terça-feira, 30 de julho de 2019

THE BEATLES - I'M LOOKING THROUGH YOU*****


“I'm Looking Through You”, com seus 2:25 de duração é a 3ª música do lado B do álbum Rubber Soul, lançado em 3 de dezembro de 1965. Os Beatles gravaram a música em três versões em outubro e novembro de 1965. A versão original era num ritmo mais lento do que a que apareceu no álbum, e não tinha o verso "Why, tell me why...", de entrada do refrão. A canção original só foi lançada em 1996, no Anthology 2. Os créditos da contracapa do single e do álbum, indicam que Ringo Starr tocou órgão eletrônico nesta canção, um instrumento não usual para o baterista, só que o escritor Mark Lewishon afirma que não se pode ouvir o instrumento na gravação e que o crédito não consta nas fitas de gravação originais da música.

A mudança de Jane Asher para Bristol começou a preocupar Paul McCartney. Significava que ela não estava mais à disposição, mesmo que ele ainda estivesse morando na casa da família Asher. Como um jovem de origem operária de Liverpool, era difícil para ele entender uma garota que colocava sua carreira antes do amor. Anos depois, McCartney admitiu para Hunter Davies que toda a sua existên­cia até aquele momento girava em torno de levar uma vida de soltei­ro sem preocupações. Ele não tratava as mulheres como a maioria das pessoas. Sempre havia muitas em volta dele, mesmo quando esta­va em uma relação estável."Eu sei que era egoísta. Jane foi embora e eu disse 'tudo bem, vá. Eu encontro outra pessoa'Foi devastador ficar sem ela. Foi quando escrevi “I’m Looking Through You", ele contou. Era sua canção mais amarga até então. Em vez de questionar as próprias atitudes, Paul acusa a mulher de ter mudado e faz a amea­ça levemente velada de deixar de gostar dela. O amor tem o hábito, ele alerta, de desaparecer da noite para o dia. Ele depois se lembraria da canção como tendo servido para livrá-lo de "uma pesada bagagem emocional"Steve Turner

THE BEATLES - ROLL OVER BEETHOVEN - CLÁSSICO*****


"Roll Over Beethoven" é um rock clássico de Chuck Berry lançado em 1956 em seu terceiro álbum "Chuck Berry Is on Top", de 1959. Mas essa música fez grande sucesso mesmo quando foi gravada pelos Beatles em 30 de julho de 1963 e lançada em seu segundo álbum "With The Beatles" em 22 de novembro de 1963 e foi uma das três músicas cantadas por George Harrison no álbum, as outras duas foram "Devil In Her Heart" e "Don't Bother Me". Também foi lançada pelo grupo como single com "Please Mr. Postman" no lado B na Dinamarca, Noruega e Suécia. Quando os Beatles fizeram seu primeiro show nos EUA, no Washington Coliseum, no dia 11 de fevereiro de 1964, abriram com "Roll Over Beethoven", que é o segundo vídeo. O primeiro, é a eletrizante versão do álbum With The Beatles.

PAUL McCARTNEY - NO OTHER BABY 2019


"No Other Baby" é uma música composta por Dickie Bishop e Bob Watson, originalmente gravada em 1957 por Dickie Bishop and The Sidekicks. As primeiras covers foram gravadas por The Vipers (1958) e Bobby Helms (1959). Paul McCartney fez uma brilhante regravação de "No Other Baby" para o seu incrível álbum de 1999 Devil Run Run que funcionou para ele como uma forma de exorcismo de fantasmas após a morte de Linda McCartney. É impossível não remeter a música à ela, ainda mais com o sensacional vídeoclipe da época de seu lançamento. "No Other Baby" também foi lançada como single trazendo "Brown Eyed Handsome Man" como lado B.

sexta-feira, 26 de julho de 2019

RON WOOD - SEVEN DAYS - SENSACIONAL!*****


“Seven Days" é um original de Bob Dylan de 1976 que aparece apenas em bootlegs, sendo o mais conhecido, “The Bootleg Series Volumes 1–3 (Rare & Unreleased) 1961–1991”. Vem das sessões de “No Reason To Cry” de Eric Clapton com participação de Dylan, gravado entre dezembro de 1975 e maio de 1976. Esta música foi adotada por Ron Wood, recebendo uma nova e bela roupagem (bem mais incorpada) e aparece no álbum "Gimme Some Neck", lançado em abril de 1979.
"Gimme Some Neck" foi o terceiro álbum solo de Wood. Fez pouco sucesso e sua melhor performance nas paradas americanas foi chegar ao número 45 na Billboard durante uma temporada de 13 semanas. A arte do álbum traz ilustrações feitas pelo próprio Wood (que é um artista plástico fabuloso), com um auto-retrato no centro da capa da frente. Para fazer uma turnê pelos Estados Unidos em apoio ao álbum, Wood formou “The New Barbarians”, incluindo Keith Richards, Ian McLagan e Bobby Keys, que contribuíram para a gravação do disco. Aqui, a gente confere a incrível “Seven Days" em quatro grandes momentos: primeiro com Bob Dylan, depois com Ron Wood solo em 1979, depois com o incrível vocal de Joe Cocker e guitarras de Eric Clapton e Ron Wood, e por último, pela primeira vez aqui no Baú, na apresentação de Ron Wood na festa de Bob Dylan "The 30th Anniversary Concert Celebration", de 1993.

