segunda-feira, 24 de agosto de 2020

THE BEATLES - EVERYBODY'S TRYING TO BE MY BABY - SENSACIONAL! ✶✶✶✶✶✶✶✶✶✶


Com belos vocais de George Harrison e um show de guitarras, Everybody's Trying To Be My Baby foi escolhida como a faixa de encerramento do álbum Beatles For Sale, quarto álbum do grupo, em outubro de 1965. A música, de autoria de Carl Perkins, foi originalmente gravada por ele em 1957. Os Beatles gravaram duas outras canções de Perkins para a EMI - Honey Don't e Matchbox, ambas cantadas por Ringo Starr. Eles também tocaram várias de suas músicas ao vivo: Lennon cantou Tennessee, Bopping The Blues, Blue Suede Shoes e versões iniciais de Honey Don’t, McCartney cantou Sure To Fall (In Love With You) e fez dueto com Lennon em Lend Me Your Comb. George Harrison, entretanto, era indiscutivelmente o maior fã de Perkins no grupo.
Ele cantou Your True Love e Glad All Over, além de Everybody's Trying To Be My Baby. Além disso, durante a primeira turnê dos Beatles na Escócia em 1960, como banda de apoio para Johnny Gentle, todos decidiram adotar pseudônimos. George tornou-se brevemente conhecido como Carl Harrison. Os Beatles gravaram Everybody's Trying To Be My Baby para o programa de rádio da BBC Saturday Club em novembro de 1964. Esta versão pode ser ouvida no Live At The BBC. Eles também a gravaram em junho de 1963 para o programa Pop Go The Beatles. A música voltou a ser tocada ao vivo por eles em 1965, após o lançamento do Beatles For Sale. Uma versão ao vivo, gravada no Shea Stadium em 15 de agosto foi incluída no Anthology 2.

Para o álbum Beatles For Sale, os Beatles gravaram Everybody's Trying To Be My Baby em uma única tomada em 18 de outubro de 1964. A gravação continha uma grande quantidade de ecos nos vocais de Harrison, que foram rastreados duas vezes para torná-los ainda mais completos. Para isso, os engenheiros da Abbey Road usaram uma técnica chamada STEED: eco de fita única e atraso de eco. Os Beatles inseriram uma pequena pausa entre as linhas no primeiro verso, um arranjo emprestado da gravação original de Perkins em Blue Suede Shoes. O final falso, entretanto, foi invenção do próprio grupo. Genial, sensacional!!!

PAUL McCARTNEY & WINGS - MAMUNIA - 1973*****


"Mamunia" foi composta por Paul e Linda McCartney e apareceu pela primeira vez no álbum de 1973 do Wings, Band on the Run. Também foi lançada como lado B do single "Jet" nos Estados Unidos, mas foi substituída por "Let Me Roll It" quando estava sendo considerada como um possível futuro lado A.

"Mamunia" foi escrita em Marrakesh (Marrocos), Lagos (Nigéria) e Londres, Inglaterra. A ideia original para a composição surgiu quando Paul visitava o Marrocos, em fevereiro de 1973. O título foi inspirado no hotel Mamounia em que os McCartney estavam hospedados na época. Mamounia significa "porto seguro" em árabe. De acordo com o autor John Blaney, McCartney usou o termo como uma "metáfora para renascimento". A mensagem da música não poderia ser mais atual: não reclamar dos tempos difíceis porque todos enfrentam tempos difíceis e é melhor se concentrar em seu "porto seguro" durante esses tempos.
"Mamunia" foi a primeira música gravada para Band on the Run em Lagos, Nigéria. Paul McCartney canta os vocais principais e toca baixo, violão e faz percussão; Denny Laine toca guitarra e canta os vocais de apoio, e Linda McCartney também fornece os vocais de apoio e toca um mini-moog. Um dos roadies de McCartney, Trevor Jones toca congas. Como "Bluebird", "Mamunia" é principalmente acústica. Alguns críticos descreveram a introdução da música como "Afro-soul". E alguns autores descrevem a canção como "tão leve que vai flutuar", mas observam que é "implacavelmente melódica".

Um filme promocional foi produzido pelo desconhecido Jim Quick, em julho de 1974. O misterioso produtor é mais um dos alter-egos de Paul McCartney, como Percy Thnlligton, Paul Ramon, e tantos outros. O vídeo de “Mamunia” é composto de imagens animadas que seguem os acontecimentos descritos pela letra da canção.

