Foram inúmeras todas as contribuições que o Sr. Pedro Ivo de Sousa e Silva, meu querido e saudoso pai, fez para nosso blog preferido! No dia 3 de outubro de 2009 eu publiquei um texto muito legal escrito por ele contando um pouco sobre as velhas Balsas que navegavam pelo Rio Balsas - que vocês podem conferir novamente logo abaixo (essa postagem, bateu o recorde de comentários na época - foram 22 ao todo!). Depois, novamente escrevendo para o Raimundo Floriano, fez um texto com os dados biográficos do pai dele, meu avô Casusa Ribeiro, que vocês conhecerão logo abaixo da matéria sobre as balsas. Hoje, o Baú do Edu é uma carinhosa homenagem a todo o povo de Balsas, cidade que o Papai tanto amava. Espero que gostem, deixem seus comentários e enviem para todos os amigos. Um grande abraço para vocês, parentes e amigos Balsenses. Especialmente, o PAPAI, que estaria completando
78 anos. Obrigado, meu querido, meu velho, meu amigo!
Eduardo Bonfim e Silva
BALSAS QUERIDA! CIDADE DOS MEUS AMORES!...
A simpática Balsas, encontra-se junto ao rio de mesmo nome, único afluente da margem esquerda do rio Parnaíba, com cerca de 510 km. É um centro sub-regional, com influência sobre o sul do vizinho estado do Piauí. Já teve os nomes de Santo Antônio de Balsas e Vila Nova. Sua população é de 84 mil habitantes, segundo estimativa do IBGE em 2009.
Balsas destaca-se pela forte industria de grãos, alvancada pela soja, sendo um dos maiores produtores do Nordeste, além de indústrias extrativas de óleo de babaçu, transformação do buriti e fibras de palmáceas, como o tucum. Balsas liga-se a todas as capitais do Nordeste pela BR 230, trecho da Bélem Brasília.
O Rio Balsas, principal ponto turístico da cidade, é de águas cristalinas, e em época de estiagem das chuvas (maio-outubro) costuma-se descer o rio em bóias. Em julho, época de férias e de maior movimentação na cidade, é grande o fluxo das bóias, desde o porto denominado Canaã até o porto da AABB. Nessa época, também há eventos na Beira-Rio(porto de maior concentração de pessoas no rio), tais como shows, concurso de descidas de bóias, etc.
O município de Balsas faz parte da região sul do Estado do Maranhão. A região foi formada por vaqueiros nordestinos que, fugindo da seca cruzaram o Rio Parnaíba e descobriram as terras do Maranhão, montando uma estrutura na Passagem dos Caraíbas às margens do Rio Balsas.
Os balsenses têm sua historia marcada de extrema beleza e importância, tendo em sua origem, um povo lutador e alegre que revive com orgulho as linhas vivas de suas conquistas. As terras dessa região eram pertencentes a grandes fazendeiros que residiam na sede do município de Riachão, tendo como proprietários as famílias Coelho e o Tenente – Coronel Daniel Alves Rego. Como a ligação entre as fazendas eram realizadas somente por via fluvial, não tardou que se formasse ao longo do trajeto pequenos povoados. Sabedor da existência do novo núcleo de população que aqui se formara, para cá se deslocou o baiano Antônio Ferreira Jacobina, mercador de fumo nos sertões. Tornou-se líder da povoação, a qual denominou Vila Nova. Este construiu às margens do Rio Balsas um pequeno comercio onde vendia: fumo, cachaça, rapadura, sal e querosene. O local servia de referência para todos os viajantes que ali passavam em embarcações construídas de buritis, denominadas “balsas”.
Em 1879 foi edificada uma pequena igreja em homenagem a Santo Antônio, e em 1882 Vila Nova recebeu um novo nome, “Santo Antônio de Balsas” que posteriormente foi elevado à categoria de vila e de cidade, com a mesma denominação. O Distrito foi criado em 1892, pela Lei Nº 15; e desmembrado do município de Riachão em 22 de Março de 1918 pela Lei Nº 775. Na ocasião figurava como Distrito de Santo Antônio de Balsas que pelo Decreto-Lei Nº 820 de 30 de Dezembro de 1943, passou a denominar-se “BALSAS”.