ANTERO LEIVAS - THE BEATLES - A MAIOR BANDA DE TODOS OS TEMPOS


Aqui perto da minha quadra, na entrada do Extra, o supermercado, tem um quiosque de venda de livros com preços bem acessíveis. Dando uma conferida, e como tudo com os Beatles me chama atenção, me deparei com um livrinho de 160 páginas chamado “THE BEATLES – A MAIOR BANDA DE TODOS OS TEMPOS”, de Antero Leivas. Comprei, 15 reais. O tal livro, foi publicado pela Editora Geek, mas não tem sequer o ano da edição ou ficha bibliográfica - bem de brasileiro mesmo - Mas é bem feitinho, bem diagramado, tem umas fotinhas bacanas... e tem uma pequena introdução, feita pelo próprio autor que a gente confere aqui:
“E todo mundo já falou tudo, literalmente tudo sobre os Beatles. Se não, vejamos: filmes, desenhos animados, brinquedos, séries, shows... Que eles são imortais nós já sabemos. Tão populares quanto Jesus Cristo e Batman também (Errou por um tantinho, John!) O que faltava? Nós tiramos leite de pedra, por assim dizer. E não só pra vender livro não, afinal nós amamos a obra dos caras, a vida dos caras, as palavras dos caras e vender livros, claro! Procuramos esmiuçar, por exemplo a série animada deles. As revistas em quadrinhos, quem fez mais filmes? E existe algum filme que não chegou a ser feito? Quantas músicas eles já lançaram? E quais? Listas é com a gente mesmo, porém também nos ocupamos em falar sobre O Senhor dos Anéis estrelado pelos rapazes e dirigido pelo Stanley Kubrick. Em alguma dimensão paralela esse filme foi realizado, tenho certeza. E quantos desenhos animados falaram deles? Quantas revistas em quadrinhos? E o Dr Wlio já esbarrou com eles? Já, mas ainda não como desejamos... Ou seja, o que provamos com isso? Provamos que Beatles ainda são e serão assunto por mais uns 947 anos, se bobear um pouco mais. Além desse superpoder da eternidade, os caras tinham talentos multifacetados, eram atores, dubladores, desenhistas, produtores, diretores... Já não bastou influenciarem o mundo todo? Não, não bastou, E este livro é a prova cabal disto. Aqui, apesar da biografia dos quatro, nós temos os amigos dos quatro, os imitadores dos quatro, Os Rutles... Os Beatles não eram bons não. Eram só os melhores. Não acredita? Vem comigo e eu provo que ainda há tudo a se falar sobre eles!” - Antero Leivas

quinta-feira, 25 de julho de 2019

TOM PETTY - ZERO FROM OUTER SPACE**********

TOM PETTY AND THE HEARTBREAKERS - SHE'S THE ONE*****

CELSO BLUES BOY - ISSO E NADA MAIS - MARGINAL BLUES*****


Lançado em 1986 pela Philips, o álbum “Marginal Blues” foi um dos discos mais emblemáticos da carreira de Celso Blues Boy. Apesar da qualidade musical incrível, foi um artista pouco entendido no país. O artista ainda estava colhendo os frutos do seu disco anterior “Som Na Guitarra” (trabalho de estreia), quando as rádios começaram a tocar “Marginal”, um rock de letra forte, com um excelente refrão. Sucesso automático. A música, tinha também o charme de ter Cazuza, num dueto sensacional. Logo depois, “Só Resta Um Blues” começou a tocar e "Forasteiro”, com participação especial da dupla Sá e Guarabira. Falando na dupla, Celso já havia tocado com eles nos anos 70 e começo dos 80. Um dos primeiros a cantar blues em português, escolheu o nome artístico em homenagem ao ídolo B. B. King. Blues Boy, iniciou sua carreira acompanhando Raul Seixas e Sá e Guarabyra. Montou a banda Legião Estrangeira em 1976, com a qual se apresentava em bares e casas de show. Passou a ser mais conhecido a partir de 1980, quando mandou uma fita para a Rádio Fluminense, no Rio, voltada para o repertório roqueiro. Fonte: portrasdavitrola.blogspot.com

