No dia 30 de setembro de 1969. John Lennon gravou a canção "Cold Turkey" com a Plastic Ono Band. Sua formação nesta ocasião incluia Eric Clapton, Klaus Voorman, Yoko Ono e Ringo Starr. Composta nesse período, a música reflete bem o momento que os Lennons viviam. De acordo com Peter Brown em seu livro The Love You Make, Lennon chegou a apresentá-la a Paul McCartney, querendo que fosse lançada como compacto pelos Beatles. A resposta foi não! Enfurecido, Lennon rapidamente convocou os músicos e gravaram a canção rapidamente. Foi a primeira vez que o nome John Lennon apareceria sozinho no crédito de uma canção. Seu compacto anterior, Give Peace a Chance, ainda foi assinado como "Lennon & McCartney". A referência direta da canção, até porque é difícil fugir dessa ligação óbvia, é o vício da heroína que o casal curtia naqueles tempos. "Cold Turkey", na gíria dos junkies, é a chamada crise de abstinência. Contudo, pode-se fazer uma análise mais profunda dos porquês dessa letra. Era somente um John Lennon cru, nu, que não queria e nem tinha mais interesse algum em interpretar composições que não fossem próprias. John Lennon mudara. E muito. Barbudão, sujo e cabeludo, definitivamente mostrava ao mundo que o "Beatle" John estava enterrado. Odiava os Beatles, como instituição. Estava realmente saturado e deslumbrado com as perspectivas de começar um trabalho autoral ao lado da mulher. "Cold Turkey" é uma das mais estranhas e violentas canções de John Lennon. Os gritos de horror no final não deixam dúvidas. Algo estava muito errado com nosso herói, que conseguiu terminar a música a tempo de encaixá-la no show de Toronto. A faixa, foi lançada primeiro em compacto e depois saiu no disco ao vivo - Live Peace In Toronto - (tem aqui no Baú!) gravado durante a apresentação. Também apareceria no álbum-coletânia “Shaved Fish” de 1975 e mais tarde no álbum ao vivo “John Lennon - Live in New York City”.
A primeira estrofe da letra diz:
“A temperatura está subindo, a febre está alta. Não posso ver o futuro, não posso ver o céu. Meus pés estão tão pesados, minha cabeça também. Queria ser um bebê. Queria estar morto”. O sensacional vídeo que a gente confere é do festival de Toronto ao vivo que aparece no álbum “Live Peace In Toronto”. Abração!
A primeira estrofe da letra diz:
“A temperatura está subindo, a febre está alta. Não posso ver o futuro, não posso ver o céu. Meus pés estão tão pesados, minha cabeça também. Queria ser um bebê. Queria estar morto”. O sensacional vídeo que a gente confere é do festival de Toronto ao vivo que aparece no álbum “Live Peace In Toronto”. Abração!
DEMAIS! DEMAIS! DEMAIS! Gostei desde a primeira vez que ouvi!
ResponderExcluirNão entendo como John suportava essa japa do inferno gritando no ouvido dele.
ResponderExcluirO John começou muito bem sua carreira solo, "Cold Turkey" é demais, guitarra rasgante e letra catártica. Tenho um bootleg do Clapton que trás um outtake dela que é de arrepiar.
ResponderExcluirMesmo sendo fãzaço de Lennon (até no pseudônimo!), essa é uma canção que nunca gostei completamente. A parte cantada é jóia, mas quando começa a parte dos gritos, beira o insuportável...
ResponderExcluirLennon em estado bruto!
ResponderExcluirO que é que ela tem, meu filho?
ResponderExcluirOs gritos obviamente são influência de Yoko Ono. Essa mulherzinha mais ou menos seria uma ilustre desconhecida se não fosse o romance com Lennon.
ResponderExcluirO que eu gosto mais é dos gritos!!!
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