terça-feira, 7 de julho de 2015

RINGO - THE BEST OF THE BESTS

Ringo Starr, o eterno baterista dos Beatles, o Beatle de olhos azuis completa hoje (7 de julho) 72 anos de uma vida que é sucesso há mais de 50.
Richard Starkey Jr. nasceu em Liverpool assim como os outros Beatles. Ringo é o mais velho e também é canhoto como Paul McCartney. Na infância, o jovem Ritchie passou muito tempo doente. Nos anos seguintes, porém, tirou a diferença, trabalhando muito. Inicialmente, foi baterista do grupo Rory Storm And The Hurricanes e fez amizade com os integrantes de outra banda rival de Liverpool, os Beatles. Em 1962, foi convidado para substituir Pete Best, e o resto é história.
Com o fim dos Beatles em 1970, muitos previam que ele não iria a lugar algum como artista solo.Ringo Starr não só desenvolveu uma ótima trajetória individual em termos artísticos como também emplacou dezenas de músicas nas paradas de sucesso.
No final dos anos 80, Ringo iniciou o projeto All Starr Band, banda liderada por ele que reunia nomes importantes de bandas de sucesso que saíam em turnês nas quais eram tocadas músicas dele e também dos astros envolvidos. Foram várias as formações da banda, incluindo gente do alto gabarito de Peter Frampton, Roger Hodgson (Supertramp), Eric Carmen (Raspeberries), Levon Helm (The Band), Colin Hay (Men At Work), Joe Walsh (Eagles) e inúmeros outros.
Ele também fez vários trabalhos os ex-colegas de Beatles, especialmente com Paul McCartney. Seu álbum Ringo, de 1973, foi o único no qual os quatro integrantes da maior banda de rock de todos os tempos estiveram juntos, após a sua separação. Lançando trabalhos solo e fazendo shows pelo mundo, Ringo Starr ainda faz sucesso por onde passa. Inclusive no Brasil, onde fez várias apresentações memoráveis em 2011. Parabéns Ringo! Sempre precisaremos de você!
13 RAZÕES PARA ADMIRAR (E MUITO!) RINGO STARR
Ringo Starr foi a pessoa sem talento mais sortuda do planeta? Tudo que ele sabia fazer era sorrir, balançar a cabeça e manter o ritmo para três dos mais talentosos músicos/compositores do século. É triste, mas existem pessoas que pensam assim sobre nosso querido e velho Ringo. Francamente, eles estão redondamente enganados. A lista que se segue mostra apenas algumas poucas das contribuições que Ringo fez aos Beatles, à música em geral e à arte de tocar bateria.1. Ringo foi o primeiro baterista de rock de verdade a aparecer na TV. Todos os “bateristas de rock’n’roll” que se apresentaram com Elvis, Bill Halley, Little Richard, Fats Domino e Jerry Lee Lewis eram em sua maioria bateristas de R&B. Esses bateristas mal estavam fazendo a transição do estilo de baterista mais voltado para o suingue das décadas de 40 e 50 para chegarem ao som mais alto, mais “roqueiro” que é associado com I Want To Hold Your Hand.2. Ele mudou a forma dos bateristas segurarem as baquetas ao popularizar a pegada igualada. A quase totalidade dos bateristas ocidentais antes do Ringo segurava suas baquetas com a pegada tradicional. Ringo mostrou ao mundo que era necessário força para dar mais ênfase ao rock’n’rolll, e para isso segurava as baquetas como se fossem martelos, continuando até o ponto de criar uma nova fundação para o ritmo.3. Foi o mesmo que iniciou a tendência de colocar o baterista em uma plataforma mais elevada para que ele se tornasse tão visível quanto os outros músicos. É claro que Ringo não foi o primeiro baterista a ficar numa plataforma, mas sua visibilidade proclamava que ele era um membro igualitário dentro da banda. Isso é importante, porque a maioria dos bateristas antes dele eram considerados apenas um complementos. Quando este apareceu no Ed Sullivan Show, em 1964, imediatamente atraiu a atenção de milhares de futuros músicos ao ficar bem acima dos outros Beatles. 4. Aqueles mesmos espectadores notaram que Ringo estava tocando uma bateria - na verdade, uma bateria Ludwig. A influência dele foi imediata. Ocorreu uma corrida até as lojas de instrumentos, e subseqüentemente toda a toda a indústria da percurssão entrou em um período de vendas altíssimas, a qual duraria vérios anos.  5. Ringo mudou o som das baterias nas gravações. Na época de Rubber Soul (lançado em 6 de dezembro de 1965) o som de sua bateria começou a ficar mais audível. Com a ajuda dos engenheiros dos estúdios Abbey Road, ele popularizou um novo som para bateria – um efeito que a tornava mais clara, mais próxima. Ele fez isso aos afinar os tambores mais baixo e amortecer a ressonância dos tambores com materiais absorventes (principalmente usando travesseiros no bumbo). Esse som teve uma enorme influência.