CONVIDADOS ESPECIAIS - THE ROLLING STONES - SATISFACTION


“É o riff que se ouve ao redor do mundo", diz Steve van Zandt, guitarrista da E Street Band. "E é um dos mais antigos exemplos de Dylan influenciando os Stones e os Beatles - o grau de cinismo, e a ideia de trazer mais letras pessoais da tradição do folk e do blues para a música popular".O riff veio a Keith Richards em um sonho, numa noite de maio de 1965, em um quarto de motel em Clearwater, Flórida, na terceira turnê norte-americana dos Rolling Stones. Ele acordou, pegou um violão e um gravador de fita cassete. Tocou a sequência de notas uma vez, então caiu no sono de novo. "Na fita, dá para ouvir quando deixo a palheta cair, e o resto é ronco". Essa fagulha na noite - o riff que abre e define "(I Can't Get No) Satisfaction" - transformou o balançado e meigo rock and roll dos primórdios em simplesmente rock. O temperamento primitivo da criação de Richards; o escárnio e o desprezo nos versos de Mick Jagger; a empáfia do guitarrista base Brian Jones, do baixista Bill Wyman e do baterista Charlie Watts: era o som de uma geração impaciente para herdar a Terra.Duas décadas mais tarde, Mick Jagger disse que "Satisfaction" era "minha visão do mundo, minha frustração com tudo". Inspirado pelo riff e pelo título, também ideia de Richards, Jagger escreveu a letra - uma litania de desgosto com a "América e sua síndrome de propaganda, a barragem constante" - em dez minutos, à beira da piscina do motel no dia seguinte ao sonho de Richards. Eles tentaram gravar a música uns poucos dias mais tarde, em 10 de maio, nos estúdios da Chess, em Chicago. Dois dias depois disso, eles a finalizaram no RCA Studios, em Hollywood, com o vital complemento do fuzz. "Satisfaction" era rock com o ousado design dos Stones."Satisfaction" foi lançada como um single nos Estados Unidos pela London Records em 6 de junho de 1965, com "The Under-Assistant West Coast Promotion Man" do lado B. O single seguiu seu caminho pelos charts americanos, alcançando o top 10 de julho, tirando o lugar dos Four Tops "I Can't Help Myself (Sugar Pie Honey Bunch)". "Satisfaction" aguentou por quatro semanas completas, perdendo seu lugar em 7 de agosto para a canção "I'm Henry the Eigth, I Am" dos Herman's Hermits. A música entrou nos charts americanos da Billboard Hot 100 no dia 12 de Junho de 1965, permanecendo lá por 14 semanas; sendo número 1 por quatro semanas seguidas. Durante a sua oitava semana nos charts, foi certificado como ouro pela RIAA por ter vendido mais de meio milhão de cópias nos Estados Unidos, dando a banda seu primeiro de tantos discos de ouro na América. Mais tarde foi lançada também nos Estados Unidos pela London Records no álbum Out of Our Heads. Satisfaction aparece como nº 2, na lista da Rolling Stone das 500 melhores músicas de todos os tempos, atrás de "Like a Rolling Stone" de Bob Dylan e na frente de "Imagine" de John Lennon.

quarta-feira, 24 de julho de 2019

ESTÁTUA DE JOHN LENNON A CAMINHO DE LIVERPOOL


Uma estátua de bronze de John Lennon está indo para Liverpool neste verão, tudo em nome da paz. O St George's Hall vai receber a Estátua da Paz de John Lennon do dia 1º de agosto até o final de setembro.
A obra, de 1,80m de altura, foi criada pela artista plástica Laura Lian e lançada pela Castle Foundry. Ela disse: "Fiz a estátua pensando em ajudar a inspirar uma nova geração e reforçar a mensagem de paz de John e Yoko. Estamos muito animados por ter a estátua neste belo e histórico Salão em Liverpool". Alan Smith, diretor do St George's Hall, disse: "Estamos muito felizes em receber esta estátua mostrando um dos filhos mais amados de Liverpool. No mês de agosto e setembro, a cidade celebra a Semana Internacional dos Beatles e é apropriado recebermos essa nova adição. Com certeza será um sucesso e se tornará uma selfie obrigatória e um lugar no Instagram".

