Exatamente há 55 anos, no dia 7 de fevereiro de 1964, pela primeira vez, os Beatles partiram rumo aos Estados Unidos da América, terra nunca antes desbravada por uma banda inglesa. Antes de embarcarem, em Heathrow, deram uma entrevista coletiva no aeroporto de Londres e John e Cynthia apareceram pela primeira vez oficialmente como casal. Em seguida, os Beatles e sua comitiva, acompanhados por fotógrafos e jornalistas, além do produtor musical Phil Spector e suas Ronnetes que estavam no mesmo voo seguiram rumo à Nova Iorque no Pan American Flight 101.
Às 13h35 desembarcam no aeroporto Kennedy. Bem diferente de todas as suas apreensões, foram recebidos por cerca de três mil fãs enlouquecidas (estima-se que o aeroporto nunca tenha experimentado tal número). Após uma coletiva de imprensa, os Beatles partiram em limusines rumo ao centro de Nova Iorque. No caminho, Paul McCartney ouviu o seguinte comentário corrente numa rádio local: "Eles (The Beatles) acabaram de deixar o aeroporto e estão próximos de Nova Iorque…". Quando chegaram ao Plaza Hotel, foram recepcionados por centenas de fãs – a maioria garotas – e repórteres. George Harrison teve uma febre de 39 ℃ no dia seguinte e teve que permanecer em repouso, de modo que Neil Aspinall o substituiu no primeiro ensaio da banda para a aparição no The Ed Sullivan Show. Enquanto isso, na Inglaterra, o jornal New Musical Express revelava que Brian rejeitou uma oferta de 8 mil libras para os Beatles tocarem no Madison Square Garden. Então, começou definitivamente, a conquista das terras do Tio Sam.
O Boeing 707, que trazia os Beatles, aterrissou às I3h20 em um cenário jamais visto: um céu limpo de inverno, 4 mil fãs, na sua maioria colegiais que faltaram à escola, dispostas em quatro fileiras que lotavam o topo do terminal de desembarque, acenavam com faixas e cartazes com os dizeres “WE LOVE YOU BEATLES". “Nunca presenciamos uma recepção conto esta. Nunca. Nem mesmo para reis e rainhas”. Disse um funcionário do aeroporto JFK.
Além das adolescentes histéricas, 200 repórteres e fotógrafos da rádio, da televisão, das revistas e dos jornais os esperavam. Os Beatles, primeiramente, pensaram que o avião do presidente estava prestes a pousar e, de repente, perceberam que na verdade todos esperavam por eles. Durante dias, as estações de rádio vinham incitando as fãs ao frenesi, até que Murray the K, da rádio 1010 WINS, divulgou os supostos detalhes sigilosos da companhia aérea: a hora de chegada e o número do voo. Informações que foram rapidamente transmitidas pelas concorrentes WABC e WMCA.
Mais de 100 jornalistas, todos berrando ao mesmo tempo, os esperavam na saída do setor de imigração e os flashes eram tantos que os cegavam, “Então isto é a América... Todos aqui parecem completamente loucos”, disse Ringo.
O cenário no Plaza, o mais luxuoso hotel de Nova York, era caótico: um cordão de policiais, junto com 20 guardas da polícia montada, continham centenas de fãs que recitavam continuamente, como uma espécie de mantra, intercalado com gritos de “Queremos os Beatles!”. Naquela noite, vários convidados visitaram os rapazes na suíte presidencial, incluindo as Ronettes, o DJ Murray the K e a irmã de George, Louise, que morava em Illinois, mas fora até Nova York para vê-lo. Os Beatles deram uma entrevista por telefone a Brian Matthew, da BBC de Londres, que iria ao ar no dia seguinte, no Saturday Club. Em seguida, leram algumas das mensagens de suas fãs: 100 mil cartas os esperavam quando chegaram a Nova York.
It was the start of the British invasion.
ResponderExcluirSensacional! essa e as outras. Aula de Beatles Edu!
ResponderExcluirMomento histórico!
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