Notícia triste para a comunidade Beatles: Pete Shotton, o melhor amigo de John Lennon desde a infância e adolescência, morreu no dia 24 de março de 2017. Ele tinha 75 anos, nascido em 1941 - curiosamente ele era um ano mais novo do que Lennon, mas eram os melhores amigos na escola. Pete e John se conheceram na escola dominical quando tinham, respectivamente, 6 e 7 anos. Eles também moravam perto em Liverpool. Juntos, eles formaram um pequeno grupo turbulento de garotos do bairro, que também incluía Nigel Whalley e Ivan Vaughn, que desempenhariam um papel central na história dos Beatles quando Paul McCartney foi apresentado a John Lennon em 1957. A infância e a amizade adolescente de John e Pete, foram retratadas no (fraco) filme “Nowhere Boy” (O Garoto de Liverpool), que mostrava como John era o instigador da turma.Quando John Lennon formou sua primeira banda - The Quarrymen Skiffle Group - insistiu na participação de Shotton como membro. Pete foi designado para o washboard. Não era tanto pela habilidade musical de Shotton (que era nenhuma), mas mais pelo apoio de seu amigo na banda. De fato, sem Pete, John poderia nunca teria pensado em começar uma banda. De acordo com Pete : "Se eu tivesse dito categoricamente que não, John certamente teria arquivado a idéia de formar um grupo ... Eu não quero dizer que havia algo de especial em mim ... É que John e eu éramos tão inseparáveis o tempo todo, que seria inconcebível para qualquer um de nós se envolver em algo que o outro não estivesse interessado em fazer." Embora a estadia de Pete com os Quarrymen tenha durado apenas um ano, ele se tornou uma testemunha inestimável da história. Observou de perto o relacionamento de John com sua mãe biológica, Julia, por vários anos antes dela morrer quando John tinha 17 anos. Pete também foi quem pediu oficialmente a um Paul McCartney de 15 anos para se juntar ao Quarrymen. Em seu perspicaz livro sobre sua amizade com John Lennon, Shotton relata todas as influências do rock and roll que John Lennon experimentou. Seu livro é considerado como um dos 10 melhores livros dos Beatles de todos os tempos de acordo com a Rolling Stone. O título original do livro de Shotton é “John Lennon In My Life”. Foi publicado pela primeira vez em 1983 e um ano depois como “The Beatles, Lennon e Me”. Em seu livro, por exemplo, Shotton oferece verdades por trás das cenas de como o Quarrymen evoluiu para The Beatles. Desde que Pete era uma das poucas pessoas que estava muito perto de John, ele foi capaz de oferecer insights sobre a psique de Lennon. "Nem Paul nem George teriam durado muito tempo na banda de John ... John não tinha gostado tanto deles como pessoas", explicou Shotton . "A maioria dos outros membros originais foram gradualmente congelados fora da imagem, não tanto por falta de promessa musical, mas simplesmente porque John via os dois como o futuro”. Depois que Lennon se tornou um superstar, ele ainda manteve sua amizade com Shotton, que também estava lá quando John começou seu relacionamento com Yoko. A última vez que Pete viu John estava no verão de 1976 quando ele visitou John e Yoko em Nova York. Reagindo ao assassinato chocante de John em 1980, Shotton escreveu na última página de seu livro: "Que final de merda".
John uma vez comentou ter feito no passado canções de amor apenas para "o mercado". É difícil encontrar as canções às quais ele se referia. No entanto, "Yes It Is" era uma música da qual anos depois ele se envergonharia especialmente, zombando do verso "for red is the colour that will make me blue". John afirmava que ela nada mais era do que uma tentativa de reescrever "This Boy", uma vez que elas tinham os mesmos acordes, harmonia e "falatório sem sentido". A letra era um alerta para que a garota não usasse vermelho, porque era a cor que a "baby" do cantor sempre usava. O veredicto de John foi que a canção "não funcionava". “Yes It Is” foi lançada como lado B de "TicketTo Ride" tanto na Inglaterra quanto nos EUA em abril de 1965. Apesar dele não gostar, sim é. “Yes It Is” é uma das canções mais bonitas daquela fase. No Brasil, “Yes It Is” virou “Demais”, em 1986, na versão feita por Zé Rodrix e Miguel Paiva, interpretada por Verônica Sabino. Foi um dos maiores sucessos daquele ano e fazia parte da trilha sonora do remake da novela Selva de Pedra. Apareceu aqui em 3 de março de 2010.
Embora "Norwegian Wood" tivesse uma cítara, ela foi adicionada posteriormente. "LoveYouTo" foi a primeira música escrita por George pensando nesse instrumento especificamente. Nessa gravação, ele também contou com a tabla de Anil Bhagwat. Em sua biografia, I Me Mine, George recorda ter usado tabla e cítara na gravação de base, e fez overdub dos vocais e da guitarra posteriormente. No entanto, Mark Lewisohn, autor de The Complete Beatles Recording Sessions, teve acesso às fitas originais e descobriu que a cítara não aparece até o terceiro take, e a tabla só foi adicionada no sexto. O título provisório da música era "Granny Smith" — uma referência a um tipo de maçã — simplesmente porque George não conseguia pensar em nada melhor. Como as palavras "love you to" não aparecem na música, o título final é bem enigmático: talvez "love me while you can" pudesse ter sido mais apropriado, uma vez que resume o que a canção diz. Participaram da gravação: George Harrison (vocais, guitarra acústica, guitarra, baixo e sitar) - Ringo Starr (tamborim) - Anil Bhagwat (tabla) - Músicos indianos não-creditados (sitar e tambura).
Assim como "Being For The Benefit Of Mr Kite!", a opinião de John sobre "Sun King" mudaria com o passar dos anos, mas, como quase sempre, de boa para ruim. Em 1971, ele se referiu a ela como algo que tinha surgido para ele em um sonho, deixando implícito que se tratava de uma grande inspiração. Em 1980, ele a reavaliou como mais um "lixo". A ideia da música surgiu para John Lennon após a leitura de uma biografia sobre o Rei-Sol (Sun-King) Luís XIV da França, que reinou de 1643 a 1715 escrita por Nancy Mitford , e pode ter sido com ele que John sonhou, um sonho em que o rei entrava em seu palácio e encontrava todos os seus convidados rindo felizes.. A letra é simples e pequena e inicia com os mesmos dizeres de Here Comes the Sun de George Harrison, "Here Comes the Sun.....". Inclusive o nome inicial da canção era "Here Comes the Sun King" trocada em seguida para "Sun King" para não haver confusão. O trecho final da letra mistura palavras em inglês, espanhol, italiano, e algumas inventadas por John, formando frases sem nenhum sentido — "paparazzi", "abrigado", "para-sol", "mi amore". Mais uma vez, como em Because, os três, John, Paul e George, cantam em uníssono, formando um coro de três vozes. John Lennon canta e toca guitarra. George Harrison canta e toca guitarra, Paul McCartney canta e toca baixo e Ringo Starr toca bateria. Como outras faixas de Abbey Road, “Sun King” apresenta uma exuberante e multi-controlada harmonia vocal, cantada por Lennon, Paul McCartney e George Harrison. A música lentamente se desvanece em sons do pântano no final de "You Never Give Me Your Money". No final da canção, a música pára abrubtamente e um preenchimento de tambor por Ringo Starr leva para faixa seguinte, "Mean Mr. Mustard". A linha de guitarra principal move-se lentamente da direita para o canal esquerdo e depois volta. Isto ocorre no início da faixa, e no fim. Em uma entrevista em 1987, Harrison disse que a gravação foi inspirada pela canção "albatross" da banda Fleetwood Mac.