PAUL McCARTNEY FARÁ ADAPTAÇÃO MUSICAL PARA A BROADWAY

A Broadway vai receber, em 2020, o primeiro trabalho teatral de Paul McCartney, que fará Uma adaptação musical escrita e composta por ele para os palcos, do filme 'It's a Wonderful Life' - 'A Felicidade não se Compra'. Segundo o New York Post, no ano passado o músico dedicou tempo para escrever a adaptação musical do longa de 1946 de Frank Capra. O espetáculo é uma parceria de McCartney com o produtor Bill Kenwright e o escritor Lee Hall, roteirista por trás de 'Billy Elliot' e 'Rocketman'. Hall trabalhou com Elton John na adaptação de “Billy Elliot: The Musical”, que estreou em 2005 no West End.“Escrever um musical nunca foi algo que realmente me atraísse. Mas Bill e eu nos encontramos com Lee e conversamos, e acabei imaginando como isso poderia ser interessante e divertido. 'A Felicidade Não Se Compra' é uma história universal que tem a ver com todos nós", disse o ex-Beatle em comunicado. O roteirista Lee Hall diz que 'A Felicidade Não Se Compra' é seu filme favorito e que trabalhar com McCartney é algo que não dá para medir. "O filme tem absolutamente tudo: comédia, empatia e uma humanidade rara que toca geração após geração. Dar vida a essa história no palco é um imenso privilégio e Paul McCartney, com sua inteligência, honestidade emocional e brilho melódico, traz uma nova profundidade e abrangência ao conto clássico. Acho que um anjo deve estar cuidando de mim!", brinca Lee, referindo-se à trama do filme.Resultado de imagem para A Felicidade não se Compra
Na história que se passa na véspera do Natal, o bondoso George Bailey (James Stewart) pensa em se suicidar em razão das maquinações de Henry Potter (Lionel Barrymore), um banqueiro desonesto. Mas tantas pessoas rezam por ele que Clarence (Henry Travers), um anjo é mandado à Terra para tentar fazer George mudar de ideia e perceber o quanto ele já fez o bem a várias pessoas.

SÉRIE BEAT BUGS FORA DA NETFLIX

A série Beat Bugs - aprendendo lições e cantando músicas famosas dos Beatles - recebeu vários prêmios ao longo dos anos e foi popularizada em todo o mundo desde que foi lançada em 2016, com duas temporadas e a terceira temporada, adicionada em 2018. No último dia 18 de julho, a série dos simpáticos insetos foi removida da Netflix em todas as regiões do mundo, incluindo os Estados Unidos, o Reino Unido e o Canadá. O filme, lançado em 2017 chamado “All Together Now”, permanece na Netflix. Um representante da Netflix disse o seguinte: "A Netflix licencia programas de TV e filmes de estúdios e fornecedores de conteúdo em todo o mundo, e essas licenças podem expirar se não as renovarmos. Embora nos esforcemos para manter o conteúdo que você deseja ver, adquirimos direitos de licença para programas de TV e filmes por um determinado período de tempo - não indefinidamente -, então alguns títulos saem da Netflix. Se um programa de TV ou filme que você ama não estiver mais na lista, isso indica que nosso contrato de licenciamento com o provedor de conteúdo terminou". Alguns apontaram o licenciamento como um problema em potencial, particularmente com as músicas dos Beatles, que são notoriamente difíceis de obter. Uma pena!

segunda-feira, 22 de julho de 2019

THE BEATLES - A HARD DAY'S NIGHT - O FILME***********


Os Beatles provavelmente nunca teriam ascendido à condição de majestades sem “Os Reis do Iê, Iê, Iê”. O primeiro filme da banda mais popular da história, que completou 55 anos, captura e amplifica um fenômeno até hoje sem precedentes na música popular: a Beatlemania.

“A Hard Day’s Night” foi o primeiro longa-metragem da história a lucrar antes mesmo do lançamen­to. Esse era o tipo de poder que eles tinham, um poder nunca antes concedido a quatro músicos. Eles eram uma sensação, um fenômeno que ninguém conseguia compreen­der. Tudo o que queriam, eles conquistavam. Tudo em que to­cavam virava magia. Aonde quer que fossem, o mundo inteiro os acompanhava. Todos os dias, uma multidão de fãs, impren­sa e polícia lutava ao redor deles, empurran­do, puxando e gritando; e lá estavam, no cen­tro de tudo, os sempre sorridentes, risonhos e brincalhões Beatles. “A beatlemania foi além da compreensão”, Lennon refletiria mais tarde, e ele tinha toda razão.
A primeira proposta para um filme dos Beatles foi feita em Londres. Se chamava “The Yellow Teddy Bears”. Girava em torno de uma escola feminina — na qual distinti­vos de ursinhos amarelos eram usados para denotar promiscuidade - e de um professor bem-intencionado. Eles não gostaram. O cinema, era um caminho que eles tinham mui­to interesse em trilhar. Os produto­res queriam que eles aparecessem em cena tocando algumas canções, das quais, aboca­nhariam os direitos autorais. Eles acreditavam firmemente que, em­bora uma canção possa durar um mês, um filme vive para sempre. Conscientes de sua imagem, concordaram que o filme do qual participariam deveria ser algo mui­to especial para justificar seu envolvimento.
E então The Goon Show entra na jogada. Em 1959, Peter Sellers estava procurando uma maneira de transferir o Goon Show do rádio para a televisão. Ele precisava de um diretor capaz de compreender visuais e humor surrealistas. Uma noite, ele viu The Dick Lester Show, programa improvisado (contan­do, entre outros, com Alun Owen, roteirista de Liverpool) que procurava reproduzir o humor ao estilo do Goon Show na televisão. Sellers entrou em contato com o diretor do programa, um homem de 23 anos chamado Richard Lester.

