sexta-feira, 31 de outubro de 2014

RINGO STARR & HARRY NILSON - THE SON OF DRACULA


“Son Of Dracula - filho de Drácula é um raríssimo e bizarro filme realizado pela Apple Films que Ringo fez com o cantor Harry Nilsson em 1973 e que emplacou os temas “Without You” – a belíssima e emocionante balada gravada originalmente pela superbanda Badfinger, e composta por Pete Ham e Tom Evans) - e “Daybreak” nas rádios do mundo inteiro. Ambas na voz de Harry Nilsson.
Por volta de 1974, a Swingin’ London bafejava o vapor decadente dos tempos em que floresceram o psicodelismo e a força de uma cena musical prolífica, de múltiplas possibilidades criativas. O ex-Beatle Ringo Starr partilhava com o parceiro George Harrison a predileção pela sétima arte, cada qual a seu modo não se negando a financiar extravagâncias como este insólito Son of Dracula sob a chancela da Apple Corps.

Ousados, Starr e o diretor Freddie Francis conceberam uma miscelânea de chavões pertencentes ao cinema de terror emoldurados por uma trilha sonora rocker de contornos Glitter, como bem ilustram as atrações convidadas que vão do protagonista Harry Nilsson aos mitológicos “drummers” Keith Moon (The Who) e John Bonham (Led Zeppelin). Tudo isso para contar a tortuosa história do filho de Drácula que logo na primeira sequência deixa o mundo dos mortos com uma estaca cravada no peito. De índole pacífica, ignorando o incidente, o Conde Downe (Nilsson) acorda 100 anos mais tarde, pronto para uma coroação que lhe outorgará o título de Senhor do Mundo dos Mortos numa convenção secreta. Ressurgem na história o Mago Merlin (Ringo), o Dr. Van Helsing e mais uma troupe de monstrengos bizarros, conduzindo a trama para um desfecho improvável.

Em que pese o arsenal de elementos alegóricos enxertados a pretexto da execução de números musicais à esmo, Son of Dracula tem seus momentos divertidos, como se a intenção de Francis fosse a valorização da sátira pela sátira, o desprezo à linha dogmática dos clássicos da Cultura Erudita. Nesse contexto, o personagem da “femme fatale” Amber – uma beldade inspirada nos traços da Sharon Tate de A Dança dos Vampiros – se encarrega de humanizar o Conde aprisionado, vítima do dilema de uma existência amaldiçoada. A banda principal da fita, formada por superstars como Leon Russell, Peter Frampton e até o obrigatório saxofonista dos Stones, Bob Keyes, é uma atração à parte, enriquecendo o score e providenciando o toque de deboche natural da época, embora os recursos cênicos em si, sejam o que de mais primário se possa conceber em termos de Cinema Underground. Como fio condutor da trama, o vampiro de Nilsson parece à vontade quando surgem os inevitáveis confrontos com o Barão Frankenstein, mérito de uma direção de atores (?) segura, onde nem a canastrice de Ringo Starr consegue estragar a festa. Antes mesmo do lançamento oficial, Son of Dracula foi execrado pela crítica, transformando-se, com o tempo, numa raríssima “peça de museu”. Em óbvia citação ao que a Inglaterra atravessava à época da produção, pode-se ouvir Charriot Choogle, do T-Rex, na sequência em que o Conde Downe crava os dentes numa virgem. Son Of Dracula, estreiou na Inglaterra em 19 de abril de 1974. Para aqueles que se interessarem, aí embaixo tem o filme todinho - sem legendas em português. Abração!

CROSSROADS - A ENCRUZILHADA

Crossroads (no Brasil, Encruzilhada; em Portugal: A Encruzilhada) é um longa-metragem de 1986 estrelado por Ralph Macchio, Joe Seneca, Jami Gertz; dirigido por Walter Hill; com música de Ry Cooder e participação do guitarrista Steve Vai. É, ao mesmo tempo, um sucesso de público e crítica que, com os anos ganhou status de “cult”. O filme conta a história de um jovem e talentoso estudante de música clássica, Eugene Martone (interpretado por Ralph Macchio), que é aficcionado por blues. Mesmo reprimido pelo seu professor, um purista, o jovem não se intimida e descobre que Robert Johnson, lendário violonista de blues, tinha um contrato para gravar 30 músicas, tendo, contudo, gravado somente 29 até sua morte. Com a intenção de gravar a música perdida e iniciar sua carreira com chave de ouro, ele ajuda na fuga de Willie Brown (Joe Seneca), um antigo gaitista de blues e amigo íntimo de Robert Johnson, de um asilo-prisão. Assim começa a busca de ambos pela "Encruzilhada", local onde Johnson e Brown teriam vendido suas almas ao Diabo para se tornarem famosos cantores de blues. O desfecho do filme se dá com um glorioso duelo de guitarras entre o jovem estudante de música clássica e o guitarrista do Diabo, Jack Butler (ninguém menos do que o guitarrista Steve Vai). Durante o filme, a maior parte das dedilhadas de Ralph Macchio foram dubladas pelo guitarrista Ry Cooder.