Gnik Nus é a musica Sun King em reverse (ao contrário) e à capela num interessante e criativo arranjo e produção de Giles Martin (filho de George Martin) para a trilha sonora do espetáculo LOVE. Aqui, a gente confere “Albatross”, a faixa instrumental lançada pelo Fleetwood Mac em 1969 no disco English Rose, que teria inspirado Sun King.
Em 1936, Charles Chaplin estrelaria um de seus mais populares filmes “Modern Times” (Tempos Modernos). Para esta produção, Chaplin compôs especialmente a melodia da canção Smile, sendo que a letra só seria adicionada à música em 1954, pelos compositores John Turner e Geoffrey Parsom. Assim como fizera com Golden Slumbers do álbum Abbey Road, Paul escreveu a letra de Too Much Rain baseada no espírito de Smile: “Smile tho’ your heart is aching, Smile even tho i’ts breaking, When there are clouds in the sky, Youll get by” (Sorria, embora, seu coração esteja doendo. Sorria mesmo que ele estiver se repartindo. Quando há nuvens no céu, você irá prosseguir). Em Too Much Rain, Paul diz (Smile when your eyes are burning, Laugh when your heart is filled with pain. Sigh when you think about tomorrow, Make a vow that its not going to happen again. Its not right, in one life, too much rain” (Sorria quando seus olhos estiverem ardendo, ria quando seu coração estiver cheio de dor. Suspire, quando você pensar no amanhã. Faça uma promessa que isso não se repetirá. Não é certo, em uma só vida, chuva demais). A inspiração, além de Smile, vem de acontecimentos verdadeiros na vida de Paul McCartney Assim como How Kind of You, a letra de Too Much Rain reflete em suas perdas recentes, como as mortes de Linda e George.
"All Things Must Pass" é uma canção de George Harrison, lançada em novembro de 1970 como faixa-título para seu álbum triplo do mesmo nome.Foi lançada originalmente por Billy Preston como "All Things (Must) Pass" - em seu álbum da Apple Records “Encouraging Words” (1970), após os Beatles terem rejeitado para inclusão em seu álbum Let It Be em janeiro de 1969. A composição reflete a Influência do som da banda e da música comunitária em Harrison, depois de ter passado algum tempo em Woodstock com Bob Dylan no final de 1968, enquanto o poema de Timothy Leary "All Things Pass", uma adaptação psicodélica da música ‘Tao Te Ching’, forneceu inspiração para a letra. A música trata da natureza passageira da existência humana e que, na leitura de Harrison ‘Todas as coisas devem passar’ com palavras e melodia se combinando para refletir impressões de otimismo contra o fatalismo. No lançamento, juntamente com a imagem da capa do álbum fotografada por Barry Feinstein, os estudiosos viram a música como uma declaração sobre a separação dos Beatles. Amplamente considerada como uma das melhores composições de Harrison, sua rejeição por sua antiga banda provocou comentários de biógrafos e revisores. O crítico de música Ian MacDonald descreveu "All Things Must Pass" como "a música mais sábia jamais gravada pelos Beatles", enquanto o autor Simon Leng a considera "talvez a maior composição solo dos Beatles". A gravação foi co-produzida por Phil Spector em Londres; Apresenta um arranjo orquestral de John Barham e contribuições dos músicos Ringo Starr, Pete Drake, Bobby Whitlock, Eric Clapton e Klaus Voormann. Embora os Beatles não tenham gravado formalmente a música, uma demo solo de Harrison em 1969 aparece no Anthology 3 (1996). Uma versão mais rápida aparece na compilação póstuma de Harrison Early Takes: Volume 1 de 2012. Paul McCartney apresentou "All Things Must Pass" em sua homenagem no Concert for George em novembro de 2002, um ano após a morte de Harrison. Jim James, os Waterboys, Klaus Voormann, Yusuf Islam (Cat Stevens), e Sloan Wainwright estão entre os outros artistas que já fizeram cover da canção.
Entre os Beatles, George Harrison foi o primeiro a entrar no circulo de amizades de Paul McCartney. Além de estudarem juntos no Liverpool Institute, faziam o trajeto de volta para casa no mesmo ônibus para o bairro de Speke, quando aproveitavam para falar de rock and roll e trocarem informações para tocarem novos acordes em seus violões. Mais tarde, George seria apresentado a John Lennon e, como a história conta, ao tocar o instrumental Raunchy ele seria aprovado para tocar na banda que se transformaria em Beatles mais tarde. Apesar dos desentendimentos nos últimos anos da banda, Paul considerava George seu "amigo original" nos Beatles. A sua morte em 2001 causou impacto no mundo todo, e não foi diferente com Paul. Durante os shows de sua Driving USA e Back In The USA no ano seguinte, Paul homenageou o parceiro tocando Something, e na turnê europeia, All Things Must Pass. Entretanto, o tributo mais direto a George seria traduzido em forma de uma música composta por McCartney: Friends To Go. Mesmo sem ter uma letra diretamente ligada a Harrison, a faixa foi composta da mesma maneira que The Long And Widing Road nos anos 60. Só que, ao invés de "incorporar" o estilo de Ray Charles em sua mente, Paul imaginou que a letra e o estilo de Friends To Go fosse uma criação do próprio George. Para quem acredita em uma filosofia espiritualista, a letra descreve a conversa de um espírito com seu interlocutor: "I've been waiting on the other side for your friends to leave so I dont have to hide" (Tenho esperado do outro lado seus amigos partirem, assim eu não preciso me esconder). Sobre todo esse "misticismo " que envolve a faixa, Paul disse que o "outro lado" citado na letra poderia ser tanto o outro lado da rua como uma outra dimensão. Embora a música não tenha um toque 100% característico de George Harrison, as harmonias executadas no último verso foram produzidos para soar como uma produção característica de Jeff Lynne, principalmente em canções como Devil's Radio do álbum Cloud 9 de Harrison, lançado em 1987. Friends To Go foi composta em East Hampton, EUA e gravada no A.I.R Lyndhurst Hall Studios, Hampstead Heath, Londres. Está no álbum "Chaos And Ceation In The Backyard", de 2005.
