domingo, 31 de janeiro de 2016
A PEDIDOS - THE BEATLES - LADY MADONNA - 2016
"Lady Madonna" é uma canção dos Beatles escrita por Paul McCartney e creditada a dupla Lennon & McCartney. Ficou pronta em março de 1968 como single, tendo "The Inner Light" como Lado B. Foi gravada em Abbey Road em sessões nos dias 3 e 6 de fevereiro de 1968, antes dos Beatles partirem para a Índia. Foi a última produzida com o selo Parlophone no Reino Unido, onde chegou ao primeiro lugar. Pela Capitol Records nos EUA, ela chegou ao quarto lugar. Todas as gravações posteriores, começando com Hey Jude em agosto de 1968, já foram produzidas com o selo Apple Records e distribuídos pela EMI.
"Lady Madonna" foi o primeiro single a mostrar que o caminho para os Beades a partir dali era o retorno ao som básico dos primeiros tempos do grupo. Depois de Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band e Magical MysteryTour, presumia-se que o avanço musical significaria mais complexidade, mas, mais uma vez, os Beatles contrariaram as expectativas.
O riff principal foi tirado do piano de Johnny Parker na faixa instrumental "Bad Penny Blues", do trompetista de jazz Humphrey Lyttelton e banda, produzida por George Martin, que, em 1956, foi sucesso na Inglaterra. "Perguntamos a George como eles fizeram o som de 'Bad Penny Blues' e George nos contou que eles usaram escovinhas. Eu fiz o mesmo, e a faixa era só com escovinhas e piano; depois decidimos que precisávamos de um ritmo meio de jazz, então colocamos um", diz Ringo. Lyttelton não se importou nem um pouco, uma vez que Parker tinha tirado o riff de Dan Burley, que afirmou: "Não dá para cobrar direitos por uma harmonia, e isso foi tudo o que eles pegaram emprestado. Eu fiquei muito lisonjeado.
Apesar de nenhum dos Beatles gostar de jazz tradicional, todos conheciam e gostavam de 'Bad Penny Blues' porque tinha um quê de blues e de skiffle, em vez de ser um jazz tradicional". (Dan Burley and His Skiffle Boys, formado em 1946, era a origem da descrição de skiffle music, aplicada pela primeira vez ao estilo folk-blues-country de Lornnie Donegan na Inglaterra no começo dos anos 1950.)
Paul queria que a música fosse uma celebração à maternidade e começava com uma imagem da Virgem Maria, mas depois passou a levar todas as mães em consideração. "Como elas fazem?", ele perguntou em uma entrevista à Musician em 1986. "Um bebé no peito — como elas arrumam tempo de alimentá-lo? Onde arrumam dinheiro? Como vocês fazem isso que as mulheres fazem?"
O cantor Richie Havens se lembra de estar com Paul em um clube em Greenwich Village quando uma garota se aproximou e perguntou se "Lady Madonna" tinha sido escrita sobre os EUA. Paul respondeu: "Não. Eu estava lendo uma revista africana e vi uma africana com um bebé. Embaixo da foto estava escrito 'Mountain Madonna'. Mas eu disse: não, Lady Madonna, e escrevi a música".
"Lady Madonna" foi o último compacto dos Beatles lançado pelo selo Parlophone, em 1968, ano em que o sonho da criação da Apple se tornou realidade. Composta e cantada por Paul, a música o traz ao piano no verdadeiro estilo rock'n'roll, revelando influências de Little Richard e Jerry Lee Lewis. "Lady Madonna" pode ser considerada uma versão em rock de "Eleanor Rigby", dada a solidão como tema central. A faixa foi gravada em cinco tomadas no dia 3 de fevereiro de 1968 e finalizada com os saxofones de Ronnie Scott, Harry Klein, Bill Povey e Bill Jackman três dias depois. Segundo alguns relatos, o trecho com os saxofones no meio da gravação era de 15 a 20 segundos mais longo e foi editado. Os vocais de fundo, com sonoridade interessante, teriam sido cantados pelos quatro Beatles com as mãos em concha em volta da boca. Lançada como single em março de 1968, "Lady Madonna" chegou ao número 1 na Inglaterra, mas ficou no 4º lugar nos EUA.