Utilizando uma câmera cinematográ­fica de 16 mm recém-adquirida por Sellers, além de um campo no norte de Londres e um elenco contando com Spike Milligan e Graham Stark, eles fizeram um curta-metragem de onze minutos chamado The Running jumping and Standing Still Film (1960). Lester não só o dirigiu, como também compôs a música. A filmagem era para uso privado, mas foi vista por um crítico de televisão que insistiu em sua inscrição no Festival de Edimburgo. Foi o que eles fizeram, e o filme acabou sen­do lançado na Grã-Bretanha.

A seguir, Lester foi contratado para di­rigir o filme It’s Trad, Dad! (1962), uma comé­dia musical que entrou às pressas em pro­dução para aproveitar a tendência de jazz tradicional que estava impregnando a para­da pop no Reino Unido. Entre os músicos que participaram do filme estavam Chubby Checker, Helen Shapiro, Gene Vincent, Chris Barber e Acker Bilk. Os Beatles viram as duas obras de Lester, mas foi um curta que chamou atenção de ver­dade. “Nós discutimos isso (a possibilidade de um filme) com Brian em várias ocasiões, e ele perguntou se tínhamos algumas ideias a esse respeito”, contou Paul McCartney. “Só conseguíamos pensar na pessoa que tinha feito o Running Standing, porque era um cur­ta brilhante”.
Dick Lester entrou na universidade aos 15 e se formou em psicologia clínica. Trabalhou com música e televisão, cantou numa banda vo­cal e foi diretor de cena na CBS. Foi para Londres e passou a dirigir o programa de jazz Downbeat, na ATV. Lester também se tornou amigo do roteirista Alun Owen, que colaborava com o The Dick Lester Show. Foi a Owen que ele se voltou em busca do roteiro, mas somente após Johnny Speight, posteriormente criador da clássica série te­levisiva Till Death Us Do Part, recusar.
Owen, que se descrevia como um “boêmio com raí­zes operárias”, era perfeito; ele era de Liverpool e seu último grande sucesso na televisão, No Trams to Lime Street (1959), era ambienta­do em sua cidade natal. Os Beatles viram a reprodução e então Owen foi convidado para acompanhar os rapazes durante uma excursão, para que observasse a personalidade de cada um e capturasse sua linguagem peculiar. Owen escreveu o roteiro em aproximadamente um mês, tempo curtíssimo para tamanho empreendimento.
Filmado a toque de caixa, com período completo de produção (roteiro, filmagem, edição) espremido em 16 semanas, as gravações começaram em 2 de mar­ço e terminaram em 24 de abril, “Os Reis do Iê-Iê-Iê” nasceu como um produto 100% comercial, sem qualquer ambição artística. A ideia da gravadora dos Beatles, a EMI, era apenas aproveitar a fama dos rapazes de Liverpool, adquirida durante a primeira passagem da banda pelos EUA, para vender discos e bilhetes de cinema. Ninguém imaginava que o grupo se tornaria o mais importante da música popular no século XX. Tampouco previam que o filme se tornaria uma referência obrigatória no terreno dos musicais. O medo de que o sucesso escasseasse a qualquer momento acelerou a produção, mas não impediu o jovem cineasta Richard Lester de lançar as fundações do novo gênero (o documentário musical) e criar as sementes do que viria a ser um grande símbolo cultural no fim do século – o videoclipe.
Nos primei­ros dias, a filmagem aconteceu num trem rumo à região sudoeste da Inglaterra. Entre outras locações, estavam os Estúdios de Ci­nema Twickenham e o Teatro Scala, em Lon­dres. Lester e os Beatles trabalhavam bem jun­tos. O diretor estava ciente da visão do grupo e fez questão de incorporar a espontaneidade dos rapazes como comediantes sempre que possível. De forma correspondente, eles improvisaram em muitas cenas.
Conforme a filmagem se aproximava do fim, a trilha sonora já estava pronta. Respon­sável pelo lançamento do disco nos Estados Unidos, a United Artists prensou meio mi­lhão de cópias do LP. No dia 25 de junho, uma quinta-feira, eles deram uma cópia a uma im­portante estação de radio nova-iorquina pa­ra uma apresentação antecipada. A reação positiva do público a essa nova coleção de canções dos Beatles foi tamanha que, na segunda-feira, as encomendas chegaram a um milhão de cópias. Inacreditavelmente, uma semana mais tarde, chegaram a dois milhões. Cine­mas dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha e da Europa encomendaram mais de 1.700 cópias do longa-metragem. A plateia ainda não ha­via visto o filme, mas ele já era um sucesso absoluto.
A fita foi editada e montada numa velo­cidade absurda. Começar um filme em março e tê-lo pronto para exibição em julho foi um feito incrível. O grupo participou de duas grandes estreias para promovê-lo: uma em 6 de julho, em Londres, e outra em 10 de julho, em Liverpool. Eles estavam bastante nervosos por voltar para casa. Depois que se mu­daram de Liverpool, boatos e murmúrios de­sagradáveis os acompanharam até Londres, dizendo que todos os odiavam, que eram trai­dores, um bando de Judas que não deveria ter saído do Cavern. Conhecendo os conterrâneos, eles esperavam que alguma raiva pú­blica lhes fosse lançada assim que pisassem na cidade. Após desembarcarem no Aeroporto Speke (hoje conhecido como Ae­roporto de Liverpool John Lennon), os rapazes entraram nas obrigatórias li­musines, completamente pasmos ao serem saudados por duzentos mil moradores eufó­ricos. “Depois disso, nada mais importa”, Harrison afirmou entusiasmado ao olhar aquele mar de gente. “Isso é o máximo”.
A opção pelo improviso, associada às técnicas modernas de montagem, acabou por capturar muito bem a atmosfera de irreverência e inovação cultural associadas à Beatlemania. As piadas são ótimas, e os números musicais que intercalam as cenas forneceram inspiração e um modelo estético para o futuro dos vídeos.
Para os críticos, o trabalho de Richard Lester – que mais tarde participaria da primeira trilogia do Superman – ultrapassa o status de clássico, ao estabelecer uma nova gramática para o cinema. “Hoje, quando assistimos à edição rápida da TV, as imagens feitas com câmeras de mão, entrevistas feitas com pessoas em movimento, pedaços intercortados de diálogo, música tocada em documentário, e a todas as outras marcas do estilo moderno, estamos olhando para os ‘A Hard Day's Night".
Infelizmente, não encontrei em lugar algum, o filme completo legendado em poruguês on line com um link disponível. Mas quem quiser, pode assistir A HARD DAY'S NIGHT completo aqui, original em inglês, sem legendas. Pelo menos, a resolução é boa. Valeu!