THE ROLLING STONES - SYMPATHY FOR THE DEVIL


Depois do álbum "Their Satanic Majesties Request", que muitos consideraram um passo em falso no lado psicodélico da banda, os ROLLING STONES decidiram voltar ao básico, em parceria com um novo produtor - Jimmy Miller - mais conhecido na época por ter trabalhado no álbum "Mr. Fantasy" do TRAFFIC. Entre o novo lote de canções de Mick Jagger e Keith Richards, uma delas que poderia ou não ter sido inspirada pelos escritos do poeta francês Charles Pierre Baudelaire, mas que definitivamente foi cantada sob o ponto de vista de Satanás.

Gravada inicialmente no estúdio Olympic Sound em Londres em 4, 5, 8 e 10 de junho de 1968 e com os famosos "woo woo" sendo adicionados mais tarde em Los Angeles, "Sympathy for the Devil" se caracteriza com Jagger fazendo o papel de Príncipe das Trevas cantando sua trajetória através da história da humanidade e suas reações a eventos como a crucificação de Jesus Cristo, a revolução russa e a segunda guerra mundial, envolvendo detalhes do presente. Por exemplo, quando Robert Kennedy foi assassinado em 6 de junho de 1968, Mick Jagger alterou a letra original de "eu gritei: quem matou Kennedy?" para "eu gritei bem alto: quem matou os Kennedys?".

Embora Jagger hesite em associar a obra de Baudelaire como inspiração específica para "Sympathy for the Devil", em uma entrevista para a Rolling Stone em 1995 ele admitiu: "às vezes, quando olho para meus livros de Baudelaire, não consigo visualizá-la lá, mas foi uma ideia que tive do escritor francês". O frontman nunca negou que o guitarrista Keith Richards não tinha muito a ver com a música, sugerindo que eles poderiam tentar em outro ritmo. Em 2003, o baterista Charlie Watts reconheceu seu não envolvimento na criação da canção. A primeira vez que ele ouviu a música, foi quando Jagger a tocou para ele completamente. "Tivemos que tocar de várias maneiras diferentes. No final, toquei uma espécie de Jazz Latino ao estilo Kenny Clarke em 'A Night in Tunisia'. Um estilo parecido, não o mesmo", disse Watts.

Vindo em seguida a um disco chamado "Their Satanic Majesties Request", não foi surpresa que uma música chamada "Sympathy for the Devil" resultasse nos ROLLING STONES sofrendo acusações de adoração ao diabo, mas, dado que eles conseguiram se manter por mais de 45 anos desde o seu lançamento, é justo dizer que a controvérsia não gerou muitos danos a longo prazo. Desde o lançamento, a canção foi regravada por vários artistas diferentes, incluindo SANDIE SHAW, GUNS N'ROSES, BRYAN FERRY, BLOOD SWEAT & TEARS, NATALIE MERCHANT, JANE'S ADDICTION, entre outros. A maioria, porém, concorda que a versão original permanece intocável.

JOHN LENNON & O NUMERO 9

Postagem originalmente publicada em janeiro de 2011.
Os mais famosos "noves" da história pop/rock cabem a John Lennon, que nasceu dia 9 de Outubro. O seu filho Sean também. Nos discos, usou o nove três vezes no título de canções. Brian Epstein, que seria o manager dos Beatles, viu-os pela primeira vez ao vivo no Cavern, em Liverpool, em 9 de Novembro de 1961. E seria num outro dia 9, o de Maio de 1962, que o mesmo Brian Epstein asseguraria a assinatura do contrato da mítica banda com a EMI. Canções & Álbuns: “One After 909″, “Revolution No. 9″,“#9 Dream”. Esta música fazia parte do nono álbum solo de John Lennon, o qual foi lançado no nono mês de 1974. A canção ficou em nono lugar nas paradas de sucesso, e tem um verso que tem nove silabas, “Ah, bowakawa, pousse pousse” - intraduzível e que muitos acharam que eram envocação do coisa ruim. Seu álbum, Mind Games, tem nove letras. Outro álbum de Lennon tem 9 letras: esse disco foi seu tributo ao classic rock e era intitulado: Rock 'n' Roll. John nasceu às 6:30 p.m. 6 + 3 + 0 = 9. Quando foi baleado, em 8 de dezembro de 1980, já era 9 de dezembro em sua cidade natal, Liverpool, na Inglaterra. Liverpool tem nove letras. Nove palavras compõem a mais importante frase de uma das músicas de John. All we are saying, is give peace a chance. Tudo que dizemos é: dê uma chance à paz - 9 palavras em Português também. Os nomes combinados de John Ono Lennon e Yoko Ono Lennon contêm nove “Os”. O número do ônibus escolar da escola primária de John era 72. 7 + 2 = 9. Lennon morou em um apartamento de número 72 em Nova York. McCartney, seu melhor amigo durante a maior parte da sua vida, tem 9 letras. Quando Lennon foi baleado, caiu e morreu instântaneamente, era conhecida a ligação de Ono com numerologias, o I-Ching e o tarô. Só fechava negócios depois de consultar "os astros". Naquele dia, eles não mostraram a ela tudo o viveria desde então. O marido foi sacrificado diante de seus olhos miúdos na noite do dia 8 de dezembro de 1980. Isso tudo é uma tolice sem igual. Comparável apenas às idióticas teorias das conspirações.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

