segunda-feira, 30 de novembro de 2020

GEORGE HARRISON - HERE COMES THE MOON**********


"Here Comes the Moon" é a terceira faixa do álbum George Harrison de seu álbum de 1979. A inspiração para a composição foi o aparecimento da lua quando o sol estava se pondo. A letra se concentra mais nessa ocorrência natural do que no simbolismo que ela sugere. George compôs "Here Comes the Moon" enquanto estava em Hana na ilha havaiana de Maui em fevereiro de 1978. O objetivo da visita era em parte escrever material para seu primeiro álbum em dois anos, intitulado simplesmente George Harrison, e em parte para Harrison e Olivia Arias, aproveitarem as férias depois de saberem que se tornariam pais pela primeira vez.

"Here Comes the Moon" foi gravada no estúdio caseiro de George, em Oxfordshire. Refletindo as circunstâncias da criação, a gravação apresenta um arranjo exuberante que inclui guitarras acústicas e slide, vozes de harmonia em camadas, cordas orquestrais e cítara. Uma versão editada apareceu na compilação de 1989, Best of Dark Horse. A demo solo de Harrison da música foi incluída como faixa bônus na reedição de George Harrison em 2004. Participaram: George Harrison - vocais, violões, guitarras slide, cítara, vocais de apoio; Neil Larsen - piano elétrico;Steve Winwood - harmonium e backing vocals; Willie Weeks – baixo; Andy Newmark – bateria; Ray Cooper – percussão e Del Newman - arranjo de cordas.

A PEDIDOS - OS ÚLTIMOS DIAS DE GEORGE HARRISON

Publicada originalmente em 29 de novembro de 2009
George era o filho caçula de Harold e Louise Harrison. Tinha três irmãos: Louise, Harry e Peter. Com exceção de Louise (filha), que está com 83 anos, todos estão mortos vítimas de câncer. Louise (a mãe) morreu em 1970 com 58 anos. Harold morreu em 1978 com 70 anos. Harry morreu nos anos 90 e Peter em 2007. George faleceu no dia 29 de novembro de 2001. Sua última aparição diante das câmeras foi em 1997 para a promoção do disco “Chants Of Índia” de Ravi Shankar. Os primeiros sinais da doença apareceram nesta época. George desapareceu ainda mais da mídia e começou a batalha contra o mal. Para complicar ainda mais, ele e sua mulher Olívia sofreram um atentado de um intruso que invadiu sua casa em 1999. No ano seguinte, George passou por várias cirurgias tentando retirar o câncer do pulmão. Mas ele reapareceu em metástase. Em 2001, apesar dos tratamentos agressivos, logo constatou-se que era terminal. George decidiu passar seus últimos dias com a família e trabalhar em alguns projetos para posteriormente serem terminados por sua viúva e filho. George planejou com calma e serenidade cada dia até sua morte. Longe da ribalta, discretamente, como era sua filosofia de vida, não permitindo a invasão da sua privacidade e da sua família. Apenas três pessoas sabiam onde e como George Harrison iria morrer: a mulher, Olivia, e o amigo, Gavin De Becker, que se encarregou de cuidar de tudo. Nem o filho, Dhani, sabia onde o pai iria morrer. Tudo foi combinado meticulosamente entre George Harrison e Gavin De Becker, do médico que passaria a certidão de óbito à capela onde seria cremado. No dia 17 de novembro, sabendo que o fim estava próximo, George mandou chamar a irmã e os amigos de sempre Paul McCartney e Ringo Starr. Para um Paul McCartney emocionado e com o rosto cheio de lágrimas disse: “ja não estarei aqui no natal”. Ringo disse que ficaria com ele até o fim e que cancelaria uma excursão marcada para o Canadá. George não permitiu dizendo-lhe que estava em paz. Sem publicidade, no dia 17 de novembro, George Harrison foi levado no jato particular de Gavin De Becker para Santa Monica, California, tendo depois sido transportado de ambulância descaracterizada até o UCLA Medical Centre, em Los Angeles. No dia 20, o estado de George piorou muito e ele foi transferido para a casa de Gavin De Becker, em Beverly Hills, onde ficou isolado. A única visita exterior permitida foi a de Ravi Shankar. A morte viria a ocorrer às 13h30 da quinta-feira, 29 de novembro. Além da família, dois dos seus melhores amigos indianos, Shayam Sundara e Mukunda, entoaram cânticos Hare Krishna, enquanto George fez a passagem. O corpo de George Harrison foi cremado às 06h30 do dia 30 de novembro. As cinzas seguiram na segunda-feira, 3 de dezembro, para a Índia onde foram espalhadas num rio sagrado, provavelmente o Yamuna.
O álbum póstumo de George Harrison, Brainwashed, foi completado por seu filho Dhani Harrison e Jeff Lynne. Lançado em 18 de novembro de 2002, foi um sucesso consagrado pela crítica. Exatamente um ano após sua morte, Olívia Harrison, sua mulher, e Eric Clapton, seu amigo, organizaram o Concert for George, no Royal Albert Hall, em Londres. O concerto contou com a presença do filho de George, Dhani, além de grandes amigos como Ravi Shankar, Tom Petty, Jeff Lynne, Billy Preston, Jim Capaldi, Paul McCartney, Ringo Starr, Jools Holland, Albert Lee, Sam Brown, Gary Brooker, Joe Brown, Ray Cooper, integrantes do Monty Python e Tom Hanks.