“I Am The Walrus” é só e apenas de John Lennon. Ele escreveu parte da letra, segundo ele mesmo, em duas distintas "viagens" de ingestão de drogas. Alguns versos foram escritos após ler que um professor de sua antiga escola, Quarry Bank Grammar School, estava utilizando as letras das músicas dos Beatles para as aulas de inglês. Então ele escreveu alguns versos totalmente sem sentido para confundir os que fossem utilizar esta canção para mais uma análise. A música é a junção de três outras diferentes que John resolveu fundir em uma. A primeira, é inspirada em uma sirene de ambulância: "I-am-he as you-are-he, "Mis-ter cit-y police-man". A segunda, inicia-se no verso: "Sitting in a english garden...". A terceira, é a mistura da letra que ele escreveu para confundir os gramáticos. A letra é, como um todo, sem sentido. Inúmeras interpretações vem sendo dadas ao longo dos anos para entendê-la. Walrus significaria "morsa" – uma espécie de leão marinho ou peixe-boi grande. John Lennon escreveu parte da letra, segundo ele, em várias distintas "viagens" de ingestão de drogas. Alguns versos foram escritos após Lennon ler que um professor de sua antiga escola, Quarry Bank Grammar School, estava utilizando as letras das músicas dos Beatles para as aulas de inglês. Então ele escreveu alguns versos totalmente sem sentido para confundir os que fossem utilizar esta canção para análise. A música é a junção de três diferentes diferentes que John que estava já embriagado pelas drogas e resolveu fazer apenas uma. Coisa de gênio. A primeira parte, era inspirada em uma sirene de ambulância: "I-am-he as you-are-he, "Mis-ter cit-y police-man" . A segunda, inicia-se no verso: "Sitting in a english garden...". A terceira, é a mistura da letra que ele escreveu para confundir os gramáticos. Toda a letra é, como um todo, sem sentido. Inúmeras interpretações vem sendo dadas ao longo dos anos para entendê-la. Os estudiosos não chegam sequer, à conclusão de quem ou quê seria de fato, o “walrus”. No dia 5 de setembro (67), foi realizada a gravação da base que orientaria o restante da música. No outro dia, John Lennon gravou suas vozes. Essa gravação base com a voz de John aparece no Anthology 2. A orquestra foi adicionada no dia 27 de setembro, junto com as vozes dos cantores de Mike Sammes, que fazem os "ho-ho-ho", "ha-ha-ha", "Oompah-Oompah", "got one, got one". No dia 29 de setembro, Lennon sintonizou aleatoriamente a rádio BBC de Londres e gravou a audição de uma peça de Shakespeare, Rei Lear, ato quatro, cena seis, e a incluiu na gravação. John dizia que essa música ainda era influência de Bob Dylan. O truque usado por Dylan era de nunca dizer o que você queria dizer, fazendo parecer que havia algo mais escondido. A letra da música é efetivamente nonsense com uma mistura de viagens de LSD que o autor já tinha feito muitas. Ele não gostava das pessoas que tentavam descobrir mensagens nas suas músicas e fez "I Am The Walrus" para confundi-las. Há portanto, várias interpretações dos versos dessa música. Muitos dizem que o verso "estou chorando", que é repetido muitas vezes, se refere a morte de Brian, o qual John tinha uma figura muito próxima. A música foi gravada apenas 9 dias depois da tragédia. No final da música o coro imenso de homens e mulheres cantam o verso "everybody's got one" (todo mundo tem um). Quando perguntado na histórica entrevista da Playboy, o que ele queria dizer com isso, simplesmente respondeu: "Qualquer coisa, você escolhe. Um pênis, uma vagina, um ânus - você escolhe". Esse verso é praticamente ininteligível porque mistura a base rock dos Beatles, aos violoncelos, barulhos eletrônicos, o som de alguém falando, tudo isso além do coro. No final da música muitos fãs que acreditam na morte de Paul dizem ter ouvido, como em Strawberry Fields Forever, a frase "I buried Paul"(Eu enterrei Paul). Extraído do filme “Magical Mystery Tour”, o "clip" da música mostra os BEATLES, ora com roupas de estilo psicodélico coloridíssimas, ora vestidos de animais (entre eles a morsa - walrus) tocando a música. Em volta, diversas citações da música aparecem: os eggman "homens-ovos" que são simplesmente pessoas vestidas de branco e com chapéus em forma de ovo, agentes da polícia entre outros. É curioso notar que no final, um dos "eggmans" têm um bigode parecido com o de Hitler, John tinha tentado pôr Hitler na capa do Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, mas nenhum dos outros Beatles, nem George Martin, nem Brian concordaram. Além de estar no filme Magical Mistery Tour esse vídeo musical também aparece no documentário “Anthology”. A única parte séria da letra, aparentemente, era o início, com sua visão de unidade por trás de todas as coisas. o "elementary penguin" que cantava "Hare Krishna" era John zombando de Allen Ginsberg que, na época cantava o mantra Hare Krishna em eventos públicos. A morsa, e tantas outras citações, vieram do poema de Lewis Carrol "the walrus and the carpenter". É o autor quem canta e toca o piano elétrico que domina a faixa inteira. George Harrison toca guitarra, Paul McCartney seu baixo Rickenbaker (reformado pelo "The Fool" e Ringo toca a velha bateria Ludwig com o bumbo redesenhado também pelo “The Fool”. Com arranjos de George Martin, uma orquestra participa com os seguintes instrumentos: 8 violinos , 6 violoncelos, uma clarineta e 3 trompas. Para o coral de vozes, foi chamado o conjunto vocal Mike Sammes Singers, muito famoso na Inglaterra, e que contribuiu com oito vozes masculinas e oito vozes femininas.
A superpostagem "AFINAL, O QUE ACONTECEU COM NOW AND THEN?" foi publicada originalmente aqui em 6 de agosto de 2012. Um trabalho de pesquisa sensacional de autoria do nosso amigo Valdir Junior. Agora, a pedidos da amiga Maria Alice Albuquerque, a gente confere novamente os segredos por trás de "Now And Then", uma das canções inacabadas de John Lennon, e que teria sido reformulada pelos outros três Beatles na época do projeto Anthology.
"Now And Then" (também conhecida como "I Don't Want to Lose You" ou "Miss You") é o nome de uma música composta e gravada por John Lennon inicialmente como uma demo no final da década de 1970, e segundo boatos, teria sido trabalhada posteriormente por Paul, George e Ringo em 1995 como um provável single para o projeto multimídia autobiográfico "The Beatles Anthology".