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

THE BEATLES - LOVE - CIRQUE DU SOLEIL - 2006 - ESPETACULAR!**********


“Love” foi o nome escolhido para um novo álbum dos Beatles lançado em 20 de novembro de 2006. “Love” é um álbum de remixes de músicas originais dos Beatles compiladas e remixadas como um grande mashup para a trilha sonora do espetáculo do Cirque du Soleil de mesmo nome. “Love” foi produzido por George Martin e seu filho Giles Martin, que disse na época: "O que as pessoas ouvirão é uma nova experiência, uma nova maneira de reviver toda a vida musical dos Beatles em um período muito condensado”“Love” também foi o último álbum produzido por Sir George Martin antes de sua morte dez anos depois em 8 de março de 2016, aos 90 anos.
A própria história da inusitada parceria dos Beatles e o Cirque du Soleil, é curiosa e já carrega consigo certa magia - "A velha Mágica dos Beatles", como disseram alguns da imprensa da época.

Amantes da velocidade, George Harrison e Guy Laliberté, fundador e dono do Cirque du Soleil, tornaram-se grande amigos. George, então, planejava criar um espetáculo em parceria com o grupo de artes circenses. Com a sua morte em 29 de novembro de 2001, o projeto foi suspenso temporariamente. Mais tarde, após amplas negociações entre as partes envolvidas, Guy Laliberté entregou a missão de criar um espetáculo baseado nas músicas dos Beatles a um de seus diretores e coreógrafos, Dominic Champagne.
O espetáculo não poderia teri um nome mais apropriado: “Love”. Restava criar a trilha sonora, com as músicas do quarteto. A escolha para a missão recaiu em George Martin, que havia trabalhado como produtor dos Beatles na maior parte de suas criações. Para montar essa mistura sonora, George Martin chamou o seu filho Giles Martin para auxilia-lo na tarefa. Com a aprovação de Paul McCartney, Ringo Starr, Yoko Ono (herdeira de John Lennon) e Olívia Harrison (herdeira de George Harrison), os dois levaram dois anos misturando e mesclando as músicas, em cima das fitas master existentes.

Embora existam aqueles que provavelmente acham que remixar um álbum dos Beatles é um ato de profanação, é justo dizer que este foi um dos lançamentos mais esperados de 2006. Demorou dois anos para ser produzido, e isso mostra que este é um remix de um mashup sofisticado. A abordagem de George Martin ao estúdio de gravação sempre foi experimental. Junto com seu filho Giles, ele aproveitou ao máximo a tecnologia digital para criar algo genuinamente desafiador e muitas vezes bastante comovente.George Martin's Son Talks Father's Genius, Beatles' 'Love ...
Pedaços de músicas são inteligentemente montados em amálgamas fantásticos; a abertura de "Get Back" traz o mais breve dos trechos de "A Hard Day's Night" unido com os solos de "The End"; "Strawberry Fields Forever" é construída a partir de uma combinação de versões de demonstração até chegar a uma complexa orquestração dirigida pelo próprio Martina gravação completa finalizada; Something é introduzida pela sensacional vinheta creditada como "Gnik Nus", que nada mais é que "Sun King" tocada de trás para frente. “Love” é um tributo inteligente e sincero à banda mais influente e mais amada de todos os tempos. Um trabalho de amor, de fato. Os Beatles eram artistas inigualáveis. Como tal, a década dos Fab Four vale-se de registros que são frequentemente vistos como textos sagrados que não ousam ser perturbados. Com “Love”, os rapazes de Liverpool foram, literalmente, reinventados.
A ideia de remixar as músicas dos Beatles sobre elas mesmas não era nova, mas da forma como “Love” foi produzido, como uma experiência, pois é a trilha sonora para o espetáculo do Cirque du Soleil em Las Vegas, enriquece ainda mais o catálogo dos Beatles, misturando 10 anos de canções icônicas no espaço de 26 faixas. É a melhor compilação que já foi feita em torno de sua obra, no sentido mais palpável da palavra. “Love” não reimagina drasticamente as músicas dos Beatles, mas sim pedaços juntos, fragmentos de canções que não parecem ter correspondência alguma como ‘A Hard Day’s Night’ e 'Get Back', por exemplo, derruba as barreiras do tempo, tornando os Beatles uma entidade musical fluida, assim, um grupo de composições flutuam para dentro e para fora um do outro para um efeito fantasmagórico e muitas vezes emocionante. O redemoinho muitas vezes estonteante de som em "Get Back" chega a parecer que vai entrar em colapso, enquanto "Eleanor Rigby" e "Julia" se misturam num efeito assombroso. Além de implodir os limites entre os álbuns e as músicas, os dois Martins, George, o pai, Giles, o filho, também trazem essas faixas para os ouvidos de hoje; é quase uma revelação.
“Love” reafirma a vitalidade e a natureza essencial das gravações originais. É uma experiência única, deslumbrante e expansiva que está entre os melhores lançamentos dos Beatles em todos esses anos.
“Love” foi lançado em CD padrão, CD duplo e também um DVD sem imagens, mas com som em sistema de alta resolução 96/24 5.1 surround. “Love” alcançou a posição # 3 no UK Albums Chart durante a sua primeira semana de lançamento e também foi bem sucedido nos Estados Unidos, estreando em 4º lugar na Billboard 200, onde foi certificado com disco de Platina no final de 2006. No 50º Grammy em em fevereiro de 2008, “Love” ganhou em duas categorias - Melhor Álbum de Trilha Sonora e Melhor Álbum de Som Surround.
O espetáculo "The Beatles - Love" estreou em Las Vegas, na casa de de shows Mirage, no dia 30 de junho de 2006. Estavam presentes Paul McCartney, Ringo Starr, Yoko Ono, Cynthia Lennon, Julian Lennon, Olivia Harrison, Dhani HarrisonGeorge Martin e Giles Martin. Foi o maior encontro da "Família Beatles" desde o fim do grupo.