PAUL McCARTNEY - TOO MUCH RAIN - SENSACIONAL!*****


“Too Much Rain” é a sétima faixa do álbum de Chaos and Creation in the Backyard, lançado por Paul McCartney em 2005. Foi gravada no George Martin's Air Studios no centro de Londres com o produtor Nigel Godrich. Foi inspirada no tema do filme "Modern Times" de 1936, escrito por Charlie Chaplin e comumente conhecido como “Smile”.
Em 1936, Charles Chaplin estrelaria um de seus mais populares filmes “Modern Times”. Para esta produção, Chaplin compôs especialmente a melodia da canção Smile, sendo que a letra só seria adicionada à música em 1954, pelos compositores John Turner e Geoffrey Parsom. Assim como fizera com Golden Slumbers do álbum Abbey Road, Paul McCartney escreveu a letra de "Too Much Rain" baseada no espírito de Smile: “Smile though your heart is aching, Smile even tho i’ts breaking, When there are clouds in the sky, You'll get by” (Sorria, embora, seu coração esteja doendo. Sorria mesmo que ele estiver se repartindo. Quando há nuvens no céu, você irá prosseguir). Em "Too Much Rain", Paul diz (Smile when your eyes are burning, Laugh when your heart is filled with pain. Sigh when you think about tomorrow, Make a vow that its not going to happen again. Its not right, in one life, too much rain” (Sorria quando seus olhos estiverem ardendo, ria quando seu coração estiver cheio de dor. Suspire, quando você pensar no amanhã. Faça uma promessa que isso não se repetirá. Não é certo, em uma só vida, chuva demais). A inspiração, além de Smile, vem de acontecimentos verdadeiros na vida de Paul McCartney. Assim como "How Kind of You", a letra de "Too Much Rain" reflete em suas perdas recentes, como as mortes de Linda e George Harrison.

THE BEATLES - PLEASE MR. POSTMAN - SENSACIONAL!


De todas as versões que os Beatles gravaram de outros artistas, "Please Mr. Postman" do álbum "With The Beatles" é, de longe, minha preferida, embora também adore as versões que fizeram dos rockões de Larry Williams. Toda vez que ouço "Please Mr. Postman", lembro de uma história que aconteceu comigo há muito, muito tempo quando eu era bem mais jovem, aprendiz de beatlemaníaco e tinha somente dois discos: Help e Os Reis do Ié Ié Ié. Um dia, eu e minha irmã Marília estávamos de carona no fusquinha da mamãe, indo para a aula de inglês. Então, no rádio, começou a tocar "Please Mr. Postman" com os Beatles. Fiquei em êxtase, pois nunca tinha ouvido aquela matadora versão dos Beatles. Já tinha ouvido com os Carpenters, mas a versão dos Beatles quase me matou! Nem sequer sabia o nome da música que, assim que terminou o locutor disse: "ouvimos os Beatles com Please..." e por causa do converseiro da minha mãe com minha irmã, não consegui ouvir o resto. E aquilo ficou na minha cabeça: "Please... o quê?". Assim que consegui juntar dinheiro para comprar mais um disco, corri para a "Discodil" e fui procurar um disco dos Beatles que tivesse uma música com o título "Please alguma coisa". Então peguei o "Please Please Me". Ora, se tinha o título e uma música com "please", só podia ser ele. Tomado pela emoção, nem entrei na cabine para ouví-lo. Comprei e corri para casa. Era um disco fantástico que só tinha um defeito: não tinha "Please Mr. Postman"! Depois que descobri que seu nome era "Please Mr. Postman" e que estava no álbum "With The Beatles", demorou quase um ano para poder comprá-lo, mas toda vez que ia à Discodil, ficava horas na cabine ouvindo só "Please Mr. Postman".

