O texto que a gente confere agora, foi publicado na revista Rolling Stone Brasil Nº 52 de janeiro de 2011.
FAZER DOUBLE FANTASY FOI UMA GRANDE alegria para John e para mim. Mas também foi intenso, porque estávamos tentando terminá-lo para lançar no Natal. John sabia o que eu estava enfrentando e me protegeu até o fim. Se não fosse por isso, o disco não teria sido um diálogo entre um homem e uma mulher. Mas, se o disco não fosse um diálogo entre um homem e uma mulher, John teria se recusado a fazê-lo. As coisas foram assim. Ninguém foi maldoso comigo. Mas havia um forte sentimento de que o disco devia ter sido apenas de John, e eu fui uma coisa extra que eles precisaram suportar. Ouço um grande sim! de vocês aí, que estão lendo isto. Então, devem entender como as pessoas da época também se sentiam. Por causa dessa situação delicada, John teve de fazer o que tinha de fazer e também me proteger, ao mesmo tempo. Mesmo com o poder de observação rá-pido e astuto dele, e de seu poder total no estúdio, não foi nada fácil. Ele estava tentando proteger uma leoa cheia de orgulho com um coração de cordeirinho, sem permitir que ela soubesse o que ele estava fazendo. Agora, olhando para trás, entendo tudo com perfeita clareza.
Nas sessões de gravação de Double Fantasy, eu já estava bem acostumada com a maneira de se fazer as coisas no mundo do rock. Mas em uma situação de pressão eu voltava a ser a minha velha eu, de vanguarda clássica. Um guitarrista estava tendo dificuldade de encontrar um bom solo para uma das minhas músicas. Era tarde da noite e eu simplesmente peguei um pedaço de papel, escrevi algumas notas bem rapidinho e perguntei se ele podia tocar aquilo no solo. Um pouco antes de isso acontecer, alguém tinha me dito que ele sabia ler partituras. Então, eu achei mais educado entregar a ele um rabisco de notas a mostrar o que eu queria no piano, porque assim o grupo todo saberia o que eu estava fazendo. Ele simplesmente disse para John: "Não posso tocar isto". John olhou para mim, olhou para o guitarrista e saiu da sala, fazendo sinal para que eu o seguisse. Do lado de fora da sala de controle, ele disse: "Lembra? Você tem que cochichar para mim!" Eu tinha que sussurrar a melodia no ouvido de John?! Mas, no rock, não se pode criticar os músicos por seus solos. Você tem de falar assim: "Ficou bom. Mas será que podemos tentar outro, só para garantir? Quem sabe um pouco mais leve..." Algo assim. Então, eu percebi que havia dado um fora. Só respondi: "Eu sei, eu sei", e deixei pra lá. Foi só isso.
Daí, teve "Yes, I'm Your Angel"! Eu queria fazer em 3/4. John disse: "Vamos fazer rock, 4/4". Então, fizemos em 4/4. Quando terminamos todas as faixas, John disse: "Então, nós terminamos! Tem mais alguma coisa, Yoko?" Eu disse a ele que, para falar a verdade, eu ainda queria fazer "Angel" em 3/4. "Ah... certo! K nunca devia ter aberto a boca! Então, vamos chamar o pessoal de volta." Tod e todos os músicos já tinham guardado as coisas e ido embora do estúdio. Andy, o baterista, teve de voltar das Bermudas! Mas nós fizemos "Yes, I'm Your Angel" em 3/4. O problema era que a feita em 4/4 soava muito melhor. Os músicos tocaram perfeitamente tanto a versão 4/4 quanto a 3/4. Então, não era culpa deles. Tinha algo previsível em fazer em 3/4 para aquele tipo de música que fazia soar mais contida do que a versão