"Lady Madonna" aparece nos álbuns Hey Jude (1970); 1967–1970 (1973); 20 Greatest Hits (1982); Past Masters, Volume Two (1988); Anthology 2 (1996); 1(2000) e Love (2006). E já foi gravada por gente como: Fats Domino, Gary Puckett and the Union Gap, Phoenix, Paul Mauriat, Cal Tjader, Richie Havens, Elvis Presley, Caetano Veloso, Buck Owens, Øystein Sunde, Aretha Franklin, Rajaton e Assembly of Dust, entre outros. Aqui a gente confere a versão ao vivo com o Wings. Os vídeos com os Beatles foram todos tirados do ar!
SÁBADO SOM - ROBERTO CARLOS CANTA PARA A JUVENTUDE
Por João Carlos Mendonça
O título já entrega tudo OK? Mas na verdade foi com este disco que o RC delineou definitivamente seu estilo e seu público e, por conseguinte, foi convocado para liderar o programa/movimento que todos conhecemos como Jovem Guarda. O rapaz já tinha chegado às paradas de sucessos com “O Calhambeque”, “Parei Na Contramão”, “É Proibido Fumar” e “Splish Splash”, entretanto, nenhum de seus discos anteriores estouraria tão fortemente quanto este LP lançado em 1965 e que a maioria dos pesquisadores concorda ser fortemente influenciado pelo “British Rock”. De fato, há ecos daquele feitio no álbum, porém ouvindo-o agora em CD remasterizado, notei que há muito mais “surf music” e até “rockabilly” americanos ali, inclusive nas baladas.Interessante registrar que como ainda não era o “tamposo” da CBS naquela ocasião, a banda básica era bem econômica: os amigões de sempre, Bruno e Dedé, respectivamente no baixo e bateria, o tinhoso e popular organista Lafayette, José Provetti na guitarra e o próprio Roberto assumindo a guitarra base. Mas, o que pouca gente sabe é que as canjas de dois guitarristas infernais, Gato e Renato Barros (aquele dos BLUE CAPS) e o saxofone não menos feroz do Miguel dos FEVERS, foram fundamentais, fazendo deste LP talvez, o melhor da época, embora tenha acontecido antes do grande “big bang” que viria logo em seguida ao seu lançamento. E isto é fácil de constatar, bastando contar o número de músicas do disco que se sucediam e/ou se ombreavam nos primeiros lugares em execução nas rádios, além das vendas nas lojas.Oh disquinho bom danado! Absolutamente gracioso e muito mais inocente que bobo. Saltam aos olhos (e ouvidos) convicção, atitude, determinação e até certos “preciosismos” nos arranjos e execuções das canções. Olhando pra trás, em comparação aos colegas como Wanderley Cardoso e Jerry Adriani, que cantavam ainda no estilo “dó de peito”, com aquelas solenes impostações vocais, RC vinha da escola da Bossa Nova: voz coloquial, sem arroubos e que ficava bem mais próxima do “rock and roll” (até com aqueles “gritos” e manhas… quando necessários). Outro fato digno de nota é que havia apenas duas versões no disco: “HISTÓRIA DE UM HOMEM MAU”, um tema jazzístico (no original de Louis Armstrong) transformado numa pegada mais “country-rock” (assim como na faixa final, “ROSITA”) que acompanha o duelo “cowboy” da versão. Já “BRUCUTU”, soa um pouco datada, mas fez sucesso na ocasião por explorar um personagem dos quadrinhos, então famoso.As canções de andamento mais lento que entremeiam o álbum, não ficam na mesmice. A balada clássica “NÃO QUERO VER VOCÊ TRISTE”, além da agradável melodia, apresenta uma tremenda novidade para a ocasião: RC recita a letra, conversando ao pé do ouvido (mas sem apelos eróticos sussurrados), foi sucesso absoluto. “OS VELHINHOS”, com sua letra beirando a “pieguice”, funciona bem, devido ao estilo “doo-wop”/Beach Boys. Com os andamentos do “rock inglês”, temos o hit inevitável de “AQUELE BEIJO QUE TE DEI” (Édson Ribeiro) e nas balançadas “COMO É BOM SABER” da lendária Helena dos Santos e “PAREI… OLHEI” do Rossini Pinto.Nos rockões beira do mar com tudo de bom, a coisa pega