VIVER É FÁCIL COM OS OLHOS FECHADOS


Era 1966 e a ditadura de Francisco Franco ainda estava em voga na Espanha. Naquele ano, Antonio (Javier Cámara), um professor que ensina inglês aos seus alunos com músicas dos Beatles, viu pela TV que John Lennon iria a Almería, na Andaluzia, gravar um filme. Sem pensar muito, ele decide viajar até lá para conhecer o ídolo. Esse episódio, que de fato aconteceu, foi o mote para que o diretor David Trueba criasse Viver é Fácil com os Olhos Fechados (Vivir Es Fácil con los Ojos Cerrados, Espanha, 2013), filme vencedor de seis prêmios Goya, o Oscar espanhol, entre eles o de melhor filme, diretor, ator e trilha sonora. No ano que vem, o longa também pode concorrer ao Oscar de verdade, na categoria de melhor filme estrangeiro.

O maior desejo de Antonio é encontrar Lennon para pedir-lhe que os LPs dos Beatles tragam encartes com as letras das músicas. Ele mesmo, ao ouvir as canções, coloca as letras no papel, mas nem sempre consegue entender tudo. Com esse propósito, pega a estrada a caminho de Almería. O que seria apenas uma viagem para conhecer Lennon, no entanto, se torna a chance de bons encontros. Em uma parada em um posto de gasolina, Antonio conhece Belén (Natalia de Molina), uma jovem de 21 anos que diz estar a caminho da casa da mãe. Só bem mais adiante, saberemos o verdadeiro motivo de ela estar viajando. Um pouco mais tarde, o professor verá outro caroneiro na estrada. É Juanjo (Francesc Colomer), um adolescente de 16 anos com um penteado à la moptop dos Beatles, que saiu de casa porque seu pai, um militar, quer obrigá-lo a cortar o cabelo. Juntos, eles formam um grupo divertido, que se entrosa durante as horas que passarão juntos até Almería, destino final de Antonio e apenas escala para os outros dois -- Juanjo, na verdade, nem sabe bem para aonde está indo. Há um trecho engraçado da conversa do trio em que Antonio pergunta se os dois jovens gostam dos Beatles. Belén responde que sim e Juanjo diz que prefere Rolling Stones e Kinks, ao que Antonio para o carro num solavanco e o manda descer imediamente. Mas é apenas brincadeira dele.

Os três continuarão juntos por um tempo em Almería, Juanjo trabalhando no bar do lugarejo onde Antonio e Belén se hospederão, ela a convite do professor. É aí que se tornarão mais íntimos e será possível conhecê-los melhor. São, no fundo, três sonhadores. Para alguns críticos espanhóis, o roteiro exagerou no tom de ternura com que retrata uma história ocorrida durante o franquismo. Para outros, Trueba acertou ao focar em pessoas comuns que buscam seus sonhos em meio a um tempo difícil, já que as mudanças não aconteceriam sem os anônimos. O filme é realmente leve e às vezes soa ingênuo demais, mas é uma história boa de se ver, embalada por um clima de esperança juvenil. Os três atores também estão muito bem no longa. Natalia de Molina ganhou o Goya de atriz revelação por essa atuação. Francesc Colomer não fica atrás. Javier Cámara (Os Amantes Passageiros), de Pedro Almodóvar está excelente, como de costume. As imagens, as cores e a produção bem feitas criaram uma atmosfera real dos anos 1960. Lennon, quando esteve em Alméria em 1966, filmou a comédia Como Eu Ganhei a Guerra. A estadia o teria inspirado a compor Strawberry Fields Forever, música que diz "Living is easy with eyes closed", ou seja, Viver É Fácil com os Olhos Fechados, ótimo título para um longa que fala de sonhos em tempos difíceis.