Balsas é uma cidade tipicamente formada por pessoas de todas as etnias, abrangendo um enorme número de nordestinos e sulistas que aqui descobriram uma região propícia para o trabalho e um povo caloroso e receptivo. Balsas dispõem de uma grande área rural que contem terras muito férteis onde hoje existem grandes fazendas de plantio de soja, milho, algodão e arroz, além da fruticultura. A cidade dispõe de saídas asfálticas para todas as capitais do Norte e Nordeste, além de um aeroporto de pequeno porte. Várias empresas de transporte de cargas e passageiros estão aqui sediadas assim como cooperativas, empresas de desenvolvimento tecnológico, hotéis, restaurantes, empresas de telefonia fixa e móvel, empresas de informática e internet.
Tendo seu grande impulso na introdução do cultivo de grãos alimentares, como arroz, a soja e o milho, a agricultura de Balsas evolui e se diversifica com a introdução da fruticultura, algodão, piscicultura e confinamento de gado, alimentado com silagem de milho e sorgo. A produtividade e a facilidade de comercialização dada pela logística, fazem a região ser considerada como a melhor alternativa de investimentos no setor agrícola do Brasil e um dos melhores do mundo. A safra 2003 movimentou, do plantio ate a comercialização dos grãos, um volume de recursos da ordem de U$ 700.000.000. Junto com o crescimento na área agrícola vêm a reboque o comércio, a construção civil e o setor de serviços. O cultivo de Soja è a grande locomotiva que puxa a economia de Balsas a velocidade de 8.5% ao ano de taxa de crescimento.
Existem várias opções de lazer e turismo na cidade de Balsas e em toda a região do Sul do Maranhão. No turismo destacam-se a Cachoeira das Três Marias, Cachoeira do Macapá, Parque Ecológico Santa Luzia. Na região encontram-se outros pontos turísticos como Cachoeira do Cocal e Frutuoso (Riachão), Cachoeiras do Itapecuru e Cachoeira da Pedra Caída (Carolina). No lazer destaca-se a descida de bóia do Rio Balsas, Beira Rio, Ponte de Madeira do Rio Balsas, Ponte de Madeira do Rio Maravilha.
AS BALSAS DO RIO BALSAS - Por Pedro Ivo de Sousa e Silva
O meu primo Raimundo Floriano está escrevendo um livro no qual dedica um capítulo às “balsas” do Rio Balsas. Meu cunhado Cesário Barbosa Bonfim já fez um excelente trabalho sobre este assunto, cujo conteúdo aquele já está autorizado a usar. O Raimundo pediu ao meu filho Eduardo Bonfim e Silva que desenhasse uma “balsa” para ilustração de sua obra.
O Eduardo, apesar de toda boa vontade, ficou em dificuldade por ter saído da nossa cidade de Balsas ainda muito criança e nunca ter viajado em tal embarcação, bem como por não ter em mãos uma fotografia retratando um “balsa grande”, mas tão somente de pequenos “macacos” - como eram chamadas as ”balsinhas” para viagens curtas - pediu-me então que eu fizesse um esboço do que ainda me lembro de uma”balsa grande”, com capacidade para transportar muita carga e até passageiros em certas épocas do ano. Assim, mesmo não sendo desenhista, resolvi tentar atender ao pedido e rabiscar um arremedo (conforme anexo), apenas para dar uma idéia do que ainda me lembro a respeito daquele rústico meio de transporte, de tanta utilidade na época. A ”balsa” era feita de talos de palmas do buritizeiro jovem, cortadas ao rés do chão, secos e/ou verdes; os verdes ficavam um bom tempo ao sol, para depois serem juntados aos secos, permitindo assim a uniformidade de flutuação de todos, cuja quantidade utilizada dependia do volume de cereais a ser transportado da região dos “gerais” para a cidade de Balsas; eram cobertas de palha de coco babaçu ou de piaçava, tendo duas vogas fazendo papel de leme, sendo uma na frente e a outra atrás. Transportavam arroz com casca, feijão, farinha de mandioca, tapioca e até pequenos animais, tais como leitoas, galinhas e outros. Eram os produtos desses pequenos lavradores arduamente conseguidos em pequenas “roças de toco” e chiqueiros muito rudimentares. Naquela época sequer era conhecido o arado puxado a animal ou qualquer outro acessório que facilitasse a cultura, exceto o machado e a enxada. A modernidade passou diretamente desses utensílios para as máquinas agrícolas, o que fez desaparecer, praticamente, o pequeno lavrador, restando apenas aqueles que plantam para a própria subsistência.