com “NOITES DE TERROR” do negro gato Getúlio Cortes (engraçado que aquela voz “fantasmagórica” sabe-se lá de quem, e os gritos assustados do RC, que naquele período pareciam meio improvisados demais, agora soam ótimos para o clima da música), e na super anos 60, “OS SETE CABELUDOS”, com direito a briga de turmas pela Lili que, no final, prefere um cara “da paz”. Muito bom.Para o meu gosto particular, as duas pérolas mais brilhantes do disco foram escritas pela dupla Roberto/Erasmo, são “a cara” do início daquela década: “A GAROTA DO BAILE” é um rock puxado pelo sax, que narra a ansiedade do rapaz que, caído pela garota, hesita em chamá-la para dançar, já beirando os ’45 do Segundo Tempo (quem já passou por uma dessas?). Por sua vez, “EU SOU FÃ DO MONOQUINI”, que tem uma malemolência e um “riff” de guitarras cheias, contagiantes (lembra O Calhambeque), e olha só, fala de uma tremenda gata que ousa desfilar na praia de “topless”. Isso mesmo. Aliás, o neologismo “monoquíni” ainda soa melhor que o nome “bretão”. Sensacional. Embora este álbum nunca tenha disfarçado sua intenção e a quem se destinava, tornou-se um marco saboroso para ouvidos e corações de quaisquer idades. Afinal, depois de tantos anos, ainda posso confessar que também sou fã do monoquíni! Uma brasa, mora?
THE BEATLES - THE ROOFTOP CONCERT - UMA FESTA NO CÉU
30 de janeiro de 1969 foi um dia histórico na carreira dos Beatles. Eles se superaram em todas as suas apresentações, que já não faziam desde 1966. Naquele dia, John, Paul, George e Ringo, apenas subiram no telhado do prédio da Apple em Londres sem avisar ninguém, e começaram a tocar as músicas do álbum Let it Be.
Os primeiros a chegar ao telhado foram Paul e Ringo. Os dois foram para seus instrumentos e logo John e George apareceram, e o grupo começou a tocar. Além de alguns alguns fotógrafos, estavam lá toda a equipe de Michael Lindsay Hogg, Billy Preston, Mal Evans, George Martin e Yoko Ono e nenhum fã. Mas à medida que o tempo que foi passando,as pessoas começaram a se dar conta do que acontecia lá em cima: os famosos Beatles estavam bem ali tocando ao vivo! De graça! No cento nervoso de Londres. Aquilo foi demais. Muitos, sequer acreditaram! As pessoas pararam para ouvir o grupo, outras procuraram janelas, outras se aventuravam a subir nos prédios e a maioria dos transeuntes ficava olhando para o alto. Ninguém ficou indiferente e o mundo comungava pela derradeira vez, com os Beatles de verdade. O repertório, contou com sete faixas, todas lançadas no álbum Let it Be.
As faixas executadas foram "Get Back", "Don't Let me Down", "I've Got a Felling", "One After 909", e "Dig a Pony", Ao final da execução de "Dig a Pony", o engenheiro de som Alan Parsons percebeu que a fita de gravação havia terminado. Enquanto ele a trocava, foram executados trechos de "God Save the Queen" e "I Want You (She´s so Heavy)", que a gravação "oficial" não incluiu. A última apresentação dos Beatles durou uma média de quarenta minutos, pois com o tempo, o caos se formou nas ruas próximas ao concerto e policiais foram chamados para acabarem com a festa no telhado. No projeto "Anthology", Paul relatou que seria um grande e belo final, se os quatro acabassem presos. No site Beatles Brasil, na coluna "Pop Go The Beatles", o excelente jornalista Cláudio Teran dá um verdadeira aula sobre esse dia tão importante na história dos Beatles.
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
domingo, 24 de janeiro de 2016
SIMPLESMENTE DUSTY... DUSTY SPRINGFIELD
Quando a postagem “YOU DON'T HAVE TO SAY YOU LOVE ME” foi ao ar em 12 de junho de 2015, a amiga Elisa Fogaça disse:
“Dusty merecia uma postagem só dela!”.
Pois pronto, Elisa, amigos e amigas... com vocês, a fantástica DUSTY SPRINGFIELD!