em 4/4, que nos surpreendeu ao parecer mais fresca na comparação com a 3/4. Voltamos atrás e usamos o 4/4 que tínhamos feito. Os músicos foram todos gentis em relação a isso, mas eu não acho que tenha vencido nenhum concurso de popularidade ou algo assim! Na hora, não achei que fosse nada. Os artistas têm o direito de almejar a perfeição. Mas agora eu percebo que John estava me ajudando sem fazer nenhum alarde. Um dia, no meio da confecção de Double Fantasy, os técnicos nos disseram que precisavam de duas horas para consertar a mesa. Então nós deveríamos sair um pouco. Dar um passeio. Maravilha! Depois de passar séculos no estúdio escuro, o sol ofuscou nossa visão. Parecia primavera! Um dia lindo, lindo mesmo. O céu brilhava tão azul... Nós parecíamos duas crianças matando aula. John resolveu que nós iríamos à Saks Fifth Avenue. Ele passou por alguns balcões e parou no dos óculos: "Precisamos escolher um para você". Ele escolheu um par - óculos escuros grandes, daqueles que envolvem o rosto - e os colocou em mim. Foi estranho, ele começou a fazer uma cara bem séria. "O que foi?" "Você devia usar esses óculos o tempo todo." Achei aquilo uma bobagem e fiquei com vontade de dar risada, mas me detive. Ele estava observando. Aquilo me lembrou da primeira vez que eu o vi observando o meu Painting to Hainmer a Nail In [Quadro para martelar um prego] na galeria Indica. Dessa vez, ele estava me observando com os óculos que ele tinha escolhido para mim. "Por quê?", eu perguntei com os olhos. Ele só pegou a minha mão e caminhamos rápido para a saída. Estava na hora de voltar para o estúdio. Eu imediatamente me esqueci completamente do acontecido. Mais tarde, eu usaria aqueles ócu¬los para enfrentar o mundo. Eu ouvia John dizendo: "Ande com o queixo para cima. Nunca deixe que percebam que você foi atingida!" Então, mesmo depois de se ir, ele continuou a me proteger e a me ajudar. Nós dois éramos pessoas muito verbais. Uma vez, estávamos no elevador, con-versando bem animados, e nos esquecemos de apertar o botão. O elevador ficou no térreo um tempão, e nós nem percebemos. Finalmente, a porta se abriu e uma senhora entrou e nós nos demos conta do que tínhamos feito. Só estávamos batendo papo. Por que nós tínhamos tanta coisa sobre o que falar? Talvez por ser-mos apenas nós dois. Nós nos isolamos, e não tínhamos ninguém além de um ao outro. John não se importava nem um pouco com isso. Provavelmente tinha a ver com o fato de que ele tinha conhecido e cumprimentado tanta gente na época das turnês dos Beatles que não ter que receber muita gente parecia novidade. Nós também éramos pessoas muito silenciosas. Não precisávamos dizer nada. Só de nos entreolharmos, já sabíamos o que o outro estava pensando. Quanto mais o mundo nos detestava, mais nós nos tornávamos protetores em relação um ao outro. Eu adorava o jeito dele mais para o fim: "Ande com o queixo para cima. Nunca deixe ninguém perceber que você foi atingida!" Eu sempre sorria quando ele dizia isso. Mas, quando ele estava sozinho, eu o pegava refletindo com o olhar distante, de um soldado jovem/velho que se lembrava de tudo. Um dia, ele até disse: "Olha, se algum dia eu morrer, faça o seguinte...", e ele me deu instruções precisas a respeito do que eu devia fazer com as sobras de estúdio dos Beatles. "Assegure-se disso." Eu achei notável o fato