ELVIS ENCONTRADO... VIVO! HA HA HA!


O mundo do entretenimento é realmente algo fantástico. Para quem é louco por teorias das conspirações, no melhor estilo “Elvis não morreu!”, esse DVD é um prato cheio! O texto da contracapa diz: “A lenda continua, desta vez través de um documentário paródia que afirma e “prova” que o rei Elvis Presley está vivo e tentando retomar a sua carreira de cantor”. Com duração de duas horas, o longa apresenta documentos aparentemente reais, vindos do F.B.I. e solicitados pelo diretor do filme, Joel Gilbert, sobre o lendário Elvis Presley. Os documentos apontam para um endereço de um agente federal chamado “Jon Burrows”. É ai que começa toda a história. Segundo o diretor, Jon Burrows é nada mais, nada menos que o próprio Elvis! Jon, suposto Elvis Presley, explica que a turbulência do final dos anos 60 o teria levado a pedir que o Presidente Nixon fizesse dele um agente federal. “Se eu pudesse ajudar a salvar a América, talvez tenha sido esse meu verdadeiro destino que Deus havia preparado”. No filme, feito em 2012, Elvis relata sobre sua luta com o ativista Bill Ayers, co-fundador do Weather Underground, grupo revolucionário comunista ativo nos anos 60 e 70 e que o teria levado a uma morte forjada para a fuga. O que se seguiu foi uma longa luta para voltar à sua carreira de cantor, da qual ele estaria sendo impedido pelo governo Obama. Junto com o DVD, saiu também um CD trilha sonora com 15 músicas, muitas que jamais existiram na discografia oficial do rei. O problema é que quem canta essas músicas estudou nos mehores colégios "Cante Como Elvis". Dizem que o cantor é um cara chamado James Brown (?) de Belfast. Que é um trabalho incrível, é!

Ai, ai. Tudo isso poderia até ser engraçado se não fosse trágico. Esse mesmo cara, Joel Gilbert, também é autor de outro documentário famoso: “Paul McCartney Really Is Dead: The Last Testament de George Harrison” – que já apareceu aqui no Baú. Um absurdo sem igual.

Seja como for, cada um tire suas conclusões. Na internet é possível baixar ambos os dois sem legendas em português. E é assim que é desde que o mundo é mundo. Existem os espertos e os tolos. E é natural do ser humano viver acreditando em lendas, afinal, Elvis não morreu. Paul McCartney, sim! Confira aqui o trailer de “ELVIS FOUND ALIVE”, do diretor Joel Gilbert:

PAUL McCARTNEY MANDA MENSAGEM PARA OS FÃS DE BRASÍLIA


O ex-beatle Paul McCartney gravou um vídeo convidando o público de Brasilia a ir ao show dele no Estádio Mané Garrincha, no próximo dia 23 de novembro. Bem-humorado, o músico declara que quer “fazer uma festa” na capital federal. “Oi, oi, todo mundo! É Paul McCartney aqui. E ouça: Estou indo para Brasilia pela primeira vez. Nunca estive aí antes. É meu primeiro show em Brasília. Será dia 23 de novembro. Quero ver você lá. Vamos nessa! Vamos fazer uma festa em Brasília. Brasília, 23 de novembro. Brasil, ok?", diz no vídeo. O show faz parte da turnê "Out There!" e tem início previsto para as 20h. A venda de ingressos começou no dia 23.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

MORRE JACK BRUCE AOS 71 ANOS

Foi publicado no último dia 25, na página oficial do antigo vocalista e baixista da banda CREAM, JACK BRUCE a seguinte nota: "É com grande tristeza que nós, a família de Jack, comunicamos o falecimento do nosso amado marido, pai, avô, e grande lenda. O mundo da música será um lugar mais pobre sem ele, mas ele vive em sua música e para sempre em nossos corações." Jack Bruce começou sua carreira no começo dos anos 60 na banda Graham Bond, tocou com nomes importantes como John Mayall e Frank Zappa, mas sua maior participação no mundo da música foi através da banda Cream, formada por Bruce no baixo e vocal, Eric Clapton na guitarra e vocais e Ginger Baker na bateria. O trio revolucionou o rock pesado que estava se criando na segunda metade dos anos 60 e criou as bases para o hard rock e o heavy metal. Bruce estava com 71 anos. Em 2003 foi diagnosticado com câncer no fígado e em setembro do mesmo ano passou por um transplante quase fatal, depois de seu organismo rejeitar o novo órgão.