Dusty Springfield nasceu Mary Isobel
Catherine Bernadette O'Brien em West Hampstead, norte de Londres, Inglaterra, em 16 de abril de 1939. Filha de
Gerard Anthony O'Brien e Catherine Anne O'Brien. Seu irmão mais velho,
Dionísio seria mais tarde conhecido como Tom Springfield. Até o início da década de 1950 frequentou boas escolas e um
convento tradicional só para meninas, claro. A confortável educação de
classe média foi perturbada por tendências disfuncionais na
família; perfeccionismo do pai e frustrações da mãe. Mary Isobel ganhou o
apelido de "Dusty" por jogar futebol com os meninos na rua, e era
descrita como um “tomboy” (menina-moleque).
Depois de abandonar a escola, Dusty cantou com o irmão Tom
em vários clubes populares locais. Em 1958, respondeu a um
anúncio para se juntar às “Lana Sisters”.
Como membra do trio vocal pop, Dusty desenvolveu habilidades em harmonização e
técnicas de microfone e gravações realizadas na TV sempre com sua desenvoltura e talento. O que era dela, estava guardado.
Em 1960, deixou as Lana Sisters e formou o trio pop-folk “The Springfields”, com seu irmão Tom e Reshad Feild, logo substituído por Mike Hurst em 1962. O trio escolheu o nome enquanto ensaiavam em um campo em Somerset quando passaram a usar os nomes artísticos de Dusty, Tom e Tim Springfield. Com a intenção de fazer um álbum que soasse tipicamente como os americanos, o grupo viajou para Nashville, Tennessee, para gravar canções folclóricas. A música local que Dusty conheceu durante esta visita, em particular, "Tell Him", ajudou a transformar seu estilo de folk e country para uma musica mais pop enraizada em rhythm and blues. “The Springfields” foi eleito como "Melhor Grupo Vocal Britânico " pelo New Musical Express em 1961 e 1962. Durante o início de 1963, The Springfields gravaram seu último hit, "Say I Won't Be There". O grupo também apareceu na popular série de TV de música da ITV Associated Rediffusion “Ready Steady Go!”. Dusty deixou a banda após o show final em outubro de 1963. Depois que os Springfields foram pro espaço, Tom continuou compondo e produzindo para outros artistas, incluindo o grupo australiano folk-pop “The Seekers”.
1963
realmente foi um dos anos mais frutíferos para a música e a cultura pop com os
surgimentos dos Beatles, os Rolling Stones e inúmeros lançamentos que não
caberiam aqui. Foi também o ano de estreia de Dusty Springfield em sua carreira
solo com o sucesso "I Only Want to Be With You", inspirada no estilo
"Wall of Sound" de Phil Spector. Entre seus outros singles,
destacaram-se "Wishin' and Hopin'", "I Just Don't Know What to
Do with Myself" (1964), a belíssima "You Don't Have to Say You Love
Me" (1966 – coverizada por Elvis) e "Son of a Preacher Man"
(1969).
Durante toda a época que reinou, Dusty bateu de longe cantoras como Cilla Black, Nancy Sinatra e outras quais. Foi uma das grandes incentivadoras para tornar os artistas da soul music americana mais
conhecidos no Reino Unido, desenvolvendo e apresentando em 1965 o programa "The
Sound of Motown", uma edição especial da série de TV "Ready Steady Go" onde trazia os melhores artistas da Motown Records.
Entre
as cantoras da ‘Invasão Britânica’, Dusty foi a que obteve mais
impacto no mercado norte-americano.
De 1963 a 1970, emplacou 18 singles no
"Hot 100" da Billboard, além de ter sido votada como "Melhor
Cantora Britânica" pelos leitores da New Musical Express em 1964, 1965 e 1968. Mas sua carreira começou
a despencar com o surgimento do psicodelismo, que ela não acompanhou.
Em 68, na
esperança de revigorar sua carreira e aumentar sua credibilidade, Dusty
Springfield virou-se para as raízes da soul music. Assinou com a
Atlantic Records, gravadora de um de seus ídolos da música soul, Aretha Franklin. Embora Dusty tenha
interpretado canções de R&B antes, nunca tinha lançado um
álbum inteiro só de músicas desse estilo. E assim, Dusty partiu para
gravar um álbum em Memphis, Tennessee, onde as sessões no American Sound Studios foram registradas
pelo o que havia de melhor na equipe da Atlantic Records: os melhores
produtores, os melhores cantores de backing vocals e os melhores músicos instrumentistas: “The
Memphis Cats”, que já tinham tocado com gente como Wilson Pickett, King Curtis e Elvis Presley, e, principalmente, pelos melhores compositores como Gerry Goffin & Carole King, Randy Newman, Barry Mann & Cynthia Weil.
