sábado, 30 de abril de 2011

QUE GUERRA É ESSA?

Hoje, faz 36 anos do fim da Guerra do Vietnã (ou Vietname, ou Vietnam, ou ainda, segundo os vietnamitas, Guerra Americana), que foi um dos mais sangrentos conflitos armados depois da 2ª guerra mundial. Começou em 1959 e terminou em 30 de abril de1975. As batalhas ocorreram nos territórios do Vietnã do Norte, Vietnã do Sul, Laos e Camboja.
O Vietnã havia sido colônia francesa e no final da Guerra da Indochina (1946-1954) foi dividido em dois países. O Vietnã do Norte era comandado por Ho Chi Minh, possuindo orientação comunista pró União Soviética. O Vietnã do Sul, uma ditadura militar, passou a ser aliado dos Estados Unidos e, portanto, com um sistema capitalista. A relação entre os dois Vietnãs, em função das divergências políticas e ideológicas, era tensa no final da década de 1950. Em 1959, vietcongues (guerrilheiros comunistas), com apoio de Ho Chi Minh e dos soviéticos, atacaram uma base norte-americana no Vietnã do Sul. Este fato deu início a guerra.
Entre 1959 e 1964, o conflito restringiu-se apenas ao Vietnã do Norte e do Sul, embora Estados Unidos e também a União Soviética prestassem apoio indireto. Em 1964, os Estados Unidos resolveram entrar diretamente no conflito, enviando soldados e armamentos de guerra. Os soldados norte-americanos sofreram num território marcado por florestas tropicais fechadas e grande quantidade de chuvas. Os vietcongues utilizaram táticas de guerrilha, enquanto os norte-americanos empenharam-se no uso de armamentos modernos, helicópteros e outros recursos.
No final da década de 1960, era claro o fracasso da intervenção norte-americana. Mesmo com tecnologia avançada, não conseguiam vencer a experiência dos vietcongues. Para piorar a situação dos Estados Unidos, em 1968, o exército norte-vietnamita invadiu o Vietnã do Sul, tomando a embaixada dos Estados Unidos em Saigon. O Vietnã do Sul e os Estados Unidos responderam com toda força. Foi o momento mais sangrento da guerra. No começo da década de 1970, os protestos contra a guerra aconteciam em grande quantidade nos Estados Unidos. Jovens, grupos pacifistas e a população em geral iam para as ruas pedir a saída dos Estados Unidos do conflito e o retorno imediato das tropas. Neste momento, já eram milhares os soldados norte-americanos mortos no conflito. A televisão mostrava as cenas violentas e cruéis da guerra.
Sem apoio popular e com derrotas seguidas, o governo norte-americano aceita o Acordo de Paris, que previa o cessar-fogo, em 1973. Em 1975, ocorre a retirada total das tropas norte-americanas. É a vitória do Vietnã do Norte. O conflito deixou mais de 1 milhão de mortos (civis e militares) e o dobro de mutilados e feridos. A guerra arrasou muitas vidas, campos agrícolas, destruiu casas, vilas inteiras e provocou prejuízos econômicos gravíssimos no Vietnã, que foi reunificado em 2 de julho de 1976 sob o regime comunista, aliado da União Soviética. Travada com uma grande cobertura diária dos meios de comunicação, a guerra levou a uma forte oposição e divisão da sociedade norte-americana, que gerou os Acordos de Paz de Paris em 1973, causando a retirada das tropas do país do conflito. Ela prosseguiu com a luta entre o norte e o sul do Vietnã dividido, terminando em abril de 1975, com a invasão e ocupação comunista de Saigon, então a capital do Vietnã do Sul e a rendição total do exército sul-vietnamita. Para os Estados Unidos, a Guerra do Vietnã resultou na maior confrontação armada em que o país já se viu envolvido, e a derrota provocou a 'Síndrome do Vietnã' em seus cidadãos e sua sociedade, causando profundos reflexos na sua cultura, na indústria cinematográfica e grande mudança na sua política exterior, até a eleição de Ronald Reagan, em 1980.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

KLAUS VOORMAN - 71 ANOS

Hoje é eniversário do grande Klaus Voorman, o genial amigo dos Beatles. Ele está completando 71 anos. Para rever a matéria superbacana do Baú do Edu sobre Klaus, o link é:

ARQUIVOS DO FUNDO DO BAÚ - Nº 19

Lennon e McCartney
Voltam à tona as mágoas da dupla mais famosa do mundo
Matéria publicada na revista Afinal, em 12 de novembro de 1985 - Por Sérgio Vaz
Eles sempre lavaram a roupa suja em suja em público. Embora, é claro, de maneiras diferentes: cada um seguia seu temperamento e sua personalidade. Paul McCartney, o mais reservado, mais calmo, mais suave, foi o primeiro a oficializar o fim da união que durou 14 anos: em 1970, ao lançar seu primeiro disco solo – antes mesmo do lançamento de Let It Be, o último LP dos Beatles – ele explicou que a dissolução do conjunto de música popular mais famoso do mundo se devia a “diferenças pessoais, diferenças musicais e diferenças empresariais”. John Lennon, o mais extrovertido, mais rebelde, mais amargo, dedicou cinco minutos e meio de seu LP Imagine, de 1971, a atacar violentamente seu ex-amigo e co-autor, com ele, de cerca de 180 canções, várias das quais unanimemente reconhecidas como das melhores da música popular em todo o século: “Uma cara bonita pode durar pode durar um ano ou dois, mas daqui a pouco vão ver o que você é capaz de fazer. O som que você faz é muzak aos meus ouvidos. Você deveria ter aprendido alguma coisa durante todos aqueles anos. Como você dorme à noite?” (Muzak é música tola, superficial, emasculada, repetitiva).
Suavidade – Paul McCartney respondeu a esse soco na cara a seu modo – suavemente. “Algumas pessoas conseguem dormir à noite achando que o amor é uma mentira. Algumas pessoas jamais compreendem”, disse ele, na canção Some People Never Know, do mesmo ano de 1971. Cinco anos mais tarde, ele voltaria ao assunto, em Silly Love Songs: “Você pensa que as pessoas já se cansaram de tolas canções de amor. Algumas pessoas querem encher o mundo com tolas canções de amor – e qual é o problema?”
Extremamente reveladora das diferentes complementares personalidades de cada um, a forma pela qual John Lennon e Paul McCartney se atacaram em suas músicas, depois do final de uma parceria e de um intenso e caloroso convívio, era a mesma nos contatos com a imprensa. Lennon jamais deixou de criticar abertamente as atitudes de Mccartney, seu casamento, a quantidade de filhos que teve (na verdade, apenas três); Paul, ao contrário, sempre foi discreto ao falar de John, preferindo repetir que tentou todo o possível para impedir o fim da parceria e dos próprios Beatles.
Assim, não é de se estranhar a intensa e imediata repercussão que teve a publicação, no último número da revista mensal inglesa Woman, lançado semana passada, de uma entrevista em que McCartney chama Lennon de “porco intrigante”. “Ele era capaz de ser um porco intrigante, o que nunca ninguém compreendeu. Desde a sua morte ele se transformou num Martin Luther Lennon”, acrescentou, numa referência a Martin Luther King, o pastor que lutou pelo fim da segregação racial nos Estados Unidos e foi – como o próprio Lennon – assassinado. “Mas isso não tem nada a ver com o que ele era realmente. John sempre foi mostrado como o bom moço dos Beatles, e eu o bastardo que destruiu o conjunto. Não era verdade. Ninguém nunca percebeu o hipócrita que Lennon era. Ninguém nunca falou das vezes em que ele me magoou. Por várias vezes ele disse que minhas músicas eram horríveis. In My Life foi escrita por mim, mas ele dizia ser dele. Durante dez anos ele escondeu minhas canções. John estava sempre pensando que eu o trapaceava ou estava sendo desonesto. Dei-lhe tudo e não obtive nada em troca.”

