (programa de sucesso da TV americana nos anos 60 e 70), sobre o qual nunca tinham ouvido falar", destacou. Louise também desfaz o mito de que George era o beatle "mais quieto". "No fim de semana em que eles voaram para Nova York, para participarem do programa, George estava muito doente. Ele havia tomado algumas injeções e feito nebulização, e fui encarregada de cuidar dele.Tinham dito que ele deveria usar sua voz o mínimo possível. Por isso ficara tão quieto durante as entrevistas coletivas, e a imprensa pensou que ele fosse o mais silencioso. George costumava rir disso". Quem também contribui com o livro é o ex-marido de Louise, Walt Kane, que relembrou a angústia de George após o assassinato de John Lennon. "George eletrificou as cercas e contratou um guarda-costas. Ele dizia: 'Basta apenas um maníaco para dar cabo de mim'. Ele se cansou da fama. Queria ser apenas um jardineiro", afirmou Walt ao "Sarasota Herald-Tribune".
Em 2013, Louise estava passando por graves problemas financeiros e fez várias acusações à família Harrison (Olivia e Dhani) pela imprensa, e tudo ela reafirma agora. Quando George Harrison estava fraco, perto de ser vencido pelo câncer de pulmão que o matou no dia 29 de novembro de 2001, ele segurou as mãos da irmã, Louise, e disse, "você sabe, eu poderia tê-la ajudado muito mais. Desculpe-me". O eterno Beatle, então, a abraçou e pediu, "passe essa mensagem adiante". Doze anos depois da morte do músico, tudo foi esquecido. Enquanto a viúva de George, Olivia, e seu filho, Dhani, vivem em um castelo vitoriano de 120 cômodos próxima a Londres, avaliada em US$ 40 milhões, desfrutando dos mais de US$ 300 milhões deixados pelo Beatle quando de sua morte, Louise Harrison luta para sobreviver em uma casa pré-fabricada na área rural de uma cidadezinha perto de Branson, no Missouri, município com cerca de 10 mil habitantes. Aos 82 anos, Louise não é uma mulher gananciosa. Pelo contrário. Ela garante, por exemplo, que não liga para o fato de não viver no castelo com os herdeiros de seu irmão. Tampouco deseja colocar as mãos nos milhões deixados por ele. Mas gostaria de receber ajuda. Desde 1980, Louise recebeu mensalmente uma pensão de US$ 2 mil de George para auxiliá-la com alguns custos. Em 2002, no entanto, um ano depois da morte do irmão, ela simplesmente teve o pagamento - pequeno para os padrões da família Harrison - cortados. "Ele tinha a intenção de me dar esse dinheiro por toda a minha vida. George me dizia: 'dada a minha situação financeira, não há motivo algum para você passar necessidade'", ela recorda. "Mas eu nunca me preocupei com a possibilidade de a pensão terminar. Encontrei uma forma de me sustentar", ela conta, afirmando ser hoje empresária da Liverpool Legends, banda tributo aos Beatles, com a qual aproveita para contar histórias de bastidores do quarteto para os fãs e lhes mostrar alguns artefatos históricos que possui. No entanto, o trabalho não lhe fornece rendimentos quando o grupo não está em turnê. Louise se mudou para Illinois, nos EUA, com o então marido, um escocês, e os dois filhos na década de 1950 - muito antes de os Beatles se tornarem a lenda que foram no país. Uma década depois, foi ela quem assumiu a tarefa de viajar de cidade em cidade para levar os primeiros singles do quarteto a todas as rádios possíveis para implorar que fossem tocadas nos EUA. Foi ela quem conseguiu tornar From Me to You a primeira canção do quarteto tocada em uma estação do país, em junho de 1963. Louise ainda possui, inclusive, cartas do empresário dos Beatles, Brian Epstein, agradecendo-a por ajudar o grupo a estourar em território norte-americano. Para ela, não foi grande esforço. Afinal, tudo o que poderia fazer para ajudar o irmão caçula seria feito. Não foi mais do que sua obrigação. Mas ela também não imaginava que, hoje, tudo estaria esquecido. "Estou lutando para ter dinheiro, como todo mundo", Louise diz, sem deixar de desanimar. "Mas não estou na miséria, passando fome. Sinto-me muito afortunada por possuir um terreno e ter duas casas nele. Na verdade, é mais do que a maioria tem", ela resume.
Quem sou eu pra duvidar de ninguém. Mas me pergunto, por que as pessoas não declaram transparentemente a quem pretendem ajudar? Por que John não disse a Yoko e às pessoas que tal casa era das irmãs? E George não disse para darem "X" à irmã? Ai, chega alguém e diz: João me disse para espalhar que era pra EU receber X por mês como ajuda? Very strange!
ResponderExcluirSó o que eu sei é que NINGUÉM é santo!!!
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ResponderExcluirTomara que lancem o livro no Brasil, pois sempre é valido ouvir alguém da família.