“Dusty
In Memphis” foi lançado pela Atlantic Records em 31 de março de 1969
nos Estados Unidos e 18 de abril no Reino Unido e foi um tremendo fracasso
comercial em ambos os países, apenas alcançando o número 99 nas paradas de álbuns da América e não chegando
no Top 40 da parada britânica. Apesar da falta de vendas, “Dusty In Memphis” foi aclamadíssimo pela crítica e tem sido frequentemente apontado
como um dos maiores álbuns de todos os tempos de acordo com o NME que
o nomeou em número 54 em sua lista de 1993. E em 2003 a Rolling Stone o
classificou em número 89 em sua lista dos 500 melhores
álbuns de todos os tempos. Não é para qualquer um.
Durante
todo esse tempo, sua sexualidade sempre foi discutida por todos. A partir de
meados de 1966 até início de 1970, vivia em uma “parceria doméstica” com a cantora Norma Tanega. Em setembro de 1970, Dusty
assumiu sua homossexualidade. Então envolveu-se em vários relacionamentos
amorosos com mulheres no Canadá e os EUA que não foram mantidos em segredo da
comunidade gay e lésbica. A partir daí até o início de 1980, o alcoolismo e dependência de drogas (principalmente a cocaina) afetaram e muito sua carreira musical.
Foi hospitalizada várias vezes por auto-mutilação e foi diagnosticada com transtorno bipolar entre tantas outras várias doenças. Em 1982 Dusty
conheceu a atriz americanaTeda Bracci, numa reunião dos alcoólatras anônimos e em abril de 1983, trocaram
votos em uma cerimônia de casamento que não era legalmente reconhecido pela lei
da Califórnia. O casal teve um relacionamento "tempestuoso" que
levou a uma briga com ambas, Springfield e Bracci hospitalizadas. Dusty teve que se submeter à várias cirurgias plásticas para voltar a ter um rosto. Ainda na
década de 1980, sua carreira foi ressuscitada pelos “Pet Shop Boys”
com a gravação de "What Have I Done to Deserve This?".
Em janeiro de 1994 durante a gravação do penúltimo álbum, em Nashville, Dusty Springfield passou mal. Quando voltou para o Reino Unido, alguns meses depois, os médicos a diagnosticaram com câncer de mama. Foram meses de tratamento de radiação, até que melhorou. Em 1995, com aparente (?) boa saúde, Springfield começou a promover o álbum, que foi lançado naquele ano. Em meados de 1996, o câncer havia retornado com força total. E apesar de todos os tratamentos vigorosos, ela morreu em Henley-on-Thames, no dia 2 de março de 1999. A sua indução no “Rock and Roll of Fame” ocorreu duas semanas depois de sua morte. Emocinado, Elton John empostou a voz, para a empossá-la no Hall of Fame, declarando: "Ela foi a maior cantora branca de todos os tempos... Cada canção que ela cantou, ela era simplesmente Dusty."
O funeral de Dusty foi assistido por centenas de fãs e pessoas da indústria da música, como Elvis Costello, Lulu, e Pet Shop Boys. Um funeral católico, que teve lugar em Oxfordshire, na antiga igreja paroquial de Santa Maria da Virgem, em Henley-on-Thames, onde Springfield viveu durante seus últimos anos. Dusty foi cremada e algumas de suas cinzas foram enterradas em Henley, enquanto as que restaram foram espalhadas pelo seu irmão, Tom Springfield, nos penhascos de Moher, County Clare, Irlanda.
E até hoje, o charme de sua voz continua presente como, quando, há dois anos, um episódio da cultuada série “Mad Men” foi ao ar, encerrando com a original “You Don’t Have To Say You Love Me”, com Dusty, claro. Na manhã seguinte, nas paradas de downloads na Internet como o iTunes, essa música bateu recordes de downloads. Era a rainha triste do Soul que tinha voltado, pelo menos mais uma vez, com toda sua majestade. Valeu Dusty. Abração!