FORA DO CONTEXTO – De Nova York, onde mora, a viúva de John, Yoko, disse estar “profundamente chocada”, e pediu mais tempo para analisar a entrevista de Paul antes de fazer maiores comentários. Em Londres, um dos agentes de Paul apressou-se a procurar os jornalistas para esclarecer que todas as declarações publicadas foram feitas quatro anos atrás, e estão “fora do contexto”. De fato, Paul disse tudo isso em 1981 a Hunter Davies, o autor ainda na década de 60, da única biografia autorizada dos Beatles; Davies, o entrevistou por telefone recolhendo material para uma nova edição da biografia, revista atualizada, a ser lançada no mês que vêm. O porta-voz transmitiu a seguinte declaração de Paul: “Quero deixar claro que John Lennon não era nenhum santo, mas que eu, como milhões de pessoas, gostava profundamente dele”.
Nem era necessário dizer. Ao longo de todo o tempo, eles sempre exibiam publicamente – cada um a seu modo – suas diferenças, sua admiração e, em especial, a dor pela separação. Em Here Today, a música que compôs em 1982 para o amigo morto – depois, portanto, das declarações divulgadas agora – Paul, o reservado: “E agora não prendo mais lágrimas – eu amo você”.

A AGUARDADA ESTRÉIA DE THOR - O FILME

O Poderoso Thor, o Deus do Trovão, é um herói da Marvel Comics inspirado na divindade de mesmo nome da mitologia nórdica. O personagem foi criado por Stan Lee, Larry Lieber e Jack Kirby em 1962. O aguardado filme "Thor" dirigido por Kenneth Branagh estreia hoje, antes do filme dos Vingadores. Sinopse: A aventura épica se estende da Terra nos dias de hoje ao reino de Asgard. No centro da história está o Poderoso Thor, um arrogante guerreiro cujas ações intempestivas despertam uma guerra antiga. Como castigo, Thor é enviado à Terra e forçado a viver entre os mortais. Uma vez aqui, ele aprende o que significa ser um verdadeiro herói, depois que o vilão mais poderoso de seu mundo envia as forças negras de Asgard para invadir a Terra."Thor" tem roteiro de Mark Protosevich, Ashley Miller, Zack Stentz e Don Payne. O elenco conta com Natalie Portman (Jane Foster), Chris Hemsworth (Thor), Anthony Hopkins (Odin), Ray Stevenson (Volstagg), Kat Dennings (Darcy), Stellan Skarsgård (Dr. Selvig), Idris Elba (Heimdall), Tom Hiddleston (Loki), Rene Russo (Frigga), Jaimie Alexander (Sif), Colm Feore (Laufey), Clark Gregg (Agente Phil Coulson), Tadanobu Asano (Hogun), Jeremy Renner (Clint Barton/Gavião Arqueiro). "Thor" estreia no Brasil hoje, uma semana antes dos EUA. Após os créditos finais de Thor, é exibida uma cena de "Os Vingadores", que deve estrear em maio de 2012. Outros filmes baseados em quadrinhos são aguardados em 2011: Lanterna Verde (junho), Capitão América - O Primeiro Vingador (julho) e X-Men - Primeira Classe (agosto).Link para a postagem sobre o filme:

A CONSPIRAÇÃO DA MORTE DE LADY DIANA

Nesses tempos em que só se fala no casamento real do William e Kate, que tal revermos a postagem sobre a conspiração da morte da mãe dele? O link é: http://obaudoedu.blogspot.com/2010/08/conspiracao-da-morte-de-lady-diana.html

JOHN LENNON - O PALHAÇO DO ANO?

“Olá! Meu nome é Stela. Estou pesquisando sobre os Beatles na net e me deparei com o seu Blog e preciso de um enorme favor: você, como Beatlemaníaco, deve saber onde foi publicado o ’premio’ que Lennon recebeu de Palhaço do Ano. Em qual revista?” Muito obrigada. =)

Pelo que pude lembrar, e de acordo com alguns livros que olhei, não houve, de fato, um "Prêmio Palhaço-do-Ano”. No dia 31 de dezembro de 1969, a BBC-TV exibiu o especial “O Homem da Década”, dedicado a John Lennon. A revista Rolling Stone proclamou John como a personalidade de 1969 (The Man of the Year -1969). Muitos críticos e jornalistas, contrários ao fim dos Beatles, ao lado político adotado por Lennon, sua luta utópica pela paz, e à própria Yoko Ono, espalharam que na verdade, deveria receber o título de "Palhaço do Ano". No que Lennon prontamente respondeu: "Parte da minha política e da Yoko é não sermos levados à sério. Somos humoristas. Todas as pessoas sérias, como Kennedy, Luther King e Gandhi, foram assassinados. Queremos ser os palhaços do mundo. Fico orgulhoso em ser ‘O Palhaço do Ano’ num mundo em que gente séria está se matando e destruindo em guerras como a do Vietnam". Espero ter ajudado. Abração! Se estiver enganado e alguém puder complementar com mais informações, todos agradecem!