John escreveu "Now and Then", em 1979, na mesma época de "Free as a Bird" e "Real Love". Ele gravou de forma inacabada a música em sua casa, no Dakota, com equipamento doméstico. Em janeiro de 1994, Paul McCartney recebeu duas fitas K7 da viúva de Lennon, Yoko Ono que traziam gravações caseiras de canções que ele nunca havia concluído ou lançado comercialmente. As músicas eram "Free as a Bird" e "Real Love", além de duas outras músicas, "Grow Old With Me" e uma quarta musica. Após finalizarem as faixas Free as A Bird e Real Love, em março de 1995, os três Beatles começaram a trabalhar em “ Grow Old With Me “ gravando o novo arranjo instrumental para música de fundo bruto, que seria usado como um overdub. No entanto, após apenas dois dias de gravação, todos os trabalhos sobre a música acabaram e os planos para um lançamento de um terceiro single foram deixados de lado. O período de auto-reclusão de John Lennon de 1976 a 1980, de modo algum, deixou de ser produtivo, pois ele não deixou de compor, escrever e gravar de forma simples, e esse material acabaria de uma forma ou outra se tornando uma boa base das musicas que ele usaria para o álbum “Double Fantasy". De todo esse material (demo Tapes) que John gravou sozinho ao piano / violão em casa, ficaram centenas de canções que se aquela fatídica noite de 08/12 não tivesse ocorrido com certeza ele iria aperfeiçoá-las e lapidá-las e então gravá-las de forma definitiva. O mundo veio a conhecer boa parte delas em alguns momentos da década de 1980, nos famosos Bootlegs “The Lost Lennon Tapes" - coleção que chegou até o Vol. 22 e em dois álbuns oficiais: “Milk and Honey" com a faixa “Grow Old With Me", em 1984 e “Imagine: John Lennon" (trilha do documentário) com “Real Love", em 1988. O alvoroço maior aconteceu quando em 1993, os três Beatles sobreviventes resolveram utilizar algum material inacabado por John para assim produzir um verdadeiro “novo" trabalho dos Beatles para o "Anthology", de 1995. Desde as primeiras notícias sobre essa “volta" dos Beatles, sempre foi dito que as canções que encabeçariam esses lançamentos seriam “Free as A Bird", "Real Love" e “Grow Old With Me". Essas três já eram conhecidas dos fãs mais xiitas (apesar das versões dos K7 de Yoko que eles usaram não serem as mesmas, mas outros takes) e ainda, uma quarta canção que na época foi noticiada como “inédita". Como Paul , George e Ringo não conseguiram encontrar uma melhor forma para “Grow Old With Me" eles lançaram as duas primeiras nos discos Anthology I e II e o Vol III acabou saindo sem nenhuma música de John retrabalhadas por seus amigos. É aí que começa todo o mistério da faixa “perdida" dos Beatles. Como já disse, durante muito tempo foi noticiado até em entrevistas sobre o projeto “Anthology" que a terceira musica era “Grow Old With Me", mas boatos corriam dizendo que os Beatles tinham trabalhado em mais duas canções inacabadas “All For Love", uma recente colaboração entre Paul McCartney e George Harrison e “Now and Then", outra demo inédita de Lennon, que em algum momento poderiam ser lançadas como faixas bônus numa especulativa “The Beatles – Anthology (Deluxe Edition)" que conteria os 3 volumes já lançados mais um disco de extras com essas musicas inclusas, e também outro boato que deixou muito Beatlemaniaco sem dormir na época, dizendo que essas duas musicas estariam inclusas em um novo disco só com demos de John Lennon que Paul, George & Ringo estariam finalizando para ser lançado como o “O NOVO DISCO DOS BEATLES", após o termino dos “Anthologys". Com o tempo esses boatos mostraram-se não passar disso, e o mistério da gravação perdida continuou. Toda a confusão em torno dessa terceira musica, deve-se em parte a Paul, George e Ringo, que em entrevistas posteriores não mais mencionavam o nome da dita 3ª gravação e no imaginário coletivo dos fãs e jornalistas do mundo musical mundo afora esta passou a ser “Now and Then", pois nada melhor do que sonhar com uma mítica música inacabada dos Beatles, e como a maioria já conhecia “Grow Old With Me" já lançada no Milk and Honey, essa música seria melhor ainda se ela fosse a “inédita" 'Now and Then'.
Mas o que parece de verdade é que "Now and Then" nunca chegou a ser trabalhada por eles, pois em uma entrevista à revista Rolling Stone em 2010, foi perguntado a Paul McCartney sobre elas: “Entrevistei Yoko Ono recentemente e perguntei-lhe se as três músicas de John Lennon nas quais você, o Ringo e o George supostamente trabalharam nos anos 90 - "Now and Then", "Grow Old with Me" e "I Don't Want to Lose You" - mas, decidiram não lançar, poderiam chegar às lojas algum dia. É verdade?"
Eu não sei... Sabe, acho que teve uma na qual trabalhamos de verdade. Nunca chegamos a fazer nada em "I Don't Want to Lose You". Mas, sim, houve uma na qual trabalhamos. O que aconteceu, na época, é que o George Harrison não gostou do resultado. Ele disse: "Não, isto não está funcionando". E eu gostava bastante! Eu achava que havia uns trechos que funcionavam. Jeff Lynne estava produzindo e ele também gostou, achou que poderia sair algo dali. Então, essa música ainda está por aí. É claro, a qualidade do vocal de John não é perfeita - porque tiramos a voz de uma fita cassete -, mas é o John! É a performance vocal dele. E algumas das coisas que o George fez nessa faixa agora são históricas, porque ele faleceu. A contribuição dele está lá. Não sei, quem sabe um dia ela veja a luz do dia. "Também há uma história de que nessa época você escreveu uma música chamada "All for Love" com o George e o Ringo?" Acho que não, é só um boato. Apesar dos muitos boatos ao longo de 2005 e 2006 onde a imprensa especulou que Paul e Ringo lançariam uma versão completa da música no futuro. Em 29 de abril de 2007, o Daily Express informou que a música poderia ser lançada para coincidir com o catálogo dos Beatles a ser lançado pela primeira vez através de download digital. Mais boatos circularam no mesmo ano dizendo que Paul McCartney estava querendo completar a música como uma "composição de Lennon/McCartney" escrevendo novos versos, e utilizando tanto uma faixa de bateria de Ringo e também utilizando gravações de arquivo da guitarra de George Harrison. Em abril de 2008, o "The Sun" informou que "tem havido discussões sobre o acabamento de 'Now and Then". A partir daí, a história foi retomada e repetida por um número sem-fim de fontes da mídia do entretenimento. A única gravação (não oficial) disponível da canção é a demo original de John Lennon, que apareceu em fevereiro de 2009, a mesma versão da gravação de Lennon foi lançado em um CD pirata, tirada de uma fonte desconhecida, e também na internet está disponível um remix popular de um fã chamado "1995 edit" que consiste na demo original de John Lennon com overdub instrumental por um artista desconhecido. Na verdade, todo o processo de gravação de "Free as Bird", "Real Love" e "Grow Old With Me" teve como dificuldade maior o estado das gravações contidas nas fitas K7 utilizadas para “trazer o John de volta", pois todas foram gravadas em mono e sem separação de voz e instrumento. Graças à tecnologia existente já na década de 1990, o grande produtor e “Traveling Wilbury" Jeff Lynne conseguiu a duras penas deixar as musicas em bom estado para Paul, George e Ringo poderem trabalhar nelas. E é justamente a condição técnica dessas gravações que podem nos dar uma pista do que realmente aconteceu ou não com ela. Em uma entrevista, Jeff Lynne falou sobre a gravação de uma faixa não nominada por eles: "Foi um dia, e uma tarde, realmente, brincando. A canção tinha um refrão, mas é quase uma total falta de versos. Nós fizemos os backing track, mas realmente não terminamos." O fato é que “Now and Then" tinha um defeito técnico na gravação original, assim como "Real Love", que também tinha um som que pode ser ouvido em toda a gravação da demo. No entanto, ele estava visivelmente mais forte nessa faixa que pode ter sido "Now and Then", o que tornava muito mais difícil de remover esse ruído dificultando assim sua conclusão. Mesmo assim acho que podemos concluir algumas coisas:
1) Grow Old With Me, foi a faixa escolhida para o 3º single do " Anthology" mas acabou ficando de lado simplesmente porque Paul, George & Ringo acharam que não conseguiriam atingir o mesmo nível com ela que tiveram com Free as A Bird e Real Love ( interessante salientar que a mesma demo utilizada por eles mais tarde seria entregue a George Martin para que ele fizesse e gravasse um arranjo de orquestra e assim ela foi lançada em 1998 na caixa “The John Lennon Anthology").