GEORGE HARRISON - WHAT IS LIFE - SENSACIONAL!


"What Is Life" com seu riff poderoso é a 3ª faixa do álbum triplo "All Things Must Pass", de George Harrison. Foi o 2º grande sucesso da carreira solo do ex-Beatle, atrás de "My Sweet Lord". No Reino Unido, foi lançada como lado B do single "My Sweet Lord". "What Is Life" foi gravada entre maio e outubro de 1970 e foi produzida por George Harrison e Phil Spector. Os engenheiros foram Ken Scott e Phil McDonald. Foi lançada em 30 de novembro de 1970 no Reino Unido e 27 de novembro nos EUA. Aparece nos álbuns All Things Must Pass (1970) e uma versão ao vivo aparece em Live In Japan (1992). Participaram da gravação: George Harrison – vocal e guitarra; Eric Clapton – guitarra; Pete Ham (Badfinger), Tom Evans (Badfinger) e Joey Molland (Badfinger) – violões; Carl Radle – baixo; Bobby Whitlock – piano; Jim Price – trompete; Bob Keys - saxofone; Jim Gordon – bateria e Mike Gibbins (Badfinger) – pandeiro.

Nos Estados Unidos, "What Is Life" foi lançada em 15 de fevereiro de 1971, tendo “Apple Scruffs” como lado B . Em março de 1971, este single alcançou o # 10 na Billboard Hot 100. O compacto americano trazia uma capa mostrando a imagem de Harrison tocando uma guitarra através de uma janela aberta na torre central de sua mansão, Friar Park, em Henley-on-Thames.
"What Is Life" liderou paradas na Suíça, alcançou o número dois na Holanda e Nova Zelândia, e chegou ao top 10 na Alemanha, Áustria e Noruega. Uma versão alternativa foi lançada como faixa bônus na edição remasterizada de 2001 de All Things Must Pass. Foi uma mixagem inicial de estúdio com orquestração de trompete e oboé que mais tarde foi descartada. Essa mixagem foi redescoberta enquanto Harrison preparava uma reedição do álbum em 2001.
Originalmente, Harrison teria feito "What Is Life" para seu amigo Billy Preston e teria um ritmo mais gospel. Depois, desistiu e resolveu que ele mesmo gravaria num ritmo mais pop. "What Is Life" é uma das várias canções de amor de Harrison que parecem ser dirigidas tanto a uma mulher como a uma divindade. Foi produzida por George Harrison e Phil Spector, que também produziu todo o resto do álbum. A superbanda da Apple Badfinger foi a banda utilizada por Harrison como apoio nesta e em várias outras faixas do disco. Em 2010, os ouvintes de Radio AOL escolheram "What Is Life" como uma das "10 Melhores Músicas de George Harrison", aparecendo em 3º lugar na lista.