JOHN LENNON - A ASSUSTADORA "COLD TURKEY"

Junto com Yoko Ono, John Lennon começou sua carreira solo mesmo ainda “sendo” parte dos Beatles, sem sucesso algum. Lançou o primeiro álbum, “Two Virgins”, em novembro de 1968. Era um álbum experimental que trazia gravações caseiras. A capa causou muita polêmica, pois os dois apareciam nus. Um mês antes do lançamento, foram presos por porte de drogas.
Após o casamento em Gibraltar, em março de 1969, realizaram o primeiro "Bed-in for Peace" no hotel Hilton em Amsterdam, nos Países Baixos. "Bed-ins" era conferências de imprensa em favor da paz, realizados em uma cama de hotel. O movimento não foi bem aceito pela imprensa e eles acabaram sendo ridicularizados por ela. Em maio do mesmo ano, lançaram o segundo álbum Life With The Lions e realizaram o segundo "bed-in", em um hotel da cidade de Montreal, Canadá, onde gravaram a canção "Give Peace a Chance" que se tornaria posteriormente em hino a favor da paz.
Ainda em 69, lançaram o compacto com a canção "Give Peace a Chance". Em outubro, foi a vez do compacto com a canção "Cold Turkey". Composta nesse período, a música reflete bem o momento que Lennon vivia. A referência direta da canção, até porque é difícil fugir dessa ligação óbvia, é o vício da heroína que o casal curtia naqueles tempos. "Cold Turkey", na gíria dos junkies, é a chamada crise de abstinência. Contudo, pode-se fazer uma análise mais profunda dos porquês dessa letra. Lennon chegou até a oferecê-la para os Beatles, mas ninguém teve interesse. Não queriam fazer mais um “single” naquele momento – muito menos uma canção que não era nada dos Beatles. Era somente um John Lennon cru, nu, que não queria e nem tinha mais interesse algum em interpretar composições que não fossem próprias. John Lennon mudou! Não era mais o beatle. Odiava os Beatles, como instituição. Estava realmente saturado e deslumbrado com as perspectivas de começar um trabalho autoral ao lado da mulher.
"Cold Turkey" é uma das mais estranha e violentas canções de John Lennon. Os gritos de horror no final não deixam dúvidas. Algo estava muito errado com o velho John, que conseguiu terminar a música a tempo de encaixá-la no show de Toronto, e a faixa saiu no disco ao vivo (tem aqui no Baú!) gravado durante a apresentação. Além do compacto, a faixa também aparece no “Shaved Fish” e também no álbum ao “Live in New York City”. A primeira estrofe da letra diz:
“A temperatura está subindo,
A febre é alta.
Não posso ver o futuro,
Não posso ver o céu.
Meus pés estão tão pesados.
Minha cabeça também.
Queria ser um bebê.
Queria estar morto”.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

THE BEATLES - SONHOS DE UMA NOITE DE VERÃO

William Shakespeare nasceu em 26 de Abril de 1564 e morreu em 23 de Abril de 1616. Foi poeta e dramaturgo inglês, tido como o maior escritor do idioma inglês e o mais influente dramaturgo do mundo. De suas obras restaram até os dias de hoje 38 peças, 154 sonetos, dois longos poemas narrativos, e diversos outros poemas. Suas peças foram traduzidas para os principais idiomas do globo, e são encenadas mais do que as de qualquer outro dramaturgo.
Muitos de seus textos e temas, especialmente os do teatro, permaneceram vivos até aos nossos dias, sendo revisitados com freqüência pelo teatro, televisão, cinema e literatura. Entre suas obras mais conhecidas estão Romeu e Julieta, que se tornou a história de amor por excelência, e Hamlet, que possui uma das frases mais conhecidas da língua inglesa: To be or not to be: that's the question (Ser ou não ser, eis a questão).
Em homenagem ao aniversário de 400 de Shakespeare, os Beatles gravaram a cena de "A Midsummer Night's Dream", para um especial de TV chamado "Around the Beatles". Exibido originalmente em 28 de abril de 1964, o esquete foi apresentado ao vivo com Paul e John, como os amantes do malfadado Píramo e Tisbe, respectivamente, com Ringo como o Leão e George como a Lua.

