quinta-feira, 5 de agosto de 2021

JOHN LENNON – MIL VEZES IMAGINE!


A música “Imagine”, do ex-Beatle John Lennon, já foi regravada incontáveis vezes por inúmeros artistas. Lançada em 1971, a canção entrou para a história como um hino que pede por um mundo em paz. No entanto, não é assim que dom Robert Barron, bispo auxiliar de Los Angeles e fundador do ministério Word on Fire, vê a letra de uma das músicas mais reproduzidas de todos os tempos. Depois de ser tocada na abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, o bispo publicou um vídeo em seu canal no Youtube em que analisava a composição, criticando o ponto de vista de Lennon a partir dos dogmas religiosos.

Pois bem, esse tal de Dom Barron analisou a letra da canção. “Começa assim: ´Imagina que não existe o Paraíso (Heaven, no original), é fácil se o tentas, não há inferno debaixo de nós, acima de nós só o céu (sky, no original)'. Honestamente, não posso imaginar nada pior que isso. Dizer que não existe o Paraíso, que não existe o inferno significa que não há, finalmente, um critério absoluto para o bem e o mal. Não há um juízo moral final”, disse. Em vídeo postado em seu canal do YouTube com o título “Por que eu odeio Imagine de John Lennon”, na sequela de um artigo publicado no diário americano New York Post, dom Barron afirmou: “detesto a letra de Imagine e lamento o fato de que parece converter-se numa espécie de hino secular. Não tenho absolutamente nada contra os Beatles ou contra a obra de John Lennon, mas devo dizer que não gosto da música Imagine”
Na cerimônia de abertura da Olimpíada, em 23 de julho último “a canção foi tocada e cantada por um coro de crianças, depois houve versões pré-gravadas por diferentes estrelas do pop, e isso foi feito como uma espécie de hino secular”, disse o bispo. O bispo critica outro verso da canção Imagine: “imagine que não existem países, não é difícil de fazer, nada por que matar ou morrer e tampouco religião”. “O que me irrita mais nesse verso”, expressou, é “a linha final, ´e tampouco religião´”. “E o que muitas pessoas da esquerda secular normalmente deduzem é que a fonte real da maldade é a religião. É por isso que as pessoas lutam”, explicou o bispo. “É um lugar comum, tem sido assim desde o século XVI mais ou menos”, disse. No entanto, está provado que foram “muito mais mortais” fatores como “o tribalismo, as disputas econômicas, as disputas políticas e coloniais”. "Na verdade, eu diria, olhe de novo para o século XX: as ideologias ateias foram responsáveis por muito mais violência do que a religião”, afirmou. Para dom Barron, o que se necessita para alcançar a paz é exatamente o contrário de um abandono da religião. “Precisamente, quando colocamos Deus entre parênteses, colocamos o transcendente entre parênteses, colocamos o sentido objetivo de moralidade entre parênteses, aí é quando temos problemas”, enfatizou. Ainda assim, disse, o verso “que me fez rir muito. foi quando ouvi todas aquelas celebridades, não direi os nomes delas, você pode ir lá no YouTube e ver, mas todas aquelas celebridades cantando esta linha: imagina que não há propriedades, pergunto-me se você pode, sem necessidade de cobiça ou avidez, uma irmandade de homens”. Na versão de “Imagine” para as olimpíadas de Tóquio participaram Angelique Kidjo, beninesa radicada nos Estados Unidos, o espanhol Alejandro Sanz, o americano John Legend e o australiano-americano Keith Urban. “Cada um dos que cantaram essa canção é multimilionário”, lembrou dom Barron. “E eu não acho que seja necessário um grande salto da imaginação para dizer que eles, provavelmente todos, têm muitas casas e frotas de carros e armários cheios de roupas”. O bispo auxiliar de Los Angeles citou a doutrina social da Igreja, que considera que “não há nada de errado com as propriedades em si. Na verdade, defendemos a legitimidade da propriedade privada”. Mas disse: “o problema é quando eu não tenho uma visão moral que me permita colocar minhas propriedades dentro de um contexto moral mais amplo: o bem comum. Esse é o problema. É aí que as propriedades podem se tornar problemáticas”. Ele explicou que, se alguém deseja uma “irmandade de homens”, será “simplesmente impossível ter uma irmandade de todos os seres humanos se nosso Pai comum for colocado entre parênteses”. “Se você está falando de uma irmandade real, de uma relação de irmãos, ela é impossível se estamos separados do nosso Pai comum”, acrescentou.

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