2) Se "Now and Then" foi mesmo pensada e trabalhada para o projeto “Anthology" só o tempo nos dirá realmente, quando os arquivos da Apple forem abertos e então realmente saberemos tudo (ou quase) que ocorreu naquelas “míticas e misteriosas" sessões de gravação realizadas nos estúdios de Paul em East Sussex pelos 3 Beatles remanescentes com produção de Jeff Lynne.
3) Com certeza, a decisão de deixar qualquer que fosse a música de lado, foi levado em conta acima de tudo pela manutenção da reputação e o conjunto de toda obra que os Beatles construíram e mantiveram enquanto eles realmente existiam.
Neil Stanley Aspinall nasceu em 13 de outubro de 1941 em Prestatyn, Gales, para onde sua família foi tentando se refugiar dos bombardeios da aviação alemã a Liverpool, cidade ao noroeste da Inglaterra, com o tempo, a meca dos Beatles. Neil Aspinall que estudou com McCartney e Harrison, seus amigos de infância, em Liverpool, trabalhou como motorista e segurança dos jovens Beatles que transportava em um furgão para os shows antes de alcançarem o estrelato. À medida em que crescia a popularidade do grupo, Aspinall passou a atuar como representante e confidente dos Beatles até 1968, quando se tornou o gerente da Apple Corps. Embora tenha aceitado o cargo "só até quando encontrassem outra pessoa", acabou dirigindo a gravadora de 1968 até o ano 2008, quando abandonou o posto. No início da Apple, Neil Aspinall, juntamente com Peter Asher incumbido da contratação do cast da gravadora. Incluindo James Taylor, Mary Hopkin e The Iveys (futuro Badfinger). Como gerente da Apple Corps, Aspinall foi o executivo responsável pelo lançamento do projeto "The Beatles Anthology" (1995-1996), o relançamento da trilha do “Yellow Submarine” (1999), "The Beatles #1" (2000), “Let It Be Naked (2003), “The Capitol Álbuns” e “Love” (2006). Apesar de seus poucos dotes musicais, Neil chegou a participar do coro de "Yellow Submarine", uma das canções mais famosas do grupo, e tocou instrumentos de percussão em "Magical Mistery Tour", tocou tamboura em “Within wou, Without You” e harmônica em "Being for the Benefit of Mr. Kite!". Neil Aspinall, morreu de câncer no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center de Nova York, no dia 24 de março de 2008. Foi considerado também por muitos na indústria musical como o "quinto Beatle", apelido que também foi dado ao produtor do grupo George Martin, Brian Epstein, Pete Best e Stuart Sutcliff. Uma curiosidade: vocês sabiam que Neil Aspinall foi casado com Mona Best, mãe de Pete Best?
Os estúdios Warner Bros divulgaram neste sábado o primeiro trailer oficial do aguardado "Liga da Justiça", baseado na história em quadrinhos da DC Comics. O vídeo mostra cenas do longa com cinco super-heróis: Batman, Mulher-Maravilha, Aquaman, The Flash e Ciborgue. A ausência mais sentida foi a do Super-Homem, que será interpretado novamente por Henry Cavill. No épico trailer, que começa com clima de suspense e segue num ritmo alucinante com sequências do filme, a passagem dos cinco protagonistas que mais se destaca é quando Bruce Wayne (Ben Affleck) assume qual é seu superpoder: "Eu sou rico". O teaser ainda conta com uma versão do clássico "Come together", dos Beatles.
Em abril de 1964, os Beatles finalizaram as cenas de "Can't Buy Me Love" no parque Thornbury Playing Fields, em Isleworth, Middlesex. John só participou pela manhã, pois tinha sido convidado para um almoço literário em sua homenagem, oferecido pela renomada livraria Foyle’s. Osbert Lancaster foi o anfitrião do evento, cujos convidados incluíam: Arthur Askey, Harry Secombe, Millicent Martin, Joan Littlewood, Helen Shapiro, Marty Wilde, Yehudi Mennhin, Victor Silvéster, Mary Quant e o cartunista Giles. Brian Epstein e Cynthia também estavam presentes, mas, curiosamente nenhum dos outros Beatles compareceu à recepção. Chistina Foyle ficou extremamente frustrada quando o tão esperado discurso de John limitou-se às seguintes palavras: “Muito Obrigado e que Deus os abençoe”. No mesmo abril de 1964, os Beatles já reinavam absolutos e dominavam os Estados Unidos e o mundo completamente. Ocupavam as 5 primeiras posições da parada da Billboard (um recorde imbatível até hoje), e também se tornaram os únicos artistas a conquistarem três números 1 consecutivos: "Can't Buy Me Love" sucedeu "She Loves You," que sucedeu "I Want to Hold Your Hand". Nº 1 – Can´t Buy Me Love; Nº 2 – Twist And Shout; Nº 3 – She Loves You; Nº 4 – I Want To Hold Your Hand; Nº 5 – Please Please Me.
O
último álbum de Sir Paul McCartney dos anos 80, Flowers in the Dirt, é
considerado como um dos melhores da década e um dos melhores de sua carreira. Ele
se uniu com novos músicos, novos produtores e um novo parceiro de composição,
sob a forma de Elvis Costello para produzir o álbum que inspirou sua primeira
turnê mundial em 10 anos. Agora, como o disco é re-lançado, completado com demos
inéditas, Sir Paul fala com Matt Everitt, da rádio BBC 6 Music, sobre a
colaboração com Costello, Kanye Oeste e Michael Jackson - e por que ele nunca
trabalhará com alguém melhor do que John Lennon. McCartney também revela que
está trabalhando em um novo álbum com o produtor de Adele, e como ele acha que
seu legado musical será.
Você aprende algo de
cada pessoa com quem você colabora?