"Please Mr. Postman" foi lançada originalmente como single da banda The Marveletteso primeiro grupo vocal feminino da Motown a fazer sucesso, alcançar a posição de número 1 na Billboard. foi gravada pelos Beatles em 1963 e pelos Carpenters em 1974. A gravação das Marvelettes teve a cantora Gladys Horton como solista, e conta a história de esperança que o carteiro traga uma carta de seu namorado, que está ausente. A gravação original teve o acompanhamento da banda The Funk Brothers, incluindo Marvin Gaye na bateria. Durante oito anos, as Marvelettes emplacaram 19 canções no Top 40 de R&B e dez no Top 10 Pop norte-americanos. O sucesso das Marvelettes precedeu a de outros grupos femininos da Motown, como Martha and the Vandellas e The Supremes, de Diana RossOs créditos da composição de "Please Mr. Postman" parecem ter mudado ao longo dos anos. A versão original é creditada tendo "Dobbins / Garett / Brianbert", como compositores, e "Brianbert" como produtor. No álbum dos Beatles é creditada apenas a Brian Holland. O livro de toda a discografia dos Beatles de 1974, All Together Now, a música acabou sendo creditada a Holland, Bateman e Berry Gordy. Em 1992, o box set Hitsville E.U.A. Motown: The Singles Collection tem Dobbins, Garrett, Holanda, Bateman e Gorman como compositores. A partir de 2006 no Hall da Fama, aparece como compositores creditados de "Please Mr. Postman", apenas Holland, Bateman e Gorman.

A gravação das Marvelettes teve a cantora Gladys Horton como solista, e conta a história de esperança que o carteiro traga uma carta de seu namorado, que está ausente na guerra. A gravação original teve o acompanhamento da banda The Funk Brothers, incluindo Marvin Gaye na bateria. Os créditos da composição de "Please Mr. Postman" parecem ter mudado ao longo dos anos. Na versão original constam como "Dobbins/Garett/Brianbert", como compositores, e "Brianbert" como produtor. No álbum dos Beatles é creditada apenas a Brian Holland. No livro com toda a discografia dos Beatles de 1974, All Together Now, a música acabou sendo creditada a Holland, Bateman e Berry Gordy. Em 1992, o box set Hitsville E.U.A. Motown: The Singles Collection, tem Dobbins, Garrett, Holanda, Bateman e Gorman como compositores. A partir de 2006 no Hall da Fama, aparecem como compositores creditados de "Please Mr. Postman", apenas Holland, Bateman e GormanA versão dos Beatles de "Please Mr. Postman" foi gravada em nove tomadas com John arrasando nos vocais principais, na mesma sessão "Till There Was You" em 30 de julho de 1963. John Lennon inverte o sexo da namorada, colocando-se no papel de protagonista e faz um dos seus melhores solos vocais. Ejaneiro de 1975,a versão dos Carpenters chegou ao 1º lugar na Billboard Hot 100.

"Please Mr. Postman" fazia parte do set dos Beatles desde 1962, mas durante a gravação demorou algum tempo até acertarem a mão. Foi gravada pelos Beatles no estúdio da EMI em Abbey Road no dia 30 julho de 1963 e lançada no Reino Unido no álbum With The Beatles em 22 de novembro. Foi produzida por George Martin e teve Norman Smith como engenheiro. Demorou nove tentativas para aperfeiçoar e foi concluída na manhã de 30 de julho de 1963, o mesmo dia em que eles gravaram "It Won't Be Long", "Till There Was You", "Roll Over Beethoven" e "All My Loving", além de algumas tomadas de "Money (That's What I Want)". John Lennon assumiu o vocal principal em"Please Mr. Postman" e Paul McCartney e George Harrison forneceram os vocais de apoio, resultando em uma das versões cover mais eficazes dos Beatles.

OK - RINGO STARR - NO NO SONG - 1974 *****


Em 1974, Ringo Starr lançou o álbum Goodnight Vienna que alcançou as paradas com a música "No No Song", falando sobre drogas. Para o álbum, Ringo gravou também "Only You", sucesso eterno de The Platters. John Lennon participou das músicas Goodnight Vienna (composta por ele mesmo) e "All By Myself". O álbum ainda contou com a participação de Elton John tocando piano em "Snookeroo". Em 1975, Ringo lançou somente uma coletânea com seus maiores sucessos, Blast From Your Past, álbum que marcou o fim de seu contrato com a EMI e o último a ser lançado pela Apple Records.
"No No Song"" é a primeira faixa do lado 2 de Goodnight Vienna. Foi composta por Hoyt Axton e David Jackson e lançada por Ringo como single nos Estados Unidos em janeiro de 1975, tendo "Snookeroo" como lado B, e alcançou a posição # 1 no Canadá, # 3 nas paradas da Billboard e alcançou a posição # 1 nos gráficos da CashBox nos EUA. A letra descreve a maconha colombiana, a cocaína espanhola e o whisky do Tennessee sendo oferecidos ao cantor, que recusa tudo. Harry Nilsson fornece os backing vocals. A Billboard descreveu "No No Song" como uma boa e divertida sacada de Ringo, mas expressou preocupação de que as referências às drogas pudessem limitar sua repercussão, mesmo que a letra mostre o cantor rejeitando o uso. Em 1975, o compositor da música, Hoyt Axton, lançou sua própria versão da música, em seu álbum Southbound. O brasileiro Raul Seixas gravou uma versão chamada "Não Quero Mais Andar na Contra-mão", adaptando as drogas mencionadas na letra para a cultura brasileira. Esta versão foi incluída em seu álbum de 1988 A Pedra do Gênesis e lançada como um single promocional.

