sábado, 17 de novembro de 2018

MARK DAVID CHAPMAN - ENVERGONHADO?


Mark David Chapman, o homem que assassinou covardemente John Lennon em 1980, apareceu em agosto diante de um painel de juízes a fim de decidir se ele poderá ser solto da cadeia em liberdade condicional. A transcrição da audiência foi lançada nesta quinta-feira (15), segundo a Associated Press. Chapman, que teve a liberdade condicional mais uma vez negada, diz que "sente mais e mais vergonha a cada ano que passa. Mais de trinta anos atrás, quando fiz o que fiz, não posso dizer que sentia vergonha. Agora, eu sei o que é isso, vergonha é o que me faz querer cobrir o rosto todos os dias, e faz com que eu nào queira pedir nada a ninguém", disse. Chapman disse também que, no dia em que matou Lennon na entrada do prédio em que morava o músico, em Nova York, chegou a pensar em desistir do ato. "Eu já tinha ido longe demais para voltar atrás", justificou. "Eu cheguei a pensar: 'Mark, ele assinou o seu disco, você está com o autógrafo na sua mão, só vá para casa’. Não tinha jeito de eu simplesmente ir embora, no entanto", completou. O assassino definiu o seu ato como "sem sentido", e disse que não sentia nenhum tipo de animosidade em relação a Lennon. "Eu só queria notoriedade. Eu carreguei o revólver com mais balas, porque queria ter certeza que ele estava morto, e não que ficasse sofrendo". Chapman descreveu o seu trabalho como faxineiro na penitenciária de Wende, nos EUA, e disse não querer mais ser famoso. Ele finalizou sua declaração dizendo que a dor que causou com o seu crime "vai continuar mesmo depois dele morrer". Em sua decisão, o painel de juízes justificou a manutenção de Chapman atrás das grades dizendo que liberá-lo "mitigaria a gravidade do seu crime". Os magistrados também citaram que alguém poderia cometer um ato de violência contra Chapman caso ele seja solto, graças a notoriedade do seu crime. O assassino de John Lennon voltará a buscar a liberdade condicional em agosto de 2020.

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