Chegando em Balsas, depois de vendidos os produtos, quase sempre aos proprietários das usinas de beneficiamento de arroz e a pequenos quitandeiros da cidade; os talos de buriti eram adquiridos pelos intermediários desses produtos, que os deixavam por muitos dias arrumados no sentido vertical para desencharcarem, a fim de que pudessem ser reutilizados na confecção de grandes “balsas” que carregavam não só o arroz pilado (como era chamado), mas também couros de boi, peles silvestres, crina animal, penas de emas e porcos vivos para a cidade de Floriano, no Estado do Piauí ou, eventualmente, para Teresina, capital do mesmo Estado.
As “balsas” também levavam a estudantada ao término das férias de fim de ano; nestes casos eram divididas ao meio, no comprimento, com uma parede de palhas, formando um quarto para a acomodação das moças e de uma ou mais senhoras encarregadas da comitiva. Os rapazes armavam suas redes na outra metade, sobre o lastro formado de sacos de arroz pilado que se estendia por todo o assoalho da “balsa”. O comando ficava a cargo do “mestre” – exímio conhecedor de todos os canais percorrido nos rios Balsas e Parnaíba, mas sempre ao sabor da correnteza das águas, auxiliado pelo “contra-mestre”, o qual também fazia as vezes de cozinheiro.É importante dizer que esses bravos trabalhadores retornavam do destino a pé, levando nas costas não só o saco com a rede de dormir e alguns pertences, mas também as pás das vogas para serem usadas novamente. Ao chegarem a Floriano eram desmanchadas e vendidas a quem interessasse, para confecção de cercas de buriti nos quintais daquelas pessoas de menos posse.
Brasília, 25/09/2009 – Pedro Ivo de Sousa e Silva
JOSÉ DE SOUSA E SILVA - CASUSA RIBEIRO
Por Pedro Ivo de Sousa e Silva
Prezado Raimundo Floriano,
Recebi seu e-mail e agradeço sinceramente o comentário sobre o modesto trabalho que escrevi, na tentativa de contar, mais ou menos, como eram e para que serviam as balsas de buriti. Como disse naquele relato, sou fraco em desenho, tendo feito o rascunho apenas para que o Eduardo tivesse uma melhor idéia do que você pretendia. São válidas suas observações, entretanto, como o meu arremedo de desenho não refletiu o que eu quis descrever, gostaria de esclarecer alguns pontos: A cobertura de palha não ia de extremo a extremo em qualquer um dos dois sentidos, já que era preciso espaço na frente e atrás para facilitar a atracação ao anoitecer, ou mesmo em alguma eventualidade, e nas laterais havia as coxias de aproximadamente 50 centímetros de largura, por onde transitavam o mestre e/ou o contra mestre quando surgia uma situação inusitada qualquer. As vogas, como dois grandes remos, eram movimentadas num entra e sai das águas do rio, para que a balsa, mesmo descendo ao sabor da correnteza, estivesse sempre no canal desejado; apareceram no croquis como se estivessem suspensas, simplesmente para orientação. O fogão, conforme está no esboço, realmente ficava dentro da balsa, no canto traseiro, do lado esquerdo, sob uma pequena cobertura ou todo debaixo da casa principal. Repetindo, como disse no primeiro e-mail, o desenho proposto foi para ele melhor entender como era uma balsa. Acredito que o Eduardo vai conseguir representar com mais precisão aquela rústica embarcação, tão útil, nos idos do século passado.