THE BEATLES – PLEASE PLEASE ME – THE SONG - SENSACIONAL!!!********


“Foi uma combinação de Bing Crosby e Roy Orbison”. Essa foi a descrição de Lennon da inspiração para “Please Please Me”, que se tornaria o primeiro single dos Beatles a alcançar o número um nas paradas do Reino Unido. Lennon escreveu a música na casa de sua Tia Mimi. “Lembro-me do dia e da colcha rosa na cama”, disse ele anos depois. “E eu ouvi Roy Orbison fazendo ‘Only the Lonely’ ou algo assim. É daí que veio isso. E eu sempre fiquei intrigado com as palavras de ‘Please, lend your little ears to my pleas’ (Por favor, empreste suas orelhinhas aos meus apelos' [da canção de 1932 de Crosby, 'Please’]. Eu adorei o duplo sentido da palavra Please”. “Se você imaginá-la bem mais lenta, que foi como John a compôs, ela tem tudo. As notas altas, todas as marcas registradas de uma música de Roy Orbison”, disse McCartney. 

“Please Please Me” foi uma das músicas que os Beatles tocaram para George Martin na segunda sessão de gravação em 11 de setembro de 1962, no EMI Studios. Martin não ficou impressionado com a versão lenta de “Please Please Me” (Por favor, me agrade), que ele chamou de "música de velório". Ele sugeriu que tocassem a música mais rápido e tentassem animar o arranjo. Não que ele estivesse impressionado com seus esforços originais em geral, neste ponto. “Para começar, a habilidade de composição deles era limitada”, disse Martin certa vez. “Nas primeiras músicas que ouvi deles, pensei, ‘Oh, Deus, onde vou conseguir uma boa música para eles?’. As primeiras que lançamos foram ‘Love Me Do’e ‘P.S. I Love You', que não são exatamente Cole Porter, são?".
“Love Me Do” se tornou um sucesso, porém, os Beatles foram chamados de volta ao estúdio para trabalhar em uma sequência. Quando eles voltaram para Abbey Road em 26 de novembro, Martin queria que eles lançassem uma música de Mitch Murray chamada “How Do You Do It”. Os Beatles tentaram persuadi-lo de que deveriam gravar uma música original, mas o produtor achava que nada que eles tinham escrito fosse tão bom quanto a música de Murray. (Martin foi de alguma forma justificado quando Gerry e os Pacemakers tiveram um sucesso número um com "How Do You Do It" no ano seguinte). Eles sugeriram “Please Please Me”, acrescentando que haviam seguido o conselho de Martin, acelerando o ritmo e acrescentando uma parte da gaita que imitou o riff de guitarra de abertura de Harrison.
Os Beatles sabiam que haviam descoberto novos caminhos. “Nós aumentamos o ritmo e de repente havia aquele espírito rápido dos Beatles”, disse McCartney. Lennon disse mais tarde que "no momento em que a sessão foi concluída, estávamos tão felizes que não conseguimos gravá-la em um ritmo rápido o bastante”. A batida firme e propulsora de Ringo levou Martin a admitir que ele estava errado sobre as habilidades do baterista.
A nova versão de “Please Please Me” tinha uma energia irresistível e uma sexualidade agressiva. (Talvez muito agressiva - a Capitol Records não lançaria o single na América porque alguns que ouviram a música interpretaram a letra como uma ode ao sexo oral, e o selo Vee-Jay de Chicago acabou lançando "Please Please Me".) Quando a banda havia terminado de definir a faixa, Martin anunciou pelo intercomunicador do estúdio: "Rapazes, acho que vocês conseguiram seu primeiro número um".
Ele estava certo: “Please Please Me” foi a primeira de quatro músicas consecutivas a emplacar o primeiro lugar, deflagrando a Beatlemania na Grã-Bretanha. O single vendeu tão bem que Brian Epstein tirou os Beatles da estrada para fazer seu álbum de estreia - o que eles fizeram em três sessões de três horas em 11 de fevereiro de 1963, retornando à turnê no dia seguinte - intitulado Please Please Me, por conta do sucesso arrasador da faixa. Mas o maior endosso da música pode ter vindo da tia de Lennon, Mimi, que não tinha sido convencida por "Love Me Do" de que a banda de seu sobrinho tinha muito futuro. Então ela ouviu “Please Please Me” e disse a Lennon "Esta é melhor, deve funcionar bem".
“Please Please Me” foi gravada nos dias 11 de setembro e 26 de novembro de 1962 e lançada em 11 de janeiro de 1963 no Reino Unido e 25 de fevereiro de 1963 nos Estados Unidos. Foi produzida por George Martin e teve Norman Smith como engenheiro. John Lennon faz os vocais principais, toca guitarra e gaita; Paul McCartney faz backing vocals e toca baixo; George Harrison também faz backing vocals e toca a guitarra principal; e Ringo Starr toca bateria.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

PAUL McCARTNEY - McCARTNEY III - NOVO TRAILER


"McCartney III" é o décimo oitavo solo de solo de Paul McCartney, gravado durante o bloqueio do coronavírus e completa sua trilogia de discos homônima após "McCartney" de 1970 e "McCartney II" de 1980. Inicialmente, o álbum estava previsto para ser lançado no dia 11 de dezembro, mas "atrasos imprevisíveis na produção" adiaram o lançamento por uma semana passando para o dia 20 de dezembro.

