De todas as músicas que Lennon escreveu, nada se compara à "Imagine", a mais conhecida, uma espécie de “marca registrada”. Talvez, nem o próprio John Lennon imaginasse que tomaria proporções tão grandes. Foi gravada e lançada em 1971. Pelo conteúdo da letra, é considerada o maior hino pela paz e união de todos os tempos. Em votação da revista Rolling Stone, a música foi eleita a terceira melhor canção da história. John Lennon a descreveu como sendo anti-religiosa, anti-nacionalista, anti-convencional e anti-capitalista. Yoko Ono teria influenciado o refrão, pois ele aparece em vários poemas escritos por ela na década de 60 e em seu livro intitulado Grapefruit. Esse texto que a gente confere agora, é do da própria Rolling Stone com as 100 melhores músicas de todos os tempos.
John Lennon escreveu “Imagine”, sua maior dádiva musical para o mundo, em uma manhã de 1971 em seu quarto no Tittenhurst Park, sua propriedade em Ascot, Inglaterra. Sua esposa,Yoko Ono, observava enquanto Lennon sentou-se ao piano de cauda branco, agora conhecido pelo mundo todo pelos filmes e fotografias das sessões de gravação de seu álbum Imagine, e virtualmente completou a musica: a melodia serena; a tranqüila progressão de acordes; a evocativa harmonia de quatro notas; e quase toda a letra, 22 linhas de fé graciosa e franca enunciada no poder do mundo, unido em um propósito, para reparar e mudar a si mesmo. “Não é como se ele tivesse pensado, Oh, isso pode ser um hino”, disse Ono, relembrando aquela manhã, 30 anos mais tarde. “Imagine”era apenas o que John acreditava: que somos todos um único país, um mundo, uma pessoa. “Ele queria colocar essa ideia para fora”. Ideia que não era só dele: a própria arte de Ono, antes e depois de conhecer Lennon em 1966, celebrava o transformativo poder dos sonhos. A primeira linha de Imagine – Imagine there’s no heaven (Imagine que nao há mais céu)- descende diretamente de uma das peças interativas do livro de ono de 1964, Grapefruit (“Imagine Letting a goldfish swim across the Sky”-“Imagine deixar que um peixinho dourado nade pelo céu”). Mas Lennon,enquanto ex-Beatle, era um Expert no vernáculo do pop. Certa vez ele admitiu que “Imagine” – uma igualdade absoluta criada pela dissolução dos governos, fronteiras, religião organizada e disparada social - era “virtualmente o Manifesto Comunista”. Mas a beleza elementar de sua melodia, a tranqüilidade aconchegante em sua voz e o toque poético do coprodutor Phil Spector – que banhou a perfomance de Lennon em cordas gentis e um eco de brisa de verão – enfatizam a humanidade fundamental da canção. Lennon sabia que tinha composto algo especial. Em uma de suas ultimas entrevistas, ele declarou que “Imagine” era tão boa quanto qualquer coisa que ele havia escrito com os Beatles. Sabemos que é melhor que isso: um duradouro hino de conforto e promessa que nos tem sustentado por períodos de extrema dor, do choque pela morte do próprio Lennon em 1980 ao horror indestrutível do 11 de setembro. Hoje é impossível imaginar um mundo sem “Imagine”. E precisamos dela, mais do que jamais conseguimos.
Recentemente, a viúva de John Lennon foi considerada pela National Music Publishers Association como co-autora da canção pacifista mais famosa de todos os tempos. A resolução, anunciada de surpresa, foi tomada com base em declarações do próprio Lennon. Yoko Ono, aparecerá como co-autora da famosa canção. O surpreendente anúncio foi feito esta quarta-feira, em Nova Iorque, em cerimónia da National Music Publishers Association na qual a icónica ode à paz mundial, de 1971, foi declarada “canção do século”. Enquanto Yoko Ono e o filho, Sean Lennon, se aproximavam para receber um troféu, a associação anunciou inesperadamente que a artista se juntaria a Lennon nos créditos da composição. Após o anúncio, Sean comentou no Facebook que este era “o dia de maior orgulho da minha vida”. Durante a cerimônia, foi exibida uma entrevista da BBC com John Lennon em 1980, pouco antes de o músico ter sido assassinado, na qual o ex-Beatle diz que “Imagine” foi inspirada em parte no livro de arte conceptual de Yoko Ono, “Grapefruit”. Yoko Ono, já reconhecida como artista de vanguarda quando conheceu o ex-Beatle, colaborou estreitamente com Lennon e tenta preservar seu legado desde a sua morte. A icônica “Imagine”, com o seu apelo de um mundo sem divisões, continua a ser uma das canções mais famosas da música pop e o hino de todos os ativistas pela paz. É pouco provável que Yoko Ono venha a ter qualquer ganho pessoal no futuro imediato com este reconhecimento, porque já é a herdeira do património de Lennon. A mudança nos créditos poderá ter um efeito prático pois, segundo a lei norte-americana, as canções tornam-se domínio público, ou seja, os autores deixam de ter lucros com a sua venda, 70 anos após o seu lançamento. O acréscimo de Yoko Ono como co-autora da composição estende o período de copyright de “Imagine”.
No fundo mesmo o lance é só manter o copyright. O Paul fez a mesma coisa com algumas musicas dele, colocando a Linda como co-autora, principalmente no disco "Band On The Run".
ResponderExcluirAgora uma pergunta. Quando a Yoko morrer, os copyright dela vão ficar só para Sean? Então ele terá direto a 75% dos direito da musica e o Julian 25%, é isso mesmo?
Sou ruim de contas mas acho q é isso mesmo.
ResponderExcluirPorque o John Lennon não o fez antes? Agora Jane Asher Cynthia Lennon Julian Lennon Pattie Boyd Prudence deverão ter seus nomes acrescentados como co-autores de muitas músicas dos Beatles han!
ResponderExcluirHéin?
ResponderExcluirEscritor+inspiração=coautoria
ExcluirO que fica mesmo é a mensagem que a música deixa em cada um e a lembrança que me vem do John. O resto é resto.
ResponderExcluirTanto faz. O que importa é que é uma música fantástica.
ResponderExcluirEh complicado.Pelo que sei a idéia,o conceito de Imagine veio de um poema da Yoko de 1964 que está no livro dela Grapefruit,mas a letra do Lennon não tem nada a ver com o poema,isto eh a mensagem de paz não tem no poema e sim somente o conceito de se imaginar alguna coisa.Há um trecho desse poema na contracapa do álbum Imagine e realmente ele sempre disse que ela deveria ser a coautora.Na minha opinião não,se for assim terá que ser dado crédito a Ringo por vários títulos de musicas de Lennon e McCartney.
ResponderExcluirEla sempre quer forçar uma coisa percebes? Forçou pra entrar na vida do John Lennon forçou pra ser a quinta Beatla forćou pra ter o Double Fantasy dividido. Enfim cansei!
ExcluirEla sempre força algo? Pelo amor de Deus. Forçou pra ser a 5 beatle? O doido do John que queria forçar isso. E sobre essas outras coisas ela não forçou nada, só loucura da sua cabeça.
ExcluirPassaram-se tantos anos e ainda ficam nessa de ódio forçado pra Yoko.
Não vejo razão para isso, ainda mais nessa altura do campeonato, passados tantos anos...
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