Postagem publicada originalmente em 15 de maio de 2011. Ainda este mês, nosso blog preferido completa 10 anos no ar. Participe, siga, dê suas opiniões!
O empresário da música, produtor de discos e de filmes, Robert Stigwood – que faleceu em 2016 com 82 anos – ainda jovem, nos anos 60, foi assistente de Brian Epstein. Foi também uma espécie de caça-talentos da gravadora EMI. Stigwood viajava regularmente para os Estados Unidos, de onde trazia as novidades musicais que tocariam nas rádios britânicas. Nos anos 70 alcançou grande sucesso com a produção dos filmes "Saturday Night Fever" (Embalos de Sábado a Noite), “Grease" (Nos Tempos Da Brilhantina), “Tommy” (com trilha sonora do The Who) e com a adaptação americana do musical “Jesus Christ Superstar”, todos indicados ao Oscar. Na segunda metade dos anos 1970, Stigwood teve uma ideia genial: transformar um ícone dos Beatles – o álbum “Sgt. Pepper´s Lonely Heart Club Band” – em filme. Imaginando ganhar uma montanha de dinheiro, Stigwood chamou os Bee Gees, Peter Frampton, a banda Earth, Wind and Fire, Alice Cooper e até o Aerosmith. E ainda apareciam em pequenas pontas: Etta James, Johnny Rivers (sim, ele mesmo), Wilson Pickett e Minnie Riperton.Tudo parecia dar certo. No filme, também músicas do álbum “Abbey Road” seriam mescladas, além de "Got To Get You Into My Life" e "Get Back" - uma salada. A receita parecia ideal. Só que, o filme “Embalos de Sábado à Noite” explodiu nas bilheterias e a trilha dos Bee Gees mais ainda. A banda pressentiu que poderia estar numa canoa furada. Mesmo baseado no álbum mais bem sucedido dos Beatles, o filme desandava visivelmente nas gravações. Para piorar, o produtor Stigwood quis tirar o foco de Peter Frampton, que fazia o papel principal de Billy Shears e passar os holofotes para os Bee Gees, que faziam o papel dos irmãos Henderson. Os Bee Gees recusaram. Queriam na verdade sair do filme. Mas o contrato obrigou-os a terminá-lo. Restou esperar que o dano fosse o mínimo possível, pois o sanduíche musical ficou realmente indigesto antes mesmo de ser consumido pelo público. A crítica estraçalhou! O filme, de tão ruim, logo caiu no esquecimento e muitos que participaram do projeto dizem que nem sequer lembram que ele foi feito. O produtor, diretor e atores preferiram esquecê-lo. O público também.
O fracasso retumbante de “Sgt. Pepper´s” no mundo fez com que Robert Stigwood deixasse meio de lado o gênero musical-filme e produzisse aventuras e dramas de guerra. Ainda tentou “Grease 2″ e “Staying Alive" (Os Embalos De Sábado Continuam), dirigido por Sylvester Stallone, ambos de 1982 e continuações de seus dois sucessos, mas sem bilheteria. Em 1995, Stigwood foi um dos produtores de “Evita” estrelado por Madonna e Antonio Banderas, Mas seu nome jamais foi novamente associado a um grande sucesso. Quando morreu, deve ter dado graças pelo público ter se esquecido do fracasso de “Sgt. Pepper´s”, o filme.
Nem o álbum duplo com a trilha sonora produzido por George Martin, se salvou. Apesar de ótimos momentos com Earth, Wind & Fire e Aerosmith, o disco é uma grande farofa. Foi lançado em julho de 1978 e também foi outro fracasso retumbante. O projeto foi gerenciado pela Organização Robert Stigwood (RSO) e, desde o início apresentava problemas devido a uma disputa entre a Columbia e a RSO. A RSO investiu US $ 12 milhões nessa trilha sonora e a compensação foi mínima. A criação da trilha sonora foi marcada pela tensão entre Peter Frampton e os Bee Gees sentindo-se cautelosos entre si, além de não terem certeza de como a música deles funcionaria no mesmo álbum, com a trilha sonora de “Sgt. Pepper´s Lonely Heart Club Band”, que entrou para a história como o primeiro disco a "devolver platina", com mais de quatro milhões de cópias retiradas das prateleiras e enviadas de volta aos distribuidores. Centenas de milhares de cópias do LP duplo acabaram sendo destruídas pela RSO. A própria empresa sofreu uma perda financeira considerável e os Bee Gees como um grupo tiveram sua reputação musical arranhada, embora outras bandas envolvidas, como o Aerosmith, não tenham sido atingidas em termos de popularidade. O álbum foi lançado em CD pela primeira vez em em abril de 1998, e o filme, foi lançado em DVD em 2003.