PAUL McCARTNEY AND WINGS - LIVE AND LET DIE - ABSOLUTAMENTE SENSACIONAL!


"Live and Let Die" é um dos maiores sucessos de Paul McCartney e sua banda Wings. Composta por Paul em parceria com a mulher Linda McCartney em Londres, para o oitavo filme de James Bond, “Viva e Deixe Morrer”. Após seu lançamento em 1973, a música literalmente explodiu, atingindo o topo das paradas americanas e britânicas, e chegou a ser indicada ao Oscar de melhor canção daquele ano, mas perdeu para "The Way We Were", composta por Marvin Hamlisch, Marilyn Bergman e Alan Bergman para o filme “Nosso Amor de Ontem”.
A balada brilhantemente envolvente, munida de passagens instrumentais explosivas de ritmo rápido, provaria ser uma das criações mais duradouras de McCartney, mostrando que talvez trabalhasse melhor quando diri­gido ou desafiado ou, como no caso da parceria com Lennon, incitado por uma rivalidade amigável. A música foi rapidamente gravada com o Wings no Morgan Studios, em Willesden, na semana seguinte, com sua orquestração dinâmica mais tarde acrescentada por George Martin em seu estúdio AIR London, na Oxford Circus. Uma vez concluída, Martin viajou para a Jamaica com um acetato de "Live and Let Die" para tocá-la para Saltzman. O produtor do filme ficou impressionado, mas, confundindo a gravação com uma demo, perguntou quem Martin e McCartney convidariam para cantar na versão final. Coube ao diplomático Martin dizer que aquela era a versão final. Linda escreveu o trecho “what’s the matter to ya”, em ritmo de reggae"Live and Let Die" foi gravada durante as sessões do álbum Red Rose Speedway.
Durante o filme, outra versão da música é apresentada, cantada por Brenda Arnau enquanto Bond está em um clube, mas esta versão não aparece no álbum da trilha sonora. O compacto dos Wings com Live and Let Die / I Lie Around foi lançado em 1 de junho de 1973 no Reino Unido e em 18 de junho nos Estados Unidos.
Desde seu lançamento,"Live and Let Die" foi coverizada incontáveis vezes. A primeira foi uma versão big band gravada por Stan Kenton e sua orquestra, em 1973. Os Pretenders também fizeram uma versão para o álbum do compositor David Arnold Shaken and Stirred: The David Arnold James Bond Project. A cantora Fergie gravou para um especial da CBS, e uma versão feita pela cantora Duffy foi lançada no álbum de caridade Heroes, em 2009. A então ex-Spice Girls Geri Halliwell, gravou para o lançamento de Lift Me Up, 3º single do seu primeiro álbum solo, Schizophonic, em 1999. "Live and Let Die" também foi lançada como segundo single do álbum Use Your Illusion I da banda Guns “n” Rosesem 1991. Essa cover foi um sucesso e foi indicada para o Grammy de Melhor Performance Hard Rock no 35º Grammy Awards em 1993.
O filme “Live and Let Die” de 1973, foi o oitavo da série James Bond e o primeiro estrelado por Roger Moore no papel do agente 007. O filme foi realizado por Guy Hamilton e produzido por Albert Broccoli e Harry Saltzman e é baseado no romance homônimo de Ian Fleming. Em 5 de julho de 1973, Live and Let Die estreou em Londres e obteve mais um recorde na bilheteria, faturando 36 milhões de dólares nos EUA e 161 milhões no resto do mundo.Muitos criticaram a enfase exagerada na comédia. No final, os produtores conseguiram fazer a maior proeza de todas: deram ao mundo um novo 007. “Live and Let Die” também aparece nos filmes Shrek III, Grosse Pointe Blank e The In-Laws, bem como em um episódio da série de televisão Life on Mars.