Minha
coisa com a colaboração, é que eu sei que eu nunca vou ter um colaborador
melhor do que John Lennon. Isso é um fato. Então eu não tento escapar
dele. Eu só sei que não há nenhuma maneira que eu possa encontrar alguém
agora que vai escrever coisas melhores comigo do que escrevi com John. Mas
tendo dito isso, estou interessado em trabalhar com outras pessoas, porque eles
trazem sua própria coisa particular.Se
você está pensando em alguém como Stevie (Wonder), ele trabalha apenas fazendo
algo em seus teclados. Você o convida para jantar, ele aparece 10 horas
mais tarde, porque ele estava mexendo no teclado. Ele é um monstro musical
e um gênio, é isso que você aprende com ele.ComMichael Jackson,
nós nos sentamos e eu toquei algumas notas no piano e nós fizemos uma canção. Agora
com Kanye (Oeste), eu não tinha idéia do que iria acontecer porque eu sabia que
não iria ser duas guitarras acústicas opostas uma à outra. A única
provisão que eu disse a todos, foi: 'Olha, se eu sentir que isso não funciona,
então simplesmente não contaremos a ninguém. Kanye quem? Não
trabalhei com ele’.Eu apenas contei
a Kanye várias histórias que me inspiraram musicalmente. Um deles era como
a canção ‘Let It Be’ chegou, que foi através de um sonho que tive em que eu
tinha visto minha mãe, que tinha morrido 10 anos antes.Eu disse isso a Kanye, porque ele tinha perdido sua mãe. Então,
ele escreveu uma música chamada Only One quando eu estava apenas dedilhando em
torno do piano. Então ele pegou a melodia, eu coloquei os acordes e o
estilo e foi assim que aconteceu.
Você entrou em Flowers In The Dirt
sentindo como se fosse um pouco de um reset?
Eu acho que sim. Estou apenas cuidando da minha família, e então chega um
ponto onde eu penso, 'OK, eu tenho algumas músicas. Eu deveria ficar
ocupado, eu deveria gravar isso.Devemos sair em turnê. Está na hora'. E
foi isso que aconteceu naquela época. Alguém ugeriu que eu trabalhasse com
Elvis Costello como uma parceria e parecia é uma boa idéia. Eu pensei:
'Bem, ele é de Liverpool, ele é bom' - o que ajuda - e nós temos um monte de
coisas em comum e então eu pensei, 'Bem, isso poderia funcionar'.
Foi escrever tipo “olho no olho”? Dois
violões, espelhando um ao outro?
Há um milhão de maneiras de escrever, mas o jeito que eu sempre costumava
escrever com John era um em frente um do outro, ou em um quarto de hotel nas
camas de solteiro, com um violão apenas olhando um para o outro. Ele
inventaria algo, eu inventaria algo e acabaríamos por nos separar. A coisa
agradável para mim é ver John lá, ele sendo destro, eu sendo canhoto, me sentia
como se estivesse olhando no espelho. Obviamente, deu certo. Então essa
era uma maneira que eu tinha aprendido a escrever e era a maneira que eu
gostava de escrever e Elvis estava muito feliz de trabalhar assim. Então
foi como uma repetição desse processo.
Tenho que te perguntar sobre Chuck
Berry. Obviamente um grande herói musical de vocês. Como ele era? Você
trabalhou com ele?
Eu não trabalhei com Chuck. Eu o conheci. Ele veio a um de nossos
shows quando estávamos tocando em St. Louis, sua cidade natal, e ele veio nos
bastidores. Foi ótimo conhecê-lo e apenas ser capaz de dizer-lhe que era eu
era um fã. Quando eu penso em Liverpool antes dos Beatles, quando éramos todos
apenas crianças aprendendo a guitarra com os sonhos do futuro, de repente
ouvimos essa pequena coisa, ‘Sweet Little Sixteen’. Nunca ouvimos algo
assim, e quando ‘Johnny B. Goode’ apareceu e todas as suas canções fantásticas,
Maybellene, todas essas músicas sobre carros, adolescentes, rock 'n’ roll, foi muito
emocionante.
Olhando para a onda de homenagens que se
seguiram à morte de Chuck Berry, você já se perguntou como você vai ser
lembrado?
Sabe, acho que todos pensam sobre isso, mas logo tiram da sua cabeça. Eu faço
isso. Não costumo ir muito a fundo. E é engraçado, eu lembro de John, uma vez,
preocupado se ele seria bem lembrado. E eu disse, ‘olhe para mim, você será
muito lembrado. Você fez tantas coisas boas. De forma alguma alguém vai
esquecer de você. Você foi ótimo’, mas foi engraçado. Ninguém pensava que John
teria insegurança sobre isso. Mas acho que as pessoas costumam ter. Você pensa
que vão pegar seus piores trabalhos e falar deles, ou vão pegar suas melhores
criações, não sei. Felizmente, isso não vai importar, porque eu não estarei
aqui. Mas eu quero cavalos pretos, pessoas chorando, bebendo [risadas]. Não, eu
não me preocupo com isso.
E o que vem por aí? Está trabalhando em
um novo álbum?
Estou fazendo um novo álbum que é muito divertido. Estou trabalhando com
um produtor que eu trabalhei pela primeira vez há dois anos em uma música para
um filme de animação. Desde então, ele passou a trabalhar com Beck e
conseguiu álbum do ano. Em seguida, ele passou a trabalhar com Adele e acaba de
receber a canção do ano, o recorde do ano, e acabou de produtor do ano. É um
grande cara chamado Greg Kurstin e ele é ótimo para trabalhar. Então sim, eu
estou nisso, fazendo o que eu amo fazer. Como diz Ringo: "É o que
fazemos".
A cidade de Liverpool, onde os Beatles começaram sua carreira em 1960, anunciou planos para comemorar os 50 anos do álbum "Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band", lançado no dia 1 de junho de 1967. Treze artistas foram convidados para criar obras em homenagem às treze faixas do histórico álbum. Também haverá diversos eventos pela cidade para comemorar a data. O artista britânico Jeremy Deller, vencedor de um Turner Prize — premiação destinada aos novos desenvolvimentos e contribuições para a arte contemporânea —, criou duas obras de arte que simbolizam "a amizade e o sacrifício voluntário", temas da canção "With a little help from my friends". Outro artista, cujo nome ainda não foi divulgado, irá fazer um show no dia 9 de junho como parte das homenagens. Como o álbum é divido entre lado A e B, as comemoração serão dividas em duas partes. A primeira acontecerá do dia 25 a 27 de março, e depois a programação voltará entre os dias 1 e 5 de junho. Já a segunda parte rola entre os dias 8 e 11 de junho, mas apenas no dia 16 de junho a comemoração terá seu fim, e será centrada na última faixa do álbum, "A Day in the Life". O prefeito de Liverpool, Joe Anderson, comentou sobre os planos para marcar a data: "O álbum inspirou fronteiras criativas e nós queremos fazer a mesma coisa. Esse festival tem como objetivo levar a arte contemporânea para o mainstream, e dar um ar atrevido, instigante e divertido para a cidade."