PAUL McCARTNEY GRAVA VÍDEO PARA OS CARIOCAS

Paul McCartney se apresenta na HSBC Arena no próximo dia 12 e não quer saber de casa vazia. Para chamar a atenção dos fãs locais, o ex-beatle gravou um vídeo convocando os cariocas para o show. Faltou apenas falar em português, o que ele já fez por diversas vezes no Brasil."Ei, Rio, se liga. Paul McCartney aqui. Como vocês vão?", se apresenta ele, antes de divulgar data e local. "Vai ser minha apresentação mais intimista no Brasil. Cheguem mais, vamos fazer uma fiesta! Venham", ele brinca, dançando e gesticulando. Este será o primeiro show de McCartney, 72 anos, em uma arena no Brasil. Com "apenas" 14 mil espectadores, a apresentação faz parte da turnê "Out there!", que passa ainda por Vitória, Brasília e São Paulo.

 

PAUL McCARTNEY - HONEY HUSH - HI HO SILVER AWAY-HEY!

"Honey Hush" (Querida, Silêncio) foi escrita por Big Joe Turner, embora parte dos créditos sejam atribuídos à sua esposa, Lou Willie Turner. Foi gravada em maio de 1953 em New Orleans, Louisiana e lançado em agosto daquele ano pela Atlantic Records . Foi número um na parada de Rhythm and Blues durante oito semanas, e número 23 na parada pop. Foi regravada por inúmeros roqueiros: Jerry Lee Lewis, Screaming Lord Sutch, Foghat, John Lennon, Coco Montoya, Fleetwood Mac, George Jones, Elvis Costello e pelo maior de todos, Sir Paul McCartney.

Quem gostou, assiste o show inteiro, na íntegra, somente aqui, no Baú do Edu!
http://obaudoedu.blogspot.com.br/2013/02/paul-mccartney-live-at-cavern-club-1999.html

THE BEATLES - TICKET TO RIDE - MY BABY DON'T CARE!


Usada em Help! Durante as cenas na neve austríaca, ela foi lançada como single em abril de 1965 e já tinha chegado ao topo das paradas na Inglaterra e nos EUA quando o filme saiu. Paul confessou ao seu biógrafo Barry Miles que, embora houvesse sido considerada absurda na época, a sugestão de alguns fãs americanos de que a canção se referia a uma passagem da British Railways para a cidade de Ryde, na ilha de Wight, estava parcialmente correta. Betty Robbins, prima de Paul, e o marido dela, Mike, gerenciavam o Bow Brás na Union Street, Ryde, e Paul e John os tinham visitado lá. Apesar de a música ser essencialmente sobre uma garota que some da vida do narrador, eles estavam conscientes do potencial do duplo sentido.
Don Short, jornalista que tinha viajado extensivamente com os Beatles no início dos anos 60, ouviu de John que a expresso tinha mais um sentido. “As garotas que trabalhavam nas ruas de Hamburgo precisavam ter uma ficha médica limpa para que as autoridades de saúde dessem a elas um cartão declarando que não tinham nenhuma doença venérea”, conta Short. “Eu estava com os Beatles quando eles voltaram a Hamburgo em junho de 1966. Foi lá que John me contou que havia cunhado a expressão ‘a ticket to ride’ para falar desses cartões. Ele podia estar brincando – era sempre preciso ter cuidado com o que John dizia.”

"Ticket To Ride" foi escrita por John e Paul como um single e descrita por John como "uma das primeiras gravações de heavy metal já feitas". Embora suas asas tenham sido cortadas por “You Really Got Me” dos Kinks na disputa, foi a primeira faixa dos Beatles a ter um riff insistente e alongado sustentado por uma forte bateria e a trazer um fade-out com uma melodia alterada.

Uma grande pena que todos os vídeos oficiais de "Help!" estejam bloqueados no YouTube. O mesmo vai acontecer com "A Hard Day's Night". 

O CLIC - MILO MANARA


Milo Manara é um quadrinhista italiano, conhecido mundialmente pela vertente erótica de sua obra. É ele o responsável pela série Clic, uma das mais conceituadas séries de quadrinhos eróticos mundiais. Manara nem sempre trabalhou com erotismo, sendo responsável até por alguns trabalhos de livros didáticos.

A grande marca de seu trabalho são as personagens femininas, todas retratas com corpos belos, rostos lindos e traços suaves.
Clic é sobre uma jovem, Claudia Christiani, que repudia homens e o sexo. Casada, ela não suporta os assédios do seu marido e dos amigos dele. O que Claudia não sabe é que existe um aparelho que pode mudar sua maneira de ser, transformando-a em ninfomaníaca.
Esse aparelho é desenvolvido pelo Dr. Fez, amigo de seu marido que, de forma nada educada, o instala em Claudia. A arte de Milo Manara é extremamente sensual, sem ser vulgar. Mas não se enganem, cenas de sexo, nudez e orgãos sexuais estão à mostra quase o tempo todo.