Em outubro, a revista Rolling Stone, em sua matriz dos EUA, lançou mais um especial chamado “Musicians on Musicians”. A ideia é que músicos consagrados se entrevistem, e após uma edição com Billie Joe Armstrong (Green Day) e Billie Eilish, foi a vez da cantora pop Taylor Swift com Paul McCartney. A artista norte-americana se encontrou com o ícone dos Beatles em Londres em outubro e se preparou ouvindo 'McCartney III'. Ele ouviu o disco "folklore" dela, e ambos falaram a respeito de suas carreiras e do momento em que vivemos por causa da pandemia da COVID-19. A fotografia é de Mary McCartney, filha de Paul e Linda McCartney.

terça-feira, 24 de novembro de 2020

GEORGE HARRISON - THE LORD LOVES THE ONE (That Loves The Lord)*****


"The Lord Loves The One (That Loves The Lord)" - "O Senhor Ama Aquele (Que Ama o Senhor)" é uma música de George Harrison, lançada em em seu álbum Living in the Material World, em1973. Como a faixa-título do álbum, foi inspirada nos ensinamentos de A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada, fundador da Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna (ISKCON).
"The Lord Loves The One" é um pop/rock com elementos de blues e gospel. Alguns críticos descreveram-na como o ponto alto musical de Living in the Material World, com a guitarra de Harrison sendo apontada como uma das melhores performances de sua carreira. A composição originou-se durante um período marcado pela devoção de Harrison a uma vida ascética hindu e o auge de sua associação pública com o movimento Hare Krishna, que incluiu sua doação de Bhaktivedanta Manor para uso como um templo da ISKCON. Na letra, Harrison canta a falsidade de lutar por riqueza ou poder no mundo material e defende um relacionamento direto com a divindade como um objetivo genuíno de vida. Ao fazê-lo, ele menospreza o papel dos líderes políticos, bem como seu próprio status como músico e celebridade do rock. A mensagem Hare Krishna também se refletiu na escolha de Harrison para as artes do álbum Material World, especificamente a reprodução de uma pintura de Krishna do Bhagavad Gita publicado por Prabhupada.
Harrison gravou "The Lord Loves The One" entre outubro de 1972 e março de 1973 com os músicos Nicky Hopkins, Klaus Voormann, Jim Keltner e Jim Horn. Embora a música tenha sido elogiada pela crítica, as asserções devotas na letra de Harrison tipificaram o que alguns críticos em 1973 consideraram uma mensagem excessivamente didática em grande parte do álbum principal. Entre os revisores do século 21, a composição continua a dividir  opiniões. Embora alguns considerem a música como uma escolha óbvia para ser tocada ao vivo, Harrison cantou "The Lord Loves The One" apenas uma vez em um concerto - na noite de abertura de sua turnê norte-americana de 1974 com Ravi Shankar.

ELETRIC LIGHT ORCHESTRA - ORDINARY DREAM - FANTÁSTICO!


Há 20 anos, no ano 2000, depois de anos de batalha em tribunais com ex-companheiros, Jeff Lynne finalmente, ficou com o direito de uso do nome "ELETRIC LIGHT ORCHESTRA". Em 2001, ZOOM, primeiro álbum desde Balance of Power, de 1986, foi lançado. Embora faturado e comercializado como um álbum da Eletric Light Orchestra, os únicos membros originais eram Jeff Lynne e Richard Tandy. Zoom apresentava um som mais orgânico, com menos ênfase nas cordas e efeitos eletrônicos. Entre os músicos convidados estão as participações mais que especias de George Harrison, em uma de suas últimas colaborações tocando sua slide em duas músicas: "A Long Time Gone" e "All She Wanted"; e Ringo Starr, que também toca em duas músicas: "Moment in Paradise" e "Easy Money".

ZOOM foi gravado basicamente por Jeff Lynne sozinho. Após a conclusão do álbum, ele reformou completamente a banda com novos membros, incluindo sua então namorada, a belíssima Rosie Vela e anunciou que faria uma turnê novamente com a ELO. Richard Tandy voltou logo depois de duas apresentações ao vivo de televisão: VH1 Storytellers e PBS show na CBS Television City, mais tarde intitulado Zoom Live Tour, que foi lançado em DVD. A turnê prevista foi cancelada pelo impacto que a morte do amigo George Harrison teve sobre Jeff Lynne.