Todo domingo, ao anoitecer, ocorre um acerto de contas com
um passado de proibição. E isto é feito dançando, usando roupas de roqueiro e
cantando a plenos pulmões o repertório dos Beatles, que eram censurados em
Cuba. É um paradoxo. A paixão pelos Beatles, que encanta cubanos com idades
entre 60 e 75 anos, não só é pública, mas é vivida diariamente em um clube
noturno do mesmo Estado que antes os forçou a uma Beatlemania quase
clandestina. Cabeludos grisalhos, mulheres maduras de minissaia e botas pretas
e barrigudos exibindo camisetas alusivas ao quarteto de Liverpool chegam ao
Submarino Amarelo, um bar com música gravada e ao vivo, no bairro El Vedado, em
Havana. À primeira vista, pode parecer uma festa retrô. Há cartazes, letras de
músicas reproduzidas em larga escala, e capas de discos dos Beatles. No palco,
está Eddy Escobar, um roqueiro de 46 anos que é considerado o melhor intérprete
cubano da obra do lendário grupo.
Para os mais de 100 clientes assíduos, é muito mais do que
reviver as lembranças. "Não é a nostalgia, mas o direito de viver o que
não puderam viver por todas essas contradições (políticas) que existiram",
diz o jornalista Guillermo "Guille" Vilar à AFP. Aos 65 anos, Vilar é
o diretor artístico do Submarino Amarelo. Também foi um dos organizadores de um
concerto em 1990, pelo décimo aniversário da morte de John Lennon, em um parque
no centro de Havana, quando ainda havia censura. Como o famoso bar, hoje
funcionam ao menos outros cinco na ilha, todos estatais. Inclusive um deles, o
de Holguín (leste), foi iniciativa de Miguel Díaz-Canel, de 56 anos, dirigente
do Partido Comunista e possível sucessor de Raúl Castro.
Quando a febre dos
Beatles ganhava o mundo, Gisela Moreno, de 64 anos, e Héctor Ruiz, de 65, já
eram namorados e compartilhavam o gosto pelo rock. Mas estavam na nascente Cuba
revolucionária e socialista, e o governo de Fidel Castro impôs uma dolorosa
censura aos meios, proibindo as músicas em inglês, o idioma do inimigo
americano. A cultura anglo-saxã ficou sob suspeita. Um cubano podia ser acusado
de "diversionismo ideológico" (ou seja, de desviar a atenção da
população dos interesses da revolução) e enfrentar a censura social. Gisela e
seu marido lembram que se parou de escutar músicas em inglês. No colégio onde estudavam,
era exigido o uso de calças largas, em vez das mais justas que estavam na moda,
e era proibido usar o cabelo solto e minissaias. Mas os adolescentes da época
não se renderam. Sintonizavam emissoras americanas em rádios de onda curta, e
reproduziam as canções dos Beatles. Quando um viajante lhes emprestava um
disco, o levavam a um estúdio de gravação estatal para que o reproduzissem em
placas metálicas. Em festas privadas, "você colocava em uma vitrola e o
que se ouvia era um barulho, e por trás se ouvia a música. Era um desastre, mas
pelo menos ali estavam os Beatles", conta Ruiz. Hoje este casal de
economistas que se tornaram hospedeiros de turistas tem seu refúgio
beatlemaníaco em casa: fotos, cartazes, camisetas e até uma réplica da carteira
de motorista de Lennon. Quando podem, vão ao Submarino Amarelo para desfrutar
de um hobby que antes lhes foi negado.
A 50 metros do Submarino Amarelo, há uma estátua de John
Lennon, inaugurada em 2000 por Fidel Castro. Ver Castro ao lado da estátua
"nunca tinha passado pela nossa cabeça. Parecia ficção científica",
diz Moreno ao recordar o ato. Foi um ministro cabeludo, Abel Prieto, de 66
anos, que promoveu essa reconciliação histórica da Revolução com os Beatles. Castro,
morto em novembro passado, se dirigiu a Lennon e disse que não tinha culpa da
censura, pois na época estava concentrado nas tarefas do governo. Desde então,
o Lennon de bronze, do escultor José Villa, se transformou espontaneamente em
um lugar de peregrinação de cubanos e turistas estrangeiros. Em três ocasiões,
os óculos de metal da estátua foram roubados, e por isso as novas estão sob
custódia de um guarda, que as cede apenas para fotos. Mesmo tendo aparecido
tarde, a música dos Beatles conquista os jovens. Escobar e outros músicos
cubanos se encarregam de propagá-la, assim como os meios de comunicação. "Os
Beatles chegaram para ficar, e eu os divulgarei para todos os que puder",
afirmou Escobar.
Os Beatles marcaram os anos 1960, mudaram a história do rock para sempre e influenciaram o mundo com mensagens de humanidade e paz. Até hoje suas canções são regravadas: de bandas adolescentes a punks e rappers, pode-se dizer que tudo começou com os garotos de Liverpool. Esta divertida narrativa em quadrinhos fala sobre o encontro de John, Paul, George e Ringo, a formação da banda, as principais canções, a beatlemania e os fatos históricos que fizeram do grupo o maior da história. A HQ “Os Beatles: Iê Iê Iê” foi escrita pelo jornalista inglês Mick Manning e ilustrado pela sueca Brita Granström. A história da banda é contada desde 1957, quando Paul McCartney entrou para o Quarryman, grupo formado por John Lennon; e segue mostrando a trajetória da banda nos anos 60. O livro também explica como a amizade deles era forte e verdadeira. As histórias sobre músicas famosas, como Yellow Submarine, também estão retratadas nas páginas do livrinho. A publicação no formato: 27,8 x 23,5 cm com 48 páginas custará R$ 46,00.
A editora Genesis Publications acaba de relançar a luxuosa biografia de George Harrison, I Me Mine, publicada originalmente em 1980. A nova edição, igualmente luxuosa e cara, saiu em fevereiro, com alguns bônus: 53 fotos raras e algumas atualizações no texto, feitas por Olivia Harrison e Derek Taylor. Capa e envelope especial do designer Sheperd Fairey. A nova “I Me Mine” foi ampliada para 632 páginas e novas 59 músicas são mencionadas. Assim como a original, saiu em edição limitada (1000 cópias), mas em 2017, dependendo da repercussão, também poderá ganhar edição popular. Lançada em 1980 (pela própria Genesis, relançada em edição popular no ano seguinte pela Simon & Schuster), será dividida em 2 partes: a primeira é a sua história de vida, em suas próprias palavras, com observações de Olivia e Derek; na segunda parte, virão as letras de um total de 141 músicas com folhas líricas escritas à mão fielmente reproduzidas em cores. I ME MINE de George Harrison tornou-se a primeira de algunas colaborações entre o fundador da Genesis Brian Roylance e George. Em conversa com seu amigo e ex-assessor de imprensa dos Beatles, Derek Taylor, e em comentários em primeira pessoa que acompanham suas músicas, as próprias palavras de Harrison contam tudo, desde sua educação em Liverpool até a Beatlemania, sua espiritualidade e filosofia. Uma curiosidade sobre o lançamento original é o fato de John Lennon ter se declarado muito magoado com as “omissões propositais” do seu nome, já que ele não fora citado nenhuma vez na biografia – uma injustiça provocada, provavelmente, por mágoas dos tempos passados. Aqui, a gente confere o que o próprio Harrison disse sobre a polêmica "My Sweet Lord".