A série Clic é uma excelente forma de se entrar no universo dos quadrinhos eróticos. Suas histórias misturam excelente arte, belas mulheres e muita sensualidade. O roteiro das aventuras sexuais de Claudia, em alguns momentos, são um pouco fracos, tendo como ponto alto os volumes 1 e 2. A série é dividida em quatro volumes.
A criatividade também é um ponto forte, Manara sabe utilizar os cenários e o roteiro para contrapor aspectos morais de uma sociedade conservadora, com um mundo de luxúria sexual. Em Clic temos a descoberta de uma prazer reprimido, da sensualidade e da busca incessante pelo prazer. A série foi criada na primeira metade da década de 1980.
No todo, é o melhor trabalho de Manara, sendo uma ótima série de erotismo, que revitaliza e mostra todo o potencial do artista, e nos faz entender porque até hoje ele é referência nos mundo das Graphic Novels quando o assunto é belas mulheres.

THE EASYBEATS - FRIDAY ON MY MIND - SENSACIONAL!


Na cola do sucesso das bandas Beat européias, surgiram centenas de bandinhas em todos os cantos do planeta. Na Austrália (como no Brasil) a coisa não foi diferente. Algumas (poucas) realmente muito boas. The Easybeats era uma dessas muito boas. Foram diretamente influenciados pelos Beatles e outros grupos adjacentes da chamada invasão britânica. Rapidamente se tornaram uma das bandas mais populares de Sidney, ainda em início de carreira. No final de 1965 eles eram o grupo mais popular da Austrália, com vários hits tocando nas rádios (todos escritos por Stevie Wright e George Young) e seus shows eram marcados por intensa histeria das fãs.

Em 1966 os Easys foram para Londres e gravaram uma série de músicas no estúdio Abbey Road, já com um produtor freelancer, Shel Talmy (notado pelo seu trabalho com a banda The Who e The Kinks). Entre elas “Friday On My Mind” (G. Young e H. Vanda), que ficou em 1º lugar na Austrália, 6º lugar no Reino Unido, 16º nos EUA e entrou no Top das 10 mais tocadas na França, Holanda, Itália e Alemanha, chegando a vender mais de um milhão de cópias em todo o mundo.

A canção chegou a ser regravada em 1973 por David Bowie no seu álbum Pin Ups. Eles fizeram uma turnê pela Europa (com os Rolling Stones) e pelos EUA. Depois da “volta pra casa”, em 1967, o baterista Gordon Henry Fleet, deixa a banda e é substituido por Tony Cahil. Começa o declínio, que terminaria com o irremediável fim da banda em 68. "Friday" também foi regravada pelo grande Peter Frampton numa versão matadora no seu fantástico Breaking All The Rules, de 83. Uma curiosidade: George Young é irmão mais velho dos dois Youngs do AC/DC. Valeu! Abração!

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

SOBRE A CAPA DO DIA 27 DE OUTUBRO DE 2014

Ok. Vamos lá novamente! Ficaria mais bonito em inglês: "Here we Go Again", que John Lennon gravou e funciona como uma chamada contra o maldito sistema que não muda nunca, porque as pessoas têm medo (é melhor se acomodar no sofazinho onde dormem três). Essa capa do Baú do Edu que fiz ontem depois do resultado catastrófico da eleição, foi a única forma que encontrei de expressar, sem palavras, minha indignação pelo que aconteceu. Foi só a mais pura constatação de tudo que eu sempre soube: "Ê, povinho burro!". Burros, mentirosos, dissimulados, medrosos e covardes. Isso nunca vai mudar! Nossos netos não vão ver nada mudar! Sempre vai ser 52% X 48%, como se fosse um flamengo e Vasco (o vasquinho sempre vai perder!). Desde que imaginei O BAÚ DO EDU, sempre achei que, para sempre poderia ser imparcial, 'em cima do muro' e, nunca tocar nesse assunto de política. Mas não dá! Por causa dessa porra desse PT, estou desempregado há quase 1 ano, faltando 2 para me aposentar e nunca roubei um tostão, só discos. Fôdam-se! Sei bem que 52% das pessoas que virem isso não vão gostar. Não me interessam. Quero as 48% que resistiram! Mas não vamos brigar. We all shine on! A sapona não disse que vai tentar unir 'um Brasil dividido'? Aham. Alright! Eu acredito!

domingo, 26 de outubro de 2014

THE BEATLES - SHE LOVES YOU - SHOW!