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

JOHN LENNON - AS INCRÍVEIS FOTOGRAFIAS DE ROGER FARRINGTON


Há 40 anos, John Lennon voltou ao estúdio de gravação após uma ausência de cinco anos para gravar o que seria seu último álbum, "Double Fantasy". O fotógrafo de Boston Roger Farrington foi escolhido por Yoko Ono para produzir algumas fotos para publicidade que capturasse o retorno de Lennon à música popular naquele 7 de agosto de 1980. Lennon queria que as sessões de gravação em Manhattan fossem mantidas em segredo, caso ele mudasse de ideia. Para tanto, Ono procurou um fotógrafo freelance sem vínculos com a mídia de Nova York.
“O sigilo era a questão nº 1”, lembrou Farrington. "Eu fui o primeiro fotógrafo autorizado a fotografar John Lennon em cinco anos. Eles queriam recursos de Boston e queriam alguém em quem pudessem confiar". O casal perguntou sobre o aniversário de Farrington para que um astrólogo pudesse ver se ele se encaixaria bem. Farrington conheceu os Lennons em sua casa no Dakota no Central Park West e mais tarde os seguiu até o Hit Factory na 48th Street.
Lennon estava de preto, vestindo uma camisa estilo country, chapéu de aba larga e cantando enquanto caminhava em direção a Farrington. Ele carregava uma pasta cheia de partituras. "Ele foi muito, muito gentil", disse Farrington. "Ele estava energizado, espirituoso e parecia em forma e bronzeado - ele estava navegando pelas Bermudas. E com o cabelo comprido ele parecia um astro do rock". Ono, que estava cuidando dos negócios, foi um pouco mais reservada. "As pessoas não percebem, eles não tinham gerentes ou supervisores em 1980", disse Farrington. "Eles próprios fizeram isso".
Lá dentro, no estúdio no sexto andar da Hit Factory, Farrington capturou imagens de Lennon pegando uma guitarra e trabalhando em um novo material conforme os músicos chegavam. Lennon estava absorvido em tocar guitarra e Farrington teve que persuadir Ono a aparecer em algumas das cenas (quem iria querer vê-la, meu Deus?).
As fotos de Farrington no Hit Factory mostram Lennon obviamente satisfeito por estar de volta ao estúdio - sorrindo enquanto tocava guitarra e erguendo as mãos de alegria enquanto os músicos chegavam. No entanto, foi uma fotografia de Lennon e Ono entrando no estúdio que foi selecionada como a imagem oficial para retratar o retorno de Lennon ao Rock 'n' Roll.
Embora Ono tenha feito um convite a Farrington para ficar e fotografar mais no dia seguinte, ele optou por retornar a Boston, revelando seu filme e revisando as imagens que capturou. As sessões do álbum terminaram em 22 de setembro e "Double Fantasy" foi lançado pela Geffen Records em 17 de novembro.
Três semanas depois, John Lennon foi morto por um louco na entrada do Dakota quando ele e Ono voltavam do Record Plant, onde estavam trabalhando em novas gravações. Farrington se referiu ao assassinato como "a tragédia", preferindo focar suas memórias na vida de Lennon. Algumas das fotografias de Farrington foram usadas posteriormente no livro de Ono de 1983 "Summer of 1980" e muito mais no relato definitivo de Ken Sharp sobre as sessões finais de Lennon, "Starting Over: The Making of John Lennon and Yoko Ono's Double Fantasy", publicado em 2010.
Sharp descreveu Farrington como um "fotógrafo excepcional com o dom de capturar momentos que outros perderiam. Suas fotos de John Lennon gravando seu último álbum de estúdio demonstram sua incrível habilidade de narrar um evento com grande talento visual", disse.

JOHN LENNON - I DON'T WANNA FACE IT - SENSACIONAL!!!