ACROSS THE UNIVERSE - O FILME - 2007


Across the Universe é uma produção norte-americana de 2007 dirigida por Julie Taymor. O filme retrata os anos 60, com suas lutas, guerras e paixões, ambientando toda uma época através das músicas dos Beatles. O elenco tem jovens talentos que interpretam e cantam, como o do inglês Jim Sturgess, a americana Evan Rachel Wood e o também inglês Joe AndersonAcross the Universe também conta com algumas participações especiais de Bono Vox do U2, Joe Cocker e Salma Hayek.
Across the Universe é totalmente diferente do que nos acostumamos a ver nas telonas. É um musical ousado e quase que transcendental, seja o que for que isso signifique. As falhas do roteiro são claras, muitos personagens surgem e simplesmente desaparecem e temas em excesso são tratados com superficialidade, até porque a produção do filme, que visava retratar na telona os anos de 63 a 69, teve de se contentar em reduzir sua abrangência para apenas dois anos, não mencionados na fita. Apesar de existentes, as falhas no roteiro são de certa forma desculpáveis. Ao propor desenvolver sua trama através das letras de músicas dos Beatles, a diretora sabia que estaria limitada ao que estivesse estabelecido nas canções que escolhesse. Mas mesmo diante de um roteiro “preso” a cineasta foi muito bem sucedida em seu objetivo, que irá agradar não só os fãs dos besouros de Liverpool, mas também todos aqueles fãs de um cinema original e arrojado.
Alguns podem dizer que é muito fácil fazer um musical de sucesso quando se enche o filme de canções da maior banda de todos os tempos. Mas se é fácil, por que ninguém jamais ousou? É claro que já tivemos filmes cuja trilha é só de músicas da banda (o exemplo mais recente é “Uma Lição de Amor”), mas jamais tivemos um em que as canções são parte da trama.

Após levar aos cinemas os traços de Frida Kahlo, no drama “Frida”, com Salma Hayek, a diretora Julie Taymor apresenta ao mundo mais uma cinebiografia. Mas Across the Universe não é uma biografia de uma pessoa ou dos Beatles, como alguns podem pensar. O filme é a biografia de uma geração norte-americana. Uma geração que durante os anos 60 conviveu com o crescimento do movimento Hippie, com os protestos por igualdade racial, liderados por Martin Luther King, e com a Guerra do Vietnã.
Across the Universe vai dos becos de Liverpool ao universo criativo e psicodélico de Greenwich Village, passando pelas ruas tomadas pelos protestos em Detroit e pelos campos do Vietnã. Jude (Jim Sturgess) é um jovem rapaz de Liverpool que viaja para os Estados Unidos para conhecer o pai. Lá conhece Max (Joe Anderson), um jovem rebelde que abandona a badalada Universidade de Princeton para viver no cenário de sexo, drogas e rock`n´roll de Nova York. Jude acompanha Max na mudança e em pouco tempo começa a namorar a irmã do rapaz, Lucy (Evan Rachel Wood, de “Aos Treze”). Na Grande Maçã, Jude, Lucy e Max dividem um apartamento com a roqueira Sadie (Dana Fuchs), o guitarrista JoJo (Martin Luther) e a lésbica Prudence (T.V. Carpio). Assim como o título do filme, os nomes de vários personagens são referências à canções dos Beatles, como: Lucy, Jude, Sadie, Mr. Kite, Dr. Robert, Prudence, JoJo, Rita. Um personagem chamado Sgt. Pepper estava presente no roteiro original, mas acabou fora do script final.
Pelos nomes dos personagens já deve saber que “Hey Jude”, “Lucy In The Sky With Diamonds” e “Dear Prudence” estão na trilha do filme, mas o mesmo também passeia por musicas menos badaladas do grupo como “Happiness Is A Warm Gun”, “Blue Jay Way”, “I Am The Walrus”, dentre outras. Com sequências musicais extraordinárias, com destaque para a de “I Want You”, em que os jovens americanos são recrutados e enviados à guerra em uma esteira (como numa linha de produção), e com excelentes participações de Bono Vox, da banda U2, Salma Hayek, Eddie Izzard e Joe CockerAcross the Universe merece ser conferido.