Na tarde de primeiro de julho de 1963, Os Beatles estavam para gravar "She Loves You" nos estúdios da EMI quando começou a confusão. Como relembrou Geoff Emerick - então assistente no Abbey Road e, mais tarde, engenheiro dos Beatles -, "a enorme multidão de garotas que estava do lado de fora invadiu o lugar pela porta da frente... Montes de adolescentes histéricas, gritando, corriam pelos corredores, perseguidas por um punhado de ofegantes policiais londrinos". A bagunça pode ter sido uma benção disfarçada para os Beatles, que imediatamente engataram em um dos mais exuberantes singles pop de todos os tempos. "[O caos] ajudou a despertar um novo nível de energia no grupo", escreveu Emerick.
Lennon e McCartney começaram a escrever "She Loves You" em uma van, em turnê, e depois fizeram o grosso do trabalho no Turk's Hotel, em Newcastle, sentados em suas camas, munidos de violões. A novidade na letra foi a introdução de uma terceira pessoa, balançando a típica fórmula do eu-te-amo. A variação foi inspirada por "Forget Him", de Bob Rydell, um sucesso no Reino Unido. "Era alguém trazendo uma mensagem", disse McCartney. "Não éramos mais nós. Há uma pequena distância que conseguimos colocar nela, o que é bem interessante." Ainda assim, algo estava faltando. "Tínhamos escrito a canção e precisávamos de mais", disse Lennon. "Tínhamos 'yeah, yeah, yeah' e pegou. Não sei exatamente de onde tiramos - Lonnie Donegan sempre fazia. Elvis fez em 'All Shook Up'."
Eles terminaram "She Loves You" na casa de McCartney, de volta a Liverpool. Quando o pai de Paul ouviu a música, disse: "Filho, há americanismos o suficiente por aí. Você não poderia cantar 'yes, yes, yes' só uma vez?" McCartney res¬pondeu: "Você não entende, pai. Não ia funcionar".
Por todo o imediatismo cru de seu som, a música tam¬bém anunciava um novo nível de sofisticação para os mem¬bros da banda como compositores e arranjadores. "She Lo¬ves You" abre com o refrão, em vez de usar o primeiro verso, dando um impacto extra - uma sugestão de George Mar¬tin. O toque final foi o característico acorde que encerra o refrão - ideia de Harrison -, que para Martin soava "melo¬so". "Ele achou que estávamos brincando", disse McCartney. "Mas não funcionava sem ele, então mantivemos o acorde e o convencemos."
A aparição dos Beatles no Sunday Night at the London Palladium da ITV, em 13 de outubro de 1963, culminan¬do na performance de "She Loves You", é frequentemente considerada o pico da Beatlemania. Os Beatles seguiriam de triunfo em triunfo no decorrer dos anos 60, mas na Grã-Bretanha, "She Loves You" continuou sendo o single mais vendido da década.

sábado, 25 de outubro de 2014

A “VERDADE” POR TRÁS DAS CAPAS DOS ÁLBUNS


Cada vez mais consome-se música em formato digital. Compra-se MP3, existem os serviços de streaming etc. Com isso, a parte física de um álbum perde relevância com o tempo. Uma pena. Afinal, alguns discos trazem capas impressionantes que merecem toda a nossa admiração. Pensando nisso, a equipe da Aptitude, uma empresa inglesa de design, fez uma releitura de diversas capas de álbuns de modo estendido — ou seja, expandiram o campo da imagem mostrada no álbum original. Mais que isso, eles contextualizaram as releituras com eventos reais, como as constantes encrencas judiciais em que Justin Bieber tem se metido e esteriótipos norte-americanos no álbum clássico 'Born in the USA' de Bruce Sprigsteen. Um trabalho minucioso e em que muitas das imagens (todas!) ficaram sensacionais. Veja mais aqui.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

ESSA É SÓ PRA QUEM É DO RAMO - APHRODITE'S CHILD - RAIN AND TEARS

E sem texto também. E sem foto também. Não precisa. Um belo dia faço alguma homenagem bem bonita. Fique de olho!

EX-CASA DE HARRISON VENDIDA POR UMA BAGATELA

A casa de infância em Arnold Groove (Liverpool), onde cresceu o ainda jovem guitarrista da maior banda de todos os tempos foi vendida por US$ 161 mil dólares, o equivalente a quase R$ 400 mil reais. Uma mixaria! A minha (que não é minha) vale mais que isso!. O comprador foi o fã Jackie Holmes, o mesmo que tentou arrematar a casa de John Lennon em um leilão do ano passado. O imóvel contém três quartos onde viviam o velho Harold, Louise e os quatro filhos. George, Paul McCartney e John Lennon realizaram nessa casa, alguns dos seus primeiros ensaios. Holmes comentou: “Não consigo explicar o quanto estou feliz nesse exato momento. Tenho sido uma fã de verdade por cerca de 30 anos. Eu vi George Harrison ao vivo no Albert Hall. Basicamente, eu vi todos os Beatles menos John, infelizmente, então adquirir uma casa onde um deles viveu, é uma ligação histórica, simplesmente fantástico”. Congratulations Holmes!