“Eu não quero enfrentá-lo. Eu não posso enfrentá-lo, não mais. Toda vez que eu olho no espelho, não vejo ninguém lá”.
“I Don’t Wanna Face It” foi gravada em 1980 durante a preparação de Double Fantasy, mas só foi lançada em 1984 no álbum póstumo de John Lennon, Milk And Honey“I Don’t Wanna Face It” foi escrita em 1977. No final daquele ano, Lennon gravou uma série de demos caseiras, junto com várias outras canções que ele estava trabalhando durante seu período de dono da casa.
As demos caseiras de Lennon foram executadas em um violão e às vezes apresentavam um apoio de bateria eletrônica. Seus vocais nessas gravações frequentemente apresentavam acentos de comédia, sugerindo que ele não considerava a mensagem particularmente séria. Outra demo foi gravada durante a estada de Lennon nas Bermudas em junho de 1980, em um momento em que ele estava pensando em voltar aos olhos do público. Ele se mostra rejuvenescido com a viagem, e a maioria de suas canções tinha um ar de positividade.
Lennon considerou dar “I Don’t Wanna Face It” para Ringo Starr para seu álbum “Can't Fight Lightning”, que foi lançado em 1981 como Stop And Smell The Roses. Embora Ringo tenha recebido uma cópia da demo das Bermudas, após a morte de Lennon ele não quis gravar a música. Em 1981, foi relatado que Julian Lennon estava pensando em gravar “I Don’t Wanna Face It”, depois que o assistente de seu pai, Fred Seaman, deu um ele uma cópia da fita das Bermudas. Eventualmente Yoko Ono evitou que isso acontecesse, porque provavelmente ela pretendia lançar uma das gravações de Lennon ela mesma.

“I Don’t Wanna Face It” foi gravada no estúdio Hit Factory de Nova York em agosto de 1980, como uma das primeiras canções tocadas durante as sessões de Double Fantasy. Uma versão alternativa foi lançada mais tarde no box set de 1998 John Lennon Anthology, bem como na coletânea Wonsaponatime. John Lennon canta e toca guitarra; Earl Slick e Hugh McCracken tocam guitarra; Tony Levin toca baixo; George Small, teclados; Andy Newmark, bateria e Arthur Jenkins, percussão.

OS ESTADOS UNIDOS QUEIMAM OS DISCOS DOS BEATLES - BEATLES GO HOME!


Tavez, nesses tempos com tanta tecnologia, seja difícil para os mais novos entender completamente o tamanho do incrível poder da Beatlemania durante aqueles anos. No auge de sua popularidade, na primavera de 1966, boa parte do público americano demonstrou como esse amor avassalador pelos Beatles, poderia se transformar em ódio muito rapidamente. Em 4 de março de 1966, John Lennon, era o entrevistado da jornalista Maureen Cleave do London Evening Standard para uma matéria "Como Vive um Beatle? Eu vivo assim - John Lennon".
Cinco meses depois, no dia 31 de julho de 1966, os noticiários da BBC exibiam imagens de cristãos no Alabama, queimando discos dos Beatles em uma grande fogueira, da mesma maneira que os nazistas queimaram livros. Logo, haveriam várias “fogueiras-Beatle” em várias cidades americanas. Dois dias antes, em 29 de julho, a revista americana Datebook publicou de forma absolutamente irresponsável, pedaços de uma entrevista que John Lennon dera a jornalista Maureen Cleave publicada na Inglaterra em março. A entrevista estava toda editada de forma sensacionalista dando ênfase às declarações de Lennon sobre o cristianismo.

Na capa, com uma bela foto de Paul, uma citação de John“Não sei o que vai acabar primeiro, o rock and roll ou o cristianismo”. Dentro, o destaque era para a parte que ele diz: O Cristianismo vai desaparecer. Vai diminuir e encolher (...). Estou certo e provarei. Hoje, nós (os Beatles) somos mais populares do que Jesus Cristo. Não sei qual vai desaparecer primeiro, o Rock and Roll ou o Cristianismo. Jesus não era mal, mas seus discípulos eram obtusos e vulgares. É a distorção deles que estraga tudo (o Cristianismo) para mim".
Quando isso apareceu na Inglaterra, não houve problema algum, agora, cinco meses depois, publicada da forma que foi, num país fundamentalista e conservador, acabou gerando problemas sem precedentes para a banda.
No dia 13 de agosto de 1966, a bruxa continuava solta e dezenas de pessoas continuavam a queimar os discos dos Beatles, conforme orientações de várias estações de rádio norte-americanas. O Sacerdote Thurman H. Babbs, de Cleveland, Ohio, ameaçava dizendo que pediria a excomunhão de qualquer paroquiano que ouvisse músicas dos Beatles ou que aprovasse a declaração de Lennon sobre o cristianismo. Os Beatles se apresentaram no Olympia Stadium em Detroit, sob forte esquema de segurança.