Clássico dos clássicos, "Yesterday", a mais famosa balada de Paul McCartney mantém para si o recorde de música mais gravada de todos os tempos na era do rock. Sete anos depois de seu lançamento, havia 1.186 versões, feitas por artistas tão variados quanto Frank Sinatra, Otis Redding e Willie Nelson. Mas a versão original de McCartney - gravada em 14 de junho de 1965, no estúdio Abbey Road, da EMI, em Londres - permanece como a mais bela e ousada de todas: um poema franco sobre arrependimento, composto e cantado com assustadora elegância. Não há nenhum outro Beatle na gravação. Não foi preciso. O arranjo de George Martin para um quarteto de cordas enfatizou a melancolia da oitava mais baixa, enquanto o vocal quase sussurrado de McCartney reverberou com anseio nos grandes e sombrios espaços onde bateria e guitarras elétricas deveríam estar. A melodia, ele disse, veio durante um sonho: “Meu pai costumava conhecer uma série de velhas canções de jazz, achei que talvez eu tivesse apenas relembrado algo do passado”. McCartney mostrou a música a Martin, com o título provisório de “Scrambled Eggs”, em um quarto de hotel de Paris, em janeiro de 1964 - antes de os Beatles sequer excursionarem pelos Estados Unidos - mas só a gravaria um ano e meio depois. “Ficamos com um pouco de vergonha dela”, confessou McCartney. “Éramos uma banda de rock and roll”. Uma das faixas do compacto simples que chegou à posição de número 1 em terras norte-americanas, “Yesterday” era, em suas próprias palavras, “a música mais completa que já compus”.
sexta-feira, 25 de maio de 2018
PAUL McCARTNEY - THE BEATLES - YESTERDAY**********
Clássico dos clássicos, "Yesterday", a mais famosa balada de Paul McCartney mantém para si o recorde de música mais gravada de todos os tempos na era do rock. Sete anos depois de seu lançamento, havia 1.186 versões, feitas por artistas tão variados quanto Frank Sinatra, Otis Redding e Willie Nelson. Mas a versão original de McCartney - gravada em 14 de junho de 1965, no estúdio Abbey Road, da EMI, em Londres - permanece como a mais bela e ousada de todas: um poema franco sobre arrependimento, composto e cantado com assustadora elegância. Não há nenhum outro Beatle na gravação. Não foi preciso. O arranjo de George Martin para um quarteto de cordas enfatizou a melancolia da oitava mais baixa, enquanto o vocal quase sussurrado de McCartney reverberou com anseio nos grandes e sombrios espaços onde bateria e guitarras elétricas deveríam estar. A melodia, ele disse, veio durante um sonho: “Meu pai costumava conhecer uma série de velhas canções de jazz, achei que talvez eu tivesse apenas relembrado algo do passado”. McCartney mostrou a música a Martin, com o título provisório de “Scrambled Eggs”, em um quarto de hotel de Paris, em janeiro de 1964 - antes de os Beatles sequer excursionarem pelos Estados Unidos - mas só a gravaria um ano e meio depois. “Ficamos com um pouco de vergonha dela”, confessou McCartney. “Éramos uma banda de rock and roll”. Uma das faixas do compacto simples que chegou à posição de número 1 em terras norte-americanas, “Yesterday” era, em suas próprias palavras, “a música mais completa que já compus”.
Edu
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