"Eu fui inspirado a escrever ‘My Sweet Lord’ depois de ouvir a versão dos cantores de Edwin Hawkins de ‘Oh Happy Day". Eu pensei muito sobre se deveria fazer "My Sweet Lord" ou não, porque eu estaria me comprometendo publicamente e achei que muitas pessoas poderiam se sentir estranhas sobre isso. Muitas pessoas temem as palavras 'Senhor' e 'Deus' - as deixa zangadas por alguma estranha razão. O ponto era, eu estava colocando meu pescoço na corda porque agora eu teria que viver acima de algo, mas ao mesmo tempo eu pensei, 'Ninguém está dizendo isto; Eu gostaria que outra pessoa estivesse fazendo isso. Você sabe, todo mundo vai na onda' - Ok, pode ser bom dançar, mas eu era ingênuo e pensei que deveríamos expressar nossos sentimentos uns aos outros - não os suprimir e mantê-los em volta. Bem, era o que eu sentia, e por que eu deveria ser falso comigo mesmo? Eu vim a acreditar na importância de que se você sentir algo forte o suficiente, então você deve dizê-lo. Eu não estava consciente da semelhança entre 'He’s so fine’ e 'My Sweet Lord’ quando eu escrevi a canção era mais como um improviso, embora quando a minha versão da canção saiu e começou a fazer sucesso, muitas pessoas começaram a falar sobre essa semelhança e foi então que eu pensei: 'Por que eu não percebi?'. Teria sido muito fácil mudar uma nota aqui ou ali, que não afetaria o registro da gravação. Na indústria de gravação, há "canções" e "discos" - de qualquer maneira eu pensei que o som geral do disco era tão importante quanto as palavras ou melodias - a atmosfera realmente. Eu queria mostrar que 'Halleluja' e 'Hare Krishna' são exatamente a mesma coisa. Eu fiz as vozes cantando 'Halleluja' primeiro e depois a mudança para 'Hare Krishna' para que as pessoas estivessem cantando o Maha Mantra - antes que percebessem o que estava acontecendo! Eu já estava cantando "Hare Krishna" há muito tempo e essa música era uma simples ideia de como fazer um pop ocidental equivalente a um "mantra", que repete uma e outra vez, nomes sagrados."
Russell Jamieson é um inglês de Liverpool e hoje, aos 56 anos, tem o privilégio de ter sido o verdadeiro "quinto Beatle", uma espécie de mascote adotado pela banda quando tinha pouco mais de 4 anos. Ficaram amigos próximos. Ganhou muitos presentes: jaqueta de couro, fotografias e vários autógrafos. Agora Russell quer leiloar sua memorabilia e faturar cinco mil libras esterlinas. O leilão será amanhã, dia 22, em Liverpool.O ano era 1963. Os irmãos Dave e Russell Jamieson, 12 e 4 anos, eram fãs daqueles quatro rapazes de cabelo engraçado que arrastavam um punhado de fanáticos ao Cavern Club. Tocavam rock e chamavam-se The Beatles. Dave, o mais velho, às vezes conseguia esgueirar-se por entre a multidão meio histérica e ver a banda tocar. Russell, muito pequeno, ficava do lado de fora, à espera de que algo acontecesse. E aconteceu. Um belo dia, à entrada do Cavern, um dos Beatles, Ringo provavelmente, viu o garotinho sozinho, dançando em plena rua. Terminado o concerto daquela tarde, os quatro beatles resolveram convidar o menino a visitar os bastidores do clube. Até bateria ele tocou.Começaria aí uma amizade que duraria anos. Russell e os Beatles ficaram tão amigos que um dia o menino decidiu fugir de casa e juntar-se definitivamente à banda. Sozinho, vagou por horas pelas ruas de Liverpool até ser descoberto por um policial. Disse que seu nome era Russell. Russell Beatle. Reconduzido à casa dos pais, a história inusitada foi parar nos jornais locais e, mais uma vez, atiçou a curiosidade da banda. Russell foi oficialmente transformado em um “Beatle Honorário”. A amizade entre os Beatles e o menino cresceu e nos anos seguintes consolidou-se. Hoje, aos 56 anos, Russell lembra-se que Ringo Starr visitou-o várias vezes em casa. Entre lembranças de todos os tipos, Russell colecionou fotografias, autógrafos e uma jaqueta de couro na qual escreveu o nome de várias canções da banda. “Não me recordo muito bem do dia em que fugi de casa para me juntar aos Beatles. Acho que estava usando o meu casaco favorito, que costumava usar o tempo todo. Quando o policial me encontrou, disse-lhe que meu nome era Russell Beatle. Ele estava bastante preocupado, acabou descobrindo meu endereço e me levou de volta para casa”, disse.Dave, o irmão mais velho, que chegou a ser roadie dos Rolling Stones, lembra-se das visitas de Ringo a sua casa. “Nós jogávamos futebol e outras vezes íamos à casa dele, que tinha dois andares. Não me lembro se Ringo era bom de bola. Ele apenas dava uns chutes. Ao longo desse tempo, Russell colecionou muitas lembranças como fotografias com John, Paul, George e Ringo”, disse Dave. Pois são dessas mesmas lembranças que o ex-“Beatle Honorário” quer agora se desfazer. “São ítens muito queridos para mim e eu os guardei por muito tempo”.
Funcionário de uma fábrica de produtos químicos em Merseyside, Russell vai colocar sua memorabilia em leilão. O martelo será batido amanhã, dia 22, em Liverpool e espera arrecadar algo em torno de £ 5 mil, algo em torno de R$ 20 mil. Muito pouco dinheiro para lembranças tão caras de alguém que algum dia chegou a ser o “quinto Beatle”.
Um homem de 25 anos assaltou um ônibus da linha 409M (Âlcantara-Niterói), fez 30 passageiros reféns e, cercado pela polícia, se rendeu sem ferir ninguém. O assalto aconteceu por volta das 9h da manhã na Avenida do Contorno, que liga São Gonçalo a Niterói e dá acesso à ponte e provocou engarrafamentos. John Lennon da Silva Barbosa, de 25 anos, carregava uma pistola de brinquedo e disse que precisava comprar leite para os filhos. O motorista conseguiu piscar os faróis para PMs que estavam parados no caminho e pedir socorro. Segundo testemunhas, John Lennon, de 25 anos, afirmou que também precisava conseguir dinheiro para pagar a passagem até o local onde assinaria a condicional. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), ele estava em regime condicional desde maio de 2015. Alertados pelo motorista do ônibus, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Militar participaram da negociação. John Lennon, que estava com uma arma falsa, pediu a presença de sua mulher no local que ajudou na negociação. John Lennon se entregou depois de uma hora de negociação. Ninguém saiu ferido.