6. Ele tem uma noção de tempo quase perfeita. Isso possibilitou aos Beatles gravarem uma canção vinte e cinco vezes e depois serem capazes de editar partes diferentes de várias tomadas para obter a melhor versão possível. Hoje um canal com um metrônomo gravado faz a mesma função, mas os Beatles dependiam de Ringo para manter o tempo consistente durante dúzias de tomadas. Se ele não tivesse essa habilidade, os discos dos Beatles teriam um som completamente diferente. Sua noção de tempo perfeita e sua boa pegada dão às canções dos Beatles aquela qualidade “imutável”.
7. Em grande parte das sessões de gravação a performance do baterista seria um barômetro para o resto dos músicos. A direção estilística, dinâmicas e emoções são filtradas através do baterista. Se ele não estiver fazendo um bom trabalho isso prejudicará a performance de todos os outros músicos. Os Beatles quase nunca tiveram esse problema com Ringo. A “pegada” de Ringo serve como padrão para os produtores de disco de poprock e também para os bateristas. É relaxada, mas nunca se arrasta; sólida, mas sempre respira. Há uma certa qualidade única.
8. Ringo odiava solos de bateria, o que de, de uma forma ou de outra, é o que muitas pessoas valorizam. Ele fez apenas um solo com os Beatles. Ele aparece durante The End, do disco Abbey Road. Alguns podem dizer que isso não é uma mostra de grande virtuosidade técnica, mas eles estariam pelo menos parcialmente enganados. Coloque uma metrônomo a exatamente 126 batidas por minuto, compare-o com o solo de Starr e verá que os dois andarão juntos o tempo todo!
9. A habilidade de Ringo tocar compassos compostos ajudou a levar a composição de canções populares até mares nunca dantes navegados. Temos dois exemplos em All You Need Is Love (que é em 7/4), e Here Comes The Sun, com as passagens de 11/8, 4/4 e 7/8 que se repetem no refrão.
10. A aptidão de Ringo para tocar muitos estilos diferentes, como suingue de dois tempos (When I’m Sixty-Four), baladas (Something), R&B (Leve My Kitten Alone e Taxman) e country (o disco Rubber Soul), possibilitou aos Beatles explorar muitas direções musicais com facilidade. Sua experiência pré-Beatles como um versátil e batalhador músico de casas noturnas o ajudou bastante neste sentido.11. A idéia de que ele foi apenas um cara sortudo, que estava no lugar certo, na hora certa, é completamente errada. Na verdade, quando o produtor dos Beatles, George Martin, disse que não estava feliz com o resultado da primeira sessão com o baterista original, Pete Best, a decisão tomada por John, Paul e George foi a de contratar o cara o qual eles consideravam o melhor baterista de Liverpool – Ringo Starr. Sua personalide foi apenas um bônus.12. Os boatos de que Ringo não tocou em muitas das canções do Beatles porque ele não era bom o suficiente são falsos. De acordo com o livro The Beatles: Recording Sessions, de Mark Lewisohn (Harmony, 1988). Starr tocou em todas as gravações dos Beatles em que havia o som de uma bateria, excetuando-se as que se seguem: Back in The USSR e Dear Prudence, onde Paul tocou quando Ringo se afastou temporariamente da banda. The Ballad of John And Yoko, com Paul novamente tocando porque Ringo estava fazendo um filme, e no lançamento de 1962 de Love Me Do, que tinha o músico de estúdio Andy White na bateria.
13. Quando os Beatles se separaram e estavam tentando se afastar uns dos outros, John Lennon escolheu Ringo para tocar em seu primeiro disco solo. Como John disse em sua famosa entrevista para a revista Rolling Stone: “Se eu começo a criar alguma coisa. Ringo sabe para onde ir – simplesmente assim”. Um grande compositor não poderia pedir mais nada de um baterista – a não ser, talvez, que ele sorria e balance a cabeça.John Bryant é músico de estúdio e produtor em Dallas, Texas. Ele já gravou e saiu em turnê com Ray Charles, com o Paul Winter Consort e com a One O’clock Lab Band da Universidade de Texas, e no momento faz parte do grupo de percussão D’Drum. Bryant começou a tocar depois de assistir Ringo Starr tocando no The Ed Sullivan Show em 1964. Em 1976, ele tocou num ensaio com Paul McCartney & The Wings quando o baterista oficial, Joe English, ficou doente.

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