sexta-feira, 16 de setembro de 2016

CONVIDADOS ESPECIAIS - THE BYRDS - DIRETO DO SÁBADO SOM

Por João Carlos Mendonça - Sábado Som - 10/09/2016 
“THE BIRDS” OU “THE BYRDS”? Na verdade são dois grupos diferentes, mas, se procurarmos ouvir na Internet e escrevermos qualquer uma das grafias, nos depararemos com uma “misturilouca” que certamente vai nos confundir. E, embora sejam originários praticamente da mesma época, seus estilos não eram parecidos. Outra peculiaridade é que ambos legaram grandes nomes ao pop-rock de sempre. THE BIRDS foi uma banda formada em Londres no comecinho de 1964, que contava com o excepcional RON WOOD na guitarra e sua praia era o “Rhythm and Blues”, que em muito se assemelhava aos Yardbirds e The Who do comecinho de carreira. “Leaving Here”, “You Don’t Love Me”, “Run, Run, Run” e mais umas dez canções do conjunto brilharam nas paradas britânicas, contudo, questões com a gravadora Decca e o aparecimento de The Byrds, precipitaram o fim do grupo. Eles até brigaram na justiça contra o concorrente americano, sem lograr êxito. Ainda mudaram de gravadora e de nome, passando a chamar-se “BIRDS BIRDS”, porém os vários adiamentos do lançamento do álbum encerrou a carreira do quinteto britânico. O sempre gentil Ron Wood, não engole os Byrds ianques até hoje. Destarte, os californianos de THE BYRDS, formados pelos talentosos guitarristas Roger McGuinn, David Crosby e o cantor Gene Clark, chegaram logo ao sucesso misturando os sons regionalistas de Bob Dylan com o britsh pop de então, no que se convencionou rotular como “folk rock”. Tanto o primeiro LP quanto o primeiro “single” do conjunto chamavam-se MR. TAMBOURINE MAN (Dylan), que estourou de imediato no top internacional e o nome (escrito com um “Y”) da banda teria sido um trocadilho no estilo Beatles (Beetles), segundo seus 3 líderes. O certo é que a fórmula pegou e, apesar de criarem parte de seu repertório, mantinham a “escrita”, inclusive utilizando composições de Pete Seeger, outra lenda americana (“Turn, Turn, Turn” foi baseada em uma passagem do Eclesiastes da Bíblia). Embora o grupo negasse com veemência, atribui-se a eles a criação das primeiras canções “psicodélicas”, notadamente quando lançaram “Eight Miles High” (final de 65) e o álbum “Fifth Dimension (66), período em que, já enjoados da química de sempre, passaram a misturar suas guitarras com instrumentos acústicos e/ou exóticos. Outra polêmica deu-se quando lançaram a canção “So You Want To Be A Rock ‘n’ Roll Star” que criticava a indústria musical, indisfarçadamente o grupo de fachada, The Monkees. De toda monta, a bem sucedida evolução do conjunto não evitou a defecção do Gene Clark e mais adiante do “doidão” Crosby (este foi rifado) e The Byrds começou a parecer-se uma cópia mal feita de si mesmo, ainda que contando com as colaborações do baterista Jim Gordon e do “guitar hero”, Clarence White. Assim, as idas e vindas do legendário conjunto deram em pouco... Ou quase nada.

4 comentários:

  1. Byrds são demais. Gosto muito. O texto do João Carlos, como não podia deixar de ser, é preciso.

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  2. O primeiro e o segundo discos deles são fantásticos. Depois, a coisa foi caminhando de forma razoável até o disco "Younger Than Yesterday". Aí, a maionese deles desandou de vez. "Turn Turn Turn" é uma canção inesquecível!

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  3. Valeu Edu! Obrigado turma!

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