de ele ainda estar preocupado com as gravações antigas. De artista para artista, eu gostei daquela observação na época. Certa noite, ele estava soluçando. "Não me deixe sozinho. Não morra antes de mim." "Mas, John, eu sou mais velha do que você, então é natural que eu me vá primeiro." "Não, você não pode fazer isso. Simplesmente não pode." Mas, em outro dia, ele disse, com muita calma: "Se você morresse, eu ia fazer uma sopa com você e a tomaria. Aí nós finalmente seríamos um corpo só". Parece que ele ficou inspirado com aquela ideia, e disse para as pessoas que trabalhavam para nós. "Sabe, se a Yoko morrer, vou fazer uma sopa com ela e tomar..." Todo mundo ficava com a expressão impassível, como se ele não tivesse dito nada fora do comum. John parecia um garotinho quando dizia aquilo. Um garotinho que tinha tido uma ótima ideia. Nós dois, como casal, não éramos muito benquistos, para colocar de maneira amena. Todo mundo ao nosso redor parecia pensar que, se John não estivesse comigo, os Beatles voltariam a tocar juntos. Enquanto nós estávamos separados, John me disse que teve de dar uma entrevista dizendo que os Beatles poderiam voltar. Ele me disse que a gravadora achava que ele não teria chance alguma de vender o disco dele se não tivesse feito aquilo. Então ele deu uma entrevista e man¬dou a cópia para mim. Quando se assiste àquela entrevista famosa, em vídeo, dá para perceber que John estava bem sem jeito. Ele tentou ser engraçado - e essa era sempre uma válvula de escape. Para um sujeito como John acabar dando uma entrevista em que ele não acreditava, deve ter se sentido muito pressionado mesmo. Eu pensava que, se nós nos separássemos, talvez ele voltasse a ser aquele cara tão querido que tinha sido no passado. Essa não era a única razão por que eu queria a separação. Eu também já estava farta de ser odiada pelo mundo inteiro. A situação era um inferno. Estava ficando perigoso para mim. Para John, estava afetando a venda dos álbuns dele. Isso significava uma grande lacuna na vida dele. Eu me sentia culpada. Mas John era inflexível na questão de ficarmos juntos. Então nós voltamos a nos acomodar no inferno e nos refestelamos. Inferno! O que é inferno? "Nós vamos ser felizes em qualquer lugar em que estivermos, desde que estejamos juntos. Por acaso nós nos incomodamos? Não, Yoko. Nós não nos inco¬modamos, não é mesmo? Nós vamos nos acomodar em cadeiras de balanço na Cornualha quando estivermos velhos, esperando os cartões-postais de Sean." No período de Double Fantasy, ele recuperou seu fluxo criativo e estava total-mente vigoroso, compondo e gravando músicas maravilhosas. Mas, no meio da noite, ele tinha pesadelos de nós voltarmos a nos separar. Desta vez, pela morte. Eu fiz a arte da capa de Double Fantasy. Escolhi uma fonte boa para as pala¬vras. E usei duas fotos de Shinoyama para a parte da frente e a de trás do LP, só que eu as coloquei em preto e branco. As fotos originais eram coloridas. Achei que, colocando em preto e branco, ia refletir o caráter firme do álbum. Achei que ia transmitir a mensagem de que era um documentário, não ficção. Mas "vida é aquilo que acontece enquanto você está fazendo outros planos", como John dizia. Quando eu olho para a capa hoje, fico me perguntando se não havia mais coisa por trás de fazer em branco em preto, que não estava nos meus cálculos.