A PEDIDOS - THE BEATLES - I WANT YOU (She's So Heavy)

A letra de "I Want You", que consiste apenas na repetição do título e na informação de que o desejo está enlouquecendo John, chegou a ser citada no programa de atualidades da BBCTV 24 Hours como um exemplo das banalidades da música pop. John se enfureceu, pois estava convencido de que sua simplicidade a tornava superior a "Eleanor Rigby" e "I Am The Walrus". Para ele, não se tratava de uma involução para o pop monossilábico e descuidado, era apenas economia de linguagem. "I WantYou" foi escrita como uma canção de amor paraYoko. John admitiu a influência que ela teve em seu novo estilo de compor e disse que pretendia um dia escrever a canção perfeita: com apenas uma palavra. Um poema deYoko de 1964 consistia apenas na palavra "water".
"I Want You (She's So Heavy)" - Eu Te Quero (Ela é Tão Pesada) é uma das gravações de estúdio mais complexas que os Beatles realizaram. Começou a ser gravada em fevereiro de 1969, no Trident Studios, mas só foi concluída em agosto, em Abbey Road, depois de uma infinidade de edições e vários overdubs. "I Want You" é um excelente exemplo do apetite insaciável do grupo para usar as últimas novidades técnicas de gravação em uma constante busca por novos sons no mundo de gravação e da tecnologia. Lennon parecia decidido a combinar alguns dos sons mais pesados da época, como Jimi Hendrix e Cream, usando um riff de blues encharcado com espessas camadas de guitarra, efeitos de sintetizador Moog, e uma minimalista melodia vocal. Depois de 35 tomadas da faixa básica, uma edição foi feita dos três melhores partes takes, que apresentam uma série de mudanças de tempo, balançando alternadamente a partir de um, se arrastando, riff denso mais lento para um lounge quase jazz. Lennon imita sua própria melodia vocal, dobrando as notas de sua guitarra. As mudanças na intensidade da voz de Lennon, vão desde um sussurro dolorido para gritos rudes da alma, repetindo segudamente os versos simples da canção, "Eu quero você / Eu te quero tanto, querida / Eu quero você / Eu te quero tanto / isso me deixa louco / isso me deixa louco. O tecladista Billy Preston adiciona as texturas apropriadas através das muitas mudanças, a partir de um descontraído tom de notas de órgãos nas seções jazzy mais leves para uma arrogância durante os momentos mais pesados da canção. A banda apresenta uma fluidez impressionante, especialmente Paul McCartney, mostrando evoluções consideráveis na linha do seu baixo, pulsando um fluxo constante de notas de seus instrumentos através dessas várias mudanças. Não foi até a sessão de 11 de agosto que Lennon introduziu a linha de guitarra de apoio, acompanhando poderosamente a letra cantada por Lennon, McCartney e George Harrison, aparecendo durante as últimas seções os riffs de guitarra circulares pesados da canção. Os últimos três minutos são consumidos por um redemoinho das guitarras e overdubs em muitas camadas usando recursos de rastreamento de estúdio recém-expandidas. Lennon também construiu um redemoinho monstruoso de som denso usando um dos primeiros sintetizadores Moog combinado com um gerador de ruído branco. Com as guitarras agitadas a martelar, a parede de ruído branco, eventualmente, começa a engolir o resto da música antes que a faixa seja encerrada de forma dramática, deixando um silêncio ensurdecedor. No passado, Lennon disse que a fita tinha corrido simplesmente para fora, criando esse final único, mas desde então essa versão tem sido refutada pelo engenheiro sessão Alan Parsons no livro detalhado de Mark Lewisohn "The Beatles Recording Sessions: The Official Abbey Road Estúdio Session Notes", recordando: "Nós estávamos colocando os últimos retoques para fechar o lado 1 do LP e fomos ouvir o mix. John disse: 'Não! Cortem a fita aqui! E Geoff Emerick cortou. Fim do lado 1. O seu final abrupto, editado propositalmente por John, também foi, na época, muito comentado por ser inusitado em termos musicais. Outra coisa interessante nela é a duração de quase oito minutos: um tamanho desproporcional para as canções dos Beatles, só ficando atrás de Revolution 9. Participaram das sessões de gravação: John Lennon: vocal, vocalização, guitarra solo, sintetizador moog, efeitos sonoros, órgão Hammond; George Harrison: guitarra, vocalização; Paul McCartney: baixo, vocalização; Ringo Starr: bateria e Billy Preston: órgão.