quinta-feira, 18 de julho de 2019

THE BEATLES - A HARD DAY'S NIGHT - O ÁLBUM*****



A Hard Day's Night é um dos melhores discos da história do mundo. Não é por acaso que é o disco que é a marca dos Beatles, a cara dos Beatles! Sem dúvida, um e um dos meus preferidos e um dos muito poucos, talvez o único, que eu ainda consiga ouvir mais de 20 vezes seguidas sem precisar pular nenhuma música. Agora, a gente dá uma olhada nesse verdadeiro clássico e amanhã (ou depois-de-amanhã), a gente confere o filme - a estreia dos Beatles nos cinemas. Espero que estejam gostando e participem com sugestões e comentários. É o único jeito de manter a roda rodando!

A Hard Day's Night foi o terceiro álbum de estúdio dos Beatles, lançado em 10 de julho de 1964, contendo as músicas da trilha sonora do filme de mesmo nome. A versão americana do álbum foi lançada duas semanas antes, em 26 de junho de 1964 pela United Artists Records, com uma lista de faixas diferente. Em contraste com seus dois primeiros álbuns, todas as 13 faixas de A Hard Day's Night foram escritas por John Lennon e Paul McCartney mostrando o desenvolvimento de seus talentos de composição. O álbum tem como carro-chefe a faixa-título, com seu acorde de abertura único e o solo, quase inimitável.
O lado 1 do apresenta as músicas da trilha sonora. O filme, também contou com algumas músicas mais antigas dos Beatles, como "l Wanna Be Your Man", "Don't Botber Me", "All My Loving" e "She Loves You", que não foram Incluídas no álbum. O lado 2 traz mais uma série de composições de Lennon e McCartney, Incluindo "I'll Cry instead", composta para o filme mas não considerada consistente o bastante pelo diretor Dick Lester para ser usada nele. Entre as outras cinco está "You Can't Do That", lançada como lado B do compacto "Can't Buy Me Love" três meses antes do lançamento do álbum. A faixa-título também foi lançada em compacto, com “Things we Said Today" do lado B.
A Hard Day's Night é o primeiro álbum dos Beatles a apresentar composições inteiramente originais, e o único em que todas as músicas foram escritas por John Lennon e Paul McCartney. John domina a composição, sendo o principal autor de nove das treze faixas do álbum, além de ser o vocalista nestas mesmas nove faixas (embora McCartney cante na parte refrão da faixa-título). Lennon e McCartney co-escreveram “I’m Happy Just To Dance With You", enquanto Paul escreveu “And I Love Her", “Can't Buy Me Love” e “Things We Said Today”. É um dos três álbuns dos Beatles, junto com Let It Be e Magical Mystery Tour, em que Ringo Starr não canta em nenhuma música. É também um dos três álbuns dos Beatles, junto com Please Please Me e Beatles for Sale, no qual Harrison não contribui para as composições (embora George cante vocal em “I'm Happy Just to Dance with You”).

