Hoje, 7 de julho do ano da graça de 2019, o maior e melhor baterista da história do rock e da música pop de todos os tempos, nosso queridíssimo Sir RINGO STARR completa 79 anos de uma vida gloriosa e uma carreira brilhante, e ainda em plena forma. Nos shows, sua energia parece a de um menino que ainda ama o rock and roll.
Ostentando o nome artístico de Ringo Starr desde que tocava em Liverpool com a banda Rory Storm and the Hurricanes entre 1960 e 1962, Ringo quase recusou o convite de um grupo conhecido na cidade pela energia e pelo repertório mais variado. É que os Beatles pagavam menos por semana do que Rory. Ringo já conhecia o então quinteto de John Lennon dos clubes de Liverpool e também das temporadas que as duas bandas fizeram em Hamburgo, na Alemanha, em 1961 e 1962. Nunca ficou impressionado com os Beatles, mas eles tinham algo a mais quando o convidaram para substituir Pete Best, em julho de 1962. Eram mais novos, tinham empresário e um objetivo claro. Topou ganhar um pouco menos, e acabou como o baterista da melhor e mais importante banda de rock de todos os tempos. Esqueça a falácia de que Ringo Starr era um baterista fraco ou limitado. Para tocar com os melhores, não poderia ser fraco ou limitado. Simples assim. Ele e Charlie Watts, dos Rolling Stones, estabeleceram padrões muito elevados dentro do pop com suas levadas precisas e marcações rigorosas. Tornaram-se a referência para todos desde que surgiram. Apesar de ótimo baterista, Ringo sofreu bastante no início por se sentir sempre como o “novo integrante dos Beatles" mesmo quando já tinha gravado vários álbuns com a banda. Participava dos processos criativos que não envolviam composição, seu voto tinha peso nas decisões musicais e administrativas do grupo, mas percebia que era sempre conduzido, o que não era necessariamente ruim, concluiu. O problema é que os Beatles acabaram cedo demais, antes do que todo mundo previa. Como artista solo, evidentemente, ele sairia em desvantagem em relação a Paul McCartney, John Lennon e George Harrison, seus companheiros de banda e compositores extraordinários – tanto que frequentemente contribuíam com músicas para alguns álbuns de Ringo nos anos 70 e 80. Ótimo baterista, mas compositor limitado e frontman de poucos recursos, teve a carreira solo mais discreta em relação aos ex-companheiros. Playboy e milionário extravagante, Ringo tentou atuar no cinema, conseguindo até vários bons momentos. Passou por um período obscuro e se entupiu de drogas e no álcool por mais de 20 anos, até que conseguiu emergir do limbo após uma reabilitação rigorosa. Desde 1990 nunca mais passou perto de bebidas. Sua queda ao fundo do poço foi tão apavorante que muitos amigos temiam que não se recuperasse e que partisse para o suicídio. A ressurreição foi como um segundo nascimento para o Beatle.
Ainda confortável financeiramente, teve participação decisiva no projeto “Anthology'', que reuniu os Beatles sobreviventes nos anos 90 para reavaliar a carreira da banda e finalizar canções, que eram rascunhos, deixadas por John Lennon. Ringo é um dos grandes sobreviventes do rock, e continua se divertindo pelo mundo com a a sua All-Starr Band. É o mais velho astro do rock do primeiro escalão de músicos do gênero – da geração que explodiu nos anos 60 – só perde para John Mayall, o bluesman britânico por excelência (84 anos) e Bill Wyman, ex-baixista dos Stones (81).. Ringo Starr é um astro de primeira grandeza do rock e um instrumentista influente, que conseguiu sobreviver aos fantasmas do vício e da fama, deixando para trás gente como Keith Moon (The Who), John Bonham (Led Zeppelin), Jim Morrison (The Doors), Jimi Hendrix, Brian Jones (Rolling Stones), Harry Nilsson e muitos outros amigos que ficaram pelo caminho. Parabéns, grande Ringo! Que ainda venham muitos e muitos anos com muita saúde e ainda um monte de discos legais pela frente. Amém.
Parabéns para ele!!
ResponderExcluir