O álbum estava terminado. Nós lançamos o single "(Just Like) Starting Over". Mas a música não chegou ao número 1 da parada. Eu fui até John, que estava sen¬tado em uma cadeira confortável, lendo os jornais. "John, sinto muito. O single só chegou ao número 8." "Não vai subir?" "Não." Ele passou um segundo pensando, olhando para mim. Então ele disse: "Tudo bem. Nós temos a família". Ele tinha planos grandiosos para o caso de o single chegar ao número 1. Por ser absolutamente inglês, John tinha planejado levar Sean e eu para a Inglaterra a bordo do QEII. Ele queria apresentar Sean à tia Mimi, e também dar um oi a Liverpool. Mas nós precisamos descartar esse plano completamente. O último fim de semana foi muito tranquilo. O céu estava nublado, de um jeito relaxante. E a cidade parecia adormecida. Sábado começou com John escutando "Walking on Thin Ice". Como ele estava tão concentrado naquilo, eu saí para ir à banca de jornais e, de repente, tive a ideia de comprar alguns chocolates para John como surpresa. Ele adorava cho¬colate, mas isso não fazia parte da nossa dieta sem açúcar da época. Depois dos exageros com as drogas nos anos 60, John queria que nós dois ficássemos limpos e saudáveis, "pelo bem de Sean também". Mas, naquele sábado, o último sábado que John iria saborear, eu pensei em comprar um pouco de chocolate e fazer uma surpresa para ele. Não sei por que pensei naquilo. Naquela época, eu não gostava nem um pouco de chocolate, então eu não sofria por não comer. Comprei um pouco e fui para casa. Quando saí do elevador, fiquei surpresa por John abrir a porta do apartamento antes de eu tocar a campainha. "Como é que você sabia que eu estava chegando bem agora?" "Ah, eu sei quando você volta." Ele ficou tão feliz por eu ter comprado os chocolates para ele... Eu me lembro de como ele sorriu. Naquele mesmo dia, John quis que todas as minhas obras de arte fossem leva¬das do porão para a sala branca. Não era a primeira vez que ele fazia esse pedido, mas pediu de novo naquele fim de semana. "É ridículo. Nós temos tantas obras maravilhosas, e deixamos no porão. Eu quero apreciá-las." Para mim, era um tédio ter que ver os meus trabalhos antigos todos os dias. Como resultado, as minhas peças estavam empilhadas no compartimento de armazenagem no porão, cobertas de pó. Naquele tempo, eu não me importava muito com isso. "John, será que podemos fazer isso depois de terminar o álbum? Estamos tão ocupados agora..." "Não, precisamos fazer agora. Senão, você nunca vai fazer." Quando ele disse isso, havia um toque de tristeza em sua voz, como se já soubesse que nós nunca iríamos levá-las para cima. E nunca levamos. O dia todo, John não parou de escutar "Walking on Thin Ice". Ele escutou uma vez atrás da outra. Nós ainda não tínhamos feito o overdub do solo de guitarra, então eu achei que ele estava conferindo para ver o que fazer com aquilo. Mas não era comum ele gastar tanto tempo com algo assim. Eu fui dormir. Quando acordei no domingo de manhã, ele ainda estava escutando "Walking on Thin Ice", olhando para o parque. Eu sabia que a música era boa. Mas fiquei só pensando o que mais podia ser feito do ponto de vista musical. Não pensei em nada mais profundo do que isso na época. Só há pouco tempo eu me dei conta de que talvez tivesse uma percepção da música sob outra luz. Walking on thin ice Fm paying the price For throwing the dice in the air, etc. [Caminhando sobre gelo fino / Estou pagando o preço / De lançar os dados ao ar etc J Mas entra na meia oitava depois do segundo verso: / may cry one day, But the tears will dry whichever way... And when our hearts return to ashes We'll bejust a story. [Talvez eu chore um dia / Mas as lágrimas vão secar de qualquer jeito... / E quando o nosso coração virar cinza / Nós vamos ser apenas uma história.] Eu não tinha percebido que dizia "talvez EU chore um dia" e não "talvez VOCÊ chore um dia" ou "talvez NÓS choremos um dia". Onde eu estava com a cabeça?! John provavelmente percebeu isso ao escutar a música naquele fim de semana com tanta atenção. Qual foi o motivo por que ele a ficou escutando sem