O empresário da música, produtor de discos e de filmes, Robert Stigwood – que faleceu em 2016 com 82 anos – ainda jovem, nos anos 60, foi assistente de Brian Epstein. Foi também uma espécie de caça-talentos da gravadora EMI. Stigwood viajava regularmente para os Estados Unidos, de onde trazia as novidades musicais que tocariam nas rádios britânicas. Nos anos 70 alcançou grande sucesso com a produção dos filmes "Saturday Night Fever" (Embalos de Sábado a Noite), “Grease" (Nos Tempos Da Brilhantina), “Tommy” (com trilha sonora do The Who) e com a adaptação americana do musical “Jesus Christ Superstar”, todos indicados ao Oscar. Na segunda metade dos anos 1970, Stigwood teve uma ideia genial: transformar um ícone dos Beatles – o álbum “Sgt. Pepper´s Lonely Heart Club Band” – em filme. Imaginando ganhar uma montanha de dinheiro, Stigwood chamou os Bee Gees, Peter Frampton, a banda Earth, Wind and Fire, Alice Cooper e até o Aerosmith. E ainda apareciam em pequenas pontas: Etta James, Johnny Rivers (sim, ele mesmo), Wilson Pickett e Minnie Riperton.Tudo parecia dar certo. No filme, também músicas do álbum “Abbey Road” seriam mescladas, além de "Got To Get You Into My Life" e "Get Back" - uma salada. A receita parecia ideal. Só que, o filme “Embalos de Sábado à Noite” explodiu nas bilheterias e a trilha dos Bee Gees mais ainda. A banda pressentiu que poderia estar numa canoa furada. Mesmo baseado no álbum mais bem sucedido dos Beatles, o filme desandava visivelmente nas gravações. Para piorar, o produtor Stigwood quis tirar o foco de Peter Frampton, que fazia o papel principal de Billy Shears e passar os holofotes para os Bee Gees, que faziam o papel dos irmãos Henderson. Os Bee Gees recusaram. Queriam na verdade sair do filme. Mas o contrato obrigou-os a terminá-lo. Restou esperar que o dano fosse o mínimo possível, pois o sanduíche musical ficou realmente indigesto antes mesmo de ser consumido pelo público. A crítica estraçalhou! O filme, de tão ruim, logo caiu no esquecimento e muitos que participaram do projeto dizem que nem sequer lembram que ele foi feito. O produtor, diretor e atores preferiram esquecê-lo. O público também.
O fracasso retumbante de “Sgt. Pepper´s” no mundo fez com que Robert Stigwood deixasse meio de lado o gênero musical-filme e produzisse aventuras e dramas de guerra. Ainda tentou “Grease 2″ e “Staying Alive" (Os Embalos De Sábado Continuam), dirigido por Sylvester Stallone, ambos de 1982 e continuações de seus dois sucessos, mas sem bilheteria. Em 1995, Stigwood foi um dos produtores de “Evita” estrelado por Madonna e Antonio Banderas, Mas seu nome jamais foi novamente associado a um grande sucesso. Quando morreu, deve ter dado graças pelo público ter se esquecido do fracasso de “Sgt. Pepper´s”, o filme.
Nem o álbum duplo com a trilha sonora produzido por George Martin, se salvou. Apesar de ótimos momentos com Earth, Wind & Fire e Aerosmith, o disco é uma grande farofa. Foi lançado em julho de 1978 e também foi outro fracasso retumbante. O projeto foi gerenciado pela Organização Robert Stigwood (RSO) e, desde o início apresentava problemas devido a uma disputa entre a Columbia e a RSO. A RSO investiu US $ 12 milhões nessa trilha sonora e a compensação foi mínima. A criação da trilha sonora foi marcada pela tensão entre Peter Frampton e os Bee Gees sentindo-se cautelosos entre si, além de não terem certeza de como a música deles funcionaria no mesmo álbum, com a trilha sonora de “Sgt. Pepper´s Lonely Heart Club Band”, que entrou para a história como o primeiro disco a "devolver platina", com mais de quatro milhões de cópias retiradas das prateleiras e enviadas de volta aos distribuidores. Centenas de milhares de cópias do LP duplo acabaram sendo destruídas pela RSO. A própria empresa sofreu uma perda financeira considerável e os Bee Gees como um grupo tiveram sua reputação musical arranhada, embora outras bandas envolvidas, como o Aerosmith, não tenham sido atingidas em termos de popularidade. O álbum foi lançado em CD pela primeira vez em em abril de 1998, e o filme, foi lançado em DVD em 2003.
Todos esses músicos no elenco e não deu certo. Nunca assisti o filme. Dei uma olhada nesse clipe para "Being for the Benefit of Mr. Kite", deve ser uma cena do filme. Putz, gosto muito dos Bee Gees e do Peter Framptom mas esse clipe, ficou cafoninha até dizer chega. Dá para ter uma idéia de como deve ser o restante do filme hahahah...
ResponderExcluirO filme é tão ruim q chega ser bom!! Assistir em dezembro de 2019, com 3 gerações na sala, deu um bom caldo!!!
ResponderExcluirMeu pai trouxe o VHS dos EUA no início dos anos 80!! Eu, então com 6_7anos, assisti pelo menos umas 30 vezes!!! Foi minha iniciação na Beatlemania!! Adoro o filme!! Sabes em qual plataforma consigo assistir???
ResponderExcluirAcabou de ser lançado em dvd com cd . Está a venda na loja Amazon Brasil:
Excluirhttps://www.amazon.com.br/dp/B08FD86X6T/ref=redir_mobile_desktop?_encoding=UTF8&psc=1&ref_=ox_sc_act_image_1&smid=A1ZZFT5FULY4LN
Uma coisa leva a outra, faltou FILME mas o disco é bom. The Wall por exemplo é um bom filme, mesclado com desenhos animados daria certo somente em animação e daria certo sem animação também. O filme mereceria uma nova roupagem hoje, ser refeito por um diretor mais ousado, se alteram nas músicas que é o que é, um monumento. Mas dá sim para assistir sem a pretensão de ver um THE WALL que por sua vez também não foi grande bilheteria...e aí ??
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