D. Ritinha e todos os filhos do S. Casusa
Quanto aos dados biográficos do papai, destaco alguns pontos: Nasceu no Município de Floriano-PI, em 22 de outubro de 1898. Quando o Vovô Pedro mudou-se da fazenda para a cidade, o papai, ainda muito criança, foi trabalhar na casa comercial do seu irmão por parte de pai, Raimundo Ribeiro da Silva, o Tio Mundico. Em 1912 mudou-se para Balsas, onde já morava seu outro irmão por parte de pai, João Ribeiro da Silva, o Tio João Ribeiro, a fim de com ele trabalhar, no comércio em geral, tendo sido admitido posteriormente na firma, como sócio. Na vigência da sociedade, adquiriram um automóvel Ford, modelo 1929, o qual, depois, passou a ser de propriedade exclusiva do papai.
A Dindinha
O Tio João Ribeiro morreu no dia 30 de dezembro de 1930. A sociedade continuou com a viúva, Maria Ribeiro da Silva, a Dindinha Marica, e só se desfez em 1934, quando ela, premida pela necessidade de oferecer estudos mais avançados aos seus muitos filhos, mudou-se para Teresina-PI. O papai passou a negociar por conta própria, na Casa Violeta, sempre contando com o inestimável apoio do seu irmão Emigdio Rosa e Silva, o Tio Rosa Ribeiro.
Em 06 de dezembro de 1919 casou-se com Rita Pereira da Silva (Ritinha Pereira), tendo criado e proporcionado instrução aos dez filhos legítimos e a um de criação, com grande sacrifício, mandando-os para os estudos em centros mais adiantados, pois jamais transferiram sua residência de Balsas.
Faleceu, ainda relativamente novo, em São Luis-MA, no dia 27 de junho de 1952. Trabalhou ininterruptamente no ramo de distribuição de sal grosso e mercadorias em geral, inclusive tecidos, e na compra e venda de couros de boi, peles silvestres e todos os demais gêneros que se comercializavam na região na época.
A fim de expandir seus negócios, com firma individual, fundou uma casa comercial na cidade de Miracema-TO (antiga Xerente-GO), sob a direção do seu sobrinho e amigo Pedro Albuquerque e Silva, o qual se tornou seu sócio na firma Silva & Cia., transferida posteriormente para a cidade de Carolina-MA.
Em Balsas o papai foi um grande empreendedor em várias atividades, tais como produção de energia elétrica para sua própria residência, distribuida com alguns amigos por onde passava a rede condutora, usina de beneficiamnto de arroz, empresa de navegação fluvial, iniciada com o motor "Pedro Ivo" e a barca "Macapá", com capacidade de 40 e 60 toneladas, respectivamente, construídos na cidade de Sambaíba-MA.
Os motores Pedro Ivo e Ubirajara
Posteriormente, numa sociedade informal com o Sr.Luiz Botelho Barbosa, que com ele já vinha trabalhando no comando do motor "Pedro Ivo", foi lançado o motor "Ubirajara", destinado principalmente a transportar óleo combustível em tambores de 200 litros para o Conselho Nacional do Petróleo, do porto de Parnaíba-PI até Balsas. Naquele tempo, o CNP (através da empresa GEOFISICA), pesquisava petróleo na região de Riachão-MA e no lugar denominado "Testa Branca", no município de Balsas.