Across the Universe conta com centenas de referências à banda de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr. Para quem for muito fã do quarteto, é recomendável conferir o filme mais de uma vez para poder perceber todas as referências. Mesmo conferindo mais de uma vez, é possível que algumas citações passem despercebidas, sendo impressionante o trabalho de Julie Taymor que, além de encher seu filme de músicas dos Beatles (são 33 ao todo!), teve o trabalho minucioso de incluir referências à banda inclusive dentro de diálogos da produção.
No início do filme, um funcionário das docas de Liverpool diz à Jude que ele achava que estaria fazendo algo diferente quando fizesse 64 anos, uma referência à música de Paul McCartney "When I`m Sixty-Four". Em outro momento, quando Prudence entra de forma inusitada no tumultuado apartamento de Nova York, Jude fala “ela entrou pela janela do banheiro” (“she came in through the bathroom window”), referência à canção homônima do grupo.

Outra interessante referência ocorre quando Sadie mostra o apartamento para Max e Jude. A cantora afirma que por mais que parecessem inofensivos eles podiam ter matado os avós com marteladas, uma alusão à música “Maxwell`s Silver Hammer”. Sadie e JoJo são referências claras à Janis Joplin e Jimi Hendrix, mas também são citações aos besouros. Sadie é uma referência à "Sexy Sadie" do badalado White Album, enquanto JoJo é uma menção ao primeiro verso de “Get Back” (“JoJo was a man who thought he was a loner/But he knew it wouldn`t last”).

Across the Universe, que teve sua produção apoiada por Paul McCartney e Yoko Ono, conta com muitas outras menções aos Beatles. Temos a maçã verde, inteira e cortada ao meio – símbolos da gravadora do grupo a Apple Records; temos Jude e Lucy imitando debaixo d`água a famosa foto de Annie Leibovitz com Lennon e Yoko abraçados na capa da revista Rolling Stone; e temos ainda uma performance musical da banda de Sadie em cima do prédio da Apple Records (no filme chamada de Strawberry Records) em NY igual a realizada pelos Beatles em 1969.

RINGO STARR EM DOSE DUPLA - VERTICAL MAN E RINGO RAMA

Em 1992 Ringo Starr voltava ao disco, após quase dez anos, depois do álbum “Times Takes Time”, um disco básico, mas que foi muito bem recebido pela crítica. Seis anos depois, Ringo conseguiu se superar lançando “Vertical Man”, seu 11º álbum de estúdio, um trabalho que até hoje é muito bem lembrado por seus fãs, e que, além disso, possui grande importância em sua carreira solo, por ser responsável por impulsionar Ringo para uma sequência de bons lançamentos, sejam de discos ao vivo ou de estúdio, fazendo com que a década seguinte fosse de muito trabalho, shows e lançamentos de discos com boa regularidade. A importância de “Vertical Man” para a sua carreira vai além disso, pois nesse disco Ringo inicia a parceria com o produtor Mark Hudson e sua banda, “The Roundheads”, que durou anos, até se desentenderem em 2008, durante a gravação do disco “Liverpool 8”, onde o próprio produtor também ajudou Ringo em algumas composições e nas apresentações realizadas pelo baterista para a divulgação do disco. Ringo recuperou a idéia de trazer convidados especiais para tocar em seus discos - como fez em toda sua carreira, só que nesse disco essas participações foram ainda mais marcantes, contando com um estrelar elenco formado por Paul McCartney, George Harrison, Steven Tyler, Ozzy Osbourne, Alanis Morrisete, Brian Wilson, Tom Petty, Joe Walsh, Scott Weiland, além de outros.
Todas as músicas são muito bem elaboradas, utilizando todos os recursos de seu novo amigo e produtor Mark Hudson, o que torna o álbum cheio de efeitos e belas criações que deixam as faixas mais encorpadas. Entre os muitos destaques, estão a faixa título “Vertical Man”, que traz bela participação de Ozzy Osbourne nos vocais, uma canção de letra e melodia tensas e “La de da”, single do disco, que ganhou inclusive um vídeo clipe bacana e que tem tudo a ver com Ringo Starr, é daquelas canções festeiras, positivistas, de refrão tão fácil que a tarefa de não sair cantando-a torna-se impossível. Já a canção “What in The...World”, que tem a participação de Paul McCartney no baixo e nos backing vocals, é também outro dos destaques do disco. Assim com a nova versão de “Love Me Do”, dos Beatles, que ganha aqui uma roupagem a lá Ringo Starr (sem George Martin!) e uma bela gaita tocada por Steven Tyler do Aerosmith. E já que estamos falando em Beatles, a balada “King of Broken Hearts”, ganha o reforço de uma slide-guitar de ninguém menos que George Harrison em sua bela melodia.
Um dos momentos mais interessantes do álbum é a regravação de “Drift Away”, canção já gravada dezenas de vezes por inúmeros artistas, e que aqui ganha vocais solos de Alanis Morissete e Tom Petty. Existe uma versão alternativa com o vocal solo também de Steven Tyler do Aerosmith, que acabou sendo limado da versão final.