A IMPRESSIONANTE ARTE DE ALVARO ORTEGA - DEMAIS!
A última vez que Alvaro Ortega apareceu aqui foi em 7 de setembro de 2013. Quem não viu, vê agora. Quem já viu, vê de novo, oras!
O espanhol Alvaro Ortega é um artista, ilustrador e músico há mais de 30 anos. Trabalha em jornais, revistas, histórias em quadrinhos, publicidade, animação e qualquer outro meio gráfico que possa expressar sua arte. Publicou dezenas de histórias em quadrinhos, obras de arte, gravuras, cartazes, capas de discos e animações e todas as formas de mídia que se imaginar, tanto em seu país quanto internacionalmente.
No mundo da animação, em 2006, começou a fazer uma coleção de clipes de filmes temáticos em torno dos Beatles, sempre fazendo várias colaborações com bandas covers dos Beatles, principalmente "Los Escarabajos" que já apareceram aqui na também animação de Ortega para “Where Have You Been (All My Life)”. Muitas dessas animações estão disponíveis no canal de Ortega no YouTube, um artista brilhante e sem iguais! Vale muito à pena fazer uma viagem pelo psicodélico mundo de Alvaro Ortega: www.alvarortega.com
O espanhol Alvaro Ortega é um artista, ilustrador e músico há mais de 30 anos. Trabalha em jornais, revistas, histórias em quadrinhos, publicidade, animação e qualquer outro meio gráfico que possa expressar sua arte. Publicou dezenas de histórias em quadrinhos, obras de arte, gravuras, cartazes, capas de discos e animações e todas as formas de mídia que se imaginar, tanto em seu país quanto internacionalmente.
No mundo da animação, em 2006, começou a fazer uma coleção de clipes de filmes temáticos em torno dos Beatles, sempre fazendo várias colaborações com bandas covers dos Beatles, principalmente "Los Escarabajos" que já apareceram aqui na também animação de Ortega para “Where Have You Been (All My Life)”. Muitas dessas animações estão disponíveis no canal de Ortega no YouTube, um artista brilhante e sem iguais! Vale muito à pena fazer uma viagem pelo psicodélico mundo de Alvaro Ortega: www.alvarortega.com
THE BEATLES - PLEASE MR. POSTMAN - 2016
De todas as versões que os Beatles gravaram de outros artistas, "Please Mr. Postman" do álbum "With The Beatles" é, de longe, minha preferida, embora também adore as versões que fizeram dos rockões de Larry Williams. Toda vez que ouço "Please Mr. Postman", lembro de uma história que aconteceu comigo há muito, muito tempo quando eu era bem mais jovem, aprendiz de beatlemaníaco e tinha somente dois discos: Help e os Reis do Ié ié Ié. Um dia, eu e minha irmã Marília estávamos de carona no fusquinha da mamãe, indo para a aula de inglês. Então, no rádio, começou a tocar "Please Mr. Postman" com os Beatles. Fiquei em êxtase, pois nunca tinha ouvido aquela matadora versão dos Beatles. Já tinha ouvido com os Carpenters, mas a cover dos Beatles quase me matou! Nem sequer sabia o nome da música que, assim que terminou o locutor disse: "ouvimos os Beatles com Please..." e por causa do converseiro da minha mãe com minha irmã, não consegui ouvir o resto. E aquilo ficou na minha cabeça: "Please... o quê?". Assim que consegui juntar dinheiro para comprar mais um disco, corri para a "Discodil" e fui procurar um disco dos Beatles que tivesse uma música com o título "Please alguma coisa". Então peguei o "Please Please Me". Ora, se tinha o título e uma música com "please", só podia ser ele. Tomado pela emoção, nem entrei na cabine para ouví-lo. Comprei e corri para casa. Era um disco fantástico que só tinha um defeito: não tinha "Please Mr. Postman"! Depois que descobri que seu nome era "Please Mr. Postman" e que estava no álbum "With The Beatles", demorou quase um ano para poder comprá-lo, mas toda vez que ia à Discodil, ficava horas na cabine ouvindo só "Please Mr. Postman".