O papai era proprietário de dois grandes armazéns de madeira, onde estocava querosene e gasolina em latas de 18 litros (encaixotadas) e, principalmente, o sal grosso que vinha de Parnaíba em grandes barcas (rebocadas por embarcações a vapor). Havia barcas com capacidade de até 120 toneladas. O transporte para Carolina era feito em dois caminhões de sua propriedade, sendo um Chevrolet 1949 (ou 1945, não me lembro bem) e um Ford 1951.
Fazenda Canto Alegre - O paraíso é aqui!
No ramo de transporte rodoviário sempre contou com a colaboração do seu fiel amigo Miguel Lima, inicialmente no Chevrolet São José e depois no Ford São Pedro. Depois que o Miguelzinho passou a dirigir o Ford, o Chevrolet teve como motorista meu amigo Chico Cearense. Era proprietário da fazenda “Canto Alegre”, com aproximadamente 4.200 hectares, adquirida em 1932, e de outra, com mais de 17.000 hectares, conhecida por “Brejo Comprido”, comprada tempos depois. Havia também uma outra casa de comércio, denominada “Mercearia Ideal”, inclusive com bar e mesas de bilhar e de sinuca, habilmente dirigida por minha mãe Rita Pereira da Silva (Ritinha Pereira), sempre apoiada pela madrinha Maria Bezerra - sua grande amiga – esposa do meu tio Rosa Ribeiro. A casa Marc Jacob, conhecida entre a população de Parnaíba por casa inglesa.
O papai era um grande aficcionado do futebol, já era praticado em Balsas naquele tempo; apoiava os times locais, bem como trazia e levava seleções de cidades próximas para a disputa de torneios regionais. Mandava cercar o campo de futebol com peças e peças de tecido (algodãozinho), por ocasião dos eventos esportivos de maior destaque. Quando foi construído o estádio, este recebeu o nome de Casusa Ribeiro, e assim permanece até hoje. Modéstia à parte, o meu pai foi um grande empreendedor, sério, respeitado e muito bem conceituado, não só em Balsas, mas também em toda a região que atuava e nas grandes praças fornecedoras de mercadorias. Representou a famosa “Casa Inglesa”, de Parnaíba, no sul do Maranhão e no norte do Estado de Goiás (hoje Tocantins).
Brasília, 07 de outubro de 2009
Pedro Ivo de Sousa e Silva
Agradecimentos especias do Baú do Edu:
Adelmar Bonfim e Silva, Antonio Estevam Neiva e Raimundo Floriano
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NOSSA CASINHA LÁ EM BALSAS
A última vez que estive em Balsas foi em julho de 1980, sempre com minha família. Essas férias acabavam sendo complicadas por mim (involuntariamente!) pois sempre ficava de recuperação nas escolas que passava. Depois dessas férias inesquecíveis, minha vida entrou num turbilhão. Fui reprovado, o John Lennon foi assassinado e para completar, minha namorada estava grávida! Consegui meu primeiro emprego fixo numa agência de propaganda (com a ajuda do Papai) e à noite estudava na Escola de Artes de Brasília. Exatamente 1 ano depois daquelas férias, estava casado. Meu 1º filho nasceu dia 5 de novembro de 1981. Por razões óbvias dei-lhe o nome de Pedro Ivo. Eu tinha apenas 19 anos! Todos esses contratempos, ano após ano, acabaram nunca permitindo meu retorno à minha terra natal tão amada pelo Papai. Hoje, tenho certeza que esse foi um dos maiores erros que já cometi e me enche de arrependimento. Todas as vezes, em que minha família ia passar as férias em Balsas, o Papai insistia muito para que eu fosse com eles. Principalmente, nos últimos 20 anos quando ele e a Mamãe finalmente conseguiram ter sua casinha lá em Balsas. Casinha que eu não conheci! Minha vida continua no mesmo turbilhão de 30 anos depois daquelas férias, mas prometi que assim que o tempo passar um pouco e minha cabeça estiver melhor, é a primeira coisa que vou fazer: voltar à minha terrinha! Por mim e pelo Papai. Desculpem, mas estou muito emocionado... Muito obrigado e um grande abraço em cada um de vocês! Eduardo