Ringo Rama é o sucessor do excelente "Vertical Man" (não levando em consideração o disco natalino), e é tão grandioso quanto. Muito críticos o consideram como o melhor álbum da carreira de Ringo. Exagero ou não, esse álbum consolida um time que já vem ganhando há muito tempo, e que já produziu com Ringo quatro discos.
Ringo passou por vários momentos distintos em sua carreira musical (também trabalhou um bom tempo como ator de cinema), no início de sua carreira solo, após o fim dos Beatles, lançou um álbum de Standarts e outro de Blues, para só então voltar ao Rock'n'Roll quando lançou o seu mais bem sucedido álbum entitulado "Ringo", de 1973 que conseguiu reunir os Beatles em participações distintas no mesmo disco. A partir daí, seus discos sempre foram recheados de muito Rock'n'Roll e participações especiais. A fase seguinte, mostra um Ringo mergulhando de cabeça em um estilo mais pop e dançante, que predominou no fim dos anos 70. Nos anos 80 Ringo lançou dois bons álbuns, e posteriormente montou a sua famosa "All Starr Band" que anualmente percorre vários países fazendo shows memoráveis e contando com figuras lendárias do Rock como Eric Carmen, Gary Brooker, Billy Preston, Peter Frampton, Roger Hodson, Colin Hay, entre outros tantos.
Nos anos 90, deu uma guinada em sua carreira, voltando a estar de frente na mídia com sua banda e com sua nova fase ainda mais voltada para o Rock'n'Roll. Se o "Vertical Man" já era um disco com um certo peso, "Ringo Rama" fecha ainda mais a banda e as músicas para o Rock. Isso já é percebido na primeira faixa, "Eyes to Eyes" que abre o disco escancarando tudo e mostrando que o time não está ali para brincadeira. "Misouri Loves Company" conta com uma melosa guitarra de David Gilmour (Pink Floyd) para fazer um Rock melódico ao extremo. "Instant Amnesia" chega humilhar com o particular show de Ringo Starr na bateria, casando com uma guitarra nervosa, além de destacar também a sua brilhante interpretação vocal. “Memphis in your mind” é outro rockão que fala sobre o rock propriamente dito, com direito à samplers com a voz “exumada” de Roy Orbinson. Depois disso o disco abre espaço para duas baladas em homenagem aos dois outros Beatles falecidos. Na primeira música, "Never Without You", Ringo fala sobre seu amigo recém falecido George Harrison, utilizando uma bonita melodia com direito a participação do grande amigo de Harrison, Eric Clapton. Esta música aliás tocou bastante lá fora na época do lançamento, o que levou Ringo à inúmeros programas de Tv.
Na segunda música, também com participação de Eric Clapton, "Imagine me there", Ringo faz uma homenagem igualmente bacana à John Lennon, utilizando-se de uma letra surpreendentemente linda, mostrando enfim o quanto o baterista evoluiu como compositor. Antes que eu me esqueça de falar, Ringo Rama é um disco completamente autoral, possuindo quatorze músicas escritas pelo próprio Ringo, em parceria com o pessoal da banda. I Think Therefore I Rock And Roll retoma o clima pesado do disco trazendo novamente a guitarra de David Gilmour em um rock frenético e dançante. “Tripping On My Own Tears” lembra a fase do início dos anos 80 de Ringo, é um rock super festivo de refrão pegajoso e impregnante. "Write On For Me" traz a participação do rei do Country Willy Nelson, e resgata o flerte de Ringo com o estilo em um misto de Blues e Country. A seguir o disco traz as baladas "What Loves wants to be", destaque para a bela letra e "Love First and Question Later" com direito a melotron e fortes características sessentistas. A balada “English Garden”, já era de se esperar, visto que Ringo sempre grava uma música em homenagem à sua esposa. “Elizabeth Reigns” é em homenagem ao jubileu da Rainha da Inglaterra, mas feita em alto estilo com super produção da equipe com direito a orquestra e tudo. No fim o disco traz uma surpresa, “I Really Love Her”, uma música curiosa na carreira de Ringo que pela primeira vez toca todos os instrumentos. Bacana!
O disco original, foi lançado com um DVD bônus contendo um imperdível "making of" da gravação do CD, incluindo comentários do próprio Ringo, dos músicos e dos produtores do disco, além das imagens das sessões. No Brasil, o disco foi lançado simples, sem o DVD bônus. Recentemente saiu nos EUA e Inglaterra, uma versão do mesmo álbum contendo dois DVDs e um cd com três músicas a mais. Esse fica para depois. Abração! Especial para a amiga Danielle Starkey!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

