"O Corvo" é um poema narrativo do escritor norte-americano Edgar Allan Poe. Publicado pela primeira vez em janeiro de 1845, é conhecido principalmente por sua musicalidade, linguagem estilizada e atmosfera sobrenatural. O poema trata da visita misteriosa de um corvo falante a um homem, cujo nome não é mencionado, que lamenta a perda de sua amada, e progressivamente vai enlouquecendo. Pousado sobre um busto da Palas Atena (deusa grega da sabedoria, da estratégia em batalha, das artes, da justiça e da habilidade), o corvo parece perturbar ainda mais o protagonista com sua constante repetição da expressão "nunca mais". O poema faz referência a elementos folclóricos, mitológicos, religiosos e clássicos.
Poe afirmou, em seu ensaio A Filosofia da Composição, de 1846, ter escrito o poema de maneira lógica e metódica, com a intenção de criar uma obra que agradaria tanto à crítica quanto ao gosto popular. O autor se inspirou, em parte, em um corvo falante do romance Barnaby Rudge: A Tale of the Riots of Eighty, de Charles Dickens. De maneira semelhante, Poe baseou-se no ritmo complexo e métrica do poema Lady Geraldine's Courtship, de Elizabeth Barrett, além de fazer uso da rima interna e da aliteração.
"O Corvo" foi publicado pela primeira vez, na edição de 29 de janeiro de 1845 do New York Evening Mirror. Sua publicação tornou seu autor popular ainda em vida, mas não lhe trouxe grande sucesso financeiro. Em pouco tempo, o poema foi republicado, parodiado e ilustrado. Há divergências na opinião crítica em relação ao seu caráter literário, mas "O Corvo" continua sendo um dos mais famosos poemas da língua inglesa já escritos.
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