parar? Será que nós sabíamos alguma coisa? John? Eu? Morte foi uma coisa sobre a qual nós não conversamos naquele fim de semana. Mas ela estava ao nosso redor como uma névoa espessa. O último fim de semana. De certa maneira, fico feliz pelo fato de que nós não sabíamos que aquele seria o nosso último fim de semana juntos, de modo que pudemos viver uma ilusão de normalidade. Mas acontece que aquele domingo não foi normal, de jeito nenhum. Algo estava começando a acontecer, como o silêncio mortal que precede um tsunami. O ar estava ficando cada vez mais tenso, cada vez mais denso. Então eu vi, de maneira distinta, ondas de ar na sala. Eram linhas que subiam e desciam, como as do monitor cardíaco ao lado da cama de hospital, logo antes de se transformar em uma linha reta. "John, está tudo bem com você?", eu perguntei através da densidade. Ele só assentiu com a cabeça e continuou a escutar "Walking on Thin Ice", bem alto. Caminhando sobre o gelo fino. Caminhando sobre o gelo fino... "John, John, essssstá tuuuudo beeem coooom vooocê?" Eu ouvia a minha voz vibrar. Por algum motivo, eu não conseguia chegar perto de John. CAMINHANDO SOBRE O GELO FINO. CAMINHANDO SOBRE O GELO FINO. CAMINHANDO SOBRE O GELO FINO. Percebi que nós dois estávamos em uma dimensão estranha, em um fuso horário esquisito, como se estivéssemos em um sonho. Daí tudo parou. Eu caí em um sono longo e superficial, com John por cima de mim, dando beijos ternos em mim. Segunda-feira. No último dia da vida de John, nós acordamos com o céu azul que se espelhava por cima do Central Park. O dia tinha um ar de olhos brilhantes e rabos peludos. John e eu nos lembramos de que estávamos com a agenda cheia. A sessão de fotos com Annie Leibovitz, o programa na rádio RKO e o trabalho no estúdio a partir das 18h. John gostava de ser pontual. John era inglês, eu era japo¬nesa. O resultado era que nós dois éramos absolutamente possuídos de extrema austeridade e hilaridade. O céu estava ficando cinzento à tarde. E John não parava de falar com o cara da rádio RKO, enfiando um monte de coisa. Nós quase nos atrasamos para o estúdio. Eu corri para o carro e vi John ainda dar um autógrafo para um sujeito na frente do Dakota. "John, nós vamos nos atrasar!" Eu me lembro de ter ficado um pouco irritada: "Para que mais um autógrafo?", eu pensei. John respondeu algo como "tudo bem", e correu para dentro do carro, sentou do meu lado e pegou a minha mão, como sempre. O carro deu a partida. Eu sei que falo muito das mãos dele. Eu adorava as mãos dele. Ele costumava dizer que queria ter mãos como as de Jean Cocteau - dedos longos e esguios. Mas eu cresci rodeada de primos com aquelas mãos aristocráticas. Eu adorava as de John: mãos limpas e fortes de trabalhador que sempre me agarravam quando tinham a oportunidade. O trabalho no estúdio se estendeu até tarde da noite. Em uma sala ao lado da sala de controle, logo antes de sairmos do estúdio, John olhou para mim. Eu olhei para ele. Os olhos dele tinham a intensidade de um sujeito que estava prestes a me dizer algo importante. "O que é?", eu perguntei. E nunca vou esquecer como ele disse as coisas mais lindas para mim com uma voz profunda e suave, como se quisesse entalhar as palavras na minha mente. "Ah", eu disse depois de um tempo e desviei o olhar, um pouco acanhada. Na minha cabeça, ouvir uma coisa daquelas do seu homem quando você já tinha passado bastante dos 40... bom... eu era uma mulher de muita sorte, pensei. Mesmo agora, vejo os olhos penetrantes dele na minha cabeça. Não sei por que ele resolveu, naquele exato momento, dizer tudo aquilo, como se quisesse que eu lembrasse para sempre. Será que importava o fato de o mundo inteiro odiar você tanto assim se o seu homem a amava aquele tanto? Que diferença faz se você tinha que viver no inferno com ele? Alguns casais podem ter a sorte de viver no céu. O nosso céu ficava no inferno. E nós adorávamos aquilo. Nós não íamos querer que fosse diferente.
Yoko Ono Londres, 18 de outubro de 2010
Muito muito legal.
ResponderExcluirÁgua com açúcar
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