Please Mr. Postman foi lançada originalmente como single da banda The Marvelettes, o primeiro grupo vocal feminino da Motown a fazer sucesso, alcançar a posição de número 1 na Billboard. foi gravada também pelos Beatles em 1963 e pelos Carpenters em 1974. A gravação das Marvelettes teve a cantora Gladys Horton como solista, e conta a história de esperança que o carteiro traga uma carta de seu namorado, que está ausente. A gravação original teve o acompanhamento da banda The Funk Brothers, incluindo Marvin Gaye na bateria. Durante oito anos, as Marvelettes emplacaram 19 canções no Top 40 de R&B e dez no Top 10 Pop norte-americanos. O sucesso das Marvelettes precedeu a de outros grupos femininos da Motown, como Martha and the Vandellas e The Supremes, de Diana Ross. Os créditos da composição de "Please Mr. Postman" parecem ter mudado ao longo dos anos. A versão original é creditada tendo "Dobbins / Garett / Brianbert", como compositores, e "Brianbert" como produtor. No álbum dos Beatles é creditada apenas a Brian Holland. O livro de toda a discografia dos Beatles de 1974, All Together Now, a música acabou sendo creditada a Holland, Bateman e Berry Gordy. Em 1992, o box set Hitsville E.U.A. Motown: The Singles Collection tem Dobbins, Garrett, Holanda, Bateman e Gorman como compositores. A partir de 2006 no Hall da Fama, aparece como compositores creditados de "Please Mr. Postman", apenas Holland, Bateman e Gorman.
A gravação das Marvelettes teve a cantora Gladys Horton como solista, e conta a história de esperança que o carteiro traga uma carta de seu namorado, que está ausente na guerra. A gravação original teve o acompanhamento da banda The Funk Brothers, incluindo Marvin Gaye na bateria. Os créditos da composição de "Please Mr. Postman" parecem ter mudado ao longo dos anos. Na versão original constam como "Dobbins/Garett/Brianbert", como compositores, e "Brianbert" como produtor. No álbum dos Beatles é creditada apenas a Brian Holland. No livro com toda a discografia dos Beatles de 1974, All Together Now, a música acabou sendo creditada a Holland, Bateman e Berry Gordy. Em 1992, o box set Hitsville E.U.A. Motown: The Singles Collection, tem Dobbins, Garrett, Holanda, Bateman e Gorman como compositores. A partir de 2006 no Hall da Fama, aparecem como compositores creditados de "Please Mr. Postman", apenas Holland, Bateman e Gorman. A versão dos Beatles de Please Mr. Postman foi gravada em nove tomadas com John arrasando (como sempre!) nos vocais principais, na mesma sessão "Till There Was You" em 30 de julho de 1963. John Lennon inverte o sexo da namorada, colocando-se no papel de protagonista. Mais tarde, uma outra versão foi gravada pelos Carpenters em 1975. Essa regravação trouxe de volta ao 1º lugar na Billboard Hot 100, em janeiro daquele ano.
JOHN LENNON - HOW DO SLEEP - COMO VOCÊ DORME, PAUL?
Em 1971, John Lennon conseguiu o sucesso que tanto precisava como artista-solo, com o álbum "Imagine", embora nunca tenha alcançado o primeiro lugar (curiosamente, só depois de sua morte). A faixa-título tornou-se um hino da paz no mundo inteiro. "Paz" essa que o próprio Lennon nunca viveu e nem experimentou, e que, neste álbum, deliberadamente ataca, de forma escancarada Paul McCartney na 8ª canção do disco "How Do You Sleep". John Lennon diz com todas as letras que a música que Paul faz é "muzak" (canções tocadas em elevador) para seus ouvidos e que a única coisa que Paul fez de bom foi "Yesterday", e que desde que os Beatles foram pro espaço, suas músicas são fracas como "Another Day" ("The only thing that you done was 'yesterday'... and since you're gone you're just 'Another Day').