ZOOM é um daqueles álbuns fantásticos que só aparece de dez em dez anos. Com produção impecável do próprio Jeff Lynne, talvez seja a melhor coleção de letras que já escreveu. Seria difícil destacar uma entre as treze faixas, mas com certeza, "Ordinary Dream" é uma das melhores, com sua poesia dramática e um arranjo admirável no melhor estilo Beatle, coisa que ele sempre fez.

THE BEATLES - OH! DARLING - SENSACIONAL!!!**********


"Oh! Darling" foi composta somente por Paul McCartney, gravada pelos Beatles e lançada no álbum Abbey Road em 26 de setembro de 1969. Esse rock de estilo retrô, foi originalmente tentado pelos Beatles durante as sessões de "Get Back", mas acabou sendo guardada para o Abbey Road. A gravação teve início no dia 20 de abril com 26 tomadas. Neste dia, fora o vocal de McCartney, a participação dos outros Beatles foi completada. Para gravar o vocal, McCartney realizou sessões nos dias 17, 18, 22 e 23 de julho. A gravação de 23 de julho foi a que mais o agradou. Mais alguns ajustes e "overdubs" foram realizados no dia 8 e no dia 11 de agosto de 1969 a música estava concluída. Dura exatos 3’26”.
"Oh! Darling" é antes de tudo, uma súplica de amor e desespero. O cantor pede a amada que acredite nele, que nunca o abandone pois jamais lhe fará nenhum mal. Se ela o deixar, não suportará e morrerá. "Oh! Darling" é a 4ª faixa do álbum Abbey Road, atrás de "Maxwell's Silver Hammer" e antes de "Octopu's Garden". É creditada a Lennon e McCartney, foi produzida por George Martin e Chris Thomas e teve como engenheiros Jeff Jarratt e Phil McDonaldMesmo apesar de nunca ter sido lançada como single, a gravação dos Beatles caiu no gosto dos fãs e tornou-se uma das músicas mais conhecidas e amadas do grupo.

ROD STEWART - YOU'RE IN MY HEART - SENSACIONAL!

You're in my heart, you're in my soul
You'll be my breath should I grow old
You are my lover, you're my best friend
You're in my soul

Foot Loose & Fancy Free foi o oitavo álbum de Rod Stewart, lançado em novembro de 1977 pela Riva Records no Reino Unido e Warner Bros nos Estados Unidos. A belíssima “Youre In My Heart” foi o carro-chefe do disco.

“Youre In My Heart” tornou-se um single popular, alcançando o top dez de muitas paradas internacionais, incluindo o número 4 na Billboard Hot 100 dos EUA, número 2 no Canadá e número 1 por uma semana na Austrália.

Durante seus anos de grande sucesso como parte da banda britânica The Faces, Rod Stewart já cultivava uma carreira solo, e quando a banda se desfez no começo dos anos 1970, ele pas­sou a perseguir suas ambições nos EUA. Gravado no Manta Sound Studio, em Toronto, Canadá, Foot Loose & Fancy Free explora a herança musical de Stewart e também a mania que havia na época pela Disco Music, indicando o que estava por vir em álbuns posteriores e com vendas de quatro milhões, o álbum é uma mistura de baladas e o som boogie-blues com o qual os fãs já estavam familiariza­dos, como na abertura “Hot Legs”. As baladas são apresentadas com fartura, como a excelente “Youre In My Heart”, um destaque notável, assim como “I Was Only Joking” e "You Got A Nerve”, ambas escritas em parceria por Stewart e o gui­tarrista Gary Granger“Youre In My Heart” foi um hit número 3 no Reino Unido e número 4 nos EUA.

PAUL McCARTNEY - MEMORY ALMOST FULL - ONLY MAMA KNOWS


"Memory Almost Full" foi o 23º álbum solo de Paul McCartney, lançado em 4 de junho de 2007. Foi produzido por David Kahne e gravado nos estúdios Abbey Road, Henson Recording Studios, AIR Studios, Hog Hill Mill Studios e RAK Studios, entre outubro de 2003 e fevereiro de 2007. A diferença deste e do disco anterior, (o excelente) Chaos and Creation in the Backyard), é que conta com a colaboração dos músicos que atualmente acompanham Paul em seus shows, Brian Ray, Rusty Anderson, Paul 'Wix' Wickens e Abe Laboriel Jr, se bem que a maioria dos instrumentos são tocados novamente apenas pelo próprio Paul McCartney"Memory Almost Full" foi o primeiro álbum de McCartney editado com o selo discográfico Hear Music do grupo Starbucks, com o qual assinou contrato no começo de 2007 depois de mais de trinta anos com a EMI. O primeiro single, "Ever Present Past", fez sua estreia nas rádios norte-americanas em 20 de abril de 2007, e o primeiro vídeo promocional foi "Dance Tonight". No Reino UnidoMemory alcançou o número 5 na listas de vendas. Nos Estados Unidos, estreou em terceiro lugar com 161.000 cópias vendidas, sendo seu maior êxito comercial de Paul desde "Flaming Pie" (1997). Apesar disso, Memory Almost Full" está bem longe de ser lembrado como um dos melhores discos de Paul McCartney. Talvez a memória esteja cheia.