“Era costume, no início dos anos 1960, quando um astro pop obtinha sucesso, colocá-lo num filme para fazer dinheiro com ele. Elvis era, como sabemos, o campeão na área, e Cliff Richard rodou um par de sucessos de bilheteria, como The Young Ones (1961) e Summer Holiday (1962). Mesmo cantores menores da época, como Adam Faith, Billy Fury e Terry Dene, hoje mal lembrados, chegaram às telas. Fazer um filme devia ser mais barato naqueles tempos - ou talvez fossem só fitas rápidas de orçamento baixo para o mercado de massa, vistas por milhões, e que tinham menor competição pelo público que hoje. Os Beatles tiveram a felicidade de contar com um diretor bom, inteligente e meio de vanguarda, Richard Lester, que conseguiu captar o caráter deles apesar de trabalhar num ritmo frenético, e um roteirista, Alun Owen (de Liverpool), capaz de refletir muito de seu humor, embora não houvesse grande enredo. Foi durante o filme que George cdnheceu Pattie Boyd, jovem modelo que aparecia numa cena como estudante. Os Beatles fizeram sete músicas novas para o filme e mais outras seis para o disco. A Hard Days Night foi o primeiro álbum totalmente composto por eles. As músicas continuam a ser todas basicamente de amor - e por que não? No verão de 1964, John tinha 23 anos, Paul havia acabado de fazer 22 e George só tinha 21. Mas nesse álbum as emoções estavam ficando mais fortes, mais reveladoras, e tomou-se mais cuidado com as palavras. Uma das muitas alegrias de um fã dos Beatles, era que depois de ouvir seus discos tantas vezes ficava-se conhecendo aquele acorde único da introdução, que se tornava um amigo, uma figura de som familiar que se poderia reconhecer num segundo, sabendo o que vinha a seguir. Ouvindo as músicas do álbum, na ordem em que os Beatles tinham decidido colocá-las, em vez de alguma compilação confusa posterior, podia-se saber também, no momento em que o som de uma faixa sumia, ainda que só se pudesse ouvir uma pausa sugestiva, que música viria na sequência e em que nota ia começar”. Hunter Davies

THE BEATLES - A HARD DAY'S NIGHT - ORIGINAL MOTION PICTURE SOUNDTRACK

A trilha sonora do primeiro filme dos Beatles - "Original Motion Picture Sound Track - The Beatles - A Hard Day's Night" - pouco se parece com o álbum A Hard Day's Night" lançado no Reino Unido, embora inclua todo o material novo usado no filme, além das contribuições orquestradas de George Martin. O LP foi lançado no dia 25 de junho de 1964. As sete novas músicas ouvidas no filme estão espalhadas nos dois lados do álbum, ao passo que, no disco britânico - que também inclui “I’ll Cry Instead”, descartada do filme no último minuto, estão todas no lado 1.
LADO 1: A Hard Day’s Night; Tell Me Why; I’ll Cry Instead; I Should Have Known Better (instrumental); I'm Happy Just To Dance With You; And I Love Her. LADO 2: I Should Have Known Better; If I FelI; And I Love Her; Ringo's Theme - This Boy (instrumental); Can't Buy Me Love; A Hard Day's Night (instrumental).

THE BEATLES - OS REIS DO IÉ, IÉ, IÉ! SENSACIONAL!!!