Na época, o álbum "Imagine" vinha recheado de brindes, com um belíssimo encarte, um pôster e uma foto em que John parodiava o álbum "Ram" de McCartney, segurando as orelhas de um porco. John alegou que Paul sempre o atacava sutilmente em seus discos (Paul admitiu que tinha feito referências a John no disco Ram) e que "How Do You Sleep" era uma resposta clara a essas provocações. Para o trauma ser ainda maior, Lennon, convocou para tocar a guitarra nessa musica, nada mais, nada menos, que um dos poucos amigos que ainda tinha (?): George Harrison que também era desafeto de Paul por causa da conturbada relação com Allen Klein. A letra, composta paralelamente, na mesma viagem de "Gimme Some Truth", faz ataques ao ex-amigo de todas as formas. Alguns até passavam despercebidos. "Those freaks was right when they said you was dead, The one mistake you made was in your head" - Aqueles malucos estavam certos quando disseram que você estava morto, o único engano que você cometeu foi dentro de sua cabeça. "Você vive com certinhos que dizem que você é rei". E por aí vai. "Um rosto bonito pode durar um ano ou dois, mas não demora e verão do que você é capaz". "O som que você faz é muzak para os meus ouvidos". "Você deveria ter aprendido algo todos esses anos". Em uma revisão contemporânea de “Imagine”, Ben Gerson, da Rolling Stone, destacou "How Do You Sleep?" entre os três "números musicalmente efetivos e valiosos do álbum", mas a considerou "horripilante e indefensável como uma música que "prejudica a personalidade, a família e a carreira de Paul". Escrevendo para o NME, Alan Smith disse sobre a faixa: "Musicalmente, é tremenda - aberta, grande, poderosa, trovejante, dramática - mas esta é uma música que será lembrada por seus versos...".
THE CLAYPOOL LENNON DELIRIUM – A NOVA BANDA DE SEAN LENNON (QUEM?)
No ano passado o “Primus” (quem?) excursionou com o “Dinosaur Jr” (quem?), e quem também tocou nos shows foi a banda “Ghost of a Saber Tooth Tiger” (quem?) , que conta com Sean Lennon (quem?). Ao que tudo indica os encontros nos bastidores foram frutíferos e uma nova parceria surgiu a partir desses momentos na forma do “The Claypool Lennon Delirium”. Trata-se de um novo grupo do filho de John Lennon com Les Claypool (quem?), baixista e vocalista desse tal de Primus. Uma música chamada “Cricket And The Genie” foi disponibilizada e pode ser ouvida logo abaixo. O novo grupo é uma das atrações confirmadas para o festival de Bonnaroo (quem?) em 2016.
sábado, 23 de janeiro de 2016
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
PAUL McCARTNEY - MAYBE I'M AMAZED
Sem a menor sombra de dúvida, “Maybe I'm Amazed” é uma das músicas mais completas de Paul McCartney, e também, uma das mais bonitas. Curiosamente, por conta de brigas com Klein, Apple e os Beatles, não foi lançada como single, na época do lançamento do seu 1º álbum – “McCartney” nem na Inglaterra e nem nos States, mas apareceu como single na França e na Alemanha. Somente em 1977, foi lançada como single ‘oficialmente’, numa versão ao vivo extraída do sensacional álbum triplo “Wings Over America”. “Maybe I'm Amazed” foi composta em Londres, para Linda, numa época que McCartney vivia numa tremenda angústia pela iminente separação dos Beatles, e ganhou o status de ser a primeira canção transformada em videoclipe de sua carreira solo, utilizando fotografias tiradas por Linda, com produção executada por Charlie Jenkins, o filme debutou nos EUA no tradicional The Ed Sullivan Show, onde os Beatles se apresentaram nos States pela primeira vez em Nova York, em fevereiro de 1964. Assim, como em todo o restante do álbum, em “Maybe I'm Amazed”, McCartney toca todos os instrumentos: contra-baixo, órgão Hammond, piano, bateria, três guitarras, violão e percussão. Linda McCartney faz alguns poucos backing vocals. Foi gravada e mixada no estúdio II da EMI, em Abbey Road, no dia 22 de fevereiro de 1970, junto com “Every Night”. “Maybe I'm Amazed” teve boas execuções nas rádios e chegou a ser elogiada pelo ex-colega de banda George Harrison, embora seus comentários tenham sido depreciativos sobre todo o resto do álbum. John Lennon, claro, detestou. Aqui, a gente confere “Maybe I'm Amazed” em três momentos: no filme “caseiro” da época, a versão “ao vivo” do “Wings Over America” e uma versão bem bacana com o “Faces” de Rod Stewart e companhia. Aquele abraço!
sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
AS MELHORES CAPAS DO BAÚ DO EDU EM 2015
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Janeiro/2016