“Only Mama Knows” (Apenas Mamãe Sabe) é a quarta faixa do álbum. Foi gravada em fevereiro de 2004 em Abbey Road. Paul McCartney toca baixo, mellotron, canta e faz backing vocals; Rusty Anderson faz backing vocals e toca guitarra; Abe Laboriel Jr toca bateria e faz backing vocals; Paul Wickens toca teclados, piano, sintetizador e Brian Ray  faz backing vocals e toca guitarraMcCartney comentou sobre “Only Mama Knows”: "Isso realmente é como um conto. Já fiz isso no passado, nem sempre escrevendo de uma perspectiva pessoal. É bom, porque você usa mais a imaginação, e isso é algo de que gosto. Escrevi sobre Eleanor Rigby, mas não conheço nenhuma mulher que apanhe arroz em uma igreja, e também não conheço ninguém preso na sala de trânsito de um aeroporto, como em Only Mama Knows. Mas eu gosto de entrar nessas histórias imaginárias, depois segui-las e me tornar aquele personagem. O personagem principal dessa música é alguém que foi deixado pela mãe, não sabe por que ela o deixou e não sabe se verá novamente o rosto do pai dele. É interessante porque tira você de si mesmo. Você pode se tornar um alter ego. Não precisa ser Paul McCartney cantando - pode ser esse outro cara cantando. É bom fazer; permite que você tenha outra abordagem vocal, outra abordagem emocional".

sábado, 21 de novembro de 2020

THE BEATLES - HELP! - A MÚSICA - SENSACIONAL!!!**********


A segunda incursão dos Beatles em filme longa metragem, produziu uma nova música excepcional no novo álbum com a trilha sonora. O álbum “Help!” - lançado em agosto de 1965, além da faixa-título, traz sucessos inesquecíveis dos Beatles, como "You've Got To Hide Your Love Away", "I Need You", "Ticket To Ride"“You’re Going to Lose That Girl” e o super álbum ainda esbanja mais uma preciosidade: a música "Yesterday", de Paul McCartney, a canção mais regravada na história da música. Com o lançamento deste álbum, os Beatles trouxeram uma grande variedade de instrumentos (instrumentos de sopros, teclados, pandeiro) e orquestração para um álbum pop. O imediatismo de suas composições, os refrões elaborados e seus vocais carismáticos ajudaram a inaugurar o novo som dos anos 60.

Desde que começou sua carreira solo, John Lennon muitas vezes se referiu a "Help!" como uma de suas músicas prediletas dos Beatles. Ele dizia gostar dela por ser "real". Seu único arrependimento era que, por questões comerciais, eles a tivessem transformado de uma canção que era para ser à moda Dylan em um rockão alegre dos Beatles"Help!" foi escrita com Paul na casa de John em Weybridge, Kenwood, em 4 de abril de 1965, há 54 anos. A letra era uma reflexão franca sobre a insegurança de Lennon. Ele estava (junto com os outros) fumando muita maconha e por isso estava comendo e bebendo muito, tinha engordado e se sentia encurralado pela fama. A música, ele admitiu depois, realmente era um pedido de ajuda, apesar de ter sido escrita sob encomenda para o filme. "Eu precisava de ajuda. A música era sobre mim".
Creditada a Lennon e McCartney, "Help!" foi composta principalmente por John Lennon com uma pequena ajuda de Paul McCartney, na casa de Lennon, em Weybridge. Durante a entrevista para a Playboy em 1980, Lennon disse: "A coisa toda dos Beatles estava além da compreensão. Eu estava conscientemente pedindo por socorro".
O vocal anasalado de John é apoiado por Paul e George no refrão. Esta é uma das primeiras letras dos Beatles a não contar uma historinha de "garoto-encontra-garota/garoto-perde-a-garota". É uma verdadeira súplica por ajuda, comparando a situação em que ele se encontra no momento com uma época mais antiga, menos complicada. Posteriormente, ele diria: "Eu realmente quis dizer aquilo... O pedido de socorro era de verdade! A letra é tão boa agora quanto era na época. Isso não mudou, e saber que eu tinha consciência de mim mesmo então me traz segurança. Eu estava cantando 'help' ['socorro'] e realmente pretendia dizer isso".

