terça-feira, 26 de janeiro de 2021

APRESENTADOR LARRY KING MORRE DE COVID 19


Com mais de 50 mil entrevistas realizadas, Larry King tem em seu histórico de entrevistados grandes personalidades mundiais e protagonizou momentos que marcaram a história da televisão americana. O apresentador morreu na manhã do último sábado (23), em Los Angeles, aos 87 anos, depois de ter contraído a Covid-19.

Americano nascido no Brooklin, o apresentador comandou o talk-show Larry King Live, na CNN americana, por 25 anos. No programa, entrevistou astros que raramente aceitavam esse tipo de convite, como o ator Marlon Brando (em quem deu um selinho) em 1994, e o cantor Frank Sinatra, em 1988. Estrelas da música como Lady Gaga, Madonna, Mariah Carey, Bono Vox, e os ex-Beatles Paul McCartney e Ringo Starr, ao lado de Yoko Ono e Olivia Harrison -viúvas de John Lennon e George Harrison, nesta ordem, também estiveram de frente com King.

O apresentador, criticado por alguns por fazer perguntas mais leves aos seus entrevistados, também recebeu importantes líderes mundiais em seu programa. Estão nessa lista Vladimir Putin, Margaret Thatcher, Martin Luther King, Dalai-Lama, Hugo Chávez, Mikhail Gorbatchov, e, ao mesmo tempo, o líder palestino Yasser Arafat, o primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin, e o rei Russein, da Jordânia, em uma cúpula da paz no Oriente Médio.

Em sua carreira de mais de 63 anos, Larry King também entrevistou todos os presidentes eleitos dos Estados Unidos desde 1974. Alguns momentos em seu programa também são inesquecíveis para o público americano. Um deles é a perseguição policial ao então astro do futebol americano O. J. Simpson, que era suspeito de assassinar sua ex-mulher Nicole Brown Simpson e o amigo dela, Ron Goldman. O apresentador ancorou ao vivo o fim da perseguição que prendeu a atenção de milhões de americanos em frente à TV por horas e que acabou com a rendição de O. J. - que mais tarde seria inocentado pelos assassinatos.
Outra cena marcante envolvendo King foi quando ele usou um isqueiro para acender um cigarro de maconha ao vivo para o seu convidado, Robert Randall, que tinha glaucoma e foi o primeiro americano a ter acesso legal ao tratamento com cannabis. No último programa do lendário apresentador na CNN, em dezembro de 2010, o então presidente americano Barack Obama enviou uma gravação elogiando King. "Você diz que tudo o que você faz é fazer perguntas", disse Obama. "Mas para gerações de americanos, as respostas a essas perguntas nos surpreenderam, nos informaram e abriram nossos olhos para o mundo além de nossas salas de estar", disse Obama.

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