JOHN LENNON - WONSAPONATIME

DOWNLOAD NOW!

No dia 2 de novembro de 1998, foi lançada nos EUA a caixa “John Lennon - Anthology”, com 4 CDs com raridades mais um livreto. A Capitol também lança um CD simples com um resumo do material chamado “Wonsaponatime”. A aguardada caixa com o melhor dos arquivos de Yoko Ono, Anthology traz momentos memoráveis e não-oficiais da carreira de Lennon, como paródias, participações especiais em programas de TV, shows antológicos (como a apresentação sem bateria no lendário teatro Apollo), sua versão para Be My Baby (orquestrada pelo próprio Phil Spector), além de versões alternativas, caseiras, diferentes, inesperadas e os conflitos no estúdio envolvendo Lennon.
Para quem não é fã, as faixas são como uma biografia não-autorizada, como se pudéssemos ver a história de Lennon através das canções. Para quem é, download now!

SUGAR & SPICE - THE CRYAN' SHAMES

The Cryan' Shames foi um grupo de rock de garagem americano de Hinsdale, Illinois. Originalmente formado como "The Travelers", por Tom Doody ("Toad"), Gerry Stone ("Stonehenge"), Dave Purple ("Grape") do Prowlers, Denny Conroy e Jim Fairs dos "Hoosters", Jim Pilster ("JC Hooke ") e Bill Hughes. Mudaram seu nome para The Cryan' Shames em 1966. Depois de assinar com Bob Monaco, gerente de promoção da Destination Music, seu primeiro hit single foi "If I Needed Someone", dos Beatles que não foi lançado nos EUA (mas incluído no seu álbum de estréia). Foi logo seguido por "Sugar & Spice", uma canção de Tony Hatch, que foi um hit em 1963 com o grupo de Inglês The Searchers. A versão dos Shames alcançou a posição # 49 nos EUA. Assinaram com a Columbia em 1966 e, embora eles nunca tenham se tornado um sucesso nacional, seus singles e álbuns continuaram a vender bem na área de Chicago. O grupo se separou em dezembro de 1969, mas vive se reunindo novamente para revivals. Jim "JC Hooke" Pilster e Tom Doody (Toad) são os únicos membros originais restantes na formação atual. Dois membros do Shames já morreram: o baixista Dave Purple, e seu substituto Isaac Guillory.
The Cryan' Shames - Sugar & Spice - DOWNLOAD NOW!http://www.4shared.com/file/KLHzOwRH/Sugar__Spice_obaudoedublogspot.html