Os Beatles gravaram "Help!" nos estúdios da EMI em Abbey Road, em 12 takes no dia 13 de abril de 1965 usando equipamento de quatro canais. As primeiras nove tomadas concentraram-se no apoio instrumental. "Help!" foi produzida por George Martin e teve Norman Smith como engenheiro. John Lennon toca violão e canta o vocal principal; Paul McCartney toca baixo e faz backing vocals; George Harrison toca guitarra solo e também faz backing vocals e Ringo Starr toca bateria e pandeiro. "Help!" foi lançada como single em julho de 1965 e foi número um por três semanas nos Estados Unidos e no Reino Unido.
"Help!" alcançou o primeiro lugar no final do verão de 1965. Foi o quarto de seis singles em primeiro lugar consecutivos nas paradas americanas: "I Feel Fine", "Eight Days a Week","Ticket to Ride","Help!","Yesterday"e "We Can Work It Out". No Ivor Novello Awards do ano seguinte , "Help!" foi eleita o segundo single mais vendido de 1965, atrás de "We Can Work It Out" e aparece como classificada em 29º lugar na lista da revista Rolling Stone “As 500 Melhores Músicas De Todos os Tempos”.
A música aparece no álbum Help!, no álbum Help! dos EUA com a trilha sonora, no álbum “vermelho” 1962–1966, em Imagine: John Lennon trilha sonora, 1, Love, e The Capitol Albums, Volume 2. A versão mono (com vocais diferentes e sem pandeiro) foi incluída no LP Rarities dos Beatles e na coleção The Beatles in Mono. O álbum da trilha sonora americana incluiu uma introdução tipo James Bond para a música, seguida por uma pausa antes da letra de abertura. Essa introdução não apareceu no álbum da trilha sonora britânica, nem foi incluída no single lançado em nenhum dos países.
Embora Lennon estivesse orgulhoso de "Help!" e a honestidade que transmitia, ele lamentou que os Beatles a tivessem gravado em um ritmo tão rápido no interesse de dar à faixa mais apelo comercial. O crítico musical Dave Marsh refutou essa ideia, dizendo: "Help! não é um compromisso; está explodindo de vitalidade... Lennon parece triunfante, porque ele encontrou um grupo de almas gêmeas que estão oferecendo a ajuda espiritual e o suporte emocional que ele implorou. As harmonias ecoantes de Paul, a bateria alegre de Ringo, o estrondo da guitarra de George, falam ao coração da paixão de Lennon e, embora eles não possam curar a ferida, pelo menos acrescentam uma nota de garantia de que ele não está sozinho com sua dor”.
Aqui, a gente confere o que disse o pesquisador e biógrafo dos Beatles, Hunter Davies em seu livro "As Letras dos Beatles - A História por Trás das Canções".
A música foi composta sob medida, a sete semanas da filmagem, quando por fim decidiram o título. Até ali, surgiram várias possibilidades - “Beatles 2”, “Eight Àrms to Hold You”, “High-Heeled Kickers”. John a compôs quase sozinho, com alguma ajuda de Paul, em Kenwood. A letra de “Help!” está entre as mais claras, menos evasivas, que ele escreveu até então, e também entre as mais fortes, sem rimas fracas ou banais como “blue e “true" [triste e verdadeiro] ou os batidos “Eu te amo” da música para o mercado adolescente. Ele também usa algumas palavras um tanto longas, pouco comuns na música pop - como “autoconfiante”, “reconhecimento”, “independência”, “inseguro” - resultado aparente de Maureen Cleave o ter provocado dizendo que todas as músicas dos Beatles pareciam ser preenchidas com palavras de uma sílaba só. Há também frases excelentes, como “my independence seems to vanish in the haze [minha independênçia parece se desvanecer na névoa], que sintetiza as desvantagens da fama e de seu sucesso: ter de correr pelo mundo, sem saber onde estão ou quem são. Sua vida tinha mudado tanto que eles precisam pôr de novo os pés no chão. Na letra de “Help!” John evita psicologismos ou análises freudianas de segunda mão. Na verdade, em certo nível pode-se tomá-la como outra canção de amor - ele quer que alguém venha e o ame, tome conta dele, o tipo de coisa que as pessoas desejam na vida. Ele agradece mesmo a alguém, é grato por tê-la ao redor, o que pode ser interpretado como se estivesse mesmo ok, tivesse uma mulher amorosa e não fosse preciso preocupar-se. Por outro lido, como John nos contou depois, era um grito de angústia pessoal. Pode ter sido influenciado pela primeira experiência deles com LSD, algumas semanas antes. A expressão “I find i've changed my mind” [Acho que minha cabeça mudou] pode ser entendida de dois modos: uma simples mudança de opinião ou uma alteração mental devida a experimentar drogas que modificam a vida. Pete Shotton, seu amigo de infância, que em 1965 passou vários fins de semana na casa de John, depois se tornou seu secretário particular e ainda trabalhou na Apple, diz que a frase “appreciate you being round” [aprecio ter você por perto] se referia a ele - o que poderia ser verdade já que ele fazia relembrar risadas, brincadeiras e bobagens compartilhadas quando meninos. John mais tarde contou a sua namorada do “longo fim de semana”, May Pang (assistente de John e Yoko, com a qual foi para a Califórnia em 1973, ficando lá por mais de um ano), que gostaria de ter interpretado “Help!” de forma muito mais lenta e sentida - tornando-a mais “verdadeira”.