O terceiro LP original dos Beatles foi também o terceiro no Brasil - sendo o primeiro a repetir exatamente o repertório do álbum britânico (também em mono), inclusive na ordem das músicas, o que só aconteceria de novo em 1966, com 'Rubber Soul'. O título reproduzia o nome brasileiro - Os Reis do Ié Ié Ié - do primeiro filme da banda, 'A Hard Day's Night', fazendo lembrar também, o movimento musical que crescia no Brasil, a Jovem Guarda, em que o tipo de rock executado tinha como principal referência a música dos Beatles, chamada aqui de "ié, ié, ié"; já a música da jovem guarda por similaridade, ganhava o nome de 'iê, iê, iê". Na capa, o azul do original foi substituido pelo vermelho, mantido nas edições posteriores, mesmo quando a discografia brasileira foi modificada de modo a seguir a original britânica, até o final da década de 80.
Uma das curiosidades bacanas que acompanhavam os primeiros álbuns dos Beatles, era que, a contra-capa trazia um texto explicativo – uma resenha – sobre cada um. Esses textos eram comerciais ao extremo, e de tão ingênuos para a época, chegavam a ser bobos e dispensáveis. Era uma prática comum, de uso quase obrigatório, os LPs (Long Plays) como foram batizados os discos de vinil de 10 polegadas no final dos anos 1940, trazerem um texto que tentasse atrair o consumidor de forma definitiva. Embora, cada vez com menos frequência, essa prática ainda perduraria por anos. Quando os Beatles apareceram, não foi diferente. Assim, os responsáveis pelos textos nas capas dos álbuns dos Fabs, eram feitos pelo assessor de imprensa de confiança, contratado por Brian Epstein. Tony Barrow foi o autor dos três primeiros: Please Please Me, With The Beatles e A Hard Day’s Night. Barrow foi o primeiro assessor de imprensa e publicitário dos Beatles. Foi ele que cunhou o indelével apelido “Fab Four” (quatro fabulosos) e ajudou a configurar a visão que o mundo tinha dos Beatles. E foi assim até a explosão de A Hard Day’s Night.
"Alun Owen iniciou o trabalho desta original peça para o cinema, não faz muito tempo. O produtor Walter Shenson e o diretor Richard Lester observaram seus mais novos astros da tela atuarem durante o Natal e Ano Novo, no palco do Astoria do Finsbury Park de Londres. John e Paul iniciaram uma coleção de novas composições para a trilha sonora, ao mesmo tempo que "The Beatles" se apresentavam no Olympic de Paris. Uma manhã, algum tempo depois, num trem especialmente fretado, iniciou-se a carreira cinematográfica de "The Beatles". Carretel sobre carretel de precioso filme já enchiam as latas, antes mesmo que fosse selecionado um título para este filme da United Artist. Foi quando Ringo, casualmente, surgiu com o nome ao fim de uma agitada sessão no set de filmagem: "É a noite de um dia duro!" — declarou ele, agachando-se sobre o braço de sua cadeira de lona, atrás das fileiras de câmeras e técnicos. É uma estória que se desenrola dentro das 48 horas consecutivas das atividades de quatro rapazes do grupo dos "beat". São eles: John, Paul, George e Ringo. A canção "A Hard Day's Night" ouve-se logo no princípio do filme, cantada e tocada pelos rapazes, à medida que vão passando as legendas de abertura. Este número apresenta a voz de John dublada, produzindo um efeito de dueto. Seu tema de grande vivacidade e impulsão, brota de forma orquestral de vez em quando. "I Should Have Known Better" se ouve durante uma sequência do trem, quando os quatro rapazes estão jogando cartas no vagão do condutor. John e Paul coparticipam da vocalização em "If I Feel", a primeira de quatro músicas apresentadas em sequência de teatro e estúdio, e que mostram o grupo ensaiando para finalizarem com uma apresentação espetacular numa televisão. "I'm Happy Just to Dance With You", dá uma oportunidade a George de conduzir a parte vocal. Com "I Love Her", Paul evidencia o solo; juntamente com John fazem "Tell Me Why". O último destes magníficos números da trilha sonora é "Can't Buy Me Love"; um sucesso mundial com "The Beatles". Já "A Hard Day's Night" faz o fundo musical para diferentes cenas — quando, por exemplo, os rapazes aparecem perseguidos através de um campo, após uma fuga rápida do estúdio de televisão; e a incrível e furiosa corrida entre os "Beatles", seus fans e a polícia, pelas ruas e alamedas abaixo. Criando e aperfeiçoando inteiramente novas composições para a trilha sonora do filme a que temos nos referido, Paul e John apresentam um dos maiores desafios de sua carreira de compositores de músicas populares. No passado compunham sem qualquer pressa. Há pouco tempo, com programa de trabalho dentro de um horário que lhes parecia cada vez mais curto, e uma coleção de novos números para serem selecionados durante uma série de apresentação em Paris, e ainda com uma lendária visita à América. Para ajudar nos ensaios eles mandaram colocar um piano no seu apartamento do hotel George V de Paris. Em breve a tarefa fora completada e "The Beatles" eram possuidores de nada menos de doze novas composições prontas para o último ensaio. A cada novo estágio de concepção e produção, cuidavam para que o filme não viesse a ser apenas uma, ou mais uma parada de representações de "The Beatles". Afinal de contas, haviam concordado entre eles que o filme deveria retratar as diferentes facetas da personalidade de cada um deles, o mais que possível. Com efeito, o conteúdo cômico foi e é de suma importância; e John, Paul, George e Ringo aproveitaram todas as oportunidades para mostrarem seu senso de humor. Ficou evidente que não mais de seis novas gravações seriam inseridas no filme, pois um maior número deixaria pouco tempo para a ação do enredo. Por outro lado, não parecia muito justo deixar de lado as músicas restantes, quando cada uma delas possuía suas grandes qualidades. Eventualmente, tomaram a decisão de incluir essas peças no lado dois deste disco. Embora a voz de George Harrison esteja bem evidenciada neste LP, a parte vocal no lado dois está equilibrada entre John e Paul, os compositores das canções. Paul canta em "Things We Said Today", e o escutamos em dueto com John em "I'll Cry Instead". Durante a parte principal, a voz de John é a que predomina em "Any Time At All", "When I Get Home", "You Can't Do That" e "I'll Be Back", ainda que George e Paul envidem seus esforços em todas elas. Ao ouvir o lado 2 deste disco, você concordará que seria uma pena se se tivesse deixado de lado tão excelentes músicas, simplesmente pelo fato de não terem entrado no filme. Agora, com este LP você terá uma série de grandes sucessos de "The Beatles", ampla e atual. Ao mesmo tempo, é sempre bom lembrar que este é o primeiro LP com músicas compostas e